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As civilizações pré-colombianas - incas, astecas e maias.

Estes três povos eram sedentários e viviam em cidades onde havia templos,
palácios, mercados e casas. Embora sejam muito diferentes entre si, podemos
destacar algumas características comuns das sociedades pré-colombianas.

As sociedade pré-colombianas eram extremamente hierarquizadas com o


imperador no topo da hierarquia, seguido pelos sacerdotes, chefes militares,
guerreiros e camponeses que cultivavam a terra.

A agricultura era a base de sua economia e plantavam milho, batata e abóbora,


entre outros. Praticavam o artesanato, especialmente a cerâmica, mas também
faziam peças de metais.

Igualmente, davam importância à vestimenta, na qual existia uma distinção


muito clara entre as roupas dos nobres e as das pessoas comuns.

Por fim, outra característica das sociedades pré-colombianas é o politeísmo.


Vários deuses ligados ao ciclo da vida eram cultuados em cerimônias que
incluíam procissões e sacrifícios de humanos e animais.
Literatura de Cordel

O cordel veio de Portugal e chegou ao Brasil por meio dos colonizadores, tornando-se popular por auxiliar na
criação e distribuição da cultura popular e folclórica das regiões do Nordeste brasileiro. Hoje a literatura de cordel é
patrimônio imaterial do Brasil, isto é, uma manifestação regional que é transmitida por gerações, de pai para filhos,
por muito tempo, gerando um sentimento de identidade dos povos que praticam essa manifestação.

Os cordéis hoje são muito importantes para a preservação dos costumes regionais, mas também porque
incentivam a leitura, diminuindo o analfabetismo nessas regiões. Com linguagem simples, os cordéis começaram
por meio dos repentistas, violeiros que inspiravam histórias para os poetas de bancada – nome dado aos autores
de cordéis – e que também, por vezes, cantavam os cordéis para a população, que, antigamente, era grande parte
analfabeta.

Principais características
Por serem versos musicalizados, possuem rimas e, às vezes, métrica.Tratam de costumes locais, fortalecendo as
identidades regionais.É muito conhecida pelas xilogravuras (imagens impressas em madeira), que ilustram as
páginas dos poemas. Essa técnica é muito usada na literatura de cordel porque, uma vez que a matriz do desenho
é feita, é possível imprimir o desenho inúmeras vezes.
Principais poetas

Leandro Gomes de BarrosSegundo documentos, Leandro foi o primeiro brasileiro a escrever cordéis,
produzindo 240 obras, que ficaram muito conhecidas pelo imaginário popular do Nordeste brasileiro. Os
cordéis de Leandro ficaram muito conhecidos pelo Brasil por meio da peça ‘Auto da compadecida’, de Ariano
Suassuna, que era baseada em seus cordéis.João Martins de AthaydeFicou conhecido por inserir imagens de
artistas de Hollywood à cultura tradicional dos cordéis. Fez parte da primeira geração de autores, que
possuíam a própria editora especializada em cordel, e ajudou a propagá-la.Resumo"é uma manifestação
cultural bastante popular na região Nordeste do Brasil. Os textos que compõem esse tipo de literatura
apresentam caráter narrativo. Porém, são escritos em versos regulares. Tais textos são caracterizados por
uma linguagem simples, satírica e regional. E são impressos em folhetos."A literatura de cordel tem grande
importância por ser um espaço que mantém tradições ligadas à cultura nordestina, por isso, tornou-se
patrimônio imaterial do Brasil. Vindo de Portugal, ganhou aqui no Brasil uma forma nova, tornando-se
símbolo de toda a Região Nordeste
Ritmos brasileiros

Frevo
Trata-se de uma marcha de ritmo sincopado, obsedante, e frenético, que é a sua característica principal. A coreografia é
improvisada e quase acrobática, executada originalmente com roupas coloridas e uma sombrinha. Não se pode deixar de
mencionar que, a partir da década de 1970, o frevo ganhou espaço também no carnaval baiano: Caetano Veloso e Gilberto
Gil compuseram diversos frevos, a serem executados em trios elétricos.

