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Dança de Salão

A dança de salão é toda a dança social, ou seja, que se dança a dois. Os


mais variados ritmos são englobados pela dança de salão.
A dança de salão foi introduzida no Brasil em 1914, a princípio com
a valsa e a mazurca.
Os ritmos mais presentes nos salões do Brasil, assim como nas academias
de dança são: soltinho, forró, samba de gafieira, tango, bolero e salsa.
Devido à riqueza de ritmos, as danças de salão podem ser classificadas como
latinas ou clássicas.

1- BOLERO

O Bolero é uma dança romântica por natureza. É dançada em par e


caracterizada pelo abraço sem “sobras”. É uma dança dinâmica, que possibilita
rodar muito o salão.

A palavra bolero vem de “boleras” que eram ornamentos de vestidos de


dançarinas espanholas que imitavam bailados ciganos.

Há controvérsias sobre a origem do bolero, no entanto acredita-se que


esse ritmo se desenvolveu em Cuba, com influência espanhola e de outros e de
outros países hispânicos, como República Dominicana, Porto Rico e México.

1.1- História do bolero

Não há consenso sobre as origens históricas do ritmo: enquanto alguns


estudiosos defendem que ele foi trazido pelos árabes que ocupavam a
Península Ibérica (onde se localizam Espanha e Portugal), outros afirmam que o
bolero vem de danças originadas na Inglaterra e na França, que se misturaram a
ritmos nativos da América e da África.
No entanto, é certo que a vertente musical encontrou sua casa nos países
latinos, em especial Cuba e México, de onde vieram os primeiros representantes
do gênero, como o cubano Pepe Sánchez, cantor do sucesso “Tristezas”, de
1885.

1.2- Evolução do ritmo e adaptação brasileira

Se antes o bolero apresentava temáticas mais voltadas para a melancolia,


com passos de dança lentos e acompanhados de castanholas e violões, com o
passar do tempo mudanças foram surgindo, como a adoção de temas mais
românticos e ritmos mais acelerados, influenciando o mambo e a salsa, por
exemplo.

A forma de dançar também mudou: o casal que antes dançava afastado,


apenas com movimentos de aproximação e distanciamento sutis, deu lugar à
sensualidade e à proximidade na dança, o que foi uma provável influência de
ritmos como a rumba.

No Brasil, o bolero passou por enormes adaptações e influências dos


gêneros nacionais, como o samba de gafieira, e estrangeiros, como o tango,
que trouxeram passos de dança mais complexos, como passos cruzados,
caminhadas e giros, em contraste com a prática tradicional, também conhecida
como o “dois pra lá, dois pra cá”.

1.3- Curiosidades do bolero

Ritmo latino por excelência, o bolero é visto como a dança mais nobre
entre as variedades de salão e é orgulho nacional de Cuba, país que exportou
inúmeros sucessos e artistas do gênero. Uma das origens prováveis de seu
nome é a palavra “volero”, ou “voar”, uma referência ao movimento das saias
das dançarinas.

O Brasil, com seu bolero mais trabalhado e sensual, também produziu


ícones do ritmo, como Lindomar Castilho, autor do sucesso “Você é doida
demais”.

2. Polco

A Polca é uma dança popular da Chéquia, da região da Boêmia.


No século XIX esta região fazia parte do antigo Império Austro-Húngaro. A
dança foi introduzida nos salões europeus da era pós-napoleônica com o
atrativo da aproximação física dos dançarinos, ao prever duas possibilidades de
evolução do par enlaçado: rodeando (um giro após seis passos, com meio giro
no quarto, e outro depois dos três últimos), ou, mais animadamente, com
rápidos pulinhos nas pontas dos pés.

Tudo dentro de um compasso binário simples, de movimento em


allegretto, cujo ritmo à base de colcheias e semicolcheias, com breves pausas
regulares no fim do compasso, permitia aos pares as novas possibilidades de
aproximação dos corpos que viria a chamar popularmente de dançar agarrado.
A Polca não foi famosa no Brasil na época de 1858, as pessoas se
revoltavam drasticamente com esse gênero e com muitas danças criadas desse
estilo pela compositora brasileira Chiquinha Gonzaga.

