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idenpendência.
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Gostaríamos de convidar todos vocês a embarcarem nesta
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Agradecemos imensamente à SECEC RJ por seu apoio e
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Índice
Introdução
........................................................................................................ 10
Gíglio ................................................................................................................. 21
E eu um dia escrevia poemas políticos .................................................. 23
Independente de qualquer coisa ............................................................. 24
Brisa com Chocolate! ................................................................................... 25
Que independência tenho ........................................................................... 26
O menino é indepedente ............................................................................. 27
Marcorelio de Andrade................................................................................. 38
Brasil ................................................................................................................. 40
Liberdade ........................................................................................................ 41
Educação é Liberdade ................................................................................ 42
Trabalho e Direito .......................................................................................... 44
Greve ................................................................................................................. 46
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Camila Cabral ............................................................................................. 48
Renovação da independência ............................................................... 50
Seja livre de ti mesmo ............................................................................... 51
Ode em releitura ao canto Machadiano pelo Ipiranga .................... 53
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Introdução
Comemoramos em 2022 o bicentenário de um dos momentos mais
suas narrativas e sua expressão artística. Por meio dela, transmitimos valores, refletimos
cada um com sua voz e perspectiva únicas, para que, por meio de suas poesias,
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Independência. É uma oportunidade de expressar nossa gratidão aos que lutaram pela
nossa liberdade, reafirmar nossos valores como nação e também refletir sobre o caminho
encontraremos poemas que nos convidam a refletir sobre a coragem dos nossos
da união em prol de um futuro melhor. Cada verso será uma ponte para as memórias
daqueles que vieram antes de nós, uma conexão com o presente e uma inspiração para
as gerações futuras.
de vozes presentes nesta obra. Que, através da leitura, possamos nos conectar com o
Que “Sarau Grito pela Independência” seja um convite para enaltecermos nossa
Boa leitura!
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José Huguenin
Natural de Cantagalo-RJ, é doutor em física e professor da
romance CO vaqueiro e o jornalista” - 2018), contos (“A parede & outros contos”
— 2015, “Vidas sertanejas - 2021”), crônicas (“De manga a jiló provei na terra
jose.huguenin@gmail.com
@jose.huguenin
Independências
I
A independência
não veio da
Conjuração Baiana,
com escravidão.
A independência
padres e intelectuais
A independência
ó Esteves!
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II
O quanto do
quadro é história?
Garanhão ou mula?
Roupa de gala
ou trajes amassados?
n ã o d o Yp i r a n g a ,
mas da independência,
ou continua marginalizada?
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III
Depois de independente
o que se faz?
ou suspende-se o corte
nos canaviais?
A liberdade chegou
às senzalas
ou essa liberdade é só
um jeito de falar?
Separamos no grito
ou nas promissórias
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IV
Antes tarde
do que nunca
nunca é tarde
para a liberdade.
Liberta de Lisboa,
Rio, cidade,
Império,
D o n o s d e e s c r a v o s a f e s t e j a r,
testemunham o grito.
D ’ a l é m m a r,
só uma salgada
c o n t a a p a g a r.
festa,
toda gente
Algo diferente?
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V
somos independentes?
subjugados
ao mais antigo
presente?
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VI
Duzentos anos...
Independência?
quando o ouve?
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VII
Sete
Sete
de
Setembro
Cê
tem
bronca
da
independência
que
nos
fez
prisioneiros?
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Gíglio
Giglio é artista que, desde a década de 80, atua em diversas frentes
Giglio tem dedicado a maior parte de seu tempo artístico ao Circunlókios, dupla
gigliovr@hotmail.com
@Gigliovr
E eu um dia escrevia poemas políticos
e decolonialismo e política.
S e j a m e l a s d e s o r t e o u d e Ye m a n j á .
É.
Independência ou sorte.
Corta.
23
Independente de qualquer coisa
E cantam.
O verbo é luta
o substantivo é vida
o adjetivo é livre.
24
Brisa com Chocolate!
_ Independência.
_ Sempre é o norte
Fim.
