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ARTE

Nome: Nicole caroline Maciel de Oliveira

Professora:Lucilene

Referencias: Significados.com.br
Resumoescolar.com.br

Todamateria.com.br

Museuafrobrasil.com
Historia da cultura afro-brasileira

Navio Negreiro – Johann Moritz Rugendas, 1830.

A cultura afro-brasileira é caracterizada e construída pela incorporação das


expressões culturais dos africanos com outras tradições e culturas que formam a
identidade brasileira, como a indígena e a europeia

Durante o Brasil Colonial, todo o tipo de manifestação cultural de origem africana


era desestimulada e marginalizada na sociedade. Naquela época, os costumes e
tradições dos povos africanos eram considerados primitivos e selvagens pelos
europeus.

Com o fim da escravidão no Brasil (1888), começa um lento processo de


reinterpretação da cultura africana. Em meados do século XX, a elite brasileira começa
a enxergar alguns aspectos culturais africanos como expressões artísticas legítimas e
que representam a identidade nacional.

Aproximadamente 40% de todos os negros que foram capturados de suas terras na


África foram vendidos como escravos no Brasil. Devido a essa migração massiva, a
presença da cultura africana ajudou a constituir a base dos atuais costumes e tradições
dos brasileiros.

A cultura afro-brasileira está presente em quase todas as formas que compõe a


identidade cultural nacional, como a dança, música, culinária, religião, folclore, etc.

Algumas partes do Brasil foram as que mais receberam escravos, principalmente


durante a época do Brasil Colônia e especificamente, dos quilombos dos palmares.
Sendo assim, estados como Alagoas, Bahia, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro,
Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que concentraram no passado muitos
escravos imigrantes da África (principalmente da Região Sul0) são os que hoje mantém
maior influência desse público.

Música e dança na cultura afro-brasileira

Esses são dois aspectos que tiveram grande influência da cultura africana. Com o
tambor como base para os ritmos, muitos gêneros musicais e de dança se
consolidaram no país, como o Maracatu, a Cavalhada, a Congada, a Capoeira, o Samba,
entre outros

Capoeira
Apenas a partir da década de 1930 é que a prática passou a ser permitida no país,
através de uma lei sancionada pelo presidente Getúlio Vargas.

Originalmente, a capoeira tinha o propósito de servir como defesa pessoal dos


escravos fugitivos. Ao acrescentar melodias enquanto executavam os movimentos,
faziam de conta que se tratava de uma dança e podiam treinar dentro das senzalas
sem levantar suspeitas.

Samba

O samba surgiu entre os escravos nas senzalas, onde os homens cantavam e tocavam
instrumentos de percussão (tambores, por exemplo), enquanto as mulheres dançavam
ao som do ritmo.

Culinária na cultura afro-brasileira

A culinária afro-brasileira usa de ingredientes trazidos pelos povos africanos e


adapta algumas receitas tradicionais dos portugueses e indígenas, criando uma
gastronomia própria e rica.
Feijoada portuguesa foi adaptada pelos escravos, acrescentando partes pouco
nobres da carne de porco (por exemplo), couve cozida e farinha de mandioca torrada
(farofa)

Religioes afro-brasileira
A religião afro-brasileira se caracterizou pelo sincretismo com o catolicismo, donde
unia aspectos do cristianismo às suas tradições religiosas.

Isso ocorreu para que eles pudessem realizar as práticas religiosas africanas
secretamente (associação de santos com orixás), uma vez que a conversão era apenas
aparente.

No Brasil, a escravidão colocou em contato as religiões de diferentes povos


africanos, que acabaram por assimilar e trocar entre si elementos semelhantes de suas
culturas. Assim se sobrepuseram e se fundiram ritos de origem distinta num amálgama
comum de que surgiram as religiões afro-brasileiras. O candomblé é uma das religiões
afro-brasileiras mais conhecidas em todo o País, sendo seu panteão constituído
pelos orixás, inquices e voduns, divindades dos povos ioruba, banto e jeje,
respectivamente.

