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REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA
As praticas musicas em comunidades indígenas ainda carecem de mais
estudos. Pois os primeiro estudos feitos sobre a música indígena são vagos e
de duvidosa aceitação, pois era vista de modo preconceituoso, e “Há ainda
forte preconceito e discriminação”.
Os trabalhos disponíveis são poucos mais devido ao crescimento das
populações indígenas no país, alguns estudiosos estão dando mais atenção.
Segundo Helsa comeu² que foi uma compositora, pianista, musicóloga e
escritora apaixonada pela a musica indígena brasileira. Comeu em seu artigo
sobre musica indígena na revista brasileira de folclore fez um levantamento dos
primeiros documentos sobre a musica indígena recolhidos segundo consta
pelo o padre calvinista Jean de Léry que fez uma viagem a França antártica
colônia francesa estabelecida na baia de Guanabara, atual cidade do Rio de
Janeiro, léry e os demais passaram mais de dois meses na região da Baía de
Guanabara, acolhidos pelo os índios tupinambás.
Portanto, os cantos encontrados na histoirie d`um Voyage a la terra do
brasil eram uma representação pura das músicas indígenas do XVI, são três os
1 Léry, J. hitoria de uma viagem feita ao brasil, primeira edição, Genebra, la Rochelle,1578.
2 Comêu, H. Musica indígena, Revista Brasileira de folclore, Ano/4ª, setembro e dezembro de 1962 .
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canticos recolhidos nesse época: Canide Lune o Canto do Peixe, dos quais
comêu deu mais destaque no artigo apresentado, e seu estilo de escrever fez
comparação ,entre as musicas de acordo com seu grupo étnicos e deixou claro
que só tiraria todas as conclusões somente após entender cada grupo étnicos,
comeu foi capaz de descrever sobre muitos instrumentos indígenas separando
os e de sopro, percussão e cordas.
A respeito de musica indígena no brasil encontramos o livro de Rosângela
Pereira de Tugny e Ruben Caixeta de Queiroz³, realizado com os benefícios da
lei municipal de incentivo á cultura de Belo Horizonte com o titulo de musicas.
Africanas e indígenas no Brasil. O índio é vista como uma pureza prototípica,
congelada no tempo e que foi se apagando com a aproximação do homem
branco, pois a á ideia do índio no país enquanto um índio puro paradisíaco,
isolado e atrasado distante da civilização.
Além disso, o índio em contato com a civilização corre o risco de perder
os seus valores étnicos, pois quando o índio deixa de ser puro ou isolado ele
simplesmente deixa de ser índio. Os autores do livro abordam a seguinte ideia,
de que música brasileira é constituídas de ritmos dos negros e harmonia do
homem branco e não se ver uma mistura da musica do índio e embora que se
entenda que a música do índio não mostra impacto na música brasileira é
possível levanta a hipótese de que a musica indígena faça parte do universo de
muitas músicas de vastas regiões do país.
Podemos ainda cita o livro cantando as culturas indígenas 4 fruto da
parceria de varias comunidades indígenas. Sendo assim esse livro é escrito por
vários autores, ou seja, “índios na visão de índios”, as praticas musicas é
fundamental, pois é na musicalidade de cada índio vive a memoria de
identidade, de acordo com o índio Nhenety Kariri-Xocó “os próprios índios são
construtores da própria educação passando para os descendentes. Devemos”.
cantar e gravar para quer os jovens ouçam , cantem e dancem. É cantando que
se aprende a viver
Ao analisa os autores do livro pude entender que é através das praticas
musicais que os índios demonstram várias fazes da presença dos nativos ao
longo da historia, desde a colonização ate os dias atuais, portanto o índio
através da música perpetua seus registros históricos socioculturais na vida da
mãe terra.
Barros fala sobre um estudo de dilapidação cultural onde as filtragens e
apropriações envolvidas5, as imposições, as diluições das culturas indígenas
tende sua inserção em uma realidade de mercado, isso com intuito da
aniquilação ser poupada da sociedade indígena que é uma cultura bem
riquíssima. É preciso notar que existem dificuldades de alguns estudiosos da
música sobre “músicas primitivas” como riqueza e não como incapacidade.
O ponto de afinação é percebido pelo estudioso ocidental, como se eles
fossem incapaz de atingir o som afinado, não entendendo assim que a melodia
indígena é utilizada de maneira simples, mas de um enriquecimento importante
como à presença de material escalar, que para o ocidental, remetem ao uso do
cromatismo. A prática da repetição variada de uma mesma melodia ocorre em
algumas oportunidades, onde se notam diálogos entre as vozes femininas e
masculinas que repetem em alturas diversificadas motivos temáticos.
O ritual do povo indígena Tenharim do rio Marmelo relatado por Paggion 6
podemos ver uma analise da liturgia empregada nessa manifestação cultural,
embora a festa tenha como foco central a partilha dos alimentos, a presença da
música se faz importante em todo decorrer do ritual. A festa inicia com as
expedições das aldeias depositando a carne ao lado do Moquém, assim
começam a dançar e tocar o Yreru’a, uma longa flauta de bambu.
O momento musical é descrito a principio com homens das aldeias
visitantes formando um semicírculo e com suas flautas começam a se
apresentarem, em seguida todos entram para dançar, formando assim uma
grande roda de dançarinos. A festa é feito ao redor das estacas que ficam
assando/defumando as carnes e peixe, que serão partilhados com todos.
A frente da dança sempre ia um senhor, que era solicitado pela dona da
festa para cuidar da dança, que eram vistas como animadas e todos dançavam
um pouco, nesse momento transitavam também os visitantes não índios, cuja
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