Você está na página 1de 5

1.

Maracatu (Pernambuco)

O maracatu pode ser chamado de dança, pois ela é geralmente conhecida


como manifestação cultural do nordeste.

Geralmente ocorre no estado de Pernambuco e data da época colonial,


trazendo elementos fortes africanos, portugueses e indígenas.

A dança manifesta-se de forma elaborada e constitui um componente de


destaque nessa festa que simula a coroação de reis do Congo.

A espiritualidade é outro ponto importante no maracatu, que está


intimamente interligado às religiões de matriz africana como o candomblé,
o que é possível observar através dos movimentos realizados sobretudo
pelas baianas e damas do paço.

Uma característica que salta aos olhos nessa grande celebração são as
vestimentas, ricamente elaboradas com fitas, brilhos e cores intensas.

2. Samba de roda (Bahia)


Samba de roda é uma manifestação folclórica brasileira que reúne música
e dança. Sua origem ocorreu no estado da Bahia e está relacionada às
rodas de batuque realizadas entre os africanos escravizados na época do
Brasil colonial, no século XVII.

Se chama samba de roda, pois os participantes se colocam em formação


circular.

Os músicos tocam instrumentos como pandeiro, cavaquinho, violão e


agogô, enquanto outras pessoas dançam no centro da roda e os demais
acompanham com palmas.

Essa é uma expressão popular que está ligada aos chamados cantos de
trabalho, músicas entoadas por trabalhadoras e trabalhadores durante a
lida em tarefas muitas vezes repetitivas.

Entretanto, o samba de roda é também uma oportunidade de celebração,


divertimento e interação social.

3. Frevo (Pernambuco)

Mais uma dança típica nordestina é o frevo. Surgida em Pernambuco, essa


dança folclórica faz parte da tradição carnavalesca de rua, principalmente
nas cidades de Olinda e Recife.
Datada do século XIX, a manifestação surge como uma forma de
resistência e afirmação do povo negro na figura de escravos libertos, os
chamados “capoeiras”, em um contexto pós-abolicionista de disputas e
repressão.

A palavra “frevo” têm origem no termo “frever”, usado pelo povo com o
significado de ferver, e se encaixa perfeitamente ao ritmo acelerado e
frenético da dança.

Os instrumentos que embalam o ritmo são os de sopro e os movimentos


são habilidosos e rápidos, incluindo alguns originados na capoeira.

O figurino é colorido e a presença de uma pequena sombrinha é essencial.

4. Catira (Goiás, Minas Gerais e interior de São Paulo)

Na região sudeste há uma dança popular típica de algumas cidades do


interior, a catira. Essa manifestação folclórica surgiu como parte da cultura
sertaneja e foi se difundindo para outros locais do Brasil, como a região
centro-oeste.
Sua origem abarca elementos da cultura indígena, europeia e africana,
datando do período colonial.

Está interligada à atividade dos tropeiros, homens que tinham a função de


conduzir grupos de animais de um local a outro. Assim, durante os
encontros e momentos de folga e descontração desses trabalhadores,
surgiu a catira.

A dança tem como trilha sonora a moda de viola e seus participantes são
dispostos em duas fileiras, uma de frente para outra. Os movimentos são
basicamente as palmas, pulos e batidas dos pés no chão, como uma
espécie de sapateado caipira.

5. Bumba meu boi (Norte e Nordeste)

No norte e nordeste do Brasil temos a festa do Bumba meu boi (ou Boi
Bumbá). A expressão popular reúne dança, música e encenação, surgindo
por volta do século XVII entre a população escravizada.
Está relacionada à lenda da Mãe Catirina e traz a encenação de uma
história que simboliza as relações entre trabalhadores e patrões.

Com diversos elementos e personagens ricamente trajados com figurinos


e fantasias extravagantes, o Bumba meu boi é, além de uma brincadeira,
uma celebração a santos populares.

A manifestação carrega ainda influências dos povos indígenas e africanos,


sendo a estrela da festa a figura do boi, que na história contada é morto e
depois ressuscita pelas mãos de um pajé.

Você também pode gostar