Maracatu
Tem origem negra e religiosa. Grupos de negros acompanhavam os reis do Congo, eleitos pelos escravos, que eram
coroados nas igrejas, em que depois faziam um batuque em homenagem à padroeira ou, em especial, a Nossa Senhora do
Rosário, padroeira dos homens negros. O ritmo surgiu em Pernambuco, mas também se encontra em outros estados do
Nordeste.

Forró
O nome forró deriva de forrobodó, "divertimento pagodeiro", segundo o folclorista Câmara Cascudo. O forró era em sua
origem um baile animado por vários gêneros musicais, como o baião, o xote, e o xaxado. Nesse sentido, também era
conhecido como "arrasta-pé" ou "bate-chinela". O forró, hoje, é praticamente um gênero musical que engloba os ritmos
acima mencionados. Sua origem é o sertão nordestino e os instrumentos musicais utilizados são basicamente a sanfona ou
acordeão, o triângulo e a zabumba.
Baião, xote e xaxado

O baião, segundo o folclorista Câmara Cascudo, associa os termos "baiano" e "rojão", pequenos trechos musicais
executados por viola, no intervalo dos desafios entre os cantadores de improviso. Mas o gênero consagrou-se e ganhou
novas características quando o sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga ) popularizou-o através do rádio em todo o Brasil. É
este o ritmo que predomina hoje nos forrós.

O xote é um ritmo mais lento, para se dançar a dois, de origem alemã, mas que se radicou no Nordeste e mistura os passos
de valsa e de polca. Quanto ao xaxado, originalmente, era uma dança exclusivamente masculina, executada pelos
cangaceiros, sem acompanhamento instrumental para o canto, com o ritmo marcado pela coronha dos rifles, batidos no
chão. O nome xaxado deve ser uma onomatopeia do xá-xá-xá que faziam as alpercatas de couro ao se arrastarem no chão.
A dança, difundida por Lampião e seu bando, dispensava a presença feminina. Segundo Luiz Gonzaga, "nessa dança, a
dama é o rifle".
Coco, lundu e maxixe

Outra dança tradicional do Nordeste e do Norte, o coco, tem origem incerta: alguns dizem que veio da África com os
escravos, e há quem defenda ser ela o resultado do encontro entre as culturas negra e índia. Apesar de frequente no
litoral, o coco teria surgido no Quilombo dos Palmares, a partir do ritmo em que os cocos eram quebrados para a retirada
da amêndoa. A sua forma musical é cantada, com acompanhamento de um ganzá ou pandeiro e da batida dos pés.
Também conhecido como samba, pagode ou zambê, o coco originalmente se dá em uma roda de dançadores e tocadores,
que giram e batem palmas.

Já o lundu foi o primeiro gênero afro-brasileiro de canção popular. Originalmente era uma dança sensual praticada por
negros e mulatos em rodas de batuque, fixando-se como canção apenas no final do século 18. Posteriormente, no século
19, com harmonização erudita, chegou aos salões das elites cariocas. Contudo, o ritmo desapareceu no início do século 20,
ou melhor, misturou-se ao tango e à polca e deu origem ao maxixe ). Este apareceu entre 1870 e 1880, como dança, e
tornou-se gênero musical por volta de 1902.

Apesar de o tambor e os instrumentos de percussão, em geral, serem bem conhecidos dos portugueses, foram os africanos
que introduziram no país a maior variedade que deles existe hoje, além das danças que têm na percussão a sua essência,
caso do Tambor-de-crioulo. Este compõe-se de uma série de cantos e dança, ao som de triângulo, cabaça e tambores.
Além do folclore

Se os ritmos anteriormente mencionados, por sua origem popular, rural e localizada em determinadas regiões, têm caráter
explicitamente folclórico, talvez não se possa dizer o mesmo de um ritmo como o chorinho ). O Chorinho surge no Rio de
Janeiro, então capital federal, e deriva de uma interpretação da polca. Tornou-se popular, junto com as modinhas, por volta
de 1870, com conjuntos que acompanhavam serenatas com violão, cavaquinho e flauta. É cultivado até os dias de hoje,
tanto que em São Paulo e no Rio de Janeiro há casas noturnas especializadas em chorinhos ou que oferecem alguma noite
da semana especificamente a este gênero.

