Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
de história
etnias amazinicas
. .
Etnias
01 BARÉ
02 BANAWÁ
03 ARUÁ
. .
Baré
Os índios Baré e Werekena (ou Warekena)
vivem principalmente ao longo do Rio Xié e alto
curso do Rio Negro, para onde grande parte
deles migrou compulsoriamente em razão do
contato com os não-índios, cuja história foi
marcada pela violência e a exploração do
trabalho extrativista. Oriundos da família
lingüística aruak, hoje falam uma língua franca,
o nheengatu, difundida pelos carmelitas no
período colonial. Integram a área cultural
conhecida como Noroeste Amazônico.
.
Localização e A área formada pelo Rio Xié e alto curso do
população
Rio Negro, acima da foz do Uaupés, é ocupada
principalmente pelos índios Baré e Werekena,
sendo que mais de 60% dos índios do Xié se
identifica como Werekena. São
aproximadamente 140 sítios e povoados, onde
residem cerca de 3.200 pessoas. A maioria da
população vive em “comunidades”, como são
chamados esses povoados na região, que
geralmente compõe-se de um conjunto de
casas de pau-a-pique construídas em torno de
um amplo espaço de areia limpa; uma capela
(católica ou protestante); uma escolinha; e,
eventualmente, um posto médico. Há, porém,
comunidades que não possuem nada além das
casas de moradia. Os principais povoados são
Cucuí, Vila Nova e Cué-Cué.
No Rio Xié existem hoje nove comunidades: Vila Nova, Campinas, Yoco, Nazaré, Cumati, Tunu,
Umarituba, Tucano e Anamuim. As comunidades situadas à montante da cachoeira de Cumati são:
Tunu, Umarituba, Tucano e Anamuim. No caso de Tunu, localizada numa ilha, sua população vive
.
majoritariamente em sítios pequenos, tais como Macuxixiri ou Cuati, indo para a comunidade
apenas na época das festas de santo, em junho.
líguas
Os Baré e os Werekena falavam línguas da família Aruak. Mas com o
contato com missionários e a colonização adotaram a Língua Geral
ou nheengatu e, atualmente, esta língua representa uma marca de
sua identidade cultural. Ainda assim, algumas comunidades do Alto
Xié falam Werekena, utilizando-a situacionalmente.
Originado num cataclismo celeste causado por uma enorme briga entre
parentes, o mundo terreno foi o palco de um acordo político entre aqueles
que, por serem causadores da tragédia inaugural, foram condenados a
viver no chão. A divisão em pequenos subgrupos, independentes e
autônomos, mas integrados numa rede de prestação intercomunitária,
sobretudo para as temporadas de caça e festas, teria sido estabelecida
como uma espécie de pacto a garantir a não repetição dos conflitos que
deram origem à vida terrena. Também o etnônimo de que se servem tem
relação com o mito de origem: Ukarãngmã - quase que literalmente
"povo das araras vermelhas"- é como se denominam, numa referência à
participação que aqueles pássaros teriam tido logo após a tragédia que
deu origem ao mundo terreno. No mito, foram as araras vermelhas que
tentaram levar de volta aos céus muitos dos que de lá caíram.
.
Os Arara não possuem um termo específico para "aldeia",
reunião de casas em um espaço comum. A indistinção
entre casa e aldeia aponta também para o fato de que,
como no passado, e não muito remoto, uma única casa
pode ser toda a extensão da moradia de um grupo local;
sem o reconhecimento de uma "aldeia" propriamente dita,
espaço de reunião de diferentes moradias, os Arara vêem
como co-extensivas, a casa e a aldeia.
Fim