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TRABALHO

DE
HISTÓRIA

Nome: Sandra Giane Torres Ramos


N: 14
Série: 6ºB
SUMÁRIO
3……………………………………………………………..Cultura Indígena
3………………………….Elementos centrais da cultura indígena
4……………………………………………A dança na cultura indígena
5……………………………………………………………..Cultura Africana
6…………………………………………………Quilombo dos Palmares
CULTURA INDÍGENA
A cultura indígena possui importância fundamental na construção da identidade
nacional brasileira. Ela está presente em elementos da dança, festas populares, culinária e,
principalmente, na língua portuguesa falada no Brasil, que é fruto do processo de
aculturação entre povos indígenas, negros e europeus. É importante salientar que,
antropologicamente, é impossível falar em cultura indígena no singular, já que não existe e
nunca existiu homogeneidade entre as comunidades tradicionais indígenas existentes no
país. Pelo contrário, a diversidade se manifesta na pluralidade de povos, línguas e costumes
que elas possuem.
Apesar da grande contribuição que a cultura indígena deu para a formação da cultura
brasileira, é importante ressaltar que esse processo não se deu sem que houvessem muitas
perdas. A partir do encontro colonial com os portugueses, muitas comunidades indígenas
foram dizimadas e, com elas, as línguas, culturas, cosmologias e saberes que possuíam. De
acordo com dados do Censo 2010, atualmente, existem cerca de 800 mil indígenas no país,
o equivalente a 0,4% da população nacional. Esse número chegava a cinco milhões antes da
chegada dos colonizadores ao Brasil.
Dados da Fundação Nacional do Índio (Funai) dão conta da existência de 225 povos
indígenas e, pelo menos, 70 tribos que vivem em locais totalmente isolados. Mas apesar da
grande diversidade existente, é possível encontrar pontos de conexão na cultura indígena
resguardada por todos esses povos. O principal deles é a relação de respeito e cuidado com
a natureza, de onde, originalmente, retiravam o sustento, abrigo e proteção.

Elementos centrais da cultura indígena


Além da relação de cuidado com a natureza, que se mantém até os dias de hoje, quando
os povos indígenas disputam com o agronegócio o direito de usar as terras, é possível
apontar outros elementos que unificam a cultura indígena. Nesse sentido, podemos
mencionar o modo como as relações sociais eram construídas dentro das comunidades,
sobretudo no período pré-colonial, quando preponderava o coletivismo, sem sistemas
políticos de governo ou qualquer estrutura de Estado.
Outro aspecto importante observável na cultura indígena, é a ausência de moedas ou
qualquer outro sistema de trocas mercantis. Antes da colonização, não havia relações
econômicas entre as populações que povoavam o território que se constituiu como Brasil.
Da mesma forma, não existia sistema de escrita. Sendo assim, os conhecimentos, tradições
e ritos presentes em cada comunidade eram passadas através da oralidade. Esse fato
justifica a frase que diz: “Quando morre um pajé, se vai uma biblioteca inteira”.
A relação com a natureza
O modo como as comunidades indígenas se relacionam com a terra está amparado no
fato de que a utilizam para retirar seu sustento, através do consumo de frutas, legumes,
raízes, da caça e da pesca. Mas também diz respeito ao sistema de crenças existentes na
cultura indígena. Em muitas comunidades, existe a crença em seres espirituais que estão
diretamente ligados às forças da natureza. Entre eles, destaca-se a figura de Tupã, visto
como o ser supremo que possui domínio sobre a natureza.
Também era na natureza que as comunidades tradicionais encontravam mecanismos de
cura contra as enfermidades que acometiam o corpo e o espírito. Nesse processo, a figura
do pajé, uma espécie de líder espiritual, era de fundamental importância. Ele
desempenhava o papel de aconselhar, realizar ritos de cura e diversas outras atividades de
cunho espiritual dentro das aldeias.
O conhecimento produzido pelas comunidades indígenas acerca das ervas medicinais é
importante até os dias atuais. Muitas das plantas utilizadas há séculos por esses povos já
tiverem sua eficácia comprovada pela ciência e foram incorporadas às terapias tradicionais.
Por fim, cumpre salientar que era na natureza que os índios encontravam os materiais e
insumos necessários para preparar-se para momentos importantes da vida na aldeia, como
a guerra e as festas religiosas. Nesse sentido, cumpre mencionar não só os arcos e flechas,
como as pinturas, adornos corporais e toda produção artesanal feitas nas aldeias.