25
Que independência tenho
Que independência tenho
Do emaranhado de ideias
E fatos
E sonhos
Que somam
E amalgamam
Em poema as palavras
Disso
E não me caibo
Que independência
Se a cabeça gira
O santo gira
A coruja pia
Independência qual
Sem hospital
Pastando na borda
Da terra quadrada
E panelas vazias
Independência vil
Onde já se viu
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O menino é indepedente
O m e n i n o é i n d e p e n d e n t e p r a i r e v i r.
E i n d e p e n d e n t e d e e s t a r n a e s c o l a e s t á o n d e q u e r.
N a l u a . N o m a r. e m W a k a n d a o u A r u a n d a .
Independente do 7 de setembro
Independência ou morte.
Só um flash.
27
Mateus
Na infância e adolescência, Mateus revelou seu talento como
demonstrava sua afinidade com a expressão artística. Com o passar dos anos,
sua conexão com a arte nunca se dissipou. Pelo contrário, ele encontrou na
poesia uma forma de aprimorar sua escrita como advogado e, vice-versa, usou
mateusbrandao.adv
@mateusbrandao.adv
Nosso País
Há duzentos anos,
Brasil,
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Destino Agora
Bicentenário da independência brasileira,
To r n a m o - n o s u m a n a ç ã o s o b e r a n a ,
S e j a s e m p r e l e m b r a d o c o m o u m m a r c o d e g l ó r i a s e
conquistas.
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País Nação
Há duzentos anos, em sete de setembro,
N o s s o B r a s i l s e l i b e r t o u c o m f e r v o r.
Q u e r e s s o o u e m t o d o s e u e s p l e n d o r.
Q u e l u t o u c o m b r a v u r a e f e r v o r,
Ao conquistar a liberdade,
S e g u i r e m o s j u n t o s , l a d o a l a d o , n e s s a e t e r n a e b e l a
aliança.
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Vida
Vida, tão bela e imperfeita
Q u e n o s f a z c r e s c e r, n o s f a z s o n h a r
Q u e o m e l h o r d a v i d a a i n d a e s t á p o r v i r.
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Grito
O grito pela Independência ecoou
Tr a z i d a p o r b r a v o s h e r ó i s g e n t i s
A violência e a discriminação
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Jean Carlos Gomes
Jean Carlos Gomes é de Volta Redonda onde trabalha. Em 1998 lançou o seu
primeiro livro Bolas de Sabão — sonetos e poemas, em parceria com Pedro Viana Filho,
de Letras. Em 2008 lançou com grande sucesso o seu primeiro livro solo de poesia,
intitulado Cardápio Poético, que tem a segunda edição patrocinada pela Lei de Incentivo
à Cultura de Volta Redonda em 2012. Milita na Comunicação desde 2002 sendo lançado
exterior. É colunista do cite Olho Vivo desde 2013. Foi agraciado pela Câmara Municipal
Sarau da Esquina, com edições em Barra Mansa e Volta Redonda. Sendo três edições
bem sucedidas realizadas no Ponto de Ação Cultural. Desde agosto de 2022 idealizou e
poerteditora@gmail.com
Independência ou Dependência?
Ainda que tardia, uma livre referência,
Comemorações, transparência...
Momentos de glórias,
Independência ou morte?
q u e é t e r, c o m c e r t e z a , e l i m p e z a d e c o n s c i ê n c i a l . . .
37
Marcorelio de Andrade
Professor de Filosofia em Volta Redonda, pela rede estadual do
e reflexões. A poesia desde essa fase da juventude fez morada em seu coração.
Ascendeu-se um laço simbólico de encanto, arte e luz. Bem mais tarde após
marcoreliofortini@gmail.com
@ marcoreliofortini
Brasil
Um continente intitulado Brasil,
Te r r a d e m ú l t i p l a s c a r a s e m i s t u r a s ,
L u g a r, i g u a l m e n t e , d e u m t e s o u r o e x u b e r a n t e ,
Va s t o é a e x t e n s ã o e o v a l o r d e s u a n a t u r e z a ;
To d a v i a , d e s p e r t a e m f a c e d e e m i n e n t e s t r a g é d i a s ,
U r g e n t e f a z - s e r e v e r, m e l h o r a r a e x i s t ê n c i a e a s i t u a ç ã o ,
40
Liberdade
O foco se estende no horizonte,
41
Educação é Liberdade
É horizonte de possibilidades
N a a r t e d e b e m v i v e r e p e n s a r.