As religiões afro-brasileiras recebem nomes diferentes dependendo do lugar e do


modelo de seus ritos. No nordeste há o tambor-de-mina maranhense,
o xangô pernambucano e o candomblé baiano. No Rio de janeiro e São Paulo
prevalecem a umbanda e o candomblé e no Sul, o batuque gaúcho. Isso evidencia as
permanências e transformações africanas nas religiões afro-brasileiras. [...]

De uma perspectiva histórica, todas essas formas de religiosidade foram vistas pelos
colonizadores europeus e cristãos como perigosas expressões de idolatria e pecado, a
serem extirpadas pela conversão, para garantir aos escravos a salvação de sua alma.
Ainda hoje persiste essa visão que associa expressões religiosas afro-brasileiras como
o candomblé e a umbanda a ritos demoníacos de feitiçaria.

Cultura indígena
Cultura indígena brasileira é vasta e diversificada, e os povos indígenas foram
grandes influenciadores da formação da identidade cultural brasileira.

A cultura indígena brasileira é vasta e diversificada, ao contrário do que pensa o


senso comum. Os historiadores estimam que, no início do século XVI, havia quatro
agrupamentos linguísticos principais: tupi-guarani, jê, caribe e aruaque. Essas famílias
linguísticas compartilhavam o mesmo idioma e culturas semelhantes.

Antes da colonização, os índios que habitavam o território (hoje denominado


Brasil) tinham uma cultura similar em alguns pontos, tais eram: organização social
baseada no coletivismo; ausência de política, Estado e governo; ausência de moeda e
de trocas mercantis; religiões politeístas baseadas em elementos da natureza; e
ausência da escrita.

Ao contrário do imaginário popular e do que os livros didáticos contavam, não


houve uma descoberta do Brasil, por meio dos portugueses. Segundo dados da Funai
(Fundação Nacional do Índio), antes da invasão dos europeus, o território Pindorama
era morada de cerca de 3 milhões de habitantes nativos, posteriormente chamados de
indígenas, em referência às Índias, local ao qual os portugueses acreditavam ter
chegado.
É muito comum que se resuma a história dos povos indígenas brasileiros a partir da
colonização portuguesa. De fato, esse acontecimento é um marco na trajetória dos
povos indígenas, pois a partir disso, inicia a luta pelas terras, por sobrevivência e por
direitos básicos que perdura até os dias de hoje, somando 521 anos de resistência.

No entanto, conhecer as origens dos povos indígenas é igualmente importante,


para garantir o respeito, a defesa e o reconhecimento da cidadania de um povo que,
sem prévio aviso, perdeu terras, alimentos, liberdade e vidas.

Tipos de danças indígenas

Toré
Toré é o nome de uma dança realizada por diversas etnias da América latina, sendo
muito comum no nordeste brasileiro e em Minas Gerais.

É geralmente realizada ao ar livre, em disposição circular, usando instrumentos


musicais e entoando cantos tradicionais.A intenção do toré é criar uma grande ligação
com a natureza e os espíritos da floresta, resgatar a ancestralidade e se relacionar com
antepassados.

Essa dança também se tornou simbólica do ponto de vista das lutas e resistências
dos povos indígenas frente ao seu contínuo apagamento histórico e social na
sociedade brasileira.

Kuarup
Uma dança ritual de destaque dos indígenas do Alto Xingu, no Mato Grosso, é
Kuarup (ou Quarup).

Ela está intimamente ligada a uma árvore da região, cuja madeira recebe o nome de
Kuarup. Esse é um elemento essencial na cerimônia, sendo adornado nas cores
amarela e vermelha em pinturas cheias de significado.

A dança tem como objetivo reverenciar os mortos, fazendo uma despedida dos
entes queridos que já não estão nesse plano.Assim, as aldeias vizinhas se reúnem e os
participantes invocam espíritos, entregam oferendas e dizem palavras de
agradecimento.O evento ocorre apenas nas noites de lua cheia, quando são realizadas
danças com o elemento fogo e rezas até o amanhecer.
Dança Cateretê
Também conhecida como Catira, essa dança é atualmente realizada no interior de
São Paulo e faz parte da cultura sertaneja.

