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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO

Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

FORMAÇÃO

CONHECER
ESTUDO
MA S COMPLEMENTAR

CONHECER
MA S
7 º
ESTUDO COMPLEMENTAR
ANO
CICLO AUTORAL

7º ANO

LIVRO DO PROFESSOR
PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO
Ricardo Nunes
Prefeito

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SME


Fernando Padula
Secretário Municipal de Educação
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

CONHECER
ESTUDO
MA S COMPLEMENTAR

7 º
ANO
CICLO AUTORAL

São Paulo - 2021/2022

LIVRO DO PROFESSOR
COORDENADORIA PEDAGÓGICA – COPED ORGANIZAÇÃO E ELABORAÇÃO
Bruna Acioli Silva Machado
ASSESSORIA TÉCNICA - COPED David Capistrano da Costa Neto
José Roberto de Campos Lima Gilson Dos Santos
Paloma Ros Salvador Sanches Humberto Luis de Jesus
Talita Vieira Roberto Leandro Alves dos Santos
Mayra Pereira Camacho
DIVISÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO – DIEFEM Rosangela Ferreira de Souza Queiroz
Sandra Salavandro Rodrigues
DIVISÃO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – DIEJA
REVISÃO TEXTUAL
DIVISÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL – DIEE Cláudio Santana Bispo
Cristhiane de Souza - Diretora Maria Alice Machado da Silveira
Roberta Cristina Torres da Silva
Samira Novo Lopes
NÚCLEO TÉCNICO DE CURRÍCULO – NTC
Thiago Fabiano Brito
Felipe de Souza Costa - Diretor

PROJETO EDITORIAL
NÚCLEO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO – NTA
Claudio Maroja - Diretor
CENTRO DE MULTIMEIOS
Magaly Ivanov - Coordenadora
NÚCLEO TÉCNICO DE FORMAÇÃO – NTF
Adriana Carvalho da Silva - Diretora
NÚCLEO DE CRIAÇÃO E ARTE - Projeto, Editoração e Ilustração
Ana Rita da Costa
DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL – DIEI
Angélica Dadario
Cristiano Rogério Alcântara - Diretor
Cassiana Paula Cominato
Fernanda Gomes Pacelli
AUTORIA Simone Porfirio Mascarenhas
Equipe da COPED e colaboradores
das Divisões Pedagógicas das DRE

CC S
BY NC SA

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Conhecer mais : estudo complementar – 7º ano – Ciclo autoral – livro
A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo recorre a diversos meios para
do professor. – São Paulo : SME / COPED, 2022.
localizar os detentores de direitos autorais a fim de solicitar autorização para
136 p. : il. publicação de conteúdo intelectual de terceiros, de forma a cumprir a legislação
vigente. Caso tenha ocorrido equívoco ou inadequação na atribuição de autoria de
Bibliografia alguma obra citada neste documento, a SME se compromete a publicar as devidas
alterações tão logo seja possível.
1. Ensino Fundamental. 2. Aprendizagem. 3. Língua Portuguesa. 4.
Matemática. Disponível também em: <educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br>
5. Ciências Naturais. 6. Geografia. 7. História. I. Título.
CDD 372 Consulte o acervo fotográfico disponível no Memorial da Educação Municipal da
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
Código da Memória Documental: SME13/2022 educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br/Memorial-da-Educacao-Municipal
Elaborado por Patrícia Martins da Silva Rede – CRB-8/5877 e-mail: smecopedmemorialeducacao@sme.prefeitura.sp.gov.br
Olá, Professor(a)!

Há dois anos, convivemos com o cenário de pandemia e todas as suas conse-


quências, uma delas foi o distanciamento das crianças e jovens dos espaços esco-
lares, impossibilitando a abordagem de conteúdos e o desenvolvimento de apren-
dizagens do modo como estávamos, até então, acostumados. Isso tudo desafiou
todos nós a reinventar e descobrir novas maneiras de alcançar as aprendizagens,
inovando para garantir o direito à educação de todos e todas.

Nesse contexto, o caderno Conhecer Mais não visa à totalidade de todos os


objetivos de aprendizagens e desenvolvimento priorizados para o ano letivo. Ele foi
construído por educadores da Rede para fortalecer as aprendizagens e diminuir dis-
tâncias dos objetos de conhecimento, dos diferentes territórios e realidades, com
os estudantes de toda cidade, considerando-os sujeitos de direitos aptos a desen-
volverem todas as suas dimensões – intelectual, física, emocional, social e cultural.
Por isso, contamos com você, professor(a), que é o sujeito principal da construção
do planejamento, para elaborar, selecionar e articular os materiais, com o intuito de
fortalecer as aprendizagens dos nossos estudantes, para o início desse ano letivo.

O envolvimento de toda equipe escolar em refletir sobre o Currículo da Cidade,


facilita a integração entre o corpo docente e os estudantes, dando significado ao
processo de ensino e aprendizagem.

O caderno Conhecer Mais é um material consumível, foi pensado para ser uti-
lizado – majoritariamente – em sala de aula, com sua intervenção e sob sua orienta-
ção. Quer seja nos processos de recuperação paralela ou de recuperação contínua
da Rede. As atividades foram construídas considerando os OADs - Objetivos de
Aprendizagem e Desenvolvimento indicados na Priorização Curricular, à luz do Cur-
rículo da Cidade. A ordem de aplicação das atividades pode ser alterada, de acordo
com seu planejamento, construído com base nos dados coletados por você nos diag-
nósticos e sondagens realizados.

Excelente trabalho a todos e todas!

Fernando Padula
Secretário Municipal de Educação
SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA 6

MATEMÁTICA 36

CIÊNCIAS NATURAIS 67

GEOGRAFIA 98

HISTÓRIA 117
6 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

LÍNGUA PORTUGUESA
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 7

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 7


ATIVIDADE 1
OUVINDO CANÇÕES
BRASILEIRAS: LETRA &
ATIVIDADE 1 MELODIA

OUVINDO CANÇÕES BRASILEIRAS: LETRA & MELODIA


Unidade 5 Matriz de Saberes

Ouvindo canções brasileiras:


PARA COMEÇO DE CONVERSA • Pensamento crítico e criativo
• Repertório cultural
Jovens, como vocês, têm suas preferências por músicas e canções. Elas estão por todos os
letra & melodia
lugares (nas casas, nas ruas, nas praias, nos restaurantes, nos supermercados, nas lojas, nos
meios de transporte, nos teatros, nos shows), em diferentes mídias (rádio, televisão, computa-
Objetivos de
dor, celular) e em formatos diversos (CD, MP3, LP, K7, streamings). Você certamente já ouviu
Desenvolvimento
muitas músicas e cantou várias canções, mas algum dia já parou para pensar sobre as relações
Sustentável
Para começo de conversa
entre a letra e a melodia? Assim como as narrativas orais, a música faz parte de diferentes cul-
turas e modifica-se ao longo do tempo e do espaço. Você já percebeu, por exemplo, como as
4 - Educação de qualidade
Jovens, como vocês, têm suas preferências por músicas e canções.
músicas e canções ocidentais são diferentes das orientais?
Elas estão por todos os lugares (nas casas, nas ruas, nas praias, nos
restaurantes, nos supermercados,,
nas lojas, nos meios de transporte,e,
nos teatros, nos shows), em
diferentes mídias (rádio, televisão,
o,
computador, celular) e em formatostos
diversos (CD, MP3, LP, K7). Vocêê
certamente já ouviu muitas músicas as
e cantou várias canções, mas algum m
dia já parou para pensar sobre as
relações entre a letra e a melodia??
Assim como as narrativas orais,
a música faz parte de diferentes
culturas e modifica-se ao longo do Nesta Unidade, você ouvirá várias
canções, conhecerá seus intérpretes,
tempo e do espaço.
aprenderá a lê-las e a interpretar suas
Você já percebeu, por exemplo, como letras. Além de cantá-las, é claro!
as músicasNas
e canções ocidentais
próximas são Escreverá
atividades, você paródias
ouvirádevárias
canções para
canções, conhecerá seus intér-
diferentespretes,
das orientais? uma apresentação musical na classe.
aprenderá a lê-las e a interpretar suas letras. Além de cantá-las, é
Pronto para começar?
claro! Escreverá paródias de canções para uma apresentação musical na
classe. Pronto para começar?
LÍNGUA PORTUGUESA · 6 O ANO 157

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ATIVIDADE 1 – Ouvindo canções brasileiras: e veículo de publicação, verificando ao longo da leitura se as


letra & melodia antecipações realizadas se confirmaram ou não.
Eixos: PRÁTICA DE LEITURA DE TEXTOS • (EFCAUTLP13) Comentar – com outros estudantes, professor
e/ou autores – o material de leitura, visando ao aprimoramen-
Objetos de Conhecimento: to dos critérios pessoais de apreciação estética.
• CAPACIDADES DE COMPREENSÃO • (EFCAUTLP18) Comentar com os colegas, professor e/ou au-
• COMPORTAMENTOS DE LEITURA tores, o material de leitura, para compartilhar impressões e
aprimorar os critérios pessoais de apreciação estética.
• CAPACIDADES DE APRECIAÇÃO E RÉPLICA DO LEITOR EM RE-
LAÇÃO AO TEXTO • (EF07LP02) Ler letras de canções – enquanto a escutam e de-
pois disso – de modo a identificar a sua multimodalidade (letra
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: e melodia) e de forma a reconhecer a relação entre as duas
• (EFCAUTLP01) Realizar antecipações a respeito do conteú- linguagens (letra e melodia) na constituição do sentido. CD
do do texto, utilizando o repertório pessoal de conhecimen- • (EF07LP09) Identificar, em textos multimodais das diferentes
to sobre o tema/assunto, gênero, autor, época de produção, áreas do conhecimento que estejam relacionados ao desen-
conteúdo e tipo de linguagem empregada no título, portador volvimento de projetos interdisciplinares, as diferentes lingua-
8 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

8 Conhecer Mais - Estudo Complementar

No VAMOS
Brasil temos PRATICAR!
grande diversidade de ritmos, danças, músicas
NoNoBrasil
Brasiltemos
temosgrande
grandediversidade
diversidadede deritmos,
ritmos,danças, músicaseeecanções.
danças,músicas canções.
canções.
1. Para
1.1.Para pensar
Parapensar
pensar
No
um
Brasilum
temos
pouco
umpouco
pouco sobre
grandesobre
esse
sobreesse
esse
diversidade
tema,
tema,
de
assista
tema,assista
ritmos,
ao
assistaao
danças,
vídeo
aovídeo
vídeo
músicas
Samba
Samba e efrevo.
Sambae frevo.
e canções. frevo.
Em
Em seguida,
Emseguida, converse
seguida,converse com
conversecom seus
comseus colegas
seuscolegas e
colegase ecomcom o professor.
como oprofessor.
professor.
1. Comparando músicas e canções
2.2.Comparando
2. Comparando
Comparandomúsicas músicas
músicaseeecanções
canções
canções

CEDOC/FPA

CEDOC/FPA
CEDOC/FPA

CEDOC/FPA
CEDOC/FPA

CEDOC/FPA
Chttps://vermelho.org.br/2012/05/24/brasilidade-a-evolucao-do-
chorinho-no-sorriso-dos-choroes/

CEDOC/FPA
Chorinho Chorinho Samba-cançãoSambas-canção
Chorinho
Chorinho Samba-canção
Samba-canção
CEDOC/FPA

ORMUZD ALVES/FOLHAPRESS
CEDOC/FPA

ORMUZD ALVES/FOLHAPRESS
CEDOC/FPA

ORMUZD ALVES/FOLHAPRESS
ORMUZD ALVES/FOLHAPRESS
CEDOC/FPA

Frevo-canção
Frevo-canção
Frevo-canção
Frevo-canção Frevo
Frevo
Frevodede
de rua
rua rua
Frevo de rua
O objetivo desta atividade é perceber, no gênero canção, os elos entre “melodia” e “letra”. Esses elos
ÉÉÉpossível
possível
possível que
que vocês
são os responsáveis
quevocês
vocês chamem
diretos
chamem
chamem tudo
tudooooque
pelos sentimentos
tudo que
queque ouvem
asouvem
canções
ouvemnos de
de música
despertam.
demúsica
músicaou ou som.
Outros Mas
elementos
ousom.
som. MasMas aaa
podem
entrar
canção nas
ééumum considerações
tipo muito do universo
especial musical,
de como
música o ritmo; do literário,
cantada. como os procedimentos poéticos
cançãoou asé figuras
canção umtipotipo
de muito
muito
linguagem especial
das letras; dodecontexto
especial demúsica
música cantada.
em que cantada.
o compositorEEEééeéela
ela que
que
elacanções
as
interessa
queinteressa
interessa
se inserem. Se
nesta
nesta achar necessário,
Unidade.
nestaUnidade.
Unidade. leve para essa “primeira conversa” músicas ocidentais e orientais, com ritmos diferentes.
Assim você poderá ajudar os/as estudantes a compreenderem que as músicas e canções mudam depen-
a)dendo
a)a)do tempo e em
Conversem
Conversem
Conversemem lugar,pequenos
uma vez que estão
empequenos
pequenosgrupos.
grupos. grupos.relacionadas às diferentes culturas.


● ●
Qual
Qual música
Qualmúsica ou
músicaou canção
oucanção do
cançãodo vídeo
dovídeo chamou
vídeochamou mais
chamoumais sua
maissua atenção?
suaatenção? Justifi
atenção?Justifi que.
que.
Justifi que.
Você
Vocêpercebeu
percebeudiferenças
● Você percebeu diferenças entre as músicas e as canções? Quais?
diferençasentre
entreasasmúsicas
músicase easascanções?
canções?Quais?
Quais?
gens e o papel que possuem na constituição ● ●
dos sentidos,
definindo-os de modo articulado e inseparável. CD
● Por
Por
● ●
que
Porque só algumas
quesósóalgumas são
algumassão chamadas
sãochamadas de “canção”,
chamadasdede“canção”, como
“canção”,como “samba-canção”
como“samba-canção”
“samba-canção”
eee“frevo-canção”?
“frevo-canção”?
“frevo-canção”?

● ●
Você
Você conseguiu
Vocêconseguiu reconhecer
conseguiureconhecer algum
reconheceralgum instrumento
alguminstrumento musical
instrumentomusical nas
musicalnas músicas
músicaseee
nasmúsicas
canções?
canções? Quais?
canções?Quais?
Quais?

158
158
158 CADERNOS
CADERNOS DEDEAPOIO
CADERNOSDE APOIO
APOIOEE APRENDIZAGEM
EAPRENDIZAGEM
APRENDIZAGEM·· SMESP
·SMESP
SMESP

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Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 9

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 9

Chorinho pra Você Sambas-canção


(Severino Araujo) https://www.youtube.com/
https://www.youtube.com/ watch?v=1SUkL6xJqaM
watch?v=c5NGOcNyF4g

Frevo-canção Frevo
https://www.youtube.com/ https://www.youtube.com/
watch?v=IS8r3wG8-Js watch?v=WvVhfJYvqqs

Professor(a), oriente os estudantes a analisar as imagens e utilizar o QR Code para assistir aos vídeos.
É possível que vocês chamem tudo o que ouvem de música ou som. Mas a canção é um
tipo muito especial de música cantada. E é ela que interessa nesta atividade.

A) Após assistirem aos vídeos, utilizando os QRcodes acima, conversem em pequenos


grupos: Discussão em pequenos grupos.

• Qual música ou canção do vídeo chamou mais sua atenção? Justifique.

• Você percebeu diferenças entre as músicas e as canções? Quais?

• Por que só algumas são chamadas de “canção”, como “samba-canção” e “frevo-canção”?


B) Apresente as discussões de seu grupo para outros colegas da sala e perceba...
• Você conseguiu reconhecer algum instrumento musical nas músicas e canções?
É importante que os/as estudantes discutam e percebam, por meio do vídeo, que a canção é um gênero resultante do
Quais?
trabalho com dois tipos de linguagem: a verbal (da letra da canção) e a musical (do ritmo e da melodia). O “chorinho”
e o “frevo de rua” são músicas que utilizam instrumentos específicos para combinar determinados sons em um tempo
específico. O frevo de rua é diferente dos outros tipos de frevo, justamente pela ausência da letra. O termo “canção”,
em “samba-canção” e “frevo-canção”,
B) Apresente as discussõesapontadejustamente
seu grupopara a introdução
para da letra da
outros colegas na materialidade musical
sala e perceba, com(rítmica
a e
melódica). O frevo-canção,
ajuda do(a)por exemplo, temasforte
Professor(a), introdução orquestral
semelhanças (herdeira
e diferenças entredos
osfrevos de rua), mas é seguida de
grupos.
uma letra de canção. Tal comparação é importante para que construam um conceito inicial do gênero “canção”. Propo-
nha aos estudantes que pesquisem em enciclopédias ou sites os instrumentos que auxiliam na composição da melodia.
No frevo deAsrua,próximas
por exemplo, os instrumentos
atividades levarão sãovocês
metálicos (pistões,
a uma trombones),
viagem ao passo
por algumas que o samba-canção
canções brasileiras. apre-
senta forte
Umamarcação rítmicadederitmo
viagem cheia instrumentos
e melodiacomodaoqual
pandeiro e o tambor.
certamente No trabalho
vocês comQue
vão gostar! o gênero canção,
tal ouvir em sala
mais
de aula, é fundamental
uma canção? que os alunos percebam as relações e interações entre a letra e a melodia e discutam sobre o
processo de produção e circulação desse gênero. Aproveite a conversa com os/as estudantes para conhecer um pouco
sobre seus gostos musicais e sobre o que sabem a respeito do gênero canção e dos meios de distribuição da can-
ção em sua comunidade: rádio, televisão, bares, restaurantes, supermercados, celular, computador, jogos eletrônicos,
plataforma de streaming etc. Peça que falem sobre suas canções e artistas preferidos, os shows que frequentam, as
canções que compõem as trilhas sonoras de novelas e filmes etc.
10 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 2 10 Conhecer Mais - Estudo Complementar

OUVINDO O HIT
“SÓ VOCÊ”
ATIVIDADE 2

Matriz de Saberes OUVINDO O HIT “SÓ VOCÊ”


• Pensamento crítico e criativo Canção não é qualquer tipo de composição musical cantada. Canção “é a fala por trás da me-
• Comunicação lodia”. Na canção, a melodia está casada com a letra, com o ritmo das frases e com a sonoridade
das vogais e das sílabas das palavras. Você já percebeu que, ao falar, nossa voz sobe e desce? Do
mesmo modo, na canção, a melodia sobe e desce de acordo com a letra que está sendo cantada.
Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável
4 - Educação de qualidade VAMOS PRATICAR!

1. Você vai assistir a um vídeo com a canção “Só você”, que faz muito sucesso desde os anos
1980 no Brasil, seja na voz do cantor e compositor Vinicius Cantuária, seja na voz de outros
intérpretes ou bandas.
Ao explorar o gênero canção, é importante que os(as) escutem e apreciem a letra e a melodia sem estar
de posse da letra.
“Só Você” Como oZavanella
Fabrício trabalho com a compreensão oral é essencial, torna-se necessário (algumas
vezes) assistir ao vídeo mais de uma vez. Discuta com eles os suportes e as mídias em que elas são
https://www.youtube.com/watch?v=mhWuRJJUz1U
encontradas: plataforma de streaming, revistas, songbooks, sites específicos, encartes de CD, tela da
televisão em programas de auditório ou em karaokês. Enfim, essa é uma Ouvindo
boa oportunidade para que eles
o hit “Só você” ATIVIDADE 1

2.
compreendam o processo
Conversando sobrede distribuição da canção na sociedade brasileira ao longo do tempo.
o vídeo 1. Você vai assistir a um vídeo com a canção “Só você”, que faz muito sucesso
desde os anos 1980 no Brasil, seja na voz do cantor e compositor Vinicius
Cantuária, seja na voz de outros intérpretes ou bandas.
Depois de assistir à interpretação da Banda Zava, discuta com
2. Conversando sobreos
o vídeocolegas.
Depois de assistir à interpretação da Banda Zava, discuta com os colegas.
a) Você já conhecia a canção? Em que situações você a escutou?
A) Você já conhecia a canção? Em que situações vocêb) a escutou?
Do que você gostou mais ao ouvir a canção: da melodia, da letra da

Resposta pessoal. canção ou da banda? Justifique.


c) O que a letra da canção e a música transmitem a você?
B) Do que você gostou mais ao ouvir a canção: da melodia,
d) Você acha da
possívelletra da
dizer que “Só você”canção ou da ban-
é uma canção romântica?
Por quê?
da? Justifique.
Resposta pessoal.
3. Acompanhando a melodia com a letra da canção
Agora, ouça a canção acompanhando sua letra. As letras das canções
são normalmente publicadas em encartes de CDs, sites, revistas sobre música
C) O que a letra da canção e a música transmitem a você?
e songbooks.

Resposta pessoal.
D) Você acha possível dizer que “Só você” é
uma canção romântica? Por quê?
Resposta pessoal.

160 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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ATIVIDADE 2 – Ouvindo o hit “só você” e veículo de publicação, verificando ao longo da leitura se as
antecipações realizadas se confirmaram ou não
Eixos: PRÁTICA DE LEITURA DE TEXTOS
• (EFCAUTLP06) Identificar a finalidade da leitura apresentada,
Objetos de Conhecimento: as características que envolvem a prática social de leitura na
• CAPACIDADES DE COMPREENSÃO qual irá interagir (saraus, rodas de leitores, clubes de leitura,
seminários, slams, leitura dramática, mesas-redondas, redes
• CAPACIDADES DE APRECIAÇÃO E RÉPLICA DO LEITOR EM
sociais, entre outras) e o contexto de produção específico da-
RELAÇÃO AO TEXTO
quela situação da qual participará ouvindo e/ou lendo.
• COMPORTAMENTOS DE LEITURA
• (EFCAUTLP13) Comentar – com outros estudantes, professor
• ASPECTOS SEMÂNTICOS E LEXICAIS e/ou autores – o material de leitura, visando ao aprimoramen-
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: to dos critérios pessoais de apreciação estética.
• (EFCAUTLP01) Realizar antecipações a respeito do conteú- • (EFCAUTLP18) Comentar com os colegas, professor e/ou au-
do do texto, utilizando o repertório pessoal de conhecimen- tores, o material de leitura, para compartilhar impressões e
to sobre o tema/assunto, gênero, autor, época de produção, aprimorar os critérios pessoais de apreciação estética.
conteúdo e tipo de linguagem empregada no título, portador • (EF07LP02) Ler letras de canções – enquanto a escutam e de-
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 11

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 11

3. Acompanhando a melodia com a letra da canção.


Agora, ouça a canção acompanhando sua letra. As letras das canções são normalmente
publicadas em encartes de CDs, sites, revistas sobre música e songbooks.

Canção: “Só você” (1985)

Compositor: Vinicius Cantuária

Demorei muito pra te encontrar


Agora quero só você
Teu jeito todo especial de ser
Eu fico louco com você

Te abraço e sinto coisas que eu não sei dizer


Só sinto com você
Meu pensamento voa de encontro ao teu
Será que é sonho meu?

Tava cansado de me preocupar


Quantas vezes eu dancei
E tantas vezes que eu só fiquei
Chorei, chorei

Agora eu quero ir fundo lá na emoção


Mexer teu coração
Salta comigo alto e todo mundo vê

Que eu quero só você

pois disso – de modo a identificar a sua multimodalidade (letra


e melodia) e de forma a reconhecer a relação entre as duas
linguagens (letra e melodia) na constituição do sentido. CD
• (EF07LP09) Identificar, em textos multimodais das diferentes
áreas do conhecimento que estejam relacionados ao desen-
volvimento de projetos interdisciplinares, as diferentes lingua-
gens e o papel que possuem na constituição dos sentidos,
definindo-os de modo articulado e inseparável. CD
12 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

12 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Vinicius Cantuária nasceu em Manaus em 1951, mas vive no Rio de Janeiro desde os 6 anos.
Aos 12 anos montou, com amigos da escola, um conjunto musical no qual era baterista. Nos
anos 1970, participou de bandas de rock e passou a compor. “Lua e estrela” foi interpretada por
Caetano Veloso, e “Só você” ganhou interpretação do próprio compositor, de Fagner, de Fábio
Júnior e da banda Capital Inicial. Ambas são sucessos dos anos 1980.

4. Analisando a letra da canção.


Releia com atenção a letra da canção “Só você” para entender bem o que ela diz. Em se-
guida, responda às questões.

A) De que assunto trata a canção?

Da satisfação de quem ama por ter encontrado a pessoa amada.

B) A qual público se dirige essa canção: crianças, jovens, adultos? Justifique sua resposta.

Ao público jovem e adulto apaixonado por alguém e/ou apreciador de músicas românticas.

C) Por quais situações passou a pessoa que ama antes do encontro? Cite versos.

“Demorei muito pra te encontrar”; “Tava cansado de me preocupar / Quantas vezes eu dancei / E
tantas vezes que eu só fiquei / Chorei, chorei”.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 13

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 13

D) Que verso, na canção, equivale a uma declaração de amor? Sublinhe-o na letra da canção.

“Que eu quero só você” [sublinhar o último verso]

E) Qual recurso a canção usa para tornar essa declaração bem evidente?

Repetição. A oração “Eu quero só você” aparece várias vezes na letra (e mais ainda durante a inter-
pretação).

F) Ao ouvir e ler a canção, você notou que existem versos ou conjunto de versos que se
repetem? Que resultado o compositor pretende alcançar com essa repetição?
A repetição procura salientar tanto o tema da canção quanto a melodia a ser gravada por quem a ouve. Trata-se de
um recurso de memorização da canção.
Oriente os(as) estudantes acompanhem a letra das canções e observem estes procedimentos e aspectos do vídeo:
• Dicção do vocalista e características da voz: aguda, grave, mais grave, intensa, mais intensa ou menos intensa,
potente, afinada, bem entoada, agradável aos ouvidos, modulada e harmonizada com a letra da canção.
• Arranjo e acompanhamento musical contribuem, embelezam e enriquecem a interpretação?
Ajude os(as) estudantes a perceber a relação do refrão com o título da canção. Permita-lhes também que comentem
os múltiplos sentidos que a repetição pode ter causado neles etc.
5. Analisando palavras e expressões da letra da canção.

A) O verso “Demorei muito pra te encontrar” pode ser facilmente compreendido. Ele indica
para o ouvinte da canção que havia tempo o eu lírico procurava alguém. Como você
interpreta o verso “Quantas vezes eu dancei”?

O verso informa que o eu lírico várias vezes não foi bem-sucedido; ou seja, se deu mal, não se saiu
bem.
14 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

14 Conhecer Mais - Estudo Complementar

B) Nesse verso, que sentido tem o verbo “dançar”?

Tem o sentido de sair-se mal, de não alcançar o que se espera. Nesse caso, dançar é uma gíria.

C) Cite dois outros versos da canção em que haja palavras em sentido figurado. Em segui-
da, explique o que elas querem dizer.
“Meu pensamento voa”; “Agora eu quero ir fundo lá na emoção”; “Mexer teu coração”; “Salta comi-
go alto e todo mundo vê”.
Na questão 5, item c, é importante explorar as explicações dos(as) estudantes, auxiliando-os a com-
preender o que significa “sentido figurado”. Se necessário, traga outras canções para que o aluno
perceba os usos da língua em diversos contextos. A canção “Só você” é interpretada por vários
cantores (Fábio Júnior, Fagner, Capital Inicial) e pelo próprio compositor. Peça aos estudantes que
procurem em sites ou em plataforma de streaming diferentes versões da mesma canção para com-
parar interpretações diversas.
6. Compreendendo a composição da letra da canção.

A) Em dupla, preencham o quadro a seguir com as informações do texto que vocês aca-
baram de ler.

Canção “Só você”

Autor do texto e da melodia Vinicius Cantuária

Manifestar por meio da canção – uma expressão artística – sua visão


Papel social do produtor ao
de mundo por intermédio de um eu lírico que fala sobre amor, senti-
escrever o texto
mentos, ideias e intuições em relação à pessoa amada.
Interlocutor (para quem o Público jovem e adulto apaixonado por alguém e/ou apreciador de mú-
texto foi escrito) sicas românticas.

Intérprete da canção Banda Zava

Estilo musical Música romântica

A questão 6 visa a fazer com que o aluno tenha uma visão da canção por meio de diferentes facetas do
processo de produção do texto: quem produziu a letra e a melodia, quem interpretou a canção no vídeo,
qual o estilo musical etc. Merece atenção especial a discussão sobre o papel social do produtor da canção.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 15

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 15

b) Responda às questões:
● Em sua opinião, o que importa para quem escreve canções?

B) Responda às questões:

• Em sua opinião, o que importa para quem escreve canções?


● O que você já sabe sobre aqueles que se dedicam à arte
Resposta pessoal. Paradeocompor
autor importa
canções?se transformar na pessoa que fala na canção, na pessoa que
manifesta seus sentimentos, suas ideias, que faz suas declarações.

• O que você já sabe sobre aqueles que se dedicam à arte de compor canções?

A produção de canções faz parte da esfera artística. Compositor/cancionista não é o mesmo que
intérprete.
● O que você gostaria de saber sobre os compositores de
canções brasileiras?

• O que você gostaria de saber sobre os compositores de canções brasileiras?


Resposta pessoal. Espera-se que o aluno revele curiosidade pelo processo por que passa o ato de
criação, o propósito a partir do qual o artista constrói sua obra.
É importante conversar com os(as) estudantes sobre os diversos elementos que uma canção aponta:
autor, cantor, personagens (eu lírico, melodia, ouvintes etc.). Segundo Costa (2002, p. 119), o papel
da escola não é formar cancionistas, mas “ouvintes críticos de canções, capazes de perceber os
164
efeitos de sentido do texto, da melodia e da conjunção verbo-melódica; conhecedores do cancioneiro
CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

e dos cancionistas de seu país, seus posicionamentos, estilos e discursos [...]”. Para ampliar a discus-
são sobre os compositores, é possível convidar cancionistas da comunidade para ser entrevistados
pelos alunos e falar de sua profissão. O documentário Palavra En(cantada), de Helena Solberg, traz
Port6ºAnoParte2.indd 164 9/16/10 1:08 PM

entrevistas feitas na casa de compositores brasileiros que falam do trabalho artístico com a palavra.
Se possível, explore o documentário com os(as) estudantes.
16 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 3 16 Conhecer Mais - Estudo Complementar

QUEM É QUE FALA


NA CANÇÃO?
ATIVIDADE 3

Matriz de Saberes QUEM É QUE FALA NA CANÇÃO?


• Pensamento crítico e criativo
• Comunicação
VAMOS PRATICAR!
• Repertório cultural

Objetivos de 1. Releia os versos da canção “Só você”:


Desenvolvimento
Sustentável
“Demorei muito pra te encontrar [...] Eu fico louco com você”.
4 - Educação de qualidade “Te abraço e sinto coisas que eu não sei dizer / Só sinto com você”.
“Tava cansado de me preocupar / Quantas vezes eu dancei”.
“E tantas vezes que eu só fiquei / Chorei, chorei”.

A) Quem fala na letra da canção: um homem ou uma mulher? Como você chegou a
essa conclusão?

Um homem. O pronome pessoal “eu” (em primeira pessoa) refere-se a um homem apaixonado. Al-
guns adjetivos mostram que se trata de um eu lírico masculino (“fi co louco”, “tava cansado”).

B) O que você acha que levou Vinicius Cantuária a compor essa canção nos anos 1980?
Se possível, faça uma pesquisa para descobrir.

Resposta pessoal. Os alunos podem levantar a hipótese de que a música foi composta porque o
compositor estava apaixonado. Nesse caso, é importante discutir com os alunos as diferenças exis-
tentes entre o compositor e o eu lírico da canção.

ATIVIDADE 3 – Quem é que fala na canção? do do texto, utilizando o repertório pessoal de conhecimen-
to sobre o tema/assunto, gênero, autor, época de produção,
Eixos: PRÁTICA DE LEITURA DE TEXTOS; PRÁTICA DE
ANÁLISE LINGUÍSTICA/MULTIMODAL conteúdo e tipo de linguagem empregada no título, portador
e veículo de publicação, verificando ao longo da leitura se as
Objetos de Conhecimento: antecipações realizadas se confirmaram ou não
• CAPACIDADES DE COMPREENSÃO • (EFCAUTLP06) Identificar a finalidade da leitura apresentada,
• CAPACIDADES DE APRECIAÇÃO E RÉPLICA DO LEITOR EM as características que envolvem a prática social de leitura na
RELAÇÃO AO TEXTO qual irá interagir (saraus, rodas de leitores, clubes de leitura,
seminários, slams, leitura dramática, mesas-redondas, redes
• COMPORTAMENTOS DE LEITURA
sociais, entre outras) e o contexto de produção específico da-
• FLUÊNCIA LEITORA COM COMPREENSÃO quela situação da qual participará ouvindo e/ou lendo.
• ASPECTOS SEMÂNTICOS E LEXICAIS • (EFCAUTLP08) Reconhecer a presença de relações de inter-
• MORFOLOGIA textualidade e de interdiscursividade nos textos lidos, impres-
sos ou digitais, bem como os efeitos de sentidos produzidos e
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: identificar a presença de outras linguagens.
• (EFCAUTLP01) Realizar antecipações a respeito do conteú-
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 17

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 17

C) Em sua opinião, um compositor poderia compor uma canção fingindo ser uma mulher ou
uma criança? Justifique sua resposta.
Espera-se que os alunos respondam positivamente. Nesse caso, é importante que eles levantem
hipóteses sobre as diferenças entre o produtor do texto (compositor, cancionista) e o eu lírico da can-
ção. Caso a resposta seja negativa, é essencial perceber quais os argumentos levantados pelo aluno.
Professor(a), a distinção entre a pessoa real do compositor da letra e da melodia e o eu lírico que ele
escolhe para sua canção é a ideia central dessa reflexão. Os(as) estudantes precisam perceber a
voz social que emerge na letra da canção. Na canção “Só você”, há marcas linguísticas que mostram
uma voz social masculina. Nesse caso, é importante que percebam as diferenças entre compositor
(autor da letra e/ou da melodia), eu lírico e intérprete. Na questão 1, item b, sugira pesquisa em sites
para que os alunos conheçam um pouco da vida e dos motivos que levaram Vinicius Cantuária a
compor a canção “Só você”. Em alguns deles há entrevistas com o compositor.

Compositor e autor não se confundem com “eu lírico”

Ao escrever uma canção ou um poema, o autor/compositor pode fingir que é outra pessoa.
Um homem pode fingir que é mulher e vice-versa. Uma mulher madura pode fingir que é um
jovem ou uma jovem. Um jovem pode fingir que é a mãe, o pai ou um dos irmãos dele.
Essa “pessoa fingida” é a voz da canção. Ela fala, faz declarações, reclama, conversa com
outras pessoas. A essa “voz” chamamos de “eu lírico”, ou “eu poético”. Por que “eu”?
Compositor Porque
e autor é com “eu lírico”
não se confundem
Ao escrever uma canção ou um poema, o autor/compositor pode
a “palavra usada por aquele que fala” na letra da canção. Mesmo que seja um “eu” imaginado,
fingir que é outra pessoa. Um homem pode fingir que é mulher e
fingido, de faz de conta. vice-versa. Uma mulher madura pode fingir que é um jovem ou uma
jovem. Um jovem pode fingir que é a mãe, o pai ou um dos irmãos dele.

E por que “lírico”? Porque, na Antiguidade, os textos poéticos eram cantados e acompanha-
Essa “pessoa fingida” é a voz da canção. Ela fala, faz declarações,
reclama, conversa com outras pessoas. A essa “voz” chamamos de
dos da lira (instrumento musical). Por isso se diz que a poesia é irmã gêmea da canção.
“eu lírico”, ou “eu poético”. Por que “eu”? Porque é a “palavra usada
por aquele que fala” na letra da canção. Mesmo que seja um “eu”
Os versos que se seguem, do poeta português Fernando Pessoa, dão uma ideia
imaginado, bem
fingido, de fazclara
de conta.

do que seja um poeta e o compositor: são fingidores. E por que “lírico”? Porque, na Antiguidade, os textos poéticos eram
cantados e acompanhados da lira (instrumento musical). Por isso
se diz que a poesia é irmã gêmea da música.
Os versos que se seguem, do poeta português Fernando Pessoa,
dão uma ideia bem clara do que seja um poeta e o compositor:
são fingidores.
Autopsicografia
Autopsicografia
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente

O poeta é um fingidor. Que chega a fingir que é dor


A dor que deveras sente.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

166 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

Port6ºAnoParte2.indd 166 9/16/10 1:08 PM

• (EFCAUTLP13) Comentar – com outros estudantes, professor • (EF07LP13) Estudar, em processo de tutoria, textos que serão
e/ou autores – o material de leitura, visando ao aprimoramen- destinados à leitura oral independente em diversas práticas
to dos critérios pessoais de apreciação estética. sociais (como leitura de notícia e/ou reportagem em jornal ra-
• (EFCAUTLP18) Comentar com os colegas, professor e/ou au- diofônico ou televisivo e ler em voz alta texto que comporá um
tores, o material de leitura, para compartilhar impressões e videoclipe, relacionado às temáticas priorizadas no currículo,
aprimorar os critérios pessoais de apreciação estética. entre outras possibilidades), definindo a prosódia a partir da
compreensão do texto.
• (EF07LP02) Ler letras de canções – enquanto a escutam e de-
pois disso – de modo a identificar a sua multimodalidade (letra • (EF07LP38) Analisar os efeitos de sentido obtidos no texto
e melodia) e de forma a reconhecer a relação entre as duas com o emprego de palavras com sentido denotativo e conota-
linguagens (letra e melodia) na constituição do sentido. CD tivo, verificando as implicações discursivas. CG
• (EF07LP09) Identificar, em textos multimodais das diferentes • (EF07LP42) Analisar os usos e funções dos pronomes, consi-
áreas do conhecimento que estejam relacionados ao desen- derando sua importância como representante e acompanhante
volvimento de projetos interdisciplinares, as diferentes lingua- de nomes, bem como analisar os efeitos de sentido decorren-
gens e o papel que possuem na constituição dos sentidos, tes de seu emprego (pessoais, possessivo, demonstrativos,
definindo-os de modo articulado e inseparável. CD indefinidos, interrogativos e relativos). C
18 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

18 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Existem muitas canções cujos compositores, mesmo sendo homens, escrevem de um pon-
to de vista feminino, ou seja, a voz da canção é expressa por uma mulher. Vamos ler alguns
trechos de canções brasileiras.
Professor(a), retome a ideia de que os compositores de “O X do problema” e de “Teresinha” são homens
(Noel Rosa e Chico Buarque), mas o eu lírico é mulher.
Texto 1

Canção: “O X do problema”
Compositor: Noel Rosa
Nasci no Estácio
Eu fui educada na roda de bamba
Eu fui diplomada na escola de samba
Sou independente, conforme se vê
[...]
Eu sou diretora da escola do Estácio de Sá
E felicidade maior neste mundo não há
Já fui convidada para ser estrela do nosso cinema
2. Existem muitas canções cujos compositores, mesmo sendo homens,
Ser estrela é bem fácil
escrevem de um ponto de vista
Sair do Estácio feminino,
é que ou seja, a voz da canção é
é o X do problema
expressa por uma[...]mulher. Vamos ler alguns trechos de canções brasileiras.

Texto 1
Noel de

REPRODUÇÃO
Canção: “ONoel
X dedoMedeiros Rosa, ou simplesmente Noel Rosa,
problema” é cantor,
Medeiros
compositor, bandolinista e violonista. Nascido em 11 de dezembro
Rosa, ou
de 1910 na capital do Estado do Rio de Janeiro, dos três aos 18
Compositor: Noel Rosa simplesmente
anos estudou no tradicional Colégio São Bento. Cresceu franzino e
Noel
doentio, o que fez com que tivesse uma vida curta, de Rosa,26
apenas
Nasci no Estácio é cantor,
anos, mas não improdutiva. Compôs mais de 100 canções, entre

REPRODUÇÃO
elasna
Eu fui educada “Oroda
X do de
problema”,
bambaem 1933. Morreu em 4 de maio compositor,
de 1937,
vítima de tuberculose. bandolinista
Eu fui diplomada na escola de samba e violonista.
Sou independente, conforme se vê Nascido em 11 de dezembro
de 1910 na capital do Estado
[...]
do Rio de Janeiro, dos
Eu sou diretora da escola do Estácio de Sá três aos 18 anos estudou
E felicidade maior neste mundo não há no tradicional Colégio São
Bento. Cresceu franzino e
Já fui convidada para ser estrela do nosso cinema doentio, o que fez com que
Ser estrela é bem fácil tivesse uma vida curta, de
apenas 26 anos, mas não
Sair do Estácio é que é o X do problema
improdutiva. Compôs mais
[...] de 100 canções, entre elas
“O X do problema”, em 1933.
Morreu em 4 de maio de
1937, vítima de tuberculose.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 19

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 19

Texto 2

Canção: Teresinha (1979)

Compositor: Chico Buarque

O primeiro me chegou
Como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia
Trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio
Me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada
Que tocou meu coração
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse não
[...]

Texto 2
TUCA VIEIRA/FOLHAPRESS

Buarque deTeresinha
FranciscoCanção: Hollanda, mais(1979)
conhecido como Chi-
co Buarque, é cantor, compositor e romancista. Nasceu em
19 de junho de 1944, Compositor:
na cidade do Chico
Rio deBuarque
Texto 2
TUCA VIEIRA/FOLHAPRESS

Janeiro, e morou
em São Paulo, onde estudou no Colégio Canção:
SantaTeresinha
Cruz. Quan- (1979)
O primeiro me chegou Compositor: Chico Buarque
do estudante de arquitetura, envolveu-se com o movimento
VIEIRA/FOLHAPRESS

O primeiro me chegou
estudantilComo
e foi quem
preso vem
pelosdo floristadaComo
agentes ditadura
quem vem domilitar.
florista A
canção “Teresinha”
Trouxe umfaz partede
bicho dopelúcia
LP Ópera doummalandro,
Trouxe bicho de pelúcia de
Trouxe um broche de ametista
1977.
TUCACrédito

Me contou suas viagens


Trouxe um broche de ametista
E as vantagens que ele tinha
Francisco Buarque de Hollanda,
mais conhecido como Chico
Me mostrou o seu relógio Buarque, é cantor, compositor
Me contou suas viagens Me chamava de rainha
e romancista. Nasceu em 19 de
junho de 1944, na cidade do
Me encontrou tão desarmadaFrancisco Buarque de Hollanda,
Rio de Janeiro, e morou em São
E as vantagens que ele tinhaQue tocou meu coração Paulo, onde estudou no Colégio
mais conhecido como Chico
Santa Cruz. Quando estudante de
Mas não me negava nada arquitetura, envolveu-se com o
Me mostrou o seu relógio E, assustada, eu disse não Buarque, é cantor, compositor
movimento estudantil e foi preso
pelos agentes da ditadura militar.
[...] e romancista. Nasceu em 19 de
Me chamava de rainha
A canção “Teresinha” faz parte do
LP Ópera do malandro, de 1977.
junho de 1944, na cidade do
Me encontrou tão desarmada 3. Analisando o eu lírico das canções Rio de Janeiro, e morou em São
Que tocou meu coração a) Em duplas, completem o quadro a seguirPaulo, onde estudou
com informações sobre os no Colégio
trechos das canções que vocês leram: Santa Cruz. Quando estudante de

Mas não me negava nada Texto 1 arquitetura,Textoenvolveu-se


2 com o
E, assustada, eu disse não
Quem é o
compositor?
movimento estudantil e foi preso
Quando a canção pelos agentes da ditadura militar.
[...] foi composta?
A canção “Teresinha” faz parte do
LP Ópera do malandro, de 1977.
Como podemos
caracterizar o
eu lírico da canção?

3. Analisando o eu lírico das canções


a) Em duplas, completem
168
o quadro a seguir com informações sobre os CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

trechos das canções que vocês leram:


Port6ºAnoParte2.indd 168 9/16/10 1:08 PM

Texto 1 Texto 2
Quem é o
compositor?
Quando a canção
foi composta?

Como podemos
caracterizar o
eu lírico da canção?
20 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

20 Conhecer Mais - Estudo Complementar

3. Analisando o eu lírico das canções. Na questão 3, aprofunde as diferenças entre o eu lírico e o


compositor, fazendo com que os(as) estudantes percebam as marcas linguísticas na letra da canção para
compreender o eu líricocompletem
A) Em duplas, e suas características.
o quadro aProcure
seguir perceber quais são as
com informações pistasosque
sobre os alunos
trechos daslevam
can-
em consideração
ções queparavocês caracterizar
leram: o eu lírico das duas canções. Se possível, sugira pesquisas sobre os
compositores Noel Rosa e Chico Buarque. Explore com os alunos os sites e, para que eles conheçam
mais sobre os compositores e tudo o que envolveTextoo mundo1 de suas canções: discografia,
Textoprêmios,
2 home-
nagens, songbooks, intérpretes etc.
Quem é o compositor? Noel Rosa Chico Buarque
Quando a canção foi
composta?
1933 1977

Como podemos Mulher, independente, diretora Teresinha, mulher, assustada


caracterizar o eu de escola de samba, apaixonada com as ações do primeiro cava-
lírico da canção? pelo samba. lheiro.

B) Sublinhe, nas canções, as palavras e expressões que demonstram que o eu lírico ex-
pressa um ponto de vista feminino.

4. Comparando o eu lírico e a melodia das canções.

A) Ao ler o trecho da letra da canção “Teresinha”, de Chico Buarque, você conseguiu esta-
belecer relação com uma cantiga bastante conhecida das crianças? Qual?

A cantiga infantil “Teresinha de Jesus”.

B) Escute no vídeo um trecho da canção “Teresinha” e da cantiga infantil “Terezinha de Jesus”.


https://www.youtube.com/watch?v=rFa5B4kFIGA

“Terezinha de Jesus”
Tema infantil de domínio público

Professor(a), assista com Terezinha de Jesus


os(as) estudantes aos ví- De uma queda foi ao chão
deos das duas versões de Acudiram três cavalheiros
“Terezinha”: a lírica e a infan- Todos três chapéu na mão.
til. Deixe que comentem as
O primeiro foi seu pai,
duas interpretações e só en-
tão respondam às questões. O segundo seu irmão,
O terceiro foi aquele
Que a Tereza deu a mão
[...]
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 21

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 21

Em seguida, em pequenos grupos, preencham o quadro comparativo:

Questões “Teresinha” “Terezinha de Jesus”


O que vocês notaram sobre Inspira a canção “Teresinha” de Chi-
É exatamente a mesma da canção de roda.
a melodia? co Buarque
Como é o ritmo da canção? Trata-se de uma cantiga, composição po-
ética musicada de versos curtos e popular, Trata-se de uma cantiga.
O que vocês perceberam do destinada ao canto.
conjunto dos instrumentos? Os instrumentos acompanham suavemente Os instrumentos acompanham gra-
a cantiga de acordo com a letra. ciosamente a cantiga de tema infantil.
O que vocês perceberam na
É mais lírica e romântica, como convém às É ingênua como convém a uma can-
letra da canção?
cantigas mais contemporâneas. tiga de tema infantil.
Como vocês caracterizam Resposta pessoal. Enfatize a interpretação Resposta pessoal. Enfatize a inter-
os intérpretes? mais enamorada da canção. pretação mais ingênua da canção.

C) Em que pessoa (primeira ou terceira) está o eu lírico de “Teresinha”, de Chico Buarque?


Cite os versos que justificam sua resposta.

Está em primeira pessoa: “O primeiro me chegou”; “Me contou suas viagens”; “Me mostrou o seu
relógio”; “Me chamava de rainha”; “Me encontrou tão desarmada”; “E, assustada, eu disse não”.

D) Pode-se afirmar que o eu lírico da cantiga “Terezinha de Jesus” se encontra em primeira


pessoa? Por quê?

Não. Diferentemente da canção “Teresinha”, o eu lírico da cantiga está em terceira pessoa. Assim, o
eu lírico observa a cena e as personagens, comentando sobre suas ações.

5. Comparando a letra das duas canções.

A) Na canção composta por Chico Buarque, quando o “primeiro” chegou, como Teresinha
se sentia?

Desarmada.
22 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 4 22 Conhecer Mais - Estudo Complementar

MATE A FOME DE
BOM HUMOR COM B) Que sentimento é esse?
“FOME COME”
Sentimento de carência, sem defesas, desprevenida, frágil, assustada.

Matriz de Saberes C) Qual é a reação do eu lírico?

• Pensamento crítico e criativo Sentiu-se tocada no coração, mas, “assustada”, “disse não”.
• Comunicação
• Repertório cultural
D) Escreva um parágrafo sobre as semelhanças que existem entre a “Teresinha” e a “Tere-
zinha de Jesus”. Resposta pessoal. Espera-se que os(as) estudantes mencionem principalmente
Objetivos de o mesmo tema de ambas as canções, bem como a aparente ingenuidade de ambas as mulheres (a Teresinha da versão
Desenvolvimento de Chico Buarque se mostra mais adulta). Chame a atenção para o fato de termos canções em que o compositor usa um
Sustentável eu lírico em primeira pessoa ou em terceira pessoa. Retome as canções anteriores para analisar o emprego de primeira
ou terceira pessoa nas canções. Se possível, traga outros exemplos para a sala de aula. Propositadamente, não está
4 - Educação de qualidade transcrita toda a letra de “Teresinha”, uma vez que a intenção é apenas revelar as coincidências de letra e melodia com
a canção infantil “Terezinha de Jesus”. Discuta com a turma a relação intertextual entre as duas canções, lembrando que
a canção “Terezinha de Jesus” faz parte da tradição oral popular, por isso não tem um compositor ou data específica de
composição. As cantigas são entoadas pelas crianças em suas brincadeiras e passam de geração em geração, integran-
do o universo infantil. “Terezinha de Jesus” pode ser entendida como uma cantiga de histórias, na qual a canção identifica
a personagem (Cascudo, 2002, p. 102). ATIVIDADE 4
Se possível, sugira que os(as) estudantes apresente outras canções se sua preferência e façam essa análise, ou ainda,
traga outras letras de canção em que o eu lírico assume outras identidades e vozes sociais. Por exemplo, nas canções “A
galinha”. eMATE
“História deAuma gata”, de Enriquez-Bardotti
FOME DE BOM (versão HUMOR de Chico COM
Buarque, Os saltimbancos.COME”
“FOME Polygram do Brasil,
1977), a voz social é feminina com a personificação de animais específicos. Providencie outras canções que apresentem
eu lírico infantil, ou seja, a voz social da criança. A canção “Criança não trabalha”, de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit, é um
bom exemplo para discutir com os alunos os diversos processos enunciativos.
VAMOS PRATICAR!
ATIVIDADE 4
1. Assistindo ao vídeo.

A) Agora, você vai assistir a uma interpretação da canção “Fome come”,


dos compositores Sandra Peres, Paulo Tatit e Luiz Tatit.
https://www.youtube.com/watch?v=-G1ozGVDd2I

Pelas fotos, você já percebeu que os autores dessa canção não são jovens nem crianças. No
entanto, eles fingem ser, ou seja, fazem de conta que são. Assumem nas canções um eu lírico infantil,
brincalhão e descontraído.
Ao assistirem ao vídeo, é importante que os(as) estudantes, em um primeiro momento, não acompanhem
a letra da canção impressa, para que possam apreciar a letra e a melodia da canção. Chame a atenção
deles(as) para o ritmo, o coro e os instrumentos.

ATIVIDADE 4 – Mate a fome de bom humor com Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


“fome come” • (EFCAUTLP01) Realizar antecipações a respeito do conteúdo do
Eixos: PRÁTICA DE LEITURA DE TEXTOS; PRÁTICA DE texto, utilizando o repertório pessoal de conhecimento sobre o
ANÁLISE LINGUÍSTICA/MULTIMODAL tema/assunto, gênero, autor, época de produção, conteúdo e tipo
de linguagem empregada no título, portador e veículo de publica-
Objetos de Conhecimento: ção, verificando ao longo da leitura se as antecipações realizadas
• CAPACIDADES DE COMPREENSÃO se confirmaram ou não
• CAPACIDADES DE APRECIAÇÃO E RÉPLICA DO LEITOR EM RE- • (EFCAUTLP06) Identificar a finalidade da leitura apresentada, as
LAÇÃO AO TEXTO características que envolvem a prática social de leitura na qual irá
interagir (saraus, rodas de leitores, clubes de leitura, seminários,
• COMPORTAMENTOS DE LEITURA
slams, leitura dramática, mesas-redondas, redes sociais, entre
• FLUÊNCIA LEITORA COM COMPREENSÃO outras) e o contexto de produção específico daquela situação da
• ASPECTOS SEMÂNTICOS E LEXICAIS qual participará ouvindo e/ou lendo.
• MORFOLOGIA • (EFCAUTLP08) Reconhecer a presença de relações de intertex-
tualidade e de interdiscursividade nos textos lidos, impressos
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 23

ATIVIDADE 3 Mate a fome de bom humor LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 23

com “Fome come”


Os compositores e cantores

EDUARDO KNAPP/FOLHAPRESS
1. Assistindo ao vídeo Sandra Peres (tecladista)
Os compositores e cantores Sandra Peres (tecladista) e Paulo Tatit (gui- e Paulo Tatit (guitarrista)

Imagem: Caderno de Apoio, 6º


tarrista) formam, desde 1994,
a) Agora, vocêavai
dupla responsável
assistir a uma pelo grupo Palavra formam, desde 1994, a dupla
Cantada. A canção “Fome come” faz parte do DVD e CD Palavra cantada
responsável pelo grupo
10 anos, gravadosinterpretação
em 2004. da canção “Fome come”,
Palavra Cantada. A canção

ano, p. 178.
dos compositores Sandra Peres, Paulo “Fome come” faz parte do
Luiz Augusto deTatit e Luiz
Moraes Tatit. compositor e escritor, nasceu
Tatit, paulistano, DVD e CD Palavra cantada
em 23 de outubro de 1951. Com o Grupo Rumo desde 1974, cujo objetivo é “expandir as fron- 10 anos, gravados em 2004.
Pelasarranjo
teiras da composição, fotos,e você já percebeu
interpretação que
na música os
brasileira”, já gravou canções de sua
autoria e de compositores dos anos 1930. Luiz Augusto de Moraes Tatit, paulistano,
autores dessa canção não são jovens compositor e escritor, nasceu em 23 de outubro
nem crianças. No entanto, eles fingem de 1951. Com o Grupo Rumo desde 1974, cujo
objetivo é “expandir as fronteiras da composição,
B) ser, ou seja, fazem de conta que são.
Acompanhe a letra da canção “Fome come” durante a exibiçãoarranjo
do vídeo e observe com
e interpretação na música brasileira”, já
Assumem nas
atenção a interpretação dos canções
cantores eum
doseu lírico
instrumentos, a combinação da letra
gravou canções com
de sua a
autoria e de compositores
melodia, a emoção que a canção provoca em você. dos anos 1930.
infantil, brincalhão e descontraído.
É fundamental que os(as) estudantes acompanhem a letra da canção e, se possível, cantem para perceber
a sonoridade e o b)
ritmo. A canção “Fome
Acompanhe come”
a letra daé canção
bastante leve
“Fome e contagiante.
come” durante Aparentemente, oferece
a exibição
Canção:
pouca dificuldade de compreensão e de “Fome
execuçãocome” (1998)
musical. Além de divertir, ela também proporciona a
reflexão. do vídeo e observe com atenção a interpretação dos
Compositores: Sandra Peres, Paulo Tatit e Luiz Tatit cantores e dos
instrumentos, a combinação da letra com a melodia, a emoção que a
Gente eu tô ficando impaciente Se vem de fora
A minhacanção
fome é provoca
persistenteem você. Ela devora, ela devora, ela devora
Come frio come quente
Come o que vê pela frente Se for cultura
“Fome
Canção: Come come”
a língua (1998) Ela tritura,
come o dente Compositores:
ela tritura Sandra Peres, Paulo Tatit e Luiz Tatit
Qualquer coisa que alimente
A fome come simplesmente Se o que vem é uma cantiga
Gente eu tôCome
ficando impaciente
tudo no ambiente Toda fome é tão carente
Ela mastiga, ela mastiga Se for cultura
A minha fome
Tudoéquepersistente
seja atraente Come o amor que a gente sente Ela tritura, ela tritura
É uma forma absorvente
Come frio come quente A fome Ela
comeentão nunca discute
eternamente Se o que vem é uma cantiga
Come e nunca é suficiente Só deglute, só deglute
Come o queToda
vê pela
fome éfrente
tão carente No passado e no presente Ela mastiga, ela mastiga
Come a língua come o dente A fome Eésesempre
for conversa mole
descontente
Come o amor que a gente sente
Qualquer coisa que alimente
Se for mole, ela engole Ela então nunca discute
A fome come eternamente Fome come Só deglute, só deglute
A fome comeNo simplesmente
passado e no presente Se faz falta no abdome
Fome come
Come tudo Anofome é sempre descontente
ambiente Fome come, fome come E se for conversa mole
Tudo que seja atraente Se vem de fora Se for mole, ela engole
Fome come
Fome
É uma forma come
absorvente Ela devora, ela devora, ela devora
Se faz falta no abdome
Come e nunca CDé Canções curiosas, produzido por Sandra Peres e Paulo Tatit, da Palavra Cantada, 1998, recebeu Prêmio Sharp 1998.
suficiente Fome come, fome come

CD Canções curiosas, produzido por Sandra Peres e Paulo Tatit, da Palavra Cantada, 1998, recebeu Prêmio Sharp 1998.

ou digitais, bem como os efeitos de sentidos produzidos e iden- o papel que possuem na constituição dos sentidos, definindo-os
172
tificar a presença de outras linguagens.
CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP
de modo articulado e inseparável. CD
• (EFCAUTLP13) Comentar – com outros estudantes, professor e/ • (EF07LP13) Estudar, em processo de tutoria, textos que serão desti-
ou autores – o material de leitura, visando ao aprimoramento dos nados à leitura oral independente em diversas práticas sociais (como
critérios172pessoais de apreciação estética.
Port6ºAnoParte2.indd leitura de notícia e/ou reportagem
9/16/10 em jornal radiofônico ou televisivo e
1:08 PM

• (EFCAUTLP18) Comentar com os colegas, professor e/ou auto- ler em voz alta texto que comporá um videoclipe, relacionado às temá-
res, o material de leitura, para compartilhar impressões e apri- ticas priorizadas no currículo, entre outras possibilidades), definindo a
morar os critérios pessoais de apreciação estética. prosódia a partir da compreensão do texto.
• (EF07LP02) Ler letras de canções – enquanto a escutam e depois • (EF07LP38) Analisar os efeitos de sentido obtidos no texto com
disso – de modo a identificar a sua multimodalidade (letra e me- o emprego de palavras com sentido denotativo e conotativo, ve-
lodia) e de forma a reconhecer a relação entre as duas linguagens rificando as implicações discursivas. CG
(letra e melodia) na constituição do sentido. CD • (EF07LP42) Analisar os usos e funções dos pronomes, considerando sua
• (EF07LP09) Identificar, em textos multimodais das diferentes importância como representante e acompanhante de nomes, bem como
áreas do conhecimento que estejam relacionados ao desenvol- analisar os efeitos de sentido decorrentes de seu emprego (pessoais,
vimento de projetos interdisciplinares, as diferentes linguagens e possessivo, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos). C
24 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

24 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Conversando sobre a canção

A) Vocês já conheciam essa canção? Comentem onde e como a conheceram.


Resposta pessoal.
B) O que essa canção lhes faz lembrar?
Resposta pessoal.
C) Do que vocês mais gostaram no vídeo: da música, da letra ou da interpretação?
Por quê?
Resposta pessoal.
D) O que acharam do clipe que acompanha a canção? O que mais chamou sua atenção
nas imagens?
Resposta pessoal.
3. Percebendo a letra e o ritmo da canção
Em comparação com as canções que você ouviu e estudou, como pode caracterizar a can-
ção “Fome come”:
A) assunto:

O eu lírico anuncia sua impaciência pela fome que sente e diz como a satisfaz. Seria oportuno cha-
mar a atenção dos alunos para a farta linguagem figurada dos verbos e dos alimentos mencionados.

B) eu lírico:

Em primeira pessoa, contrapõe sua “impaciência” com a voracidade figurada da própria fome.

C) emoções provocadas:

Humor, divertimento, leveza, convite a participar da canção, graças aos sentidos provocados pelos
versos.

D) combinação da letra com a melodia e o ritmo:

Tema, melodia e ritmo contagiantes e facilmente assimiláveis, graças à harmoniosa sincronia das
rimas e do ritmo com a melodia.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 25

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 25

E) instrumentos utilizados:

Os(as) estudantes certamente vão indicar o violão e a guitarra, pois marcam o ritmo e as rimas da
canção. No entanto, outros instrumentos podem ser percebidos, como o teclado, a percussão e a
flauta.
Na música é possível perceber vozes de homens e mulheres, além do coro. É impor-
tante que percebam que não é uma música cantada apenas por um intérprete e que
o jogo de vozes e o coro dão ritmo e melodia à canção. O importante é fazer com que
F) coro e voz: os(as) estudantes percebam a alternância de vozes e o ritmo.
Procure salientar a harmonização perfeita do ritmo e da melodia com a letra. Ao mesmo tempo que a letra se
refere a muitas fomes, a melodia, marcadamente rítmica, alegre, contagiante e rápida, acompanha o desen-
volvimento temático dinâmico que menciona, mas não aprofunda nem comenta as diferentes fomes. É opor-
tuno salientar esses dois resultados da canção para predispor os(as) a uma leitura menos superficial da letra.
A propósito, examine com eles o sentido figurado da “fome” própria dos inquietos, inteligentes, sensíveis pelos
acontecimentos, fenômenos e pessoas e pelo que a realidade lhes oferece. Para finalizar a atividade 3, explo-
re o ritmo com latas, orientando os alunos para que o marquem com os intérpretes do vídeo. A intenção é lidar
4.
com aExplorando
sincronia ritmo/letra
a letra e=amelodia
melodiae aprender
da cançãoum pouco de percussão corporal e instrumental (latinhas).
4. Cante ou releia com atenção a letra de “Fome come” para entender o que ela diz.

A) Professor(a),
Observe bemdurante
os 16 a atividade
versos queécompõem
importanteaque os(as) estrofe.
primeira percebam o jogo
Que das rimas
palavras que
têm o dá ritmo
mesmo
esom
melodia
final?à Sublinhe-as
canção. Chamenoatexto.
atenção para a organização das estrofes e da composição das rimas
e aproveite para aprofundar os conceitos de “verso”, “estrofe” e “refrão”. Discuta a organização das estrofes
da canção
B) Que“Fome come”,
papel para
essas que percebam
palavras o ritmo como
desempenham um agrupamento
na letra da canção?harmonioso. Enfatize também a
importância das rimas finais dos versos na primeira estrofe e sua relação com o ritmo da canção. Destaque os
recursos utilizados pelos compositores, como a repetição das palavras “fome” e “come”.

B) Marcam o ritmo dos versos, uma vez que são todas palavras paroxítonas e terminam em “te”,
que pronunciamos “tch”, como uma batida de prato de bateria. Essas palavras vão marcar a melodia
explícita e predominantemente ritmada.
C) E na melodia da canção, como essas palavras são cantadas?

Em melodia ascendente e marcadamente ritmada graças à rima que elas oferecem.

D) Ainda nessa primeira estrofe, a fome já está satisfeita ou não? Como você explica isso?

A fome está sendo descrita: persistente, absorvente, carente, descontente. Ela come quente, sim-
plesmente e eternamente o que vê pela frente e alimente, o dente, o amor que se sente. A fome, pela
descrição do eu lírico, não está satisfeita.
26 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

26 Conhecer Mais - Estudo Complementar

5. Observe bem as outras estrofes menores da letra da canção.

A) Pode-se dizer que nessas estrofes a fome já está sendo satisfeita? Por quê?
Sim, porque ela devora o que vem de fora, tritura a cultura, mastiga a cantiga, não discute, só deglute,
engole conversa mole e o que faz falta ao abdome.

B) Quais as fomes que você percebe do eu lírico na canção?


De alimento, de cultura, de cantiga e de amor.

C) O que acontece com as rimas agora? Permanecem as mesmas da primeira estrofe?


Por quê?
Não permanecem. As rimas se fazem entre cada uma das coisas que estão sendo comidas: devora
/ fora; cultura / tritura; cantiga / mastiga; discute / deglute; mole / engole.

D) Em sua opinião, por que as rimas mudam?


Resposta pessoal. Uma possibilidade de interpretação é: as coisas comidas são diferentes entre si.
As rimas se estabelecem agora com as palavras “fora”, “cantiga”, “discute” e “mole”.

E) Que inovação as outras estrofes introduzem na melodia da canção?


Os versos são cantados em contracanto, isto é, metade deles é cantada por um grupo e a outra
metade, por outro, como se estivessem dialogando.

F) E como é que, mudando tanto as rimas e o canto, a canção tem continuidade?


Porque a melodia continua sendo muito bem marcada pelo ritmo e pelas rimas harmoniosamente
casadas.

G) No final da canção há alguns versos repetidos. Escute-a novamente e procure explicar


o porquê da repetição na conclusão.
Resposta pessoal. Espera-se que os(as) estudantes percebam a retomada da primeira estrofe para
concluir, com a reflexão, que é desejável que todas as “fomes”, entre elas a do amor, sejam satisfeitas
por todos.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 27

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 27

6. Analisando palavras e expressões da letra da canção


Agora, é sua vez. Escolha na letra de “Fome come” uma expressão em sentido figurado e
explique o que entende dela. Escolha pessoal com interpretação contextual. O próprio título, “Fome
come”, ao longo da canção, ganha a conotação de necessidade ou desejo intenso de adquirir algo, sofreguidão, avidez,
ambição. O verbo “comer” também conota experimentar, provar “tudo no ambiente / tudo que seja atraente”. Do mesmo
modo, o verbo “engolir” (“conversa mole”), mesmo à revelia de nossa vontade e de nossa escolha.
As questões feitas aos estudantes não se demoram na interpretação da letra, recreativa e bem-humorada. É oportuno, no en-
tanto, sondar com eles, sempre do ponto de vista do eu lírico, a interpretação da fome e das comidas que a saciam. No geral,
o termo fome metaforiza a necessidade do que é indispensável à vida, que não existe sem alimento. A fome do que é atraente,
de conhecer, de saber e de amar as pessoas é “carente”, insaciável, “no presente e no passado”. A fome tem curiosidade de
conhecer o desconhecido (“Se vem de fora ela devora”). A fome tritura a cultura e transforma a cultura em alimento para quem
a ingere. Ela não “discute” o que é indispensável à vida, “deglute”. Por fim, a fome devora “o amor [não metafórico] que a gente
sente”, do qual o eu lírico não abre mão. É importante que os(as) estudantes percebam as mudanças estruturais das estrofes
e das rimas e o ritmo da canção. Ressalte o papel do coro nas estrofes mais curtas da letra.

ATIVIDADE 5

POR TRÁS DAS LETRAS


A canção “Fome come” nos mostrou como o casamento perfeito da letra com a melodia ga-
rante a boa qualidade da canção. Você já percebeu que, nas letras das canções, a vocação das
palavras é a música. As palavras podem ser ouvidas, faladas, cantadas ou lidas.
Quando faladas e ouvidas, só é possível entender o que elas significam pelo som delas. Basta
pensar em uma conversa por telefone. Por isso, há quem diga que o som é a alma da palavra.
Os bons compositores de canções exploram ao máximo o som das palavras. Escolhem,
escolhem até encontrar as palavras que melhor se harmonizam com a música. Não é qualquer
palavra que fica bem em uma canção!

Canção: “Ah!”

Compositor: Luiz Tatit

Não pode usar qualquer palavra


Então é por isso que não dava
Eu tentava, repetia, achava lindo e colocava
Se não cabe, se não pode
Tem que trocar de palavra!

Luiz Tatit. “Ah!”. Faixa do CD Rumo. São Paulo: Grupo Rumo, 2004.
28 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 5 28 Conhecer Mais - Estudo Complementar

POR TRÁS DAS LETRAS


E que harmonia é essa? Na canção, o som e o ritmo das palavras complementam a melodia
e o ritmo da música. Dizem até que a canção é irmã gêmea da poesia, pois nasceram juntas.
Imagine uma canção de que você gosta só falada, recitada, e não cantada. Sem graça alguma,
Matriz de Saberes não é? Canção é isso. Letra e melodia, ou seja, letra musicada! Letra que só está completa com
música. Letra com afinidade com a música.
• Pensamento crítico e criativo
Nesta parte, vamos explorar e experimentar os sons das palavras e a combinação que a
• Comunicação
poesia faz entre eles, chamada “rima”.
• Repertório cultural

Objetivos de
Desenvolvimento VAMOS PRATICAR!
Sustentável
4 - Educação de qualidade 1. Conversando sobre música
1. Conversando sobre música
1. Conversando
A) Vocês conhecem sobre
as notas musicais dó, ré, mi, fá, sol, lá, si?
música
a) Vocês
Resposta conhecem as notas musicais dó, ré, mi, fá, sol, lá, si?
pessoal.
a) Vocês
B) Alguém conhecem
de seu as notas musicais dó, ré, mi, fá, sol, lá, si?
b) Alguém degrupo estuda
seu grupo música?
estuda Sabe
música? cantar
Sabe a escala?
cantar a escala?
Resposta pessoal. de seu grupo estuda música? Sabe cantar a escala?
b) Alguém
c) Assista
C) Assista ao vídeo
ao vídeo e observe
e observe as crianças
as crianças cantando
cantando a escala
a escala musical.
musical.
c) Assista ao vídeo e observe as crianças cantando a escala musical.

Professor(a), estimule os(as) estudantes a reproduzirem oralmente a escala musical. Se julgar necessário,
peça que utilizem o tablet para pesquisarem vídeos ou áudios, como por exemplo, o trecho “A Noviça Re-
d) As músicas
belde - ‘Dó-Ré-Mi’ (Do-Re-Me)”, se baseiam nessas
disponível notas, mas não as repetem nessa ordem.
em https://www.youtube.com/watch?v=3E-9vDGv7zQ.
D) As d) As uma

músicas músicas
secanção se baseiam
baseiam infantil nessas
nessasterminada
notas, notas,
mas masas
assim:
não não
dó, asmi,
ré,
repetem repetem
fá, fá,nessa
nessa fá; ordem.
dó,
ordem. ré,
Hádó, uma can-

ção infantil uma
ré, ré, terminadacanção infantil
ré; dó, sol,assim: terminada
fá, mi,dó,
mi,ré,mi;
mi,dó, assim:
fá, ré,
fá, mi, dó,
fá; dó, ré,
fá, ré, mi,
fá, dó, fá, fá, fá; dó,
ré, ré, conhecem?
fá. Vocês ré, fá,
ré; dó, sol, dó,mi, mi,
mi; dó,ré,ré,ré,mi,
ré;fá,dó,
fá,sol, fá,
fá. Vocêsmi, mi, mi;
conhecem? dó, ré,
Se mi,
sim, fá,
como fá, éfá. Vocês
o ritmo econhecem?
a melodia?
Se sim, como é o ritmo e a melodia?
Se sim, como é o ritmo e a melodia?
e) Perceba
E) Perceba a interpretação
a interpretação que oque
coral o faz
coraldefazumadecantiga
uma cantiga
infantil infantil e com a pauta
e compare
e)compare
Perceba
musical a seguir: acom
interpretação que o acoral
a pauta musical seguir:faz de uma cantiga infantil e
compare com a pauta musical a seguir:

f) Existem também os chamados acordes, ou seja, a combinação de sons


f) dessas
Existem também
notas os chamados
musicais. acordes,
Por exemplo: ou seja,
dó, mi, a combinação
sol, dó, sol, mi, dó. de sons
ATIVIDADE 5 – Por trás das letras do do Portexto, utilizando o sol,
repertório pessoal de conhecimen-
Pois é, na verdade, as palavras das canções invejam asol,
dessas notas musicais. exemplo: dó, mi, dó, mi,
música. dó.
Não
to sobre o tema/assunto, gênero, autor, Não
época de produção,
Eixos: PRÁTICA DE LEITURA DE TEXTOS; PRÁTICA DE Pois é, na verdade, as palavras das canções invejam a música.
querem ficar atrás dela! Observem como as crianças cantam no vídeo
querem conteúdo e tipo de linguagem empregada
cantam no no título, portador
ANÁLISE LINGUÍSTICA/MULTIMODAL as notas fimi,
carsol
atrás dela! Observem
e dó. como as crianças vídeo
as notas mi, solee veículo
dó. de publicação, verificando ao longo da leitura se as
Objetos de Conhecimento: antecipações realizadas se confirmaram ou não.
• CAPACIDADES DE COMPREENSÃO • (EFCAUTLP06) Identificar a finalidade da leitura apresentada,
as características que envolvem a prática social de leitura na
• CAPACIDADES DE APRECIAÇÃO E RÉPLICA DO LEITOR EM
qual irá interagir (saraus, rodas de leitores, clubes de leitura,
RELAÇÃO AO TEXTO
seminários, slams, leitura dramática, mesas-redondas, redes
• COMPORTAMENTOS DE LEITURA sociais, entre outras) e o contexto de produção específico da-
• FLUÊNCIA LEITORA COM COMPREENSÃO
LÍNGUA PORTUGUESA · 6 O ANO 181
LÍNGUA PORTUGUESA · 6 Oquela
ANO situação da qual participará ouvindo e/ou lendo. 181
• ASPECTOS SEMÂNTICOS E LEXICAIS • (EFCAUTLP08) Reconhecer a presença de relações de inter-
• MORFOLOGIA textualidade e de interdiscursividade nos textos lidos, impres-
sos ou digitais, bem como os efeitos de sentidos produzidos e
Port6ºAnoParte2.indd 181 9/16/10 1:08 PM

Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


Port6ºAnoParte2.indd 181

identificar a presença de outras linguagens.


9/16/10 1:08 PM

• (EFCAUTLP01) Realizar antecipações a respeito do conteú-


Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 29

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 29


f) Existem também os chamados acordes, ou seja, a combinação de sons
dessas notas musicais. Por exemplo: dó, mi, sol, dó, sol, mi, dó.
Pois
F) Existem é, na verdade,
também as palavras
os chamados dasou
acordes, canções
seja, ainvejam a música.
combinação Nãodessas notas
de sons
querem
musicais. ficar atrás
Por exemplo: dela!
dó, Observem
mi, sol, dó, sol,como asPois
mi, dó. crianças
é, nacantam
verdade,noasvídeo
palavras das
canções
as invejam a música.
notas mi, sol e dó.Não querem ficar atrás dela! Observem as notas mi, sol e dó?

2. Assim como os sons musicais são harmoniosos, agradáveis ao ouvido, na poesia também
há palavras cujos sons seO harmonizam com outros, que rimam com outros. Quer ver?
LÍNGUA PORTUGUESA · 6 ANO 181
Gente eu tô ficando impaciente
A minha fome é persistente
Port6ºAnoParte2.indd 181
Come o que vê pela frente 9/16/10 1:08 PM

Se vem de fora ela devora ela devora ela devora


Se for cultura ela tritura ela tritura
Se o que vem é uma cantiga ela mastiga ela mastiga
Ela então nunca discute só deglute só deglute
E se for conversa mole se for mole ela engole
Se faz falta no abdome fome come fome come

A) Se as rimas complementam a melodia, a posição delas nas palavras complementa o


ritmo. Identifique outros exemplos em outras canções em que a rima se dá na última
sílaba das palavras.

Resposta pessoal. Espera-se que os(as) estudantes tragam exemplos de canções de seu repertório
pessoal e preferência musical.

B) As rimas mais frequentes, no entanto, ocorrem entre a penúltima e a última sílaba das
palavras. Que outros casos como esses existem nessa ou em outras canções?

Resposta pessoal. Nesse item também se espera que os(as) estudantes tragam exemplos de can-
ções de seu repertório pessoal e preferência musical.

• (EFCAUTLP13) Comentar – com outros estudantes, professor • (EF07LP13) Estudar, em processo de tutoria, textos que serão
e/ou autores – o material de leitura, visando ao aprimoramen- destinados à leitura oral independente em diversas práticas
to dos critérios pessoais de apreciação estética. sociais (como leitura de notícia e/ou reportagem em jornal ra-
• (EFCAUTLP18) Comentar com os colegas, professor e/ou au- diofônico ou televisivo e ler em voz alta texto que comporá um
tores, o material de leitura, para compartilhar impressões e videoclipe, relacionado às temáticas priorizadas no currículo,
aprimorar os critérios pessoais de apreciação estética. entre outras possibilidades), definindo a prosódia a partir da
compreensão do texto.
• (EF07LP02) Ler letras de canções – enquanto a escutam e de-
pois disso – de modo a identificar a sua multimodalidade (letra • (EF07LP38) Analisar os efeitos de sentido obtidos no texto
e melodia) e de forma a reconhecer a relação entre as duas com o emprego de palavras com sentido denotativo e conota-
linguagens (letra e melodia) na constituição do sentido. CD tivo, verificando as implicações discursivas. CG
• (EF07LP09) Identificar, em textos multimodais das diferentes • (EF07LP42) Analisar os usos e funções dos pronomes, consi-
áreas do conhecimento que estejam relacionados ao desen- derando sua importância como representante e acompanhante
volvimento de projetos interdisciplinares, as diferentes lingua- de nomes, bem como analisar os efeitos de sentido decorren-
gens e o papel que possuem na constituição dos sentidos, tes de seu emprego (pessoais, possessivo, demonstrativos,
definindo-os de modo articulado e inseparável. CD indefinidos, interrogativos e relativos). C
30 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 6 30 Conhecer Mais - Estudo Complementar

O SOM DAS PALAVRAS


TAMBÉM FALA
ATIVIDADE 6

Matriz de Saberes O SOM DAS PALAVRAS TAMBÉM FALA


• Comunicação Além das rimas, os compositores de canções gastam um bom tempo experimentando, des-
• Repertório cultural cobrindo ou inventando o som das palavras. Existe uma canção do folclore brasileiro, “O trem de
ferro”, cujas palavras, rimas, ritmo e melodia contribuem para reproduzir, de maneira agradável
e graciosa, os muitos sons que as velhas marias-fumaça faziam.
Objetivos de
Desenvolvimento Professor(a), para ampliar a atividade, recorra ao poema de
Sustentável Canção: “Trem de ferro” Manuel Bandeira “Trem de ferro”, que complementa a noção
das onomatopeias que reforçam o tema e o estilo da letra.
4 - Educação de qualidade Explore também “Trenzinho caipira”, de Villa-Lobos, música
O trem de ferro orquestral do gênero erudito. No CD Partimpim 2, de Adriana
Quando sai de Pernambuco Calcanhoto, a canção “O trenzinho do caipira” permite explo-
Vai fazendo chic chic rar a música de Villa-Lobos e o poema de Ferreira Gullar. A
Até chegar no Ceará proposta é levar os(as) estudantes à experimentação da har-
Rebola o pai monia entre palavra e melodia, condição que sustenta a no-
Rebola a mãe ção de canção. A letra de “O trem de ferro” é bastante singela
e ingênua, própria dos textos de natureza folclórica. As rimas
Rebola o filho
em oxítonas e paroxítonas contribuem para o ritmo irregular
Eu também sou família entre deslizes e solavancos tão próprios das viagens com as
Eu também quero rebolar. marias-fumaça. A intenção aqui não é entrar em pormenores
da análise literária ou musical.

VAMOS PRATICAR!

1. Assistindo ao vídeo e cantando


https://www.youtube.com/watch?v=n5vTi19WNGA

Cante a canção “O trem de ferro”, acompanhando a letra e a interpretação do vídeo.


Em seguida, converse com seus colegas:
A) Como foi a experiência de cantar essa canção?

Resposta pessoal

ATIVIDADE 6 – O som das palavras também fala tema/assunto, gênero, autor, época de produção, conteúdo e
tipo de linguagem empregada no título, portador e veículo de
Eixos: PRÁTICA DE LEITURA DE TEXTOS; PRÁTICA DE
ANÁLISE LINGUÍSTICA/MULTIMODAL publicação, verificando ao longo da leitura se as antecipações
realizadas se confirmaram ou não
Objetos de Conhecimento: • (EFCAUTLP06) Identificar a finalidade da leitura apresentada,
• CAPACIDADES DE COMPREENSÃO as características que envolvem a prática social de leitura na
• PROCEDIMENTOS DE LEITURA qual irá interagir (saraus, rodas de leitores, clubes de leitura,
seminários, slams, leitura dramática, mesas-redondas, redes
• SEGMENTAÇÃO
sociais, entre outras) e o contexto de produção específico da-
• ASPECTOS SEMÂNTICOS E LEXICAIS quela situação da qual participará ouvindo e/ou lendo.
• MORFOLOGIA • (EFCAUTLP08) Reconhecer a presença de relações de inter-
• SINTAXE textualidade e de interdiscursividade nos textos lidos, impres-
sos ou digitais, bem como os efeitos de sentidos produzidos e
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: identificar a presença de outras linguagens.
• (EFCAUTLP01) Realizar antecipações a respeito do conteúdo do • (EFCAUTLP13) Comentar – com outros estudantes, professor
texto, utilizando o repertório pessoal de conhecimento sobre o
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 31

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 31

B) O que mais chamou sua atenção na canção?

Resposta pessoal

C) Do que você mais gostou nela?

Resposta pessoal

D) O que você observou na execução da canção?

Resposta pessoal. O(a) estudante deverá indicar a simulação do ritmo e dos sons do trem em movimento.

2. Analisando o ritmo e a melodia

A) Aponte as palavras que complementam o som, o ritmo e o efeito pretendido com a canção.

chic/chic / Pernambuco; Ceará / rebolá (rebolar).

B) Como está construída a rima no par Ceará / rebolá (rebolar)?

A rima está na última sílaba das palavras, as chamadas oxítonas, em vogais abertas a.

e/ou autores – o material de leitura, visando ao aprimoramen- volvimento de projetos interdisciplinares, as diferentes lingua-
to dos critérios pessoais de apreciação estética. gens e o papel que possuem na constituição dos sentidos,
• (EFCAUTLP18) Comentar com os colegas, professor e/ou au- definindo-os de modo articulado e inseparável. CD
tores, o material de leitura, para compartilhar impressões e • (EF07LP13) Estudar, em processo de tutoria, textos que serão
aprimorar os critérios pessoais de apreciação estética. destinados à leitura oral independente em diversas práticas sociais
• (EF0GDA6LP35) Identificar os efeitos de sentido provocados (como leitura de notícia e/ou reportagem em jornal radiofônico ou
pelo uso da metáfora e da metonímia. televisivo e ler em voz alta texto que comporá um videoclipe, rela-
cionado às temáticas priorizadas no currículo, entre outras possi-
• (EF06LP36) Identificar, em situação de leitura, referências in-
bilidades), definindo a prosódia a partir da compreensão do texto.
tertextuais. DA
• (EF07LP38) Analisar os efeitos de sentido obtidos no texto
• (EF07LP02) Ler letras de canções – enquanto a escutam e de-
com o emprego de palavras com sentido denotativo e conota-
pois disso – de modo a identificar a sua multimodalidade (letra
tivo, verificando as implicações discursivas. CG
e melodia) e de forma a reconhecer a relação entre as duas
linguagens (letra e melodia) na constituição do sentido. CD • (EF07LP42) Analisar os usos e funções dos pronomes, consi-
derando sua importância como representante e acompanhante
• (EF07LP09) Identificar, em textos multimodais das diferentes
de nomes, bem como analisar os efeitos de sentido decorren-
áreas do conhecimento que estejam relacionados ao desen-
32 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 7 32 Conhecer Mais - Estudo Complementar

COMPOR E COÇAR...
É SÓ COMEÇAR!
ATIVIDADE 7

Matriz de Saberes COMPOR E COÇAR... É SÓ COMEÇAR!


• Comunicação Professor(a), a atividade 7 pressupõe as noções e a experimentação dos(as) estudantes do estudo das canções. O desafio é
Vocês ouviram as canções e acompanharam seus intérpretes. Aprenderam a cantá-
• Repertório cultural compor a paródia sem se afastar do gênero, do contexto de produção e do tema da letra original. A aparente brincadeira é de fato
-las,colado
um exercício leram,
a umcompreenderam
texto que se completae com
interpretaramas
uma melodia. Porletras
isso, nãodeé canções
apenas umabrasileiras.
reescritura de palavras ou versos.
O eu lírico altera seu ponto de vista para a paródia ao ampliar e enriquecer
Agora, chegou a vez de vocês escreverem suas canções: o tema, o gênero e as circunstâncias
composição em versosda letrae original.
em ri- Ao
Objetivos de explorar mas,
o exemplo, explique queasa letra
aproveitando original
de que é o “texto-base”,a pois
já aprenderam é a que será imitada ou parodiada. Leve os(as) estudantes
gostar.
Desenvolvimento a perceber diferenças de ponto de vista do eu lírico. Se possível, traga outros exemplos para a sala de aula, conversando sobre as
Sustentável O que de fato vocês vão fazer?
paródias que conhecem.
Em pequenos grupos, vocês escreverão uma paródia de uma das canções que estudaram
4 - Educação de qualidade É necessário
aqui.discutir
Todaso elas
conceito de paródia
permitem comboa
uma os(as) estudantes, ressaltando
brincadeira! O trabalhoque, do nas paródias
grupo de canções,a oletra
é reescrever produtor
delas deve
observareosensaiar
recursos uma
rítmicos e sonoros paradea produção
interpretação acordo com do texto.
as “Na
novasGrécia antiga, o termo
intenções do euparódia
lírico referia-se
criado por a uma canção
vocês.
cantada ao lado de outra, como uma espécie de contracanto. Nos dias atuais, são denominadas paródias práticas de textualização
Procurem fazer uma composição bem engraçada!
que recriam um texto conhecido, de modo a atribuir-lhe sentidos de humor ou crítica. É provável que a origem musical da paródia
explique o fato de ela ser mais comum nas canções, entretanto podemos encontrar paródias baseadas na estrutura composicional
O que
e/ou estilo de muitos é uma
outros paródia?
gêneros, como poemas, contos infantis, provérbios.” (Beserra, Normanda. Vamos brincar de arremedar?
Paródia. In: Mendonça,
Paródia2008,é a p.imitação
103). de um texto já escrito, mas que pretende ser engraçada, que faz
brincadeiras, procura provocar as pessoas e divertir-se com acontecimentos sérios. Vários
programas televisivos de humor e emissoras de rádio apresentam paródias de canções conhe-
cidas do público. Vejamos um exemplo. Experimente cantar para perceber o ritmo e melodia
das duas canções:

ERRATA Canção: “Cheio de charme”


Onde se lê “Cheio de charme”,
leia-se: “CHEIA DE CHARME”. Compositor: Guilherme Arantes

Paixão assim
Não acontece todo dia
Huuuuuum, cheioww de charme
Um desejo enorme
De se aventurar
[...]
Paródia
Pastel assim
Não aparece todo dia
Huuuuuum, cheio de carne
Uma azeitona enorme
E eu vou devorar

tes de seu emprego (pessoais, possessivo, demonstrativos, • MORFOLOGIA


indefinidos, interrogativos e relativos). C
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:
ATIVIDADE 7 – Compor e coçar... É só começar! • (EFCAUTLP01) Realizar antecipações a respeito do conteúdo do texto,
utilizando o repertório pessoal de conhecimento sobre o tema/assun-
Eixos: PRÁTICA DE LEITURA DE TEXTOS; PRÁTICA to, gênero, autor, época de produção, conteúdo e tipo de linguagem
DE PRODUÇÃO DE TEXTOS; PRÁTICA DE ANÁLISE
empregada no título, portador e veículo de publicação, verificando ao
LINGUÍSTICA/MULTIMODAL
longo da leitura se as antecipações realizadas se confirmaram ou não.
Objetos de Conhecimento: • (EFCAUTLP06) Identificar a finalidade da leitura apresentada,
• CAPACIDADES DE COMPREENSÃO as características que envolvem a prática social de leitura na
• PROCEDIMENTOS DE LEITURA
qual irá interagir (saraus, rodas de leitores, clubes de leitura,
seminários, slams, leitura dramática, mesas-redondas, redes
• CAPACIDADE DE RECRIAÇÃO POÉTICA DA REALIDADE PELO
sociais, entre outras) e o contexto de produção específico da-
DISCURSO EM VERSOS quela situação da qual participará ouvindo e/ou lendo.
• SEGMENTAÇÃO
• (EFCAUTLP08) Reconhecer a presença de relações de in-
• ASPECTOS SEMÂNTICOS E LEXICAIS tertextualidade e de interdiscursividade nos textos lidos,
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 33

32 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ATIVIDADE 7

COMPOR E COÇAR... É SÓ COMEÇAR!

Vocês ouviram as canções e acompanharam seus intérpretes. Aprenderam a cantá-


-las, leram, compreenderam e interpretaramas letras de canções brasileiras.
Agora, chegou a vez de vocês escreverem suas canções: composição em versos e em ri-
mas, aproveitando as de que já aprenderam a gostar.
O que de fato vocês vão fazer?
Em pequenos grupos, vocês escreverão uma paródia de uma das canções que estudaram
aqui. Todas elas permitem uma boa brincadeira! O trabalho do grupo é reescrever a letra delas
e ensaiar uma interpretação de acordo com as novas intenções do eu lírico criado por vocês.
Procurem fazer uma composição bem engraçada!

O que é uma paródia?


Paródia é a imitação de um texto já escrito, mas que pretende ser engraçada, que faz
brincadeiras, procura provocar as pessoas e divertir-se com acontecimentos sérios. Vários
programas televisivos de humor e emissoras de rádio apresentam paródias de canções conhe-
cidas do público. Vejamos um exemplo. Experimente cantar para perceber o ritmo e melodia
das duas canções:

Canção: “Cheio de charme”


Compositor: Guilherme Arantes

Paixão assim
Não acontece todo dia
Huuuuuum, cheio de charme
Um desejo enorme
De se aventurar
[...]
Paródia
Pastel assim
Não aparece todo dia
Huuuuuum, cheio de carne
Uma azeitona enorme
E eu vou devorar

impressos ou digitais, bem como os efeitos de sentidos pro- • (EF07LP02) Ler letras de canções – enquanto a escutam e de-
duzidos e identificar a presença de outras linguagens. pois disso – de modo a identificar a sua multimodalidade (letra
• (EFCAUTLP13) Comentar – com outros estudantes, professor e melodia) e de forma a reconhecer a relação entre as duas
e/ou autores – o material de leitura, visando ao aprimoramen- linguagens (letra e melodia) na constituição do sentido. CD
to dos critérios pessoais de apreciação estética. • (EF07LP09) Identificar, em textos multimodais das diferentes
• (EFCAUTLP18) Comentar com os colegas, professor e/ou au- áreas do conhecimento que estejam relacionados ao desen-
tores, o material de leitura, para compartilhar impressões e volvimento de projetos interdisciplinares, as diferentes lingua-
aprimorar os critérios pessoais de apreciação estética. gens e o papel que possuem na constituição dos sentidos,
definindo-os de modo articulado e inseparável. CD
• (EF06LP20) Produzir, com repertório prévio, paródia de can-
ções, quadrinhas, poemas, respeitando as características do • (EF07LP13) Estudar, em processo de tutoria, textos que serão
texto-referência e da situação comunicativa. CD destinados à leitura oral independente em diversas práticas
sociais (como leitura de notícia e/ou reportagem em jornal ra-
• (EF06LP35) Identificar os efeitos de sentido provocados pelo
diofônico ou televisivo e ler em voz alta texto que comporá um
uso da metáfora e da metonímia. GDA
videoclipe, relacionado às temáticas priorizadas no currículo,
• (EF06LP36) Identificar, em situação de leitura, referências in- entre outras possibilidades), definindo a prosódia a partir da
tertextuais. DA compreensão do texto.
34 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 33

Ao parodiar uma canção, é necessário reescrever os versos originais, buscar rimas, muitas
rimas, diferentes umas das outras, claro. Além disso, é preciso também ajustar a letra da paródia
à melodia original da canção.
Depois de prontas as paródias, avaliadas pelo professor e aperfeiçoadas por vocês, começa
a segunda parte do trabalho: preparar uma apresentação musical para seus colegas de classe.
Isso mesmo!

VAMOS PRATICAR!

1. Passos para a composição da paródia

A turma deverá
A) Seu ser dividida
grupo em pequenos
vai escolher grupos para
a canção quea produção
pretende dasparodiar:
paródias. Oriente os(as) estudantes
“Só você”, a produ-“O
“Fome come”,
zirem paródias
trem de deferro”
canções oudiferentes.
outra que No preferirem.
entanto, é importante também perceber como a mesma canção pode ser
parodiada por grupos diferentes. Vale lembrá-los do caráter humorístico presente nas paródias.
B) Feita a escolha, busquem no livro a letra da canção e a copiem inteirinha.

C) Procurem também as anotações que fizeram a respeito dela quando a estudaram em


sala de aula.

2. Passos para escrever a composição

Atenção
A) Comoàs prováveis dificuldades
é a canção que dos(as) estudantes
escolheram? na substituição
Romântica? das oxítonas,
Divertida? paroxítonas e proparoxítonas
Séria?
rimadas ou não. A metrificação dos versos não deve ser alterada em razão da melodia que, com a letra, compõe
Então, a paródia que vão compor também poderá ser romântica, divertida ou séria. Certo?
a canção. É indispensável que você oriente e coordene as atividades para a apresentação no sarau. Organize
comVocês
eles(as)vão respeitar
a sequência o apresentações
das mesmo eu lírico, mas
e o papel doque agora
público resolveu
durante brincar
as exibições das com a letra
paródias. da can-
Se possível,
çãooque
discuta escreveu
quadro propostoantes. Observecoletiva.
para a avaliação estes exemplos:
• Identifique
• “Quem e responsabilize
vê cara não no vê
grupo quem vai/fazer
coração.” “Quem o quê:
vêcantar,
cara tocar
não instrumentos, instalar microfones e som,
vê falsificação.”
preparar figurino, maquiar e pentear, decorar o local e providenciar as cédulas de votação do público.
• Assista
• “Teuaos ensaios
nome, aMaria
fim deLúcia,
acertar prováveis arestascoisa
tem qualquer de cada
queperformance.
afaga” (Vinicius de Moraes) / “Teu nariz,
• Estabeleça com tem
Zé Luís, os(as)alguma
estudantes critérios
coisa de avaliação das apresentações a ser transcritos sucintamente nas
engraçada”.
cédulas de votação.
B) Os versos
• Providencie a adesãoquee o compuserem
comprometimentotêm dosde cabere colegas
diretores na melodia daprestigiem
para que canção ooriginal.
sarau. Não podem
seramaiores
• Organize votação, bemnem menores.
como Por isso
a ágil publicação é preciso
de seus pensar nas palavras e expressões que
resultados.
serão
• Privilegie substituídas.
a avaliação do desempenho dos alunos no processo todo, independentemente do sucesso obtido entre
o público.
C) Dependendo
• Defina das palavras
com os(as) estudantes originais
como a sala que substituírem,
será organizada para o sarau.vocês terão de encontrar outra ou
outras que rimem com ela e tenham o mesmo número de sílabas: sim / plim / trim; sofá /
Naná / Pará; / biscoito / dezoito / afoito; cálido / pálido / válido e assim por diante.

D) Após a produção e revisão da paródia, com ajuda do(a) professor(a) e da turma, organi-
zem a apresentação musical da classe.

• (EF07LP16) Produzir novas estrofes em poemas ou canções


previamente repertoriados, respeitando as características do
gênero e do texto-fonte, assim como mantendo a coerência
e a coesão. DA
• (EF07LP38) Analisar os efeitos de sentido obtidos no texto
com o emprego de palavras com sentido denotativo e conota-
tivo, verificando as implicações discursivas. CG
• (EF07LP42) Analisar os usos e funções dos pronomes, consi-
derando sua importância como representante e acompanhante
de nomes, bem como analisar os efeitos de sentido decorren-
tes de seu emprego (pessoais, possessivo, demonstrativos,
indefinidos, interrogativos e relativos). C
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 35

LÍNGUA PORTUGUESA - 7O ANO 33

Ao parodiar uma canção, é necessário reescrever os versos originais, buscar rimas, muitas
rimas, diferentes umas das outras, claro. Além disso, é preciso também ajustar a letra da paródia
à melodia original da canção.
Depois de prontas as paródias, avaliadas pelo professor e aperfeiçoadas por vocês, começa
a segunda parte do trabalho: preparar uma apresentação musical para seus colegas de classe.
Isso mesmo!

VAMOS PRATICAR!

1. Passos para a composição da paródia

A) Seu grupo vai escolher a canção que pretende parodiar: “Só você”, “Fome come”, “O
trem de ferro” ou outra que preferirem.

B) Feita a escolha, busquem no livro a letra da canção e a copiem inteirinha.

C) Procurem também as anotações que fizeram a respeito dela quando a estudaram em


sala de aula.

2. Passos para escrever a composição

A) Como é a canção que escolheram? Romântica? Divertida? Séria?


Então, a paródia que vão compor também poderá ser romântica, divertida ou séria. Certo?
Vocês vão respeitar o mesmo eu lírico, mas que agora resolveu brincar com a letra da can-
ção que escreveu antes. Observe estes exemplos:
• “Quem vê cara não vê coração.” / “Quem vê cara não vê falsificação.”

• “Teu nome, Maria Lúcia, tem qualquer coisa que afaga” (Vinicius de Moraes) / “Teu nariz,
Zé Luís, tem alguma coisa engraçada”.

B) Os versos que compuserem têm de caber na melodia da canção original. Não podem
ser maiores nem menores. Por isso é preciso pensar nas palavras e expressões que
serão substituídas.

C) Dependendo das palavras originais que substituírem, vocês terão de encontrar outra ou
outras que rimem com ela e tenham o mesmo número de sílabas: sim / plim / trim; sofá /
Naná / Pará; / biscoito / dezoito / afoito; cálido / pálido / válido e assim por diante.

D) Após a produção e revisão da paródia, com ajuda do(a) professor(a) e da turma, organi-
zem a apresentação musical da classe.
36 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

MATEMÁTICA
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 37

MATEMÁTICA - 7O ANO 35
ATIVIDADE 1
LENDO E INTERPRETANDO
GRÁFICOS
ATIVIDADE 1

LENDO E INTERPRETANDO GRÁFICOS Matriz de Saberes

Existem situações cuja resolução depende da leitura e da interpretação de dados apresen- • Resolução de problemas
tados em tabelas ou em gráficos.
Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável
VAMOS PRATICAR!
4 - Educação de qualidade

1. Todos os dias, antes de acabar o intervalo, Kayky vai ao banheiro para escovar os dentes antes de
voltar à sala de aula. Ele reparou que pouquíssimos colegas tinham o mesmo hábito. Resolveu per-
guntar, aos seus amigos de escola, qual a frequência que cada um fazia a limpeza de seus dentes.
Após as respostas, ele construiu o gráfico a seguir que mostra quantas pessoas escovam
os dentes entre uma e seis vezes ao dia.

Quantidade de escovação por dia


14
13
12

10

8
7
6
6

4
3
2 1
0
0
Uma vez Duas vezes Três vezes Quatro vezes Cinco vezes Seis vezes

A) Você acha importante fazer a limpeza regularmente dos seus dentes? Por quê?

Sim. Pois a limpeza que garante que teremos nossos dentes até o fim de nossas vidas.

ATIVIDADE 1 – Lendo e interpretando gráficos dados de pesquisas apresentados em tabelas e gráficos (bar-
ras e colunas simples e múltiplas, setores e linhas) em diver-
EIXO: PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
sos contextos.
Objeto de Conhecimento
• CÁLCULO DE PROBABILIDADE
• ELEMENTOS QUE COMPÕEM OS DIFERENTES TIPOS DE GRÁFICO
• PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DE PESQUISAS
• COMUNICAÇÃO DE DADOS DE PESQUISA

Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


• (EF06M26) identificar os elementos constitutivos (variáveis, títu-
lo, eixos, legendas, fontes e datas) em diferentes tipos de gráfico.
• (EF06M27) Interpretar e solucionar problemas que envolvam
38 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

36 Conhecer Mais - Estudo Complementar

B) Se você fosse responder à pergunta do Kayky, em qual coluna ela estaria, ou seja, qual a
frequência que você escova seus dentes? Em quais momentos você faz a limpeza deles?

Resposta pessoal do estudante.

C) Observando o gráfico feito por Kayky, quantas pessoas responderam à pesquisa?

30 pessoas.

D) Por que você acha que a maioria das pessoas faz a escovação apenas duas vezes ao
dia, e poucas fazem a escovação 5 vezes ou mais?

Pois geralmente as pessoas escovam os dentes antes de dormir e depois de acordar apenas.
Enquanto poucas pessoas de fato escovam sempre após se alimentar.

E) Respondendo à pergunta de Kayky, Renato disse que só faz a escovação duas vezes ao
dia – antes de dormir e depois de acordar. Enquanto Janaína falou que escova os dentes
seis vezes ao dia – antes de dormir, depois de acordar e após as refeições. Se nenhum
dos dois amigos de Kayky mudar a frequência de escovação, quantas vezes Janaína
terá limpado seus dentes a mais que Renato em 30 dias?

120 vezes.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 39

MATEMÁTICA - 7O ANO 37

F) Além da escovação diária, quais outras medidas podemos adotar para manter nossos
dentes saudáveis por bastante tempo?

Adotar uma boa alimentação, utilizar fio dental e enxaguante bucal nos momentos da limpeza e ir ao
dentista regularmente

G) Kayky conseguiu convencer metade dos seus colegas a escovarem seus dentes uma
vez a mais por dia. Esboce um possível gráfico considerando que a outra metade per-
maneceu com seus hábitos de limpeza dos dentes.

O estudante deverá construir um novo gráfico considerando que apenas metade dos
estudantes devem mudar uma unidade da escovação.

2. Marina estava observando seus colegas de classe e reparou que nem sempre todos iam
com o uniforme para a escola. Então, resolveu anotar quantos colegas foram para a aula
cada dia da semana e quantos deles estavam uniformizados. Depois de uma semana, ela
produziu o seguinte gráfico.
Quantidade de alunos com uniforme

35
32
29 30 30
30
27
25 24
22
20 20

15

10

0
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
40 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

38 Conhecer Mais - Estudo Complementar

A) É possível entender completamente as informações olhando apenas o gráfico? Por quê?

Não, pois não há explicação do que significa a cor laranja e amarela no gráfico.

B) Cada barra de uma cor representa uma informação importante coletada por Marina.
Uma indica a quantidade de estudantes presentes no dia, a outra indica a quantidade
de estudantes uniformizados nesse mesmo dia. Qual seria a associação correta entre
as informações e as cores? Por quê? Após isso, faça uma legenda adequada no gráfico
anterior.

A cor amarela representa a quantidade de estudantes que foram para a aula e cor laranja represen-
ta a quantidade de estudantes com uniforme. Não faz sentido que essa relação seja invertida pois
não tem como ir mais estudantes com uniforme do que pessoas que foram para a aula.

C) Sem querer, Marina apagou as informações da sua tabela assim que estava produzindo
o gráfico. Restou apenas as informações relativas à sexta-feira. Transcreva as informa-
ções do gráfico para a tabela e, usando a informação contida na tabela, faça as barras
faltantes no gráfico. Não esqueça de colorir

Dia da Semana Estudantes Presentes Estudantes com Uniforme

Segunda-Feira 29 20

Terça-Feira 32 24

Quarta-Feira 30 22

Quinta-Feira 30 27

Sexta-Feira 32 22

Observar se o estudante completou o gráfico com a informação faltante


D) Em qual dia tivemos menos estudantes nas aulas? Em qual dia tivemos mais estudantes
uniformizados na escola?

O dia com menos estudantes foi na segunda-feira enquanto o dia com mais estudantes uniformiza-
dos foi na quinta-feira.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 41

MATEMÁTICA - 7O ANO 39
ATIVIDADE 2
ENTENDENDO
E) Qual o dia em que a diferença entre estudantes uniformizados e presentes foi maior? E menor? O ANO BISSEXTO
Sexta-feira foi o dia com maior diferença e quinta-feira o dia com a menor diferença.

Matriz de Saberes
• Resolução de problemas
F) Na sua escola, é comum o uso do uniforme? Você costuma usá-lo? Para você, qual a
importância de ir para a escola uniformizado? Objetivos de
Espera-se que o uso do uniforme seja comum na escola. É importante para haver identificação do Desenvolvimento
estudante. Sustentável
4 - Educação de qualidade

ATIVIDADE 2

ENTENDENDO O ANO BISSEXTO


Anos bissextos são os anos em que nosso calendário admite 366 dias – quando é incluído o
dia 29 de fevereiro. Isso acontece porque o período que o globo terrestre leva para dar uma volta
completa em torno do Sol é de, aproximadamente, 365 dias e 6 horas. E, como no calendário
não existem 6 horas, é sempre considerada a quantidade inteira de dias.

VAMOS PRATICAR!

1. Por que o ano bissexto ocorre de 4 em 4 anos?

Pois é o tempo que as 6 horas não contabilizadas em cada ano no calendário se transformam em
24h e, portanto, um dia.

ATIVIDADE 2 – Entendendo o ano bissexto


EIXO: NÚMEROS

Objeto de Conhecimento
• NÚMEROS NATURAIS, RACIONAIS E INTEIROS: SIGNIFICA-
DOS, RETA NUMÉRICA E SIGNIFICADOS DAS OPERAÇÕES
• (EF07M01) Analisar, interpretar, formular e solucionar proble-
mas com números naturais, envolvendo as ideias de múlti-
plos, divisores e divisibilidade.
42 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

40 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. O ano em que estamos é bissexto? Por quê?


Sim, pois teve o dia 29 de fevereiro.

3. O ano de 2096 será bissexto? Por quê?

Sim. Como o ano bissexto acontece sempre a cada 4 anos, temos que ver se a diferença entre 2020
e 2096 é múltipla de 4. (2096-2020)/4=76/4=19.

4. Quantos anos bissextos tem em um período de 30 anos?

Pode ter 7 ou 8. Depende do período considerado; por exemplo de 1999 até 2029 tem 8 anos bissex-
tos. Já entre 2001 e 2031 tem 7 anos bissextos.

5. Desde o ano que você nasceu até hoje, por quantos anos bissextos você já passou?

Considerando um estudante que tenha nascido em 2008, já foram 4 anos bissextos.

6. Imagine que Osmar tenha nascido no dia 29 de fevereiro de 2000? Qual será a idade dele
em 2032?

32 anos. Mesmo não tendo o dia 29 de fevereiro todo ano, o aniversário é comemorado um dia antes
ou depois em anos não bissextos.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 43

MATEMÁTICA - 7O ANO 41
ATIVIDADE 3
MÚLTIPLOS E
NÚMEROS PRIMOS

Curiosidade
Considerando tudo que vimos sobre o ano bissexto, você acreditaria se eu dissesse Matriz de Saberes
que o ano de 2100 não será bissexto? Pode parecer estranho, mas de fato 2100 não será
bissexto. Apesar de esse número obedecer aos critérios que definem a bissextralidade, a • Resolução de problemas
explicação para isso é que o tempo que o Planeta Terra leva para completar uma volta em
torno do Sol é de aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. E arre-
Objetivos de
dondamos essa aproximação para 365 dias e 6 horas, o que torna mais fácil a inclusão de 1
Desenvolvimento
dia a cada 4 anos. Mas repare que o arredondamento dessa aproximação inclui 11 minutos
Sustentável
e 14 segundos na contagem. A longo prazo, esse acúmulo de 11 minutos implicaria em
alterações nas datas corretas. Por isso, em 1582, o papa Gregório 13 instituiu o calendário 4 - Educação de qualidade
tal como conhecemos atualmente levando em conta que os anos bissextos ocorrerão de 4
em 4 anos, exceto quando o ano em questão for início de século, além de não ser múltiplo
de 400, como é o caso de 2100.

ATIVIDADE 3

MÚLTIPLOS E NÚMEROS PRIMOS


Amarelo: 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 16, 18, 24, 20, 28,
30, 32, 36, 40, 42, 48, 50, 48, 54, 60
Vermelho: 0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30,
VAMOS PRATICAR! 36, 42, 45, 48, 54, 60
Laranja: 0, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, 60
1. No quadro numérico a seguir, pinte da cor amarela os múltiplos de 2; de vermelha os múlti-
plos de 3; e de laranja os múltiplos de 6:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30

0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60

ATIVIDADE 3 – Multiplos e números primos


EIXO: NÚMEROS

Objeto de Conhecimento
• MÚLTIPLOS E DIVISORES

Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


• (EF06M05) Investigar relações entre números naturais, tais
como “ser múltiplo de” e “ser divisor de”, e reconhecer núme-
ros primos e compostos e as relações entre eles.
• (EF06M06) Analisar, interpretar, formular e solucionar proble-
mas que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor.
44 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

42 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Observando o quadro, o que “descobriu”?

Respostas possíveis:
O zero é múltiplo dos números 2, 3 e 6. Os múltiplos dos números 2 e 6 são pares. Os múltiplos do
número 3 são pares e ímpares. Os múltiplos do número 6 são múltiplos dos números 2 e 3.

3. Observe o quadro numérico a seguir:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

71 72 73 74 75 76 77 78 79 80

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90

91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 45

MATEMÁTICA - 7O ANO 43

A) Construa o Crivo de Eratóstenes conforme orientações:

1 – Riscar o número 1.

2 – Riscar todos os múltiplos de 2, maiores que 2.

3 – Riscar todos os múltiplos de 3, maiores que 3.

4 – Riscar os múltiplos do próximo número que não foi riscado, exceto ele próprio que
será o número 5, e assim por diante.

B) Registre, no quadro a seguir, os números que ficaram sem riscar:

2, 3, 5, 7, 11, 13, 17,


19, 21, 23, 29, 31, 33,
37, 41, 43, 47, 53, 59,
61, 67, 71, 73, 79, 83,
89 e 97.

C) Observe os números do quadro. Existe alguma particularidade?

Respostas esperadas: todos são números ímpares, exceto o número 2. Todos os números possuem
apenas dois divisores: o número 1 e o próprio número.
46 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 4 44 Conhecer Mais - Estudo Complementar

EXERCITANDO:
MÚLTIPLOS E DIVISÕES
ATIVIDADE 4

Matriz de Saberes EXERCITANDO: MÚLTIPLOS E DIVISORES


• Resolução de problemas

Objetivos de VAMOS PRATICAR!


Desenvolvimento
Sustentável
4 - Educação de qualidade 1. Nas fichas, a seguir, escreva em cada uma os cinco primeiros múltiplos dos números indicados:

18 20 24 36 40

0 · 18 = 0
1 · 18 = 18
2 · 18 = 36 0 ∙ 20 = 0 0 ∙ 24 = 0 0 ∙ 36 = 0 0 ∙ 40 = 0
3 · 18 = 54 1 ∙ 20 = 20 1 ∙ 24 = 20 1 ∙ 36 = 36 1 ∙ 40 = 40
4 · 18 = 72 2 ∙ 20 = 40 2 ∙ 24 = 40 2 ∙ 36 = 72 2 ∙ 40 = 80
3 ∙ 20 = 60 3 ∙ 24 = 60 3 ∙ 36 = 108 3 ∙ 40 = 120
4 ∙ 20 = 80 4 ∙ 24 = 80 4 ∙ 36 = 144 4 ∙ 40 = 160

2. Observe as fichas que preencheu. Complete:

A) De qual(is) número(s) 0 é múltiplo?

18, 20, 24, 36 e 40.

B) De qual(is) número(s) 18 é múltiplo?

18

C) De qual(is) número(s) 36 é múltiplo?

18 e 36

ATIVIDADE 4 – Exercitando: múltiplos e


divisores
EIXO: NÚMEROS

Objeto de Conhecimento
• NÚMEROS NATURAIS, RACIONAIS E INTEIROS: SIGNIFICA-
DOS, RETA NUMÉRICA E SIGNIFICADOS DAS OPERAÇÕES.

Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


• (EF07M01) Analisar, interpretar, formular e solucionar proble-
mas com números naturais, envolvendo as ideias de múlti-
plos, divisores e divisibilidade.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 47

MATEMÁTICA - 7O ANO 45

D) De qual(is) número(s) 40 é múltiplo?

20 e 40

E) De qual(is) número(s) 72 é múltiplo?

18 e 36

3. Agora, escreva as divisões correspondentes às multiplicações de cada ficha, como foi feito
com o número 18:

18 20 24 36 40
1 · 20 = 20 1 · 24 = 24 1 · 36 = 36 1 · 40 = 40
1 · 18 = 18
2 · 10 = 20 2 · 12 = 24 2 · 18 = 36 2 · 20 = 40
2 · 9 = 18
4 · 5 = 20 3 · 8 = 24 3 · 12 = 36 4 · 10 = 40
3 · 6 = 18
4 · 6 = 24 4 · 9 = 36 5 · 8 = 40
6 · 6 = 36
18 : 1 = 18
18 : 2 = 9
18 : 3 = 6 20 ÷ 20 = 1
40 ÷ 20 = 2 24 ÷ 24 = 1
18 : 6 = 3 36 ÷ 36 = 1 40 ÷ 40 = 1
18 : 9 = 2 60 ÷ 20 = 3 48 ÷ 24 = 2
72 ÷ 36 = 2 80 ÷ 40 = 2
18 : 18 = 1 80 ÷ 20 = 4 72 ÷ 24 = 3
108÷ 36 = 3 120÷ 40 = 3
96 ÷ 24 = 4
144 ÷36 = 4 160 ÷40 = 4

4. Observe as divisões que registrou. Complete:

1, 2, 3, 6, 9, 18
A) Os divisores de 18 são:__________________________________

1, 2, 4, 5, 10, 20
B) Os divisores de 20 são:__________________________________

1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24
C) Os divisores de 24 são:__________________________________

1, 2, 3, 4, 6, 9, 12, 18, 36
D) Os divisores de 36 são:__________________________________

1, 2, 4, 5, 8, 10, 20, 40
E) Os divisores de 40 são:__________________________________
48 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 5 46 Conhecer Mais - Estudo Complementar

RELACIONANDO FRAÇÃO
E PORCENTAGEM
5. Escreva V e F:

A) ( V ) 12 é múltiplo de 2, de 3, de 6.

Matriz de Saberes B) ( V ) 20 é múltiplo de 2, de 5, de 10.

• Resolução de problemas C) ( F ) 24 é múltiplo de 2, de 3, mas não de 6.

Objetivos de D) ( V ) 12 é múltiplo de 24.


Desenvolvimento
E) ( V ) 28 é múltiplo de 2, de 7, de 14.
Sustentável
F) ( V ) 2, 3 e 7 são divisores de 42.
4 - Educação de qualidade
G) ( F ) 2 e 7 são divisores de 45.

H) ( V ) 2, 3, 7 e seus produtos 6, 14, 21 são divisores de 84.

I) ( V ) 10 é múltiplo de 2.

J) ( V ) 2 é divisor de 10.

ATIVIDADE 5

RELACIONANDO FRAÇÃO E PORCENTAGEM

1. Calcule 1% e 10% dos valores indicados no quadro a seguir:

Valor 10% do valor 1% do valor

R$ 200,00 R$ 20,00 R$ 2,00

R$ 350,00 R$ 35,00 R$ 3,50

R$ 572,00 R$ 57,20 R$ 5,72

ATIVIDADE 5 – Relacionando fração e


porcentagem
EIXO: NÚMEROS

Objeto de Conhecimento
• PROBLEMAS ENVOLVENDO O CÁLCULO DE PORCENTAGEM

Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


• (EF06M12) Analisar, interpretar, formular e solucionar problemas
que envolvam porcentagens (1%, 5%, 10%, 20% 30% etc.), sem
fazer uso da “regra de três”, e associar as porcentagens a núme-
ros racionais na representação fracionária e decimal.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 49

MATEMÁTICA - 7O ANO 47

A) Agora, registre a forma como calculou 10% e 1% de um dos valores apresentados no quadro:

10%: dividir o número por 10 e 1%: dividir o número por 100 ou dividir por 10 o valor corres-
pondente a 10% do número.

B) Utilizando o mesmo raciocínio, como você calcularia mentalmente 11% de um valor? E 12%?

11% do valor = 10% do valor + 1% do valor; 12% do valor = 11% do valor + 1% do valor ou
10% do valor + 2 vezes 1% do valor

C) Registre a forma de calcular mentalmente 12% de R$ 500,00:

Calcular 10% de R$ 500; calcular 1% de R$ 500 e, depois: 10% de R$ 500 + 2 x 1% de


R$ 500

2. Calcule:

A) 50% de R$ 200,00 1
B) de R$ 200,00
2
R$ 100,00
R$ 100,00
50 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

48 Conhecer Mais - Estudo Complementar

C) 25% de R$ 600,00 D) 1 de R$ 600,00


R$ 150,00 4
R$ 150,00

E) 75% de R$ 400,00 3
F) de R$ 400,00
R$ 300,00 4
R$ 300,00

3. O que você observou nos resultados destes cálculos?

Os resultados, dois a dois, são iguais: 50% de um número equivale a ½ deste número; 25% de um
número equivale a ¼ deste número; 75% de um número equivale a ¾ deste número.

4. Complete o quadro a seguir com as formas de representação de um mesmo número


racional.

Forma
Linguagem natural Forma decimal Forma percentual
fracionária

Vinte centésimos 20
0,20 20%
ou vinte por cento 100

Um meio, cinquenta centési-


½ = 50/100 0,50 50%
mos ou cinquenta por cento
Três quartos ou setenta e
cinco centésimos ou setenta e ¾ = 75/100 0,75 75%
cinco por cento
Um quarto ou vinte e cinco
centésimos ou vinte e cinco ¼ = 25/100 0,25 25%
por cento

Um décimo, dez centésimos


1/10 = 10/100 0,10 10%
ou dez por cento
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 51

MATEMÁTICA - 7O ANO 49
ATIVIDADE 6
CALCULANDO
PROBABILIDADES
ATIVIDADE 6

CALCULANDO PROBABILIDADES Matriz de Saberes

Você já brincou de ‘Cara ou Coroa’? É só pegar uma moeda qualquer, lançá-la para cima e • Resolução de problemas
observar qual face vai ficar apontada para cima.
Se aparecer o valor da moeda, dizemos que caiu COROA (como na imagem à esquerda); Objetivos de
se aparecer um rosto, dizemos que caiu CARA (como na imagem à direita). Desenvolvimento
Sustentável
4 - Educação de qualidade

Numizmat 675 por por


Wikimedia Commons

E agora, que tal brincarmos um pouco para aprender Matemática?

1. Jogue uma moeda 20 vezes, anotando a sequência de resultados.

O estudante deverá anotar a sequência de seus lançamentos.

2. Quantas vezes caiu cara? E coroa?

O estudante deverá marcar a quantidade de caras e coroas considerando a sequência anotada na


questão 1.
3. André jogou a moeda apenas 10 vezes e obteve 3 caras e 7 coroas. Ele representou a por-
centagem de ocorrências de cara da seguinte maneira:

3 30
= = 0,30 = 30%
10 100
E representou, na forma de porcentagem, a ocorrência de coroas da seguinte maneira:
7 70
= = 0,70 = 70%
10 100
Represente a ocorrência de caras e coroas dos seus lançamentos do mesmo modo que
André fez.
Novamente, espera-se que o estudante converta a quantidade de lançamentos de caras e coroas em
fração, decimais e porcentagens.

ATIVIDADE 6 – Calculando probabilidades


EIXO: PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

Objeto de Conhecimento
• CÁLCULO DE PROBABILIDADE
• (EF06M25) Planejar e realizar experimentos aleatórios ou si-
mulações que envolvam o cálculo ou a estimativa de proba-
bilidades e expressá-la por uma representação fracionária ou
percentual.
52 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 7 50 Conhecer Mais - Estudo Complementar

VAMOS FALAR DA
LINGUAGEM ALGÉBRICA? 4. Quando Caio lançou sua moeda, ele obteve coroa 19 vezes nos primeiros 19 lançamentos. O
que você espera que aconteça no último lançamento? Por quê?
Que possa cair cara ou coroa com a mesma probabilidade independentemente da quantidade de
coroas que já tenha saído nos lançamentos anteriores. É possível que o estudante seja tentado a
Matriz de Saberes responder que cairá coroa, mas nesse caso é importante que ele pontue ou indique que a moeda
pode estar viciada.
• Resolução de problemas
A) Se Caio tivesse brincado de lançar um dado de 6 faces, repetidas vezes, ao invés de
uma moeda, qual o número teria mais chance de aparecer depois de 100 lançamentos?
Objetivos de Por quê?
Desenvolvimento
Sustentável Novamente a chance é igual para cada um dos números do dado.
4 - Educação de qualidade

ATIVIDADE 7

VAMOS FALAR DA LINGUAGEM ALGÉBRICA?

https://www.youtube.com/watch?v=vogDcRcjiwg

Quando conversamos com alguém, usamos uma língua para estabelecer a comunicação,
dentre elas, o Português, Espanhol, Inglês, Libras, Árabe etc. E com a Matemática não é diferen-
te. Para que ocorra uma comunicação, a Matemática também se vale de uma linguagem.

1. Hector recebeu de seu professor de Matemática a seguinte tabela:

ATIVIDADE 7 – Vamos falar da linguagem


algébrica?
EIXO: ÁLGEBRA

Objeto de Conhecimento
• LINGUAGEM ALGÉBRICA: EXPRESSÕES, VARIÁVEL E IN-
CÓGNITA
• FUNÇÕES DA ÁLGEBRA

Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


• (EF07M10) Identificar diferentes usos para as letras ou sím-
bolos, em situações que envolvam generalização de proprie-
dades, incógnitas, fórmulas, relações numéricas e padrões.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 53

MATEMÁTICA - 7O ANO 51

Português “Matematiquês”

O dobro de um número 2·x

O quadrado de um número a2

A terça parte de um número w


3

A diferença entre 8 e um número 8−b

Hector reparou que na coluna “matematiquês” da tabela aparece sempre uma letra para
representar o “número”, ele entendeu que esse número era desconhecido. O professor
Emerson explicou que a essa letra damos o nome de variável. Significa dizer que é um valor
que não se conhece ou que ainda varia.
A) Hector recebeu o desafio de fazer a tradução do “matematiquês” para o Português e
vice-versa. Faça você também essa atividade:

Português “Matematiquês”

A raiz quadrada de um número √z

O cubo de um número a3

A soma entre um número e (−7) b+(-7)

O dobro de um número somado 9 2·p+9

O perímetro de um triângulo cujos lados medem


3 cm, 4 cm e y cm
3+4+Y=7+Y
w
Um quarto de um número 4

O perímetro de um quadrado cujo lado mede x cm X+X+X+X=4∙X

O triplo de um número é igual a este número somado 10 3 · w = w + 10


54 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 8 52 Conhecer Mais - Estudo Complementar

IDENTIFICANDO
MEDIANA, MODA E MÉDIA
ARITMÉTICA ATIVIDADE 8

IDENTIFICANDO MEDIANA, MODA E MÉDIA


Matriz de Saberes ARITMÉTICA
• Resolução de problemas

Objetivos de
https://www.youtube.com/watch?v=ZvmADk5kp6g
Desenvolvimento
Sustentável
4 - Educação de qualidade

Em situações envolvendo pesquisas, determinados valores ajudam a tomar boas decisões,


entre estes valores nós podemos citar a mediana, a moda e a média aritmética.

1. Ana gosta muito de basquete e resolveu pesquisar mais informações importantes do seu
time preferido. Ela anotou o saldo final de cestas do seu time nos últimos 13 jogos. Saldo de
cestas é a diferença entre o total de cestas feitas e de cestas sofridas por uma equipe.
A seguir estão os números anotados por Ana.

Jogo 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
Saldo de
2 −17 8 4 −11 12 −1 66 8 12 8 35 −22
cestas

A) Observe os números anotados por Ana. Em qual jogo você acha que o time de Ana teve
um melhor desempenho? E o pior? Por quê?

O melhor desempenho aconteceu no jogo 8 e o pior no jogo 13 por terem o maior e o menor saldo,
respectivamente.

B) No regulamento dessa competição, cada time de basquete ganhava dois pontos por
vitória e um ponto por derrota. Quantos pontos tem o time de Ana?

9∙2+4∙1=18+4=22 Logo, o time de Ana terminou a competição com 22 pontos.

ATIVIDADE 8 – Identificando mediana, moda e


média aritmética
EIXO: PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

Objeto de Conhecimento
• MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL: MÉDIA ARITMÉTICA,
MODA E MEDIANA

Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


• (EF07M23) Compreender média aritmética, moda e mediana
como medidas de tendência central
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 55

MATEMÁTICA - 7O ANO 53

C) Ana queria determinar a mediana, a moda e a média aritmética do saldo de cestas. Ela
começou reorganizando esses valores em ordem crescente (considerando inclusive as
repetições). Rearranje os valores anotados anteriormente por Ana, colocando-os em
ordem crescente.

-22 -17 -11 -1 2 4 8 8 8 12 12 35 66

MEDIANA

D) Por que há um valor em destaque? Observe o nome que ele recebe e a quantidade de
números que estão antes e que estão depois do número em destaque.

O valor destacado é a mediana. Valor que divide a distribuição em quantidades iguais.

O valor que mais aparece na distribuição é chamado de moda.

E) Quantas vezes cada valor aparece na distribuição do item C?

Cada um dos valores aparece uma vez, com exceção do 8 – que aparece três vezes e do 12 – que
aparece duas vezes.

A média aritmética é obtida somando todos os valores dados e dividindo esse resulta-
do pela quantidade de números.

F) Para você, o que significa média aritmética? Qual é a sua importância nessa análise que
a Ana está fazendo?

Média aritmética significa um valor médio entre os números da distribuição. Ela é importante pois
pode indicar um perfil dos valores dados.
56 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

54 Conhecer Mais - Estudo Complementar

G) Vamos calcular a média, assim como Ana? Primeiro, comecemos somando todos os
números da sequência dada.

-22-17-11-1+2+4+8+8+8+12+12+35+66=104

H) Como foram 13 jogos, agora iremos dividir o resultado do item G por 13. Em seguida,
responda: qual a média aritmética dos valores anotados por Ana?

104/13=8 Portanto, a média aritmética é 8.

I) Será que os valores da mediana, da moda e da média aritmética serão sempre


iguais? Construa uma sequência com 5 valores quaisquer para lhe ajudar a respon-
der a essa pergunta.

Nem sempre serão iguais. Por exemplo, a sequência –3, 4, 6, 9, 9 tem mediana 6,
moda 9 e média aritmética 5.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 57

MATEMÁTICA - 7O ANO 55
ATIVIDADE 9
CALCULANDO DISTÂNCIAS

ATIVIDADE 9
Matriz de Saberes
CALCULANDO DISTÂNCIAS
• Resolução de problemas
Existem situações no cotidiano que exigem a leitura de mapas, a localização ou o desloca-
mento de objetos ou pessoas e, até a determinação de distâncias e comprimentos!!! Objetivos de
Desenvolvimento
1. A seguir temos a imagem de uma região do Pari, bairro de São Paulo, localizado na zona Sustentável
central do município. O ponto destacado em amarelo é a EMEF Infante Dom Henrique –
apelidada de Espaço de Bitita, em homenagem à escritora e moradora da região Carolina
4 - Educação de qualidade
Maria de Jesus (1914-1977).

https://medium.com/@medidasp/roteando-caminhos-com-qgis-tutorial-parte-1-df603123594f

Temos outros pontos em destaque também. Em preto, a Associação Portuguesa de Despor-


tos; em rosa, a Rua Pascoal Ranieiri; em verde, o Grêmio Recreativo Leões da Fabulosa;
em dourado a Rua Araguaia; e, em azul, a casa da aluna Vitória. Algumas distâncias entre
esses locais de destaque são:

ATIVIDADE 9 – Calculando distâncias


EIXO: GRANDEZAS E MEDIDAS

Objeto de Conhecimento
• (EF06M30) Analisar, interpretar, solucionar e elaborar proble-
mas que envolvam cálculos de comprimento, massa, tempo,
temperatura e área, usando unidades convencionais de medida.
• (EF06M31) Estimar medidas de grandezas para tomar deci-
sões quanto a resultados razoáveis.
• (EF06M34) Solucionar e elaborar problemas que envolvam o
cálculo do perímetro de figuras planas.
58 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

56 Conhecer Mais - Estudo Complementar

DE........................................................ PARA..............................................DISTÂNCIA
Escola ............................................... Associação Portuguesa ................ 78 metros
Associação Portuguesa..................... R. Pascoal Ranieiri.......................... 56 metros
R. Pascoal Ranieiri ........................... Grêmio Recreativo .......................... 68 metros
Grêmio Recreativo ........................... Casa da Vitória............................... 34 metros
Casa da Vitória ................................. R. Araguaia ................................... 171 metros
R. Araguaia ....................................... Escola............................................ 273 metros

A) Qual o perímetro do polígono destacado na imagem, formado por localidades da região?


Lembre-se que perímetro é a soma de todos os lados do polígono.

78+56+68+145+171+273=780 metros.

B) Se você estivesse com a Vitória na casa dela, qual caminho você adotaria para ir até a
escola e por quê?

Espera-se que o estudante aponte o caminho mais curto, porém os dois caminhos são válidos.

C) Se você estivesse na Rua Araguaia e tivesse que ir até o ponto marcado como Rua Pascoal
Ranieiri, por quais locais destacados você passaria, considerando o caminho mais curto?

Passando pela escola, o estudante andaria 273+78+56=407 metros enquanto o outro caminho pos-
sui 780-407=373 metros. Portanto ele passaria pela Casa da Vitória e pelo Grêmio Recreativo Leões
da Fabulosa, adotando o caminho mais curto.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 59

MATEMÁTICA - 7O ANO 57
ATIVIDADE 10
RESOLVENDO PROBLEMAS
D) Você conhece aplicativos ou sites que te ajudam a criar rotas? Você considera o uso NO CAMPO DAS
desses aplicativos importante? Por quê? Em que situações você já os utilizou? GRANDEZAS E MEDIDAS
Waze e Google Maps são exemplos de aplicativos que indicam rotas. É importante pois nos ajuda a
localizar estabelecimentos e caminhos mais curtos em nossos trajetos.
Matriz de Saberes
• Resolução de problemas

Objetivos de
E) Imagine que fosse criada uma rua reta que ligasse a casa da estudante Vitória à Asso-
Desenvolvimento
ciação Portuguesa. Você acha que o trajeto por essa rua seria mais curto que o caminho
Sustentável
atual para se deslocar entre esses dois pontos? Por quê
4 - Educação de qualidade
Espera-se que o estudante indique que a rua hipotética seja mais curta, pois, segundo a
geometria plana, o caminho mais curto entre dois pontos é sempre uma reta.

ATIVIDADE 10

RESOLVENDO PROBLEMAS NO CAMPO


DAS GRANDEZAS E MEDIDAS

1. Luiza resolveu contornar sua toalha quadrada de 2,5 metros de lado com renda. Quantos
metros de renda ela usou, no mínimo, nesse contorno?

10 metros

ATIVIDADE 10 – Resolvendo problemas no Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


campo das grandezas e medidas • (EF06M30) Analisar, interpretar, solucionar e elaborar proble-
EIXO: GRANDEZAS E MEDIDAS mas que envolvam cálculos de comprimento, massa, tempo,
temperatura e área, usando unidades convencionais de medida.
Objeto de Conhecimento • (EF06M34) Solucionar e elaborar problemas que envolvam o
• MEDIDAS DE COMPRIMENTO, MASSA, TEMPO, TEMPERA- cálculo do perímetro de figuras planas.
TURA E ÁREA
• ESTIMATIVA PARA VERIFICAÇÃO DE RESULTADO
• SELEÇÃO E USO DE INSTRUMENTOS DE MEDIDA PARA RE-
ALIZAÇÃO DE MEDIÇÕES
60 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

58 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Pela manhã, a temperatura de uma cidade era de 10 °C e, à tarde, era de 15 °C. Quantos
graus Celsius a temperatura variou do período da manhã para o da tarde?

5º C

3. Marcos precisava saber o comprimento de uma prateleira. Como não tinha instrumento de
medida adequado, usou a medida aproximada do comprimento do palmo de sua mão. Ob-
serve a seguir como ele mediu essa prateleira:

Ilustração: Fernanda Gomes


Qual é a medida aproximada do comprimento dessa prateleira?

100 cm ou 1m.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 61

MATEMÁTICA - 7O ANO 59

4. Pablo foi ao açougue para comprar 2,5 kg de carne. No momento da “pesagem”, o açou-
gueiro verificou que a quantidade de carne selecionada por Pablo “pesava” 1,7 kg. Quanto
de carne falta para completar a quantidade solicitada por Pablo?

2,3 kg.

5. Luiza comprou 7 metros de tecido para enfeitar um salão de festas. Quantos centímetros de
tecido Luiza comprou para enfeitar esse salão?

700 cm.

6. Um campo oficial de futebol tem 100 metros de comprimento e 65 metros de largura. Será
construído um campo menor, com 20 metros de comprimento, proporcional ao campo ofi-
cial. Qual a medida da largura, em metros, do campo menor?

13 m
62 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 11 60 Conhecer Mais - Estudo Complementar

VARIANDO AS
TEMPERATURAS ATÉ OS 7. Um cliente comprou um pacote com 12 latas de refrigerante, de 350 ml cada. Qual a quan-
VALORES NEGATIVOS tidade total de refrigerante, em ml, comprada pelo cliente?

4 200 mL

Matriz de Saberes
• Resolução de problemas

Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável
4 - Educação de qualidade
ATIVIDADE 11

VARIANDO AS TEMPERATURAS ATÉ


OS VALORES NEGATIVOS

1. Leia com atenção o texto abaixo e destaque todas as temperaturas que aparecem.

Frio derruba temperaturas


e bate recordes no Brasil

A massa de ar polar formada por


um anticiclone que veio da Argentina

Foto: Jefferson Rech / Wikimedia Commons.


avançou pelo continente e derrubou a
temperatura em todo país. Os termô-
metros brasileiros registraram mínimas
abaixo de 0o C, neve e chuva congelada
em várias cidades da região Sul. Mais
de 50 cidades amanheceram com frio
abaixo de 0o C. Pelo menos 15 cidades
gaúchas registraram temperaturas ne-
gativas na madrugada.
Assim como na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, nevou em outras cidades do
Brasil como Canela, Caxias do Sul e Palmeira das Missões.
A menor temperatura foi registrada na cidade de São José dos Ausentes, na Serra Gaú-
cha, com mínima de −3,4o C, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

ATIVIDADE 11 – Variando as temperaturas até Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


os valores negativos • (EF07M02) Reconhecer significados dos números inteiros em
EIXO: Números diferentes contextos, como aqueles que indicam falta, diferen-
ça, orientação (origem) e deslocamento entre dois pontos.
Objeto de Conhecimento • (EF07M03) Ler, escrever, comparar e ordenar números intei-
• NÚMEROS NATURAIS, RACIONAIS E INTEIROS: SIGNIFICA- ros e representá-los na reta numerada.
DOS, RETA NUMÉRICA E SIGNIFICADOS DAS OPERAÇÕES • (EF07M04) Analisar, interpretar, formular e solucionar proble-
mas com números naturais, inteiros e racionais envolvendo os
diferentes significados das operações.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 63

MATEMÁTICA - 7O ANO 61

A cidade de Bom Jardim da Serra teve a tempe-


ratura mais baixa do ano até agora em Santa Catari-
na, com −7,4o C.
Já em Urupema, também na Serra, fez −6,6o C
mas por causa dos ventos de até 43km/h a sensação

Foto: Arthur Puls / Wikipedia.


térmica chegou aos −17°C.
O frio ainda deve continuar até a metade desta
semana. Essa massa de ar polar poderá ser a mais for-
te a agir sobre a América do Sul neste ano. Bariloche
também teve recorde de frio, com temperaturas de
−25°C.
Ao sair de casa, leve um casaco a mais e doe para quem precisa.

Diferença entre neve, geada e granizo

Os fenômenos aparecem quando o vapor d’água passa para o estado sólido – a diferença é
que em cada um o processo acontece em lugares distintos, com temperaturas também diferentes.
Neve: surge nas nuvens, quando o vapor d’água que está em grandes altitudes se transfor-
ma em cristais de gelo. Se o cristal de gelo passar em locais com ar acima de 0ºC, ele der-
rete e cairá na forma de chuva ou de garoa. A neve pode cair em forma de pelotas de neve
(mais pesadas) ou em forma de grãos ou flocos de neve (mais leves)..
Geada: formada no chão e não no céu, quando o vapor d’água próximo ao solo congela,
dando origem a uma camada de pequenas agulhas geladas. Para que ela ocorra, a tempe-
ratura do ar deve cair abaixo de zero. O tipo mais comum é a chamada geada branca, que
congela apenas a parte superficial das plantas, queimando as folhas e prejudicando o seu
desenvolvimento. A mais grave é a geada negra, que acontece quando os termômetros atin-
gem marcas em torno de 10 graus negativos.
Granizo: é a queda de gelo em pedaços e apresenta formas irregulares e tamanhos geral-
mente superiores a 5 mm. Normalmente caem em conjunto com a chuva. Assim, a diferença
entre neve e granizo está no tamanho das partículas (o granizo é o maior), na forma irre-
gular que esse último apresenta, além de ele estar
associado à chuva líquida. Existem outros tipos de
precipitações semelhantes à neve e ao granizo:
Foto: Paulo Marcelo Adamek / Wikimedia.

Sincelo: é o congelamento de gotas em sus-


pensão após essas entrarem em contato com a
superfície que se encontra muito fria ou igual-
mente congelada. Costuma acontecer em momen-
tos de nevoeiros.
Escarcha: é um processo semelhante ao sin-
celo, com a diferença de ser mais brando e
ocorrer em situações de neblina.
Fonte: https://www.jornaljoca.com.br/frio-derruba-temperaturas-e-bate-recordes-no-brasil/. Acesso em 2 abr. 2020.
64 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

62 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Esse texto é uma reportagem publicada em 18 de julho de 2017 sobre o clima de algumas
cidades do Brasil nessa data. A respeito das informações que estão nele, responda:

A) Qual foi a menor temperatura indicada na reportagem? Em que cidade ela aconteceu?

Bariloche: - 25º C

B) Em algum lugar a temperatura nem estava positiva nem negativa? Aonde? O que isso
significa?

No texto não há cidades onde foram registradas temperaturas iguais a 0ºC.

C) Houve temperaturas abaixo de zero? Em que locais? O que isso representa?

São José dos Ausentes: - 3,4ºC; Bom Jardim da Serra: - 7,4ºC; Urupema: -6,6º C; Bariloche: - 25º C.

D) De modo geral, em sua cidade, as temperaturas costumam ser baixas ou altas? Isso
quer dizer que aí, na maior parte do tempo, faz frio ou faz calor?

Resposta pessoal: em São Paulo, a temperatura média anual é em torno de 19º C ou 20º C.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 65

MATEMÁTICA - 7O ANO 63

E) Há um trecho do texto que diz: “Já em Urupema, também na Serra, fez −6,6°C, mas por
causa dos ventos de até 43km/h a sensação térmica chegou aos −17°C. Imagine que
em Urupema a temperatura triplicasse. Quantos graus alcançaria? E a sensação térmi-
ca? Como estaria o clima nessa cidade?

– 19,8º C; - 51º C.

F) Qual é a diferença prevista entre as temperaturas no Piauí e no Rio Grande do Sul, num
determinado dia, segundo as informações a seguir?

– 40º C

TEMPO NO BRASIL – instável e ensolarado no Sul

Máxima prevista: 37°C no Piauí.


Freepik

Mínima prevista: -3°C no Rio Grande do Sul.

G) Preencha a tabela realizando corretamente as operações indicadas em cada linha:

a b a+b a.b a:b

-2 1 -1 -2 -2
-30 -5 - 35 150 6
12 4 16 48 3
-45 3 - 42 - 135 - 15
-100 -25 - 125 2 500 4
66 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

64 Conhecer Mais - Estudo Complementar

H) La Paz, cidade Boliviana de clima frio onde, em média, a temperatura chega a 8°C, está
localizada em um profundo vale, na Cordilheira dos Andes, cercada por montes e mon-
tanhas. Em dias mais amenos, a temperatura máxima chega a 14°C e a mínima de −2°C.
Represente a variação de temperatura nessa cidade na reta a seguir:

16ºC

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 67

CIÊNCIAS NATURAIS
68 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 1 66 Conhecer Mais - Estudo Complementar

MULHERES QUE
FAZEM CIÊNCIA!
ATIVIDADE 1

Matriz de Saberes MULHERES QUE FAZEM CIÊNCIA!


• Abertura à diversidade
Astronauta se torna a mulher
Objetivos de a passar mais tempo no espaço
Desenvolvimento
Sustentável
4 de março de 2020.

5 - Igualdade de gênero
A astronauta norte-americana Christina Koch, 41 anos, voltou à Terra no dia 6 de fevereiro,
depois de quase um ano na Estação Espacial Internacional (ISS). Com 328 dias de missão,
Koch se tornou a mulher a ficar mais tempo no espaço. O recorde anterior, registrado em 2017,
era da norte-americana Peggy Whitson (288 dias). “Recordes são feitos para serem quebrados.
É um sinal de progresso”, escreveu Whitson em uma rede social. Ela ainda é a mulher com maior
número e tempo de caminhadas espaciais (dez caminhadas, com duração total de 60 horas e
21 minutos). Koch já havia atingido outro recorde em outubro de 2019, ao participar da primeira
caminhada espacial apenas com mulheres, ao lado da astronauta dos EUA, Jessica Meir. No
total, Koch fez seis caminhadas espaciais. O recorde absoluto de permanência no espaço é de
437 dias e pertence ao russo Valeri Polyakov. Já a russa Valentina Tereshkova foi a primeira mu-
lher no espaço, em 1963. Apenas 20 anos depois, outra astronauta voltaria a sair da Terra. No
total, mais de 60 mulheres já viajaram para fora do planeta. A Nasa (agência espacial dos EUA)
promete levar a primeira mulher à Lua em 2024.

php?title=Valentina+Tereshkova&uselang=pt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Christina_Koch

https://commons.wikimedia.org/w/index.

Christina Koch Valentina Tereshkova

Texto adaptado: https://www.jornaljoca.com.br/astronauta-se-torna-a-mulher-a-passar-mais-tempo-no-espaco/

ATIVIDADE 1 – Mulheres que fazem ciência


Eixo: Alfabetização Científica:
• A compreensão da natureza das ciências e dos fatores éticos e
políticos que circundam sua prática.
• O entendimento das relações existentes entre ciência, tecnolo-
gia, sociedade e ambiente.

Objeto de Conhecimento:
• IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL

Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


• (EF07C23) Reconhecer as múltiplas dimensões da sexuali-
dade humana (biológica, sociocultural e afetiva), valorizando
e respeitando a diversidade sem preconceitos baseados nas
diferenças de gênero e/ou orientação sexual.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 69

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 67

VAMOS PRATICAR!

1. Na sua opinião, o que essas mulheres fizeram de extraordinário em suas carreiras


profissionais?

A resposta é pessoal, contudo, espera-se que o(a) estudante encontre por meio do texto momentos
de destaque na carreira profissional das suas cientistas.

2. Por que, para algumas pessoas, é estranho observar mulheres ocupando outros papéis,
além daqueles pré-definidos pela sociedade, como, por exemplo, desempenhando tarefas
domésticas? Se necessário, peça ajuda de um familiar para responder.

A resposta é pessoal, contudo, espera-se que o(a) estudante faça uma reflexão breve sobre porque
ainda hoje estranha-se mulheres ocupando diversos espaços.

Mulheres e o método científico!

Conheça um pouco sobre essas três mulheres brasileiras que foram cientistas pioneiras em
nosso país e, depois, vamos discutir um pouco sobre o que é fazer ciência.
70 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

68 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Nise da Silveira

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nise_da_Silveira
Médica psiquiatra, dedicou sua vida ao trabalho com doentes mentais, mani-
festando-se radicalmente contra as formas de tratamento que julgava serem
agressivas. Foi pioneira ao enxergar o valor terapêutico da interação de pa-
cientes com animais.

Johanna Döbereiner

Johanna_D%C3%B6bereiner
https://pt.wikipedia.org/wiki/
Engenheira agrônoma, suas pesquisas foram fundamentais para que o Bra-
sil desenvolvesse o uso do etanol e também se tornasse o segundo produtor
mundial de soja. Seu trabalho permitiu que milhares de pessoas consumis-
sem alimentos mais baratos e saudáveis.

Carolina Martuscelli Bori

notaveis/310-carolina-martuscelli-bori
Pedagoga e psicóloga, teve papel fundamental no estabelecimento do estudo

http://www.canalciencia.ibict.br/
científico da Psicologia no Brasil, responsável pela introdução da análise do
comportamento em nosso país.

Para saber mais


Dica para você conhecer essas ou outras trajetórias e
experiências de diversas cientistas mulheres e pionei-
ras no Brasil, disponível para download gratuito através
do QR Code, ou no link a seguir:

http://www.sbpcnet.org.br/site/publicacoes/outras-publicacoes/livro_
pioneiras.pdf
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 71

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 69

3. Leia e observe a tirinha a seguir:


Crédito: Armandinho, de Alexandre Beck, uso
autorizado pelo autor

Que relação podemos fazer entre o assunto tratado por Fê e Armandinho nesta tirinha e a
importância do trabalho de homens e mulheres na ciência, por exemplo?
A resposta pessoal, contudo, espera-se que os (as) estudantes escrevam destacando que muitas
mulheres tiveram uma expressiva participação no desenvolvimento da Ciência, porém pouca evidên-
cia é feita sobre isso, se comparado aos homens.

Este tema é bastante interessante, não acha?

Como se faz ciência e como ela está presente em nosso dia-a-dia?


Você quer saber como cientistas ou mesmo você pode realizar descobertas?
Uma das formas de trabalho dos cientistas é por meio do método científico, um conjunto
de etapas ou passos organizados em uma sequência lógica para estudar os fenômenos. Vale
reforçar que a investigação científica pode ser feita de diferentes maneiras e o método científico
é apenas uma forma de fazer ciência.
Vamos entender um pouco sobre essas etapas? Tenho certeza de que você vai se reconhe-
cer nelas durante o seu dia-a-dia quando se deparar com alguns problemas ou dúvidas que te
deixarem muito curioso.
72 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

70 Conhecer Mais - Estudo Complementar

A primeira delas, é a OBSERVAÇÃO, diante de alguma situação que ocorre na natureza,


você pode ser levado pela curiosidade e pela necessidade de buscar formas de entender o que
leva um fenômeno a acontecer. Assim, a partir da observação que pode ser a olho nu ou com a
utilização de instrumentos, como o microscópio, você começa a formular questões.
Por exemplo: Observa-se muitas pessoas dizendo por aí, que a maioria das meninas se
desenvolvem mais rápido do que os meninos. Então, uma questão que poderia ser levantada é:
Será que isso é verdade?
Na tentativa de responder a essa questão, você pode passar a tentar dar uma possível
resposta que explique esse fenômeno. Essa é a HIPÓTESE, ou seja, uma ou mais afirmações
prévias para explicar os fenômenos.
Para responder à pergunta poderia ser levantada a seguinte hipótese: “Alguma substância
está presente mais cedo no corpo das meninas que causa esse desenvolvimento?”.
Para verificar se a hipótese levantada é realmente verdadeira, você pode realizar vários
experimentos controlados, ou então realizar uma pesquisa, porque a EXPLORAÇÃO de co-
nhecimentos que foram organizados ou construídos por outras pessoas, também faz parte do
trabalho científico. Neste caso tanto fazer experiências em laboratório ou explorar informações
podem confirmar a hipótese ou então mostrar que ela não é verdadeira e deve ser descartada.
Assim, outra hipótese poderá ser levantada e outras pesquisas serão realizadas.
Depois de analisar cuidadosamente os resultados obtidos com as experiências ou com a
exploração que você realizou, você pode chegar a algumas CONCLUSÕES e ter sua pergunta
inicial respondida.

Você já parou para pensar que, ao responder às grandes perguntas da humanidade e


enfrentar desafios importantes do nosso cotidiano, a ciência possibilita avanços nas mais
diversas áreas, como saúde, alimentação, tecnologia e meio ambiente? Assim, os cientistas
também são responsáveis por contribuir para melhora da qualidade de vida das populações
ao redor do mundo, promovendo desenvolvimento intelectual e cultural, criando conheci-
mento, diminuindo as desigualdades e melhorando a educação.

Bom, agora que você conhece um pouco mais sobre o modo de trabalhar com a ciência,
vamos para algumas atividades:
Nas questões 1, 2 e 3 você observará que a ideia é fazer uma introdução sobre a Ciência destacando a
participação de mulheres cientistas. Essa atividade contempla o saber “Abertura à diversidade” da Matriz
de Saberes e o ODS 5 - Igualdade de Gênero. É importante destacar que essa atividade não contempla
todo o objetivo EF07C23, no entanto, ela pode ser disparadora para outras atividades.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 73

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 71

4. Olhe ao seu redor, você seria capaz de identificar três ou mais facilidades, aparatos, conhe-
cimentos ou melhorias que você e sua família utilizam hoje e que foram possíveis graças
ao desenvolvimento da ciência? Se necessário, peça ajuda de um familiar para responder.

A resposta pessoal, contudo, espera-se que os (as) estudantes listem aparelhos eletrônicos, energia
elétrica, produtos no geral, alimentos processados etc.

5. As frases da tabela 1 representam o raciocínio de um pesquisador, associe corretamente


com as etapas que estão na tabela 2.

Tabela 1 Tabela 2

Talvez alguma substância presente nas folhas


A
verdes seja responsável por essa cor
Conclusão C

Realizar experimento para encontrar compostos


presentes em todas as folhas verdes e verificar se
B
alguns desses não estariam presente nas folhas
Observação D
que são de outras cores

Todas as folhas verdes possuem um pigmento


C
em comum
Exploração B

D Por que as folhas das árvores são verdes? Hipótese A


74 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

72 Conhecer Mais - Estudo Complementar

6. Resolva a cruzadinha:
As palavras da cruzadinha são:
1 - EXPLORAÇÃO
2 - CIENTÍFICO
3 - OBSERVAÇÃO
4 - NISE
5 - HIPÓTESE
6 - CONCLUSÃO
7 - JOHANNA

As questões 4, 5 e 6 são uma oportunidade para explorar com os(as) estudantes como os conhecimentos
produzidos pela Ciência são construídos. É importante ressaltar que a Ciência é produzida de forma co-
letiva e colaborativa, que os(as) cientistas validam com seus pares suas observações e conclusões. Esta
parte da atividade contempla os saberes Pensamento científico, crítico e criativo e Resolução de proble-
mas da Matriz de Saberes. Lembramos que as questões acima não contemplam o saber da matriz como
um todo e que é possível ampliar a atividade.
Horizontais Verticais
É o que desperta a curiosidade e a Momento de verificar se a hipótese levantada é
3 necessidade de buscar formas de 1 verdadeira, realizando experimentos ou, então,
entender algum fenômeno uma pesquisa.

Uma tentativa de responder à questão Nome do método utilizado por cientistas que é
5 levantada, e dar uma possível resposta 2 um conjunto de etapas ou passos para estudar
que explique o que está acontecendo. um fenômeno da natureza

Depois de analisar os resultados da pesquisa


Dedicou sua vida ao trabalho com doentes
ou dos experimentos, pode ser possível
6 4 mentais, foi radicalmente contra as formas
comprovar como e porque determinado
agressivas de tratamento que existiam.
fenômeno se repete

Suas pesquisas foram fundamentais para Psicóloga responsável pela introdução da


7 6
que o Brasil desenvolvesse o uso do etanol. análise do comportamento em nosso país
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 75

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 73


ATIVIDADE 2
ADOLESCÊNCIA
(pagina 96) E PUBERDADE
ATIVIDADE 2
ATIVIDADE 2- Adolescência e puberdade
ADOLESCÊNCIA E PUBERDADE Matriz de Saberes
É importante
(abre destacar
boxe historia emque essa atividade
quadrinhos apresenta Beck
Alexandre os conceitos relacionados à fisiologia do sistema
3149/190)
endócrino e reprodutor a partir da reflexão sobre as mudanças no corpo e na forma de pensar que os(as) • Autoconhecimento
estudantes estão passando. e autocuidado
• Pensamento crítico, científico
e criativo

Crédito: Armandinho, de Alexandre Beck


Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável
3 - Boa saúde e bem-estar
5 - Igualdade de Gênero

Adolescendo

Tirinha Tenho certeza de que


do Armandinho você vai concordar:
comemorativa aos 29ser anos
adolescente
do ECA nem sempre é fácil. A adolescên-
cia traz muitas transformações, conflitos, perdas e medos. Não é à toa que o jovem pode se sen-
tir confuso,
Créditos: muitas vezes
Armandinho, desem saber o que
Alexandre fazer.
Beck Quando
- uso procuramos
autorizado peloasautor
origens e o significado
da palavra adolescência, além de “crescer em direção a”, encontramos também “adoecer”. Mas,
(abre boxe)
calma, isso não significa que você está doente! Muito pelo contrário. Podemos pensar nesse
“adoecer” lembrando que a adolescência é um momento contraditório, de inúmeros conflitos e,
Adolescendo
muitas vezes, sofrimentos. Afinal, você está passando por importantes mudanças biológicas e
emocionais que nem sempre são fáceis de entender. Até mesmo o crescer traz conflitos, porque
implica inúmeras perdas. Em primeiro lugar, você não é mais criança — você está sempre ou-
vindo isso, não é? Mas é verdade. E ao deixar de ser criança, você perde a infância, os pais da
Tenho certeza
infância, de queinfantis
as fantasias você vai
e o concordar:
corpo infantil.ser adolescente
Muitas nem sempre
vezes, ao vivenciar essas é fácil. oAado-
perdas,
adolescência traz
lescente volta muitas
a ter transformações,
uma reação conflitos,
de defesa muito comum perdas e medos.
na infância Não é à Étoa
— a onipotência. que o
aquele
sentimento
jovem pode se que leva você
sentir a pensar
confuso, que nada
muitas vezesvai sem
lhe acontecer,
saber o que
quevocê pode
fazer. tudo. Nessa fase,
Quando
a onipotência é uma forma de lidar com as angústias.
procuramos as origens e o significado da palavra adolescência, além de “crescer em
direçãoÉa”, na encontramos
adolescência também
também que“adoecer”.
se estruturaMas,
a identidade
calma,sexual, experiência
isso não significaque trazvocê
que mais
conflitos para o jovem. Para se tornar homem ou mulher, é preciso tomar posições, atitudes so-
está doente! Muito pelo contrário. Podemos pensar nesse “adoecer” lembrando que a
ciais, culturais e afetivas que os adolescentes têm medo de assumir. Como é difícil para você,
adolescência é um momento contraditório, de inúmeros conflitos e, muitas vezes,
agora, em plena adolescência, enxergar o futuro! E não estamos falando somente das questões
sofrimentos. Afinal,
de identidade sexual,vocêmasestá passando
também do medopor
do importantes mudanças biológicas e
futuro em geral.
emocionais que nem sempre são fáceis de entender. Até mesmo o crescer traz
conflitos, porque implica inúmeras perdas. Em primeiro lugar, você não é mais criança
— você está sempre ouvindo isso, não é? Mas é verdade. E ao deixar de ser criança,
você perde a infância, os pais da infância, as fantasias infantis e o corpo infantil.
Muitas vezes, ao vivenciar essas perdas, o adolescente volta a ter uma reação de
defesa muito comum
ATIVIDADE na infância — a e
2 – Adolescência onipotência.
puberdade É aquele sentimento que leva você
a pensar que nada vai lhe acontecer, que você pode tudo. Nessa fase, a onipotência é
Eixo:forma
uma Alfabetização
de lidar com Científica:
as angústias.
• A compreensão básica de termos, conhecimentos e conceitos
É na adolescência também que se estrutura a identidade sexual, experiência que
científicos fundamentais.
traz mais conflitos para o jovem. Para se tornar homem ou mulher, é preciso tomar
posições,
Objeto deatitudes sociais, culturais e afetivas que os adolescentes têm medo de
Conhecimento:
assumir. Como é difícil para você, agora, em plena adolescência, enxergar o futuro! E
• SISTEMA ENDÓCRINO E PUBERDADE

Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


• (EF07C20) Compreender o funcionamento do sistema en-
dócrino com base nos processos químicos glandulares que
promovem a manutenção do metabolismo corporal, especial-
mente para explicar as mudanças que ocorrem na puberdade.
76 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

74 Conhecer Mais - Estudo Complementar

É possível passar pela adolescência, por esse momento de intenso crescimento, de forma
saudável? Eu diria que sim. Mesmo em meio a um momento histórico marcado pela globaliza-
ção, pela rapidez das transformações tecnológicas, éticas, morais e culturais, fatores que geram
mais dificuldades para quem vive hoje a adolescência em nossa sociedade.
No livro Cabeça de Porco, MV Bill, Celso Athayde e Luís Eduardo Soares lembram que a
palavra identidade tem um duplo significado. De um lado, representa a originalidade, aquilo que
torna as pessoas diferentes, únicas. Do outro, representa a semelhança que aproxima duas
pessoas. Ou seja, se identificar significa “se espelhar”, ver no outro coisas que são parecidas
conosco, e significa ruptura, romper com modelos. Precisamos mesmo romper com nossas re-
ferências primárias, o pai e a mãe, para que, baseados no seu modelo, possamos nos construir
como pessoas únicas.
Pois, em meio a essa busca, muitas vezes sem conseguir enxergar o que pode estar “no fim
do túnel”, que você está adolescendo, se transformando e, enfim, crescendo.

Texto adaptado de Ciência Hoje na Escola – Conversando sobre Saúde com Adolescentes - SBPC – disponível em: http://
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_ docman&view=download&alias=1858-pse-cienciaescola&Itemid=30192

VAMOS PRATICAR

1. Após ler esse texto, você tem alguma hipótese sobre por que todas essas mudanças
acontecem?
Escreva sua hipótese a seguir:
A resposta pessoal, contudo, espera-se que os (as) estudantes levantem hipóteses a partir do que
estão experienciando, como mudanças no corpo, identidade sexual, emoções etc.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 77

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 75

O início da adolescência é determinado por mudanças biológicas que, dependendo


da pessoa, se iniciam entre os nove e os quatorze anos. Essas transformações são causa-
das pela atividade de alguns hormônios, que provocam diversas alterações no corpo e no
comportamento.
Puberdade que vem do latim pubertas, que significa “cobrir de pelos” é o processo bioló-
gico de desenvolvimento sexual do ser humano, e que possibilita por exemplo, a reprodução.
É durante a puberdade que as características sexuais secundárias aparecem.
A adolescência é um fenômeno social e psicológico e não devemos confundir adoles-
cência com mudanças corporais. Em alguns casos a puberdade e o início da adolescência são
simultâneos, em outros casos isso não acontece, ok?

Antes de falarmos mais especificamente sobre aspectos biológicos apenas, que tal refletir-
mos um pouco sobre a sexualidade?
Para começar, sexualidade não é sexo. Sexualidade é muito mais que atividade sexual e
não se limita a uma função biológica responsável pela reprodução. É um aspecto essencial da
vida das pessoas e envolve sexo, papéis sexuais, orientação sexual, prazer, relações afetivas,
amor e reprodução.
A sexualidade é uma dimensão fundamental de todas as etapas da vida de homens e mu-
lheres e está presente desde o nascimento até a morte.
É na adolescência, quando ocorrem profundas transformações biológicas, psicológicas e
sociais, que aparece também a capacidade reprodutiva. Ou seja, o acelerado crescimento físico
é acompanhado pela maturação sexual.
Por isso, é importante especialmente para o jovem — mas também para todos nós adultos
— buscar conhecer o funcionamento do nosso corpo e compreender nossos sentimentos, para
que possamos fazer as escolhas que sejam as mais positivas para a nossa vida e que melhor
favoreçam a expressão da nossa sexualidade.
78 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

76 Conhecer Mais - Estudo Complementar

VAMOS PRATICAR!

1. Como você explicaria a um colega de turma, quais as principais diferenças entre a puber-
dade e a adolescência?

Espera-se que os (as) estudantes escrevam sobre a ideia de que puberdade é o processo biológico de
desenvolvimento sexual do ser humano, enquanto adolescência é um fenômeno social e psicológico.

2. Você já ouviu a música Terra de Gigantes da banda Engenheiros do Hawaii? Aqui vai um
pequeno trecho da letra:

“...eu tenho uma guitarra elétrica


Durante muito tempo isso foi tudo que eu queria ter
Mas, hei mãe
Alguma coisa ficou pra trás...”
Utilize este QR Code
se quiser ouvir a canção!
Na letra, o jovem está querendo dizer que a guitarra elétrica tão sonhada na infância, não
serve mais, que perdeu o sentido. Na sua opinião, o que mudou no comportamento de antes
e o de hoje do jovem? O que significam essas mudanças?
A resposta pessoal, contudo, espera-se que os (as) estudantes escrevam sobre as mudanças no
comportamento do jovem da música e expliquem o que significam estas mudanças.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 79

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 77

Para Saber MaiS


Caso deseje se aprofundar sobre este assunto, leia
a revista Ciência Hoje na Escola: Conversando sobre
Saúde com Adolescentes. Utilizando este QR Code
ou a URL a seguir:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=1858-pse-cienciaescola&Itemid=30192

A Biologia e os hormônios de nosso corpo

Observe a imagem a seguir, ela apre-


senta as principais glândulas presentes em
nosso corpo.
Vale lembrar que nesta trilha de apren-
dizagem, daremos mais ênfase ao início
da adolescência e da puberdade, e vamos
estudar apenas algumas das glândulas e
hormônios produzidos por elas. E eles são
os responsáveis pelas transformações que
acontecem durante essa fase da vida. Em
breve, seu professor aprofundará estas
discussões com você, utilizando o caderno
Saberes e Aprendizagens de Ciências do
7o ano.
. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_end%C3%B3crino

Legenda:
Essas mudanças começam a aconte- 1.Glândula pineal
2. Hipófise
cer graças à ação de uma região do cérebro 3. Tireoide
chamada hipotálamo. Algumas células des- 4. Timo
5.Glândula supra renal
sa região produzem hormônios, que atuam 6. Pâncreas
sobre a glândula hipófise, localizada logo 7. Ovário
8. Testículo
abaixo de nosso cérebro e também chama-
da de pituitária. Então, ela passa a produzir
dois hormônios, o folículo estimulante (FSH)
80 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

78 Conhecer Mais - Estudo Complementar

e o luteinizante (LH). Ambos agem sobre as gônadas (os ovários e os testículos), sendo o primeiro
responsável pelo estímulo à produção de óvulos e de espermatozoides e, o segundo, por estimular
essas gônadas a produzir os hormônios sexuais.

Hormônios Sexuais Femininos

Estrógeno
Atua sobre os órgãos genitais, exerce efeitos por todo o corpo como o desenvolvimento dos
seios e alargamento da bacia; e prepara o útero para gravidez.

Progesterona
Desenvolve e mantém o interior do útero preparado para a gravidez e estimula o desenvol-
vimento das glândulas mamárias.

Testosterona
Atua sobre o desenvolvimento dos órgãos genitais, exerce efeitos por todo o corpo como o
desenvolvimento da barba, aumento da massa muscular, a voz torna-se mais grave, há alarga-
mento dos ombros etc.
A interação entre esses dois hormônios, possibilita a ocorrência da menstruação.

Para Saber MaiS


Caso deseje saber mais sobre este assunto, assista esse vídeo, utilizando
este QR Code ou a URL a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=xw0MkTRmTu4
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 81

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 79

VAMOS PRATICAR!

Quantas palavras difíceis, não? Preparamos uma atividade que ajudará você a lembrar e
associar melhor essas informações:

1. A partir do que acabamos de aprender, leia as afirmações a seguir e identifique-as com V


quando forem VERDADEIRAS e F quando forem consideradas FALSAS.

A) ( V ) O hormônio LH estimula as gônadas a produzirem os hormônios sexuais.

B) ( V ) O hipotálamo é considerado uma região do cérebro.

C) ( F ) Os ovários não são responsáveis pela produção de óvulos.

D) ( V ) A hipófise também é conhecida como glândula pituitária.

E) ( F ) Os ovários são as gônadas masculinas.

F) ( V ) As gônadas masculinas são chamadas de testículos.

G) ( F ) O FSH e o LH são vitaminas presentes no corpo.

H) ( V ) Os testículos são responsáveis por produzirem os espermatozoides.

2. Agora reescreva as frases incorretas, corrigindo-as.

Espera-se que os(as) estudantes respondam:


c) Os ovários são responsáveis pela produção de óvulos.
e) Os ovários são as gônadas femininas.
g) O FSH e o LH são hormônios presentes no corpo.
82 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

80 Conhecer Mais - Estudo Complementar

3. Na canção “Cor-de-rosa-choque” da cantora Rita Lee, a letra diz:


“Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra”.
Esse verso se refere a que situação?
Espera-se que os(as) estudantes marquem a alternativa “Menstruação”.
Utilize este QR Code
( ) Ovulação ( ) Gravidez ( ) Menstruação
se quiser ouvir a canção!

4. Caça-palavras Espera-se que os(as) estudantes encontrem as palavras na seguinte ordem:


O S E L Z H I R T I L A L H U I E R L S M Y
H U N N M S T K S E K P O R V I K S T G A N
A O W M N R M M I H U R N E L I O O S B E O
D A V D N E D D L B M O V E T E O I E N W A
W O S A I L A H E O I G N E E M V I S T D A
G M R N R S I R N I O E D E S D U P C O I T
A H C V I I D I N S A S E T T W L E L N A E
E E E L S A O T E E A T C F O E O E U R E S
A A R N D S H S T T F E I U S T S S R E R T
A L W E A A U I N O T R R D T C T T W N T I
R N T E U I S A P E A O T W E E A R E O I C
T U O Y H R K D Y O G N I N R A H O R G Y U
I O T E M R T E Y O F A C W O F H G G B E L
R I P R I L R O H O T I T R N E W E M T A O
I H I A C S D E M C A O S C A B E N A I D S
E S P E R M A T O Z O I D E S A E O A R E S

Adolescência Hormônios Espermatozoides Ovários Estrógeno

Óvulos Hipófise Progesterona Testosterona Puberdade Testículos

Dica

As palavras estão escondidas na horizontal, vertical e diagonal, não há palavras ao contrário.


Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 83

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 81


ATIVIDADE 3
INTERFERÊNCIAS NOS
ECOSSISTEMAS
ATIVIDADE 3

INTERFERÊNCIAS NOS ECOSSISTEMAS Matriz de Saberes


• Empatia e colaboração
As mudanças nos ecossistemas • Pensamento crítico, científico
e criativo
A diversidade de seres vivos e ambientes no nosso planeta é imensa, mas existem alguns
fatores que podem influenciar os ecossistemas. Pensar e compreender questões como estas, é
Objetivos de
tão importante quanto conhecer a biodiversidade.
Desenvolvimento
Sustentável

VAMOS PRATICAR! 13 - Combate às alterações


climáticas
14 - Vida debaixo d’água
1. Considerando as áreas de mata 1 e 2, observe a quantidade de árvores durante os anos 15 - Vida sobre a Terra
de 2000, 2005 e 2010.

Tabela 1 (dados fictícios)


ÁREA DE MATA 1 ÁREA DE MATA 2
(área de 15 000 m2) (área de 15 000 m2)
Espécie de Ano Número de árvores Ano Número de árvores
árvores 2000 58 2000 25
2005 53 2005 20
2010 52 2010 12

Agora é sua vez:


A) Nos anos 2000, 2005 e 2010, quais mudanças ocorreram nas quantidades de árvores
na mata 1? E na mata 2?

“Na mata n°1 houve uma pequena diminuição no número de árvores. Já na mata 2 essa diminuição
foi muito maior.”
Explore com a turma os dados apresentados na tabela, solicitando que os/as estudantes compar-
tilhem as suas respostas, deste modo contemplará o saber “Comunicação” da Matriz de Saberes.

ATIVIDADE 3 – Interferência nos ecossistemas • (EF07C18) Aplicar conhecimentos científicos sobre interações
ecológicas para construir explicações sobre processos de su-
Eixo: Alfabetização Científica:
cessão ecológica.
• Entendimento das relações existentes entre ciência, tecnolo-
gia, sociedade e ambiente. Sugestões de materiais:
• (Compreensão básica de termos, conhecimentos e conceitos Charge Arionauro Cartuns - Desmatamento da Floresta:
científicos fundamentais). http://www.arionaurocartuns.com.br/2021/08/charge-desmatamento-
da-floresta.html
Objeto de Conhecimento: Leitura: “Fogo ameaça maior refúgio de onças pintadas do
• INTERAÇÕES ECOLÓGICAS, SUCESSÃO ECOLÓGICA E ADAPTAÇÃO mundo” - Jornal do Joca, n°157, pg 2:
https://curriculo.sme.prefeitura.sp.gov.br/assets/Jornal_JOCA_
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: edicao_157.pdf-compactado.pdf
• (EF07C17) Coletar e interpretar informações sobre diversos Leitura: “Pantanal sofre com fogo recordel” - Revista Qualé,
tipos de interações ecológicas e sua importância na manuten- n°16, página 6 a 9:
ção do equilíbrio dos ecossistemas. https://curriculo.sme.prefeitura.sp.gov.br/assets/Quale16.pdf
84 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

82 Conhecer Mais - Estudo Complementar

B) Qual das duas matas você considera mais estável, ou seja, a área de mata em que o
número de espécies de árvores não mudou muito? E por qual motivo?

“A mata n°1 é mais estável.”


A justificativa do motivo para a estabilidade da mata n°1 é pessoal do(a) estudante. Espera-se que
o(a) estudante levante hipóteses justificando o motivo da mata 1 ter mais estabilidade do que a mata
Dando sequência à questão “A”, promova uma discussão entre os/as estudantes para que levantem
hipóteses dos motivos para que a mata 1 seja mais estável do que a mata 2.

2. Proponha alguma solução para recuperação da área de mata 2, prevendo o retorno do


mesmo número de árvores do ano 2000. Se necessário, peça ajuda a um familiar para
responder.

“Resposta Pessoal”. Os/As estudantes devem propor ações de reflorestamento de espécies que
foram extraídas ao longo desse período. Professor(a) solicite que os/as estudantes explanem para os
demais colegas de turma as propostas para recuperação de uma área degradada, isso proporcionará
aprendizagem entre os/as estudantes, além de estimular as habilidades sociais

3. Relacione os problemas ambientais às descrições:

Consiste em levar espécies de outros lugares a um


A Desmatamento B ecossistema.
Introdução de espécies Pode ocorrer pelo corte de árvores ou por queimadas,
B
exóticas A perdendo a cobertura vegetal do solo.
Modificações do ambiente que alteram as condições
C Contaminação Ambiental C físicas, químicas ou biológicas.
Para esta atividade espera-se que os/as estudantes interpretem os dados apresentados na tabela, compa-
rando e analisando o número de árvores em cada tipo de mata no decorrer dos anos, construindo explica-
ções que justifiquem o motivo da diferença do número de árvores entre as matas, assim como, proponham
soluções para a recuperação da mata n°2. É esperado que os/as estudantes tragam os conhecimentos
prévios para esta atividade,
A preservação da Mata mas casoéconsidere
Atlântica necessário
imprescindível para aenriquecer
manutençãoo repertório
da flora edos/das estudantes,
da fauna. Pes-
ofereça leituras
quise ouque
vídeos vídeos que exemplificam
mostram situações
sobre as espécies dessesemelhantes apresentadas
bioma que estão ameaçadas na de
tabela, ou então,
extinção.
peça aos/às estudantes que as pesquisem.

Exposição de fotografias: “Desmatamento na floresta amazônica” Leitura: O que é e como funciona uma sistema agroflorestal -
https://rodrigobaleia.exposure.co/amazon-rainforest Publicado em 2011
Leitura: “Queimadas pelo Brasil” - Jornal do Joca, n°158, pág 6: http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2011/07/saiba-o-
https://curriculo.sme.prefeitura.sp.gov.br/assets/JOCA_158.pdf que-e-e-como-funciona-um-sistema-agroflorestal-saf.html

O que a natureza nos ensina? Como podemos recuperar um ambiente? Por onde você começaria?
Leitura: História em Quadrinhos - Ciclos - Luciano Queiroz, 2016: Exposição: “Crise da biodiversidade- a natureza ameaçada”:
http://www.lucianoqueiroz.com.br/ciclos/ https://www.youtube.com/watch?v=I4hnVn9ieAY&t=5s

Sugestão: Elaboração de um mapa mental - Sucessão Ecológica Vídeo: Como funciona a agrofloresta, a forma de agricultura
https://s3.static.brasilescola.uol.com.br/be/arquivos/sucessao- que pode mudar o mundo
ecologica.pdf https://www.youtube.com/watch?v=gwOKHa6vmH0&t=3s
Leitura: Sucessão ecológica Vídeo: “O Desmatamento
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sucessoes-ecologica.htm https://www.youtube.com/watch?v=-Kju2E5TaCc
Leitura: A revolução da Agrofloresta - Super Interessante - Pu-
blicado em 2016
https://super.abril.com.br/ideias/a-revolucao-da-floresta/
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 85

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 83


ATIVIDADE 4
INTERAÇÕES ECOLÓGICAS

ATIVIDADE 4
Matriz de Saberes
INTERAÇÕES ECOLÓGICAS
• Empatia e colaboração
Nesta atividade, você irá compreender como as diferentes espécies de seres vivos se rela- • Pensamento crítico, científico
cionam entre si e com outras espécies, de maneiras vantajosas ou não para ambas. e criativo
Interações ecológicas No mundo natural, nenhum organismo existe em absoluto isolamento • Resolução de problemas
e cada um deles interage com o meio ambiente e outros organismos. As interações de um orga-
nismo com seu meio ambiente são fundamentais para a sobrevivência dele e o funcionamento • Abertura à diversidade
do ecossistema como um todo. • Responsabilidade e
Em um ecossistema encontram-se várias formas de interações entre os seres vivos. Essas participação
interações se diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos mantêm entre si. Algumas
dessas interações se caracterizam pelo benefício de ambos os seres vivos ou de apenas um deles. Objetivos de
Como exemplos de interações ecológicas, temos o inquilinismo que é um tipo de associa- Desenvolvimento
ção em que apenas um dos participantes se beneficia, sem causar qualquer prejuízo ao outro.
Sustentável
Nesse caso, a espécie beneficiada obtém abrigo ou, ainda, suporte no corpo da espécie hos- 13 - Combate às alterações
pedeira. Outro tipo de interação ecológica é a predação, onde há um predador (organismo que
climáticas
está caçando) que se alimenta de suas presas (o organismo que é atacado). Já no parasitismo,
um organismo denominado parasita vive dentro ou sobre o corpo do outro organismo, chamado 14 - Vida debaixo d’água
de hospedeiro, do qual retira alimento para sobreviver. 15 - Vida sobre a Terra
Existem outras interações ecológicas que ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes,
mas também há interações ecológicas que ocorrem entre indivíduos da mesma espécie, como é
Nesta atividade há duas leituras, os estudantes devem realizar uma leitura mediada, é importante dar
o caso da sociedade das abelhas. Leia mais sobre esse assunto no final dessa atividade.
oportunidade para o que os/as estudantes sabem sobre interações ecológicas, propondo que exponham
exemplos, desta forma poderá coletar o que os/as estudantes sabem sobre o tema apresentado e neste
Fonte/Adaptação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%A3o_ecol%C3%B3gica
ponto, cabe a tomada de decisão. Caso, os/as estudantes não apresentem exemplos ou conhecimentos
do referido assunto, ofereça imagens ou vídeos de interações entre
VAMOS PRATICAR! os seres vivos, permitindo que os/as estudantes analisem e expli-
quem o que estão vendo. Neste momento, a intenção não é nomear
as interações ecológicas, mas que os/as estudantes observem as
interações entre os seres vivos, as vantagens e desvantagens.
1. Associe as interações ecológicas com as descrições:

Associação em que um indivíduo de uma espécie instala-se no corpo


A Predação C de um indivíduo de outra espécie, de onde retira o alimento.
Associação em que um indivíduo de uma espécie, o predador,
B Inquilinismo A alimenta-se de um indivíduo de espécie diferente, a presa.
Associação em que apenas uma espécie, o inquilino, se beneficia,
C Parasitismo B procurando abrigo ou suporte no corpo de outra espécie, o
hospedeiro, sem prejudicá-la.

ATIVIDADE 4 – Interações ecológicas Sugestões de materiais:


Eixo: Alfabetização Científica: Professor(a), caso sinta a necessidade de materiais que am-
plie o repertório e colabore com a aprendizagem dos seus/
• Compreensão básica de termos, conhecimentos e conceitos
suas estudantes, sugerimos os seguintes materiais
científicos fundamentais.
Como as espécies interagem entre si?
Objeto de Conhecimento: Leitura: Abelhas, cutias, sapos e castanheiras tem tudo a ver – CHC:
http://chc.org.br/artigo/abelhas-cutias-sapos-e-castanheiras-tem-
• INTERAÇÕES ECOLÓGICAS, SUCESSÃO ECOLÓGICA E ADAPTAÇÃO.
tudo-a-ver/
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: Leitura: O aquecimento Global, a Amazônia e os Lagartos? - CHC
http://chc.org.br/artigo/o-aquecimento-global-a-amazonia-e-os-
• (EF07C15) Inferir que características morfológicas são evidên-
lagartos/
cias de adaptações, comparando-as com hábitos de vida em
relação aos diferentes ambientes. Leitura: Comunidade Biológica - Escola Britannica:
https://escola.britannica.com.br/artigo/comunidade-
biol%C3%B3gica/631074#340198
Leitura: Interações em comunidade - Khan Academy:
https://pt.khanacademy.org/science/biology/ecology/community-
86 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

84 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Leia os 3 exemplos a seguir e escreva o nome da interação ecológica correspondente:


Os estudantes devem responder a questão 2 comparando com a questão 1. Neste

CC BY-SA 3.0, https://commons.


momento os/asPREDAÇÃO – INQUILINISMO
estudantes poderão responder em duplas – PARASITISMO
ou em grupos. Após peça

By Andréatl - Own work,


que compartilhem com a turma, trazendo as justificativas para a resposta dos/das

wikimedia.org/w/index.
php?curid=9041541
•estudantes.
Os Conduza essaalimentam-se
carrapatos questão utilizando os argumentos
do sangue dos/das estudantes,
dos animais, como ma-
assim como os exemplos
cacos das imagens
e capivaras, podendo,e vídeos utilizadostodo
ali, completar anteriormente.
seu ciclo de vida.
Também podem transmitir doenças ao animal picado.

Parasitismo

CC BY-SA 4.0, https://commons.


By Rmontemor - Own work,
• As bromélias podem crescer sobre o tronco de árvores, que ser-

wikimedia.org/w/index.
php?curid=79783365
vem de suporte para que recebam luz mais facilmente para a fo-
tossíntese. As árvores hospedeiras não sofrem nenhuma altera-
ção e podem crescer normalmente.

Inquilinismo

Por Wolf’s Eye XXX - Trabalho

BY-SA 4.0, https:/commons.


próprio pelo carregador, CC

wikimedia.org/w/index.
php?curid=79350916
• As corujas são caçadoras e se alimentam de ratos e cobras.
Predação

Um exemplo de interação ecológica que ocorre entre indivíduos da mesma espécie


é a sociedade. As abelhas são insetos que vivem em sociedades. Elas são conhecidas há
mais de 40.000 anos e contribuem para a polinização, ajudando enormemente a agricul-
tura, a produção originária de mel, geleia real, cera e própolis.

Uma colônia abriga entre trezentos e mil indivíduos. Na colônia, cada abelha tem
uma função específica. Existe a abelha rainha, as operárias e os zangões. As operárias
constroem favos maiores para acomodar as larvas quando é época de multiplicação da
colônia ou se uma nova rainha se tornar necessária, além de proteger a colmeia. O zan-
gão também tem a função de proteger a colmeia de outros insetos que possam ameaçá-
-la, além de fecundar a rainha. A abelha rainha é personagem central da sociedade. Seu
tamanho é quase duas vezes maior do que o das operárias e suas funções, do ponto de
vista biológico, é a postura de ovos e manter a ordem na colmeia. É a única fêmea com
capacidade de reprodução.

Fonte/Adaptação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Abelha

ecosystem-ecology/a/interactions-in-communities
Leitura: “O bravo nadador que virou história de pescador” - CHC:
http://chc.org.br/artigo/o-bravo-nadador-que-virou-historia-de-
pescador/
Vídeo: “Por que precisamos da diversidade de espécies?” -DW
Brasil
https://www.youtube.com/watch?v=IQGpvvtaxQI
Essas indicações constam nas Trilhas de Atividades, Unidade
3 - Atividade 4, 5 e 6, disponível no site da Secretaria Munici-
pal de Educação (SME):
https://educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br/ensino-fundamental-e-
medio/ciencias-naturais/
Ou, diretamente pelo link:
https://drive.google.com/drive/
folders/1s3N0Klm0flByHmJc3kfQO7UDSL43QGy4
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 87

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 85


ATIVIDADE 5
O TEMPO NÃO PARA!

ATIVIDADE 5
Matriz de Saberes
O TEMPO NÃO PARA!
• Empatia e colaboração
• Pensamento crítico, científico
e criativo
Oh! que saudades que tenho
• Resolução de problemas
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida • Comunicação
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores, Objetivos de
Naquelas tardes fagueiras Desenvolvimento
À sombra das bananeiras, Sustentável
Debaixo dos laranjais! 4 - Educação de qualidade
Fonte/Adaptação: Trecho do poema Meus oito anos, de Casimiro de Abreu.

VAMOS PRATICAR!

1. Sabemos que nossa idade é contada em anos. Escreva uma lembrança de sua infância,
que você sente saudade, e qual era a sua idade nessa época.
Vale ressaltar, que o objeto de conhecimento “medidas de tempo”, assim como, o OAD EF07C08 são
considerados aprendizagens essenciais, conforme consta no documento de Priorização Curricular.
Ainda, caso o docente julgue pertinente, pode-se tecer alguns comentários acerca das grandezas
tempo, distância, velocidade, e suas possíveis unidades de medida, bem como, a conversão de
unidades.

ATIVIDADE 5 – O tempo não para Orientações ao professor:


Eixo: Alfabetização Científica: Nesta atividade há a necessidade de se estabelecer relação
entre o Sistema Sol, Terra e Lua e as medidas de tempo. Para
• Cosmos, espaço e tempo.
tanto, a leitura mediada do primeiro texto, “Os movimentos
Objeto de Conhecimento: da Terra e as medidas de tempo”, e o levantamento dos co-
nhecimentos prévios dos(as) estudantes pode ser a oportu-
• MEDIDAS DE TEMPO.
nidade para retomar questões e avançar nas mais diferentes
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: discussões que atualmente se dão em torno desta temática.
• (EF07C07) Conhecer explicações formuladas em diferentes Ademais, pode ser utilizado imagens, animações e/ou vídeos
épocas, culturas e civilizações sobre regularidades do Sistema para facilitar a compreensão discente. O segundo texto, “Me-
Sol, Terra e Lua, valorizando sua relevância histórica e social; dição do tempo”, pode ser lido individualmente ou coletiva-
mente de modo que os(as) estudantes obtenham dados para
• (EF07C08) Relacionar os movimentos do Sistema Sol, Terra e
resolver alguma situação proposta pelo professor. É possível
Lua com as medidas de tempo no planeta Terra. utilizar a questão sugerida pelo vídeo na própria atividade. Aos
88 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

86 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Escreva abaixo o nome e a idade de todos que moram em sua casa.

Resposta pessoal. Porém, espera-se que a exemplo da estrofe do poema de Casimiro de Abreu,
o(a) estudante rememore uma lembrança de infância e se localize temporalmente a partir da idade.

Os movimentos da Terra e as medidas de tempo

O conceito de tempo é algo bastante complexo e


fascinante. Ele pode ser abordado sob o ponto de vis-

creativecommons.org/licenses/by-sa/2.5-
ta das mais diferentes áreas do conhecimento, como a

Corpos Celestes fora de escala


Tauolunga / CC BY-SA https://
filosofia, a sociologia, a biologia, a história, a psicolo-
gia e, em particular, a física, na qual esse conceito tem
uma enorme importância, pois é a base para muitas das
suas teorias mais importantes.
A rotação da Terra é o movimento giratório que ela
realiza sobre si, estabelecendo um eixo de simetria que transpassa seu centro e que determina
em sua interseção com a superfície do planeta, os polos geográficos Norte e Sul. A rotação
acontece no sentido anti-horário, se vista por um observador estático em relação às estrelas,
quando situado sobre o polo Norte. A duração do assim chamado dia sideral - o tempo neces-
sário para a Terra completar uma volta completa sobre si - 360 graus exatos - é de 23 horas, 56
minutos, 4 segundos e 9 centésimos (23h 56min 4,09s). Tendo o planeta um perímetro aproxi-
mado de 40 075 km na linha do Equador, a sua velocidade de rotação medida nesta linha, ou
seja, em seu diâmetro máximo, é de aproximadamente 465 metros por segundo 1 674 km/h. Em
relação ao Sol, o tempo de rotação médio - o dia solar médio - é de 24 horas. O dia solar, período
entre duas passagens sucessivas do Sol sobre o meridiano local, varia ao longo do ano, sendo
sempre superior ao dia sideral.
A diferença entre o dia sideral e o dia solar deve-se à translação da Terra, que consiste no
avanço do centro da Terra ao longo de uma curva fechada em redor do Sol, estabelecendo uma
trajetória conhecida por órbita. Para a Terra, essa órbita aproxima-se muito de uma órbita circu-
lar, mas, a rigor, é uma curva chamada elipse. A velocidade com que a Terra percorre tal órbita
é variável ao longo do ano, mas esse movimento dá-se com a velocidade em média por volta de
30 km/s, ou seja, a cada segundo, a Terra desloca-se 30 quilômetros no espaço em sua trajetória

7min55s, por exemplo, é sugerido um desafio. Inclusive o ví-


deo em si, juntamente com o texto, pode servir de subsídios
para auxiliar na resolução da questão.
Vale ressaltar, que o objeto de conhecimento “medidas de
tempo”, assim como, o OAD EF07C08 são considerados
aprendizagens essenciais, conforme consta no documento de
Priorização Curricular.
Ainda, caso o docente julgue pertinente, pode-se tecer alguns
comentários acerca das grandezas tempo, distância, velocida-
de, e suas possíveis unidades de medida, bem como, a con-
versão de unidades.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 89

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 87

em torno do Sol. Durante a translação, o eixo de rotação da Terra mantém um ângulo de apro-
ximadamente 23º com a reta normal ao plano da órbita da Terra. Uma translação completa ao
redor do Sol leva 1 ano sideral e tem uma duração aproximada de 365 dias, 5 horas, 48 minutos
e 48 segundos, a uma velocidade orbital média de 29,78 km/s.
Como não pode haver todos os anos um 366º dia com as cerca de 6 horas que sobram, a
cada quatro anos realiza-se um ajuste no nosso calendário e adiciona-se mais um dia ao ano,
sendo que este ano se denomina bissexto.
Nossa rotina, com diversos compromissos e tomadas de tempo, deve estar muitas vezes orga-
nizada precisamente. Dependendo do ponto de vista e do que iremos fazer, podemos ter a sensação
desse tempo passar mais rápido ou mais devagar, mas uma coisa é certa, o tempo não para!

Referências: https://cienciahoje.org.br/coluna/a-luta-cotidiana-contra-o-tempo/; https:// pt.wikipedia.org/wiki/Dia; https://pt.wiki-


pedia.org/wiki/Ano; https://pt.wikipedia.org/wiki/ Translação_da_Terra; https://pt.wikipedia.org/wiki/Rotação_da_Terra

3. Quais são os movimentos da Terra que determinam: Resposta pessoal. Vale ressaltar que os
dados apresentados pelos(as) alunos(as) servirão de referência para comparações.
A) A medida do dia:

Rotação.

B) A medida do ano:

Translação.

C) Preencha a tabela abaixo de acordo com os dados apresentados no texto anterior.

Velocidade de rotação da Terra 465 m/s ou 1674 km/h


Duração média de um dia solar 24 horas
Velocidade orbital média da Terra
30 km/s
durante o movimento de translação
Duração aproximada de um ano 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos
Ângulo do eixo de rotação da Terra 23º

Medição do Tempo

Para medir o tempo é necessário um referencial e um evento que se repita com regularida-
de, por exemplo, a rotação da Terra.
O tempo marcado pelo relógio não é universal, mas sim uma construção histórica. Medir o
tempo significa, em princípio, registrar coincidências. Quando alguém marca um compromisso,
90 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

88 Conhecer Mais - Estudo Complementar

digamos às 9h08min do presente dia, está informando que ela

Imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Montinari_Milano.jpg#/media/Ficheiro:-
estará no local combinado quando os ponteiros grande e peque-
no do relógio coincidirem com as marcas relacionadas à esse
momento.

Montinari_Milano.jpg
A medida de tempo requer, portanto, um aparelho que pro-
duza eventos repetitivos e regulares - o relógio.
Nos relógios mecânicos o oscilador normalmente é consti-
tuído por um sistema massa-mola e nos relógios elétricos o oscilador pode ser construído apenas
com componentes elétricos, mas por questões de precisão, é muito comum que as oscilações
deste sejam controladas por um cristal.
Embora relógios com elevada precisão sejam artefatos encontrados com uma enorme facili-
dade, nas mais variadas formas, modelos e tamanhos nos dias atuais, e às vezes custando pouco,
tal precisão e acessibilidade é algo muito recente na história das sociedades. Na época das gran-
des navegações, há cerca de 500 anos, dispositivos como estes estavam apenas nos sonhos dos
navegadores. Prêmios milionários eram oferecidos para quem conseguisse construir um relógio
com precisão requerida à navegação àquela época, visto que a determinação da longitude quando
em alto mar não era viável por meio da observação das estrelas, a menos que se estivesse de
posse de tal equipamento com precisão razoável. Em suas primeiras versões, a construção de
relógios com incertezas de dezenas de minutos ao dia já implicava em um grande progresso.
Na ausência de relógios artificiais a humanidade valeu-se, ao longo de sua história, da
regularidade observada em certos fenômenos naturais, com destaque aos astronômicos, esta-
belecendo seus padrões para a determinação e medida do tempo: nestes termos, à rotação da
Terra devemos o intervalo de tempo conhecido por 1 dia, às fases da Lua devemos a definição
de semana - período equivalente a 7 dias; a lunação serviu de base para a definição de mês e
à translação da Terra devemos o conceito de ano.
As unidades de tempo mais usuais são o dia, dividido em horas, e estas em minutos, e
estes em segundos. Os múltiplos do dia são a semana, o mês, e o ano, e este último pode agru-
par-se em décadas, séculos e milênios.

Fonte/Adaptação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo#Medição_do_tempo

Para Saber MaiS


Para te ajudar a complementar os estudos, no canal do YouTube da SME,
você encontra esta aula gravada por professores da rede, utilize este QR
Code para assistir!

https://youtu.be/VpQbfe8MyMg
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 91

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 89


ATIVIDADE 6
A LOCOMOÇÃO DOS
SERES VIVOS NO MEIO
ATIVIDADE 6

A LOCOMOÇÃO DOS SERES VIVOS NO MEIO Matriz de Saberes

Os movimentos realizados pelos seres vivos são diversos e magníficos. Nesta atividade, • Pensamento Científico, Crítico
você irá estudar os sistemas locomotores de alguns seres vivos que permitem a locomoção nos e Criativo
mais variados ambientes. As duas primeiras questões têm a função de levantar os conhecimentos iniciais • Resolução de problemas
que os(as) estudantes já possuem sobre o assunto. As discussões das próximas
questões, 3 e 4, podem subsidiar a construção de uma situação problema ou • Comunicação
alguma questão que os(as) estimulem a investigação. A seção “Para saber mais”
VAMOS PRATICAR! traz algumas questões que podem ser utilizadas. Por exemplo, refletir sobre as Objetivos de
adaptações como características resultantes do processo de seleção do ambien- Desenvolvimento
te sobre os seres vivos pode servir de elo entre os estudos sobre o tempo e as Sustentável
diferentes maneiras de locomoção encontradas nos diversos seres.
Observe as imagens a seguir e responda as questões 1 e 2: 14 - Vida debaixo d’água
15 - Vida sobre a Terra
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Beija_flor_colibri.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pinguim-nadando-
DSC08887.JPG

1. Relacione a maneira como essas aves se locomovem nos ambientes em que estão (aquá-
tico, terrestre ou aéreo) com suas dietas.

Espera-se que os(as) estudantes percebam que as aves estão em diferentes ambientes: aquático,
aéreo e terrestre. Quanto às suas dietas, o pinguim nada para se alimentar de peixes enquanto o
beija-flor consegue voar pelas florestas e jardins, se alimentando do néctar de flores e também cap-
turando insetos.

ATIVIDADE 6 – A locomoção dos seres vivos no meio Sugestões de materiais:


Eixo: Alfabetização Científica: No Currículo Digital da Cidade de São Paulo, sequência de ativi-
dades “A locomoção dos seres vivos no meio”, disponível em:
• Vida, ambiente e saúde.
https://curriculo.sme.prefeitura.sp.gov.br/sequencia/a-locomocao-
Objeto de Conhecimento: dos-seres-vivos-no-meio.

• LOCOMOÇÃO E SISTEMAS LOCOMOTORES EM DIVERSOS Também o material Trilhas de Aprendizagens, “A locomoção


SERES VIVOS. dos seres vivos no meio”, disponível em:
https://drive.google.com/drive/
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: folders/1s3N0Klm0flByHmJc3kfQO7UDSL43QGy4

• (EF07C11) Comparar, em diferentes seres vivos, as formas de


locomoção e os órgãos associados a essa função
92 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

90 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Na sua opinião, que outras razões esses animais precisam se locomover pelos ambientes,
além da busca de alimentos?

As razões pelas quais os animais se locomovem são variadas. Geralmente são por motivos relacio-
nados à sua sobrevivência: fuga, busca de alimentos, reprodução, entre outros.

Chama-se locomoção à capacidade que muitos organismos têm de se movimentarem nos


ambientes em que vivem.
No geral, a maioria dos seres vivos se locomovem por motivos relacionados à sua sobrevi-
vência: pela fuga, busca de alimentos, reprodução, entre outros.
As formas de locomoção dos seres vivos são bastante diversificadas. Os mamíferos nor-
malmente deslocam-se com o auxílio dos seus membros; os peixes com as barbatanas; a maio-
ria das aves e alguns insetos com as asas e patas; muitos protozoários com cílios ou flagelos,
ou ainda por movimentos amebóides, ou seja, modificando a forma do seu corpo. Os seres
humanos também podem se locomover andando ou através de máquinas por eles construídas,
como a bicicleta, o automóvel, o trem, o avião, o barco, entre outras.
Nas imagens do pinguim e do beija-flor, mesmo se tratando de aves, percebemos que cada
uma ocupa um ou mais ambientes, sejam eles aquáticos, terrestres e aéreos e seus corpos
apresentam adaptações para que possam se locomover nesses locais.

Fonte/Adaptação:https://pt.wikipedia.org/wiki/Locomo%C3%A7%C3%A3o#Locomo%- C3%A7%C3%A3o_dos_seres_vivos

Para ampliarmos nossos estudos, observe as imagens a seguir sobre a adaptação das
patas de alguns animais. Note que a forma dessas patas auxilia esses animais a se locomo-
verem no ambiente onde estão e contribuem para sua sobrevivência.
As patas de um elefante são pilares verticais, pois precisam suportar o grande peso do
animal. São praticamente redondas. Embaixo dos ossos das patas dos elefantes existe uma ca-
mada gelatinosa que funciona como uma almofada de
ar ou amortecedor.

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Asian_
Por esta razão, um elefante pode ficar de pé por

elephant_eating02_-_melbourne_zoo.jpg
longos períodos de tempo sem se cansar. Aliás, ele-
fantes africanos raramente se deitam, exceto quando
estão doentes ou aleijados. Elefantes indianos, em
contraste, deitam-se frequentemente.
O elefante é um bom nadador, mas não conse-
gue trotar, saltar ou galopar. Tem dois andares: o
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 93

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 91

caminhar e um passo mais acelerado que partilha características com a corrida. Quando
caminha, as patas funcionam como pêndulos, com as ancas e os ombros subindo e des-
cendo quando o pé é colocado no chão. O passo mais acelerado não corresponde à defini-
ção habitual de corrida, porque os elefantes têm sempre pelo menos uma pata apoiada no
chão. Andando a passo normal, um elefante anda a cerca de 3 a 6 km/h, mas pode chegar
a 40 km/h em corrida.
Fonte/Adaptação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Elefante

O pato é uma ave que pertence à família Anatidae. Pode


ser encontrado tanto em água doce como salgada e alimen-

https://commons.wikimedia.org/w/index.
tam-se de vegetação aquática, moluscos e pequenos inver-
tebrados. Seu tamanho, geralmente, é menor que os gansos
e cisnes.

php?curid=1305376
Pode-se identificar os machos principalmente pela co-
loração diferente mais vistosa. Algumas espécies de patos
(quer selvagens, quer domesticadas ou criadas em cativei-
ro) são utilizadas pelo homem na alimentação e vestuário
(as penas).
O pato é um dos poucos animais da natureza que anda, nada e voa com razoável com-
petência. É dotado de perfeito senso de direção e comunidade, ou seja, de viver em grupos.
Fonte/Adaptação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pato

3. Descreva, com suas palavras, como é a pata de cada animal das imagens anteriores. Na
sua opinião, por que esses animais têm as patas com esses formatos?
Espera-se que os(as) estudantes descrevam que as patas dos elefantes parecem pilares verticais
e são quase redondas, pois precisam suportar o grande peso do animal. Também pode-se comple-
mentar a resposta destacando que embaixo dos ossos das patas dos elefantes existe uma camada
gelatinosa que funciona como uma almofada de ar ou amortecedor. Já as patas dos patos apresen-
tam uma membrana que os possibilitam nadar pois geralmente alimentam-se de vegetação aquática,
moluscos e pequenos invertebrados.
4. Que outras formas de locomoção de animais você se lembra? Se necessário, você pode
exemplificar indicando alguma espécie.
É interessante relacionar o tipo de locomoção com o ambiente e o hábito de vida do ser vivo. Existem
inúmeros exemplos: a lesma-do-mar se locomove por ondulações do corpo; as minhocas se movi-
mentam por movimentos peristálticos, ou seja, contraem e distendem seus anéis; os caramujos se
locomovem por um mecanismo denominado deslize pedal sobre o muco; as águas vivas utilizam a
correnteza para se locomover, com suaves movimentos que expulsam a água no interior do corpo;
entre outros.
94 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 7 92 Conhecer Mais - Estudo Complementar

PRÁTICA ESPORTIVA: OS
OSSOS E OS MÚSCULOS
DO CORPO HUMANO Para Saber MaiS
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• Pensamento Científico, Crítico


https://youtu.be/NU10oh5s53c
e Criativo
• Resolução de problemas
• Abertura à diversidade

Objetivos de ATIVIDADE 7
Desenvolvimento
Sustentável
PRÁTICA ESPORTIVA: OS OSSOS E OS MÚSCULOS DO
3 - Saúde e bem-estar
CORPO HUMANO
10 - Redução das desigualdades

Nesta atividade você irá compreender que músculos e ossos são grandes respon-
sáveis pelo mecanismo de locomoção do corpo humano.

O esporte tem comprovada importância na qualidade de vida de qualquer pessoa. A ativi-


dade esportiva contribui não só para o desenvolvimento físico, como também é uma poderosa
ferramenta de ajuda na reabilitação e inclusão social de pessoas com deficiência.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ver%C3%B4nica_Hip%C3%B3lito#/
media/Ficheiro:Ver%C3%B4nica_Hip%C3%B3lito_Rio2016_cr.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%BAcio_Ferreira#/media/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alan_Fonteles#/media/Fichei-
ro:2013_IPC_Athletics_World_Championships_-_Olivei-

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bruna_Costa_Alexandre#/media/
Ficheiro:Bruna_Alexandre_@_Slovenia_Open_2012.jpg
Ficheiro:Petr%C3%BAcio_Ferreira_Rio2016d.jpg
ra_cropped2.jpg

jpg

Velocista Alan Raíssa Machado, Petrúcio Ferreira, recordista Mesa-tenista Bruna Alexandre,
Fonteles, ouro em paratleta de lançamento mundial nos 100m bronze no Rio 2016.
Londres 2012. de dardo, recordista (classe T47).
das Américas e líder do
ranking mundial em 2019.

ATIVIDADE 7 – Prática esportiva: os ossos e os Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


músculos do corpo humano • (EF07C12) Compreender o funcionamento dos sistemas es-
Eixo: Alfabetização Científica: quelético e muscular do corpo humano, relacionando suas
estruturas à locomoção e considerando a acessibilidade como
• Vida, ambiente e saúde.
garantia da qualidade de vida.
Objeto de Conhecimento:
• SISTEMA ESQUELÉTICO NO SER HUMANO.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 95

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 93

Mais que isso, o esporte pode transformar tanto a vida de uma pessoa com deficiência que
em pouco tempo de prática ela pode estar representando o Brasil nos maiores eventos esporti-
vos do mundo, e isso pode acontecer na escola mesmo, existem as Paraolimpíadas Escolares
que tiveram a sua primeira edição em 2009. Este é o maior evento mundial para crianças com
deficiência em idade escolar e muitos talentos foram descobertos nestes e em outras competi-
ções, veja alguns exemplos de paratlelas a seguir:
Com certeza esses e tantos outros atletas, cuidam muito bem do corpo, com músculos defi-
nidos, ossos fortes e habilidades impressionantes. Vamos conhecer agora a natureza dos ossos
e dos músculos, topa? Como será que eles funcionam e se constituem?

Texto adaptado de: https://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-exercitar-mais/o-esporte-pode-transformar-a-vi-


da-de-pessoas-com-deficiencia#:~:text=QUERO%20Me%20exercitar-,O%20esporte%20pode%20transformar%20a%20
vida%20de%20pessoas%20com%20defici%- C3%AAncia,social%20de%20pessoas%20com%20defici%C3%AAncia. Acesso
em 27/06/2020.

Sistema Esquelético Humano


O texto de abertura da atividade 7 cumpre a função de contextualização, porém por meio de dinâmicas de
leituraOpode
esqueleto
cumprirhumano
também oépapel
formado pelos ossos
de disparador e tem como
de questões principais
relacionadas funções
à inclusão, sustentação
à capacidade de
locomoção
do dos seres humanos,
corpo, locomoção, proteção à prática esportiva
dos órgãos entrecomo
vitais outros. Quando daque
o encéfalo, resolução das duas
é protegido primeiras
pelo crânio
questões
e é importante
os pulmões incentivar
e o coração, queos(as) estudantes expressarem
são protegidos pelas costelassuas ideiasesterno.
e pelo iniciais. Estas podem
Os ossos sugerir
também
possíveis abordagens
armazenam as célulasdesanguíneas
acordo com eosreserva
interesses
de da turma. A seguir, o texto subsequente, “Sistema
cálcio.
muscular humano”, tem a função informativa. Neste caso, uma abordagem didática de sistematização das
O esqueleto humano constitui-se de peças ósseas (ao todo 206 ossos no indivíduo adulto)
principais informações, via tabelas, fichas ou quadros, pode fornecer dados para iniciar uma investigação
e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos múscu-
a partir de alguma questão problematizadora, da qual pode se desdobrar em outras questões. Tal proce-
los em conjunto com os tendões.
dimento tende a garantir aos estudantes uma aprendizagem comprometida com a capacidade de analisar
criticamente seus
Os ossos doproblemas.
corpo humano variam de formato e tamanho, sendo o maior deles o fêmur, que
Vale na
fica destacar,
coxa, eque o objetoo de
o menor conhecimento
estribo “Sistema
que fica dentro doesquelético no ser humano”, bem como, o OAD
ouvido médio.
EF07C12 são considerados aprendizagens essenciais, conforme consta no documento de Priorização
Curricular.

VAMOS PRATICAR!

1. Considerando o esqueleto humano, escreva quais suas principais funções.

O esqueleto humano tem como principais funções sustentação do corpo, locomoção, proteção dos
órgãos vitais como o encéfalo, que é protegido pelo crânio e os pulmões e o coração, que são prote-
gidos pelas costelas e pelo esterno. Os ossos também armazenam as células sanguíneas e reserva
de cálcio
96 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

94 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Exemplifique o nome de alguns ossos do corpo humano que você conhece. Escreva tam-
bém a localização desses ossos no corpo.

Existem inúmeros exemplos: crânio, mandíbula, martelo, bigorna, estribo, clavícula, escápula, coste-
las, vértebras, úmero, ulna, rádio, ossos dos dedos ou falanges, fêmur, patela ou rótula, tíbia, entre
outros.

Sistema Muscular Humano

O Sistema Muscular Humano é o conjunto de músculos que nos permite movimentação


do esqueleto, produção de calor, postura e sustentação do corpo. As células que constituem os
músculos são chamadas de fibras musculares ou miócitos.
Existem dois tipos de tecidos musculares - liso e estriado, sendo o estriado dividido em estriado
cardíaco e estriado esquelético. Leia a seguir algumas informações sobre cada tipo de músculos:

• Músculo liso: as fibras são alongadas, sem estriações. Esse tipo de músculo se contrai
independente da nossa vontade, ou seja, fazem movimentos involuntários. Exemplos: os
órgãos internos do corpo humano.

• Músculo estriado esquelético: é formado por células cilíndricas e alongadas e possui


vários núcleos numa célula (multinucleadas). Esse músculo é voluntário, isto é, realiza
movimentos de acordo com a nossa vontade. Exemplo: bíceps.

• Músculo estriado cardíaco: as fibras são estriadas e ramificadas. O núcleo é centraliza-


do e apresenta contração rítmica involuntária. Exemplo: cora

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/1/1b/Illu_muscle_tissues.jpg
Músculo esquelético Músculo liso Músculo cardíaco

O movimento dos músculos é controlado pelo sistema nervoso. Existem mais de 600 músculos no
corpo humano. O sistema nervoso recebe as informações do corpo e reage de acordo com elas. Facil-
mente se percebe que qualquer problema ou alteração existente no corpo afeta o sistema nervoso.
Fontes/Adaptações: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_muscular https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_muscular
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 97

CIÊNCIAS NATURAIS - 7O ANO 95

3. Escreva a seguir algumas funções do sistema muscular humano no corpo.

O sistema muscular nos permite a movimentação do esqueleto, produção de calor, postura e susten-
tação do corpo.

4. Descreva o que diferencia em cada um dos três tipos de tecido muscular presentes em
nosso corpo.

Os tipos de tecidos musculares são: músculo liso (as fibras são alongadas, sem estriações. Esse tipo
de músculo se contrai independentemente da nossa vontade, ou seja, fazem movimentos involuntá-
rios); músculo estriado esquelético (formado por células cilíndricas e alongadas e possui vários nú-
cleos numa célula, ou seja, as células são multinucleadas. Esse músculo é voluntário, isto é, realiza
movimentos de acordo com a nossa vontade; músculo estriado cardíaco (as fibras são estriadas e
ramificadas. O núcleo é centralizado e apresenta contração rítmica involuntária).

5. Considerando um atleta ou paratleta que apresentamos no início da atividade, como e onde


os três tipos de tecido musculares atuam durante a prática esportiva?

Existem inúmeros exemplos. Algumas sugestões são: músculo liso - os órgãos internos do corpo
humano; músculo estriado esquelético – bíceps e músculo estriado cardíaco - coração.

Para Saber MaiS


Sobre as Paraolimpíadas, acesse essa reportagem da revista Ciência Hoje
das Crianças:

http://chc.org.br/paralimpiadas-voce-conhece/
98 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

GEOGRAFIA
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 99

GEOGRAFIA - 7O ANO 97
ATIVIDADE 1
ANALISANDO AS
MUDANÇAS NA PIRÂMIDE
ATIVIDADE 1 ETÁRIA BRASILEIRA

ANALISANDO AS MUDANÇAS Matriz de Saberes


NA PIRÂMIDE ETÁRIA BRASILEIRA • Responsabilidade e
Participação

Os impactos decorrentes do processo Objetivos de


de envelhecimento da população brasileira Desenvolvimento
Sustentável
Trabalho decente e crescimento
A sociedade brasileira deveria adquirir consciência sobre o real significado das novas reali-
econômico
dades demográficas e