Te s o u r o d e i n e s t i m á v e l v a l o r
42
Por acaso nada é, só incertezas...
P a r a l u t a r e p e l a e d u c a ç ã o l i b e r t a r.
43
Trabalho e Direito
To d o s p r e c i s a m t r a b a l h a r e f a z e r
C o m d i g n i d a d e , e n e r g i a e a m o r.
44
Dosar saber e força com liberdade
Tr a b a l h a r e m e r e c e r f é r i a s e p r a z e r e s
45
Greve
Ensejo de militância,
Protesto e organização
Impulso a reestruturação
Do itinerário em relutância.
Um embate ordenado
Forma de pressionar
E combater desatinos
Q u e s ó q u e r e m e x p l o r a r.
Empreitada coletiva
Tr a b a l h a r c o m m e n o s d o r e s
46
Renovar a utopia
Da justiça e fraternidade
Na revisão profissional
47
Camila Cabral
Professora (IFRJ), Doutora em Educação (UFMS); Poetisa, membro
Sul - UBE-MS. Autora do livro “O que são as coisas? E outros poemas” (Editora
poesiageometrica
camila.cabral@ifrj.edu.br
@camila_cabrall
Renovação da independência
Quebrem-se as amarras do passado,
A s C o r t e s b u s c a m n o s s u b j u g a r, v e l o z .
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Seja livre de ti mesmo
Permaneça mãos limpas,
Para quando,
Em última miséria
N a d a t e n h a s a p e r d e r,
Nem a ti mesmo.
Agora nu a alcançar?
Te m p o d e s m e d i d o e m t i
Te l e v a n d o r u m o a o n a d a .
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Que grande honra seria
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Ode em releitura ao canto Machadiano
pelo Ipiranga
L i b e r d a d e , f a r o l d i v i n o a b r i l h a r,
H u m a n i d a d e e m b u s c a d a o p r e s s ã o q u e b r a r.
N o o c e a n o g r a n d i o s o , b r i l h a m o s c o m f u l g o r,
P e d r o c a m i n h a , s o l d a p á t r i a , a m o r.
53
Tr o n c o d a n o s s a l i b e r d a d e ,
54
Dio Costa
Dio Costa é Doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada,
Poesia? Caminhos & Diálogos (Projeto Escola Tem Cultura – Lei Aldir Blanc/VR).
Espelhos Quebrados (2007), 1,99 - Poesia até o último centavo (2008), #Vazão -
Antes que seja depois (2013), Sarcáustico (2015) e Poemas de amores (2016). É
é ex-integrante das bandas Radar e Lâmina Blue (RJ). Atualmente, faz parte do
Circunlókios (VR).
diocosta.livros@gmai.com
@diocostarj
Só
Independência
É saber andar
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Cabeça
Desencabece
A pré-lista
Uma cabeça
Derruba nomes
Os nomeemos
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Vão
Eu tenho
Uma posição
E as outras
Pô... se vão
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Júri
Com feijão no dente
Ninguém sorri
Completamente
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Litígio
Inde...
Inde...
Inde...
Pendências!
Pendências!
Pendências!
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Rafael Clodomiro
Dio Costa é Doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada,
Poesia? Caminhos & Diálogos (Projeto Escola Tem Cultura – Lei Aldir Blanc/VR).
Espelhos Quebrados (2007), 1,99 - Poesia até o último centavo (2008), #Vazão -
Antes que seja depois (2013), Sarcáustico (2015) e Poemas de amores (2016). É
é ex-integrante das bandas Radar e Lâmina Blue (RJ). Atualmente, faz parte do
Circunlókios (VR).
diocosta.livros@gmai.com
@diocostarj
País contraditório
Frei Caneca nos alertou
a serem projetadas,
erguidas
ser reconstruídas.
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Nosso país
Abundante culturalmente,
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República dos Incoformados
Proclamaram a Independência
e pintaram de República
o Brasil.
mas na essência,
onde já se viu?
Onde já se viu
um representante do povo
da sociedade civil?
Onde já se viu?
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E ainda há mais coisa que se oculta
erguida na teoria
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Mas o risco, assumimos todos nós.
E é importante destacar
p e l o a t o d e u m p o d e r o p r e s s o r.
pelo aprendizado
s o l i d á r i o e n ã o l i m i t a d o r.
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Esses fazem parte da “República dos Inconformados”,
é digna e difícil,
s e m e s q u e c e r, j a m a i s ,
69
O que Pedro Américo quis pintar?
“Independência ou morte?” ?
Marcante e forte
A reconstituição da cena
a nossa independência?
“Independência ou morte?” ?
A convicção do grito?
O ímpeto da espada?
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Foi realmente assim
só mesmo a esperança.
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Independente e livre
Quero um país independente,
Livre realmente.
Livre da violência.
Livre da escravidão.
Livre da indiferença.
Livre da poluição.
Livre do ódio.
Livre da desinformação.
Livre da pobreza.
Livre da corrupção.
Livre da má intenção.
Livre e soberano
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Um solo nutritivo
O solo brasileiro
Deu colo
Ao desespero
que reinavam
que brilhavam
O solo brasileiro
Deu colo
Ao pavor
também conseguiu
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O solo brasileiro
Deu colo
Ao abandono
A c o l h e u s e m a c u s a r,
um coração gigante.
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Angela Crispim
Formada em Ciências Biológicas. Mestre em Ciências Ambientais
angelacrispimster@gmail.com
Mulheres que fazem a diferença
Maria Leopoldina se casou com D. Pedro,
Ti n h a m a i l u s ã o d e o c o l o c a r e m n o s e i x o s .
Te v e d e c o n v i v e r c o m u m a D o m i t i l a
Ti n h a a l t o c o n h e c i m e n t o e l e i t u r a p o l í t i c a ,
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Contra os interesses dos brasileiros,
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O dia da Independência
Maria Leopoldina e José Bonifácio,
Te v e d a t a s c o n t u r b a d a s , d i f e r e n t e s .
C o m a c o r o a ç ã o d e D . P e d r o I , c o m o i m p e r a d o r,
Vo l t a n d o a 0 7 d e s e t e m b r o e a s s i m p e r m a n e c e u .
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Independência
Independência...
N ã o s e d e i x a r i n f l u e n c i a r.
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Independência/País Dividido
A nossa independência levou tempo
Ve n c e n d o a l g u m a s e p e r d e n d o o u t r a s ,
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Lutar por Independência
Para se alcançar a independência
É p r e c i s o s u o r, s a n g u e , t r a b a l h o ,
A s e r v i r e o b e d e c e r s e m p o d e r o p i n a r.
De um povoamento-colônia,
C o m u m p o v o a p e n a s a c o n t e m p l a r.
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Antônio Souza
Pedro ‘’Antônio Sousa’’ Ruela é escritor, poeta e enfermeiro. Nasceu
tem uma paixão nos livros e desde cedo escreve contos e histórias que ainda
verão a luz do dia. O mesmo possui um gosto literário eclético, tendo como
suas principais inspirações em autores desde Stephen King e Rick Riordan até
Raphael Montes e Vitor Martins. Este é o início de sua carreira como poeta, mas
pedroantonioruela@gmail.com
@ antoniosousa.escritor
Pré Independência
As cortes soberanas queriam tudo controlar
Tu d o p o r f i m p o d e r i a t e r s i d o r e s o l v i d o
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Grito do Ipiranga
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Pós Independência
87
A Dama
88
O Vagabundo
89
Caros leitores,
Chegamos ao final desta jornada poética em
“Sarau Grito pela Independência” e é com o coração
repleto de gratidão que nos dirigimos a cada um de
vocês que nos acompanhou ao longo destas páginas.
A presença de vocês neste sarau literário foi essencial
para enaltecer a importância da cultura e da poesia como
formas de expressão e resistência em nossa sociedade.
90
À SECEC-RJ, nosso reconhecimento e gratidão por
acreditar no poder transformador da cultura, na importância
da poesia como forma de expressão artística e na celebração
da nossa história através das palavras.
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