Sua origem carrega elementos indígenas, mas também africanos e europeus, sendo
fruto de uma mistura das diversas culturas presentes no solo brasileiro.Inicialmente
praticada apenas por homens, hoje também recebe mulheres no grupo.

A disposição é feita em fileiras, onde um de frente para o outro faz movimentos de


batidas comas mãos e os pés, numa espécie de sapateado.

Alimentação indígena
A alimentação dos povos indígenas provém basicamente destas atividades: pesca,
caça, coleta e agricultura.

A coleta é normalmente tarefa feminina. Dentre os itens coletados, há as nozes,


raízes, frutas silvestres e mel.

Aves, macacos, antas, porcos-do-mato, capivaras e tatus são exemplos de animais


caçados, seja por armadilhas, zarabatanas ou arco e flecha.

Para conservar a carne, os índios usam a técnica do moquém, que consiste na


instalação de uma estrutura de madeira sobre a fogueira. A carne moqueada (ou
defumada) é usada em diferentes receitas.

Dentre os itens tradicionalmente cultivados pelos povos indígenas, podemos


destacar a mandioca e o milho. Para muitas tribos, a mandioca é a base da
alimentação.

Em geral, existe uma divisão sexual do trabalho: mulheres realizam a coleta e


cuidam da roça e os homens caçam. A caça pode ser feita individualmente ou em
grupo. Quando saem para caçar, os homens podem passar dias acampando no meio da
mata.

Entre os índios Yanomami, as mulheres cuidam da agricultura e da coleta e os


homens caçam. 80% dos alimentos consumidos pelos povos Yanomami vêm das
atividades agrícolas.
Religião dos povos indígenas

Cada povo indígena brasileiro tem o seu próprio sistema de crenças, com seus rituais,
seus deuses e suas lendas Se é impossível falar de uma única cultura indígena, é
impossível falar de uma única.

Algumas das principais características das religiões dos povos indígenas é a figura
do xamã – o pajé (pai’é), em tupi-guarani.

O pajé é um líder espiritual, um especialista em assuntos religiosos que, através do


transe, consegue entrar em contato com os espíritos dos antepassados e seres
sobrenaturais.

O pajé, portanto, é aquele que estabelece a intermediação entre a aldeia dos vivos
e a “aldeia” dos espíritos, sejam estes pertencentes a pessoas ou animais.

A principal tarefa dos xamãs é a cura. Através desse trânsito entre o mundo dos
vivos e a dimensão sobrenatural, o xamã consegue controlar os espíritos causadores
das enfermidades, evitando inclusive a morte do paciente.

As religiões dos povos indígenas do Brasil são politeístas, cultivam muitas entidades
e não há a adoração a uma única divindade. Também não há dogmas ou um conjunto
de doutrinas registradas em livros sagrados, como a Bíblia.

Um traço importante da religiosidade dos povos indígenas é a crença em seres


sobrenaturais ou espíritos. Essas divindades variam bastante entre as etnias. Os
Yanomami, por exemplo, creem na existência de espíritos da floresta (xapiri) que
moram no topo das montanhas.

Entre os Tenetehara (conhecidos, no Maranhão, como Guajajara, e no Pará, como


Tembé), existe a crença tradicional nos karoara, seres sobrenaturais.

Os Tenetehara distinguem quatro tipos de espíritos:

 espíritos criadores

 espíritos das florestas

 espíritos dos mortos

 espíritos dos animais

Um importante mito tupi fala de Mahyra, espírito criador ou herói mítico ancestral.
Num mundo completamente destruído por um grande incêndio, Mahyra saiu de um pé
de jatobá, criou uma mulher para si (com quem teve filhos), construiu a primeira casa,
cultivou a primeira plantação de milho e entregou o fogo aos homens. Assim, na
mitologia tupi, Mahyra é um herói civilizador.

Entre os índios suruí, que habitam os estados de Mato Grosso e Rondônia,


os karoara são espíritos negativos, responsáveis por provocar doenças e até a morte.
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