O samba deriva de diversos ritmos africanos e seu nome vem da palavra "semba", que quer dizer "umbigada", ou dança de
roda onde os participantes se tocam pela barriga. Ao longo do século 20, o samba evoluiu e ganhou várias formas, como o
samba-canção, o samba de breque, o samba enredo e, mais recentemente, o pagode. Como se disse antes, o samba
tornou-se um símbolo do Brasil e sua maior expressão se dá no carnaval, em especial do Rio de Janeiro e, mais
recentemente, também em São Paulo.

A bossa nova também não pode deixar de ser mencionada entre os ritmos brasileiros, inclusive por seu prestígio
internacional. Bossa nova foi o nome dado a um movimento musical lançado no Rio de Janeiro no fim dos anos 1950, por
cantores e compositores de classe média. Suas características mais marcantes foram dadas por João Gilberto) que
integrava melodia, harmonia e ritmo e uma maneira mais intimista de cantar. As letras extraíam seu lirismo do cotidiano.
Além do já citado João Gilberto, teve como seus maiores expoentes Tom Jobim ) e Vinícius de Moraes ).
Movimento Armorial

A Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos
"folhetos" do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de Cordel), com a Música de viola, rabeca ou pífano que
acompanha seus "cantares", e com a Xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das
Artes e espetáculos populares com esse mesmo Romanceiro relacionados." Ariano Suassuna, Jornal da Semana,
Recife, 20 maio 1975.

O Movimento Armorial surgiu sob a inspiração e direção de Ariano Suassuna, com a colaboração de um grupo de
artistas e escritores da região Nordeste do Brasil e o apoio do Departamento de Extensão Cultural da Pró-Reitoria
para Assuntos Comunitários da Universidade Federal de Pernambuco.

Teve início no âmbito universitário, mas ganhou apoio oficial da Prefeitura do Recife e da Secretaria de Educação do
Estado de Pernambuco.

Foi lançado oficialmente, no Recife, no dia 18 de outubro de 1970, com a realização de um concerto e uma
exposição de artes plásticas realizados no Pátio de São Pedro, no centro da cidade.

Seu objetivo foi o de valorizar a cultura popular do Nordeste brasileiro, pretendendo realizar uma arte brasileira
erudita a partir das raízes populares da cultura do País.
Segundo Suassuna, sendo "armorial" o conjunto de insígnias, brasões, estandartes e bandeiras de um povo, a heráldica
é uma arte muito mais popular do que qualquer coisa. Desse modo, o nome adotado significou o desejo de ligação com
essas heráldicas raízes culturais brasileiras.

O Movimento tem interesse pela pintura, música, literatura, cerâmica, dança, escultura, tapeçaria, arquitetura, teatro,
gravura e cinema.

Uma grande importância é dada aos folhetos do romanceiro popular nordestino, a chamada literatura de cordel, por
achar que neles se encontram a fonte de uma arte e uma literatura que expressa as aspirações e o espírito do povo
brasileiro, além de reunir três formas de arte: as narrativas de sua poesia, a xilogravura, que ilustra suas capas e a
música, através do canto dos seus versos, acompanhada por viola ou rabeca.

São também importantes para o Movimento Armorial, os espetáculos populares do Nordeste, encenados ao ar livre,
com personagens míticas, cantos, roupagens principescas feitas a partir de farrapos, músicas, animais misteriosos como
o boi e o cavalo-marinho do bumba-meu-boi.

O mamulengo ou teatro de bonecos nordestino também é uma fonte de inspiração para o Movimento, que procura
além da dramaturgia, um modo brasileiro de encenação e representação.

Congrega nomes importantes da cultura pernambucana. Além do próprio Ariano Suassuna, Francisco Brennand,
Raimundo Carrero, Gilvan Samico, entre outros, além de grupos como o Balé Armorial do Nordeste, a Orquestra
Armorial de Câmara, a Orquestra Romançal e o Quinteto Armorial.

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