Interpretada pela primeira vez no Brasil na noite de 3 de julho de 1845 no


palco do Teatro São Pedro, no Rio de Janeiro, pelas duplas de atores Felipe e
Carolina Cotton e Da Vecchi e Farina – segundo pesquisa de Vicente de Paula
Araújo em jornais da época – a polca espalhou-se pelos salões de todo o país
como uma espécie de febre que explicaria, inclusive, a criação em 1846 de uma
Sociedade Constante Polca na corte carioca.

Cultivada por compositores de teatro musicado e amadores


componentes de grupos de choro, a polca acabaria por fundir-se com outros
gêneros locais de música popular desde a virada dos séculos XIX/XX, para
chegar à era dos discos mecânicos. E isso demonstrado pelo levantamento de
centenas de gravações, entre 1902 e 1928, de polcas dobrado, galope, fado,
fadinho, lundu, tango e, ainda em criações originais tipo polca militar e polca
carnavalesca.

A polca foi revivida após a década de 1930 em composições eventuais


agora sob as firmas de polca-choro, polca-maxixe, polca-baião e até numa
curiosa experiência de polca-canção. E mais ainda recentemente, alcançaria a
glória de receber, em 1950, notícia histórica posta em música, com seu ritmo, na
composição de Luiz Felipe Guimarães e Anderson Silva Josué, gravada pela
cantora Marlene.
3. Forró de salão

O forró é uma dança de salão genuinamente brasileira. Segundo Cascudo 


(2012),  o  termo derivou provavelmente do verbete “forrobodó”, que possui
origem africana e significa “arrasta-pé”, “farra” ou “confusão”. O forró se
configurava em uma festa que foi transformada em ritmo e, posteriormente, em
dança.

3.1- As principais características são:

Uma das principais características do forró é o ato de arrastar os pés


durante a dança. Esta é realizada por casais, que dançam com os corpos bem
colados, transmitindo sensualidade.

Embora seja tipicamente nordestino, o forró espalhou-se pelo Brasil


fazendo grande sucesso. Foram os migrantes nordestinos que espalharam o
forró, principalmente nas décadas de 1960 e 1970.

3.2- Forró como dança

O forró é dançado em pares em posição de abraço fechado, com os


parceiros de frente um para o outro, usando contato corporal total ou parcial.

Dependendo do estilo de música tocada - baião, xote, xaxado, forró


universitário ou eletrônico - a maneira de dançar também é alterada.

Os principais destinos para quem aprecia dançar forró são: Itaúnas (ES),
Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).
4. VALSA

Valsa é um tipo de dança clássica, embora sua origem tenha sido


campestre. A valsa surgiu na Áustria e na Alemanha, no inicio do século XIX
inspirada em danças como o minueto (dança na qual os pares dançavam
separados) e o laendler (dança campestre, na Alemanha). Importante
pontuar que a valsa surgiu primeiramente como uma dança, sendo posteriores
as composições das valsas como música.

A princípio, a valsa era vista como vulgar, e até imoral, pelas classes sociais
mais altas, e pela aristrocacia. Em alguns países europeus (na corte alemã e
partes da Inglaterra) a valsa foi proibida, tamanho era o preconceito. Nas
camadas populares, a dança ganhava cada vez mais adeptos
A palavra “valsa” tem origem na palavra alemã “waltzen”, que traduzida
quer dizer “dar voltas”. Diz-se que a valsa é uma dança de compasso ternário,
ou seja, tem três tempos, sendo o primeiro tempo forte e os demais fracos

5. Referência

https://www.infoescola.com/artes-cenicas/danca-de-salao/

http://www.danceadois.com.br/blog/danca-de-salao-e-bolero-saiba-mais-
sobre-esse-ritmo/

https://www.superprof.com.br/blog/historia-do-ritmo-brasileiro/

https://www.suapesquisa.com/musicacultura/forro.htm

https://www.infoescola.com/artes/valsa/

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