A dança na cultura indígena


As danças, assim como os cânticos indígenas, estão diretamente ligadas com a dimensão
espiritual dessas comunidades. Em geral, elas eram feitas em momentos festivos nos quais
eram realizados pedidos às divindades, como fartura na colheita, cura de doença e outros.
As danças também integravam momentos de busca de proteção contra os espíritos
malignos e rituais de agradecimentos.
É comum que algumas dessas danças sejam realizadas em movimentos circulares,
acompanhados por instrumentos sonoros e passadas ritmadas. Em alguns casos, o pajé se
faz presente durante esses rituais fazendo uso de máscaras. Entre as danças da cultura
indígena podemos listar: Acyigua, Atiaru, Toré, Kuarup.
A Cultura Africana
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante
o longo período em que durou o tráfico negreiro transatlântico. A diversidade cultural da
África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam
idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos trazidos ao Brasil incluíram
bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e
os hauçás e malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a
cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos
aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se
converter ao catolicismo.
Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos:
dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do
país; em certos estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada
em virtude da migração dos escravos.
Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira
baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente
distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos
com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.
A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente
na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o
azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o
vatapá, o caruru e o acarajé.
Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da
música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu,
terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros
gêneros musicais atuais. Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o
berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento
utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte
marcial criada pelos escravos no Brasil colônial.
Quilombo dos Palmares
O Quilombo dos Palmares é considerado o maior símbolo de resistência contra a
escravidão no Brasil. Os primeiros registros desses agrupamentos foram por volta de 1580
quando os escravos fugiram da capitania de Pernambuco para a região da Serra da Barriga.
Eles persistiram por quase um século formando uma comunidade de negros trazidos da
África.
As invasões holandesas em 1624-1625 e em 1630-1654 favoreceram a fuga desses
escravos dos canaviais nordestinos. Até à presente data, não é possível descrever um
número exato dos habitantes dos Palmares, mas estima-se que foi em torno de vinte mil.
Os senhores de engenho estavam com as atenções totalmente voltadas às invasões
holandesas e não à evasão dos negros.
Os escravos se dividiram em diversos povoamentos entre eles o de Cerca Real do
Macaco, considerado o maior centro político do Quilombo com em média 1.500 casas.
Subupira tinha em média 800 habitações onde realizavam as atividades militares. Zumbi foi
o maior líder do Quilombo e sua esposa Dandara comandava o exército feminino.
O Quilombo era todo cercado de madeira e a segunda fileira de cerca ficava a 300 metros
da primeira. Havia uma sentinela reforçada com pedras e a entrada era composta de um
portão também de madeira onde todo o acesso da aldeia era controlado. Nos arredores do
assentamento eram feitos diversas armadilhas executadas com buracos e lanças profundas
cobertas com folhas. Somente os moradores conheciam o caminho seguro para chegar ao
Quilombo.
As casas eram construídas de madeiras e folhas de palmeiras. O azeite servia como
líquido inflamável para cozinhar e manter as tochas acesas para iluminarem a aldeia
durante a noite. Os móveis e utensílios domésticos eram artesanais ou de cerâmica e as
cestas eram de tecidos trazidos ou furtados das fazendas vizinhas.
Todo meio de subsistência provinha das lavouras e eles plantavam milho, feijão,
mandioca, banana, goiaba, abacate, caju, etc. Caçavam, pescavam e armazenavam água em
poços. Os animais de pequeno porte e as galinhas eram criados no agrupamento. Falavam
português misturado com os dialetos de origem.
Há poucos registros sobre a organização política e alguns estudiosos afirmam que eles se
estabeleciam tal como os estados da África, onde um oligarca governava e ditava ordens.
Esse tipo de atitude leva a acreditar que dentro do próprio Quilombo havia escravidão e
esta prática acontecia devido à adaptação dos negros recém-chegados, que achavam que
não teriam que trabalhar como anteriormente, mas ao chegarem, viam que isso era
necessário para manter a subsistência no local. Outra teoria é de que alguns negros eram
capturados nas fazendas e levados para o Quilombo para realizarem trabalho forçado na
lavoura. No entanto há quem afirme que as atividades eram divididas conforme a
habilidade de cada pessoa.
Após a expulsão dos holandeses do país, as atenções dos portugueses se voltaram ao
cultivo da cana-de-açúcar e também ao aumento do preço do escravo. Com a mão-de-obra
cada vez mais escassa os colonos começaram a se atentarem mais na fuga dos escravos
tentando encontrar os que já haviam fugido.
Os quilombos liderados por Zumbi faziam vários ataques no engenho, libertavam
escravos, roubavam armas e munições. Após várias tentativas sem sucesso de vencer os
quilombos, os portugueses diziam que era mais fácil vencer os holandeses do que os
escravos.
Foi então que o governador de Pernambuco Caetano Castro delegou uma função ao
bandeirante Domingos Jorge Velho e ao Capitão-Mor Bernardo Melo que consistia em
capturar e coagir o quilombola Antônio Soares. Para a sua liberdade este tinha que revelar
aonde era o esconderijo do líder do Quilombo dos Palmares, e ele assim o fez.
Através de uma emboscada, Zumbi dos Palmares foi morto no dia 20 de Novembro de
1695. Sua cabeça foi cortada e exposta em praça pública como forma de demonstrar aos
outros escravos qual seria a consequência se tentassem fugir. Com a morte do maior líder
da resistência negra da época, a comunidade não conseguiu sobreviver. Em memória ao
Zumbi, a data de seu falecimento ficou conhecida como Dia da Consciência Negra no Brasil.

REFERÊNCIAS:

https://www.infoescola.com/historia/quilombo-dos-palmares/amp/
https://brasilescola.uol.com.br/cultura/cultura-africana.htm
https://brasilescola.uol.com.br/amp/historiab/quilombo-dos-palmares.htm
https://www.todamateria.com.br/quilombo-dos-palmares/amp/
https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/2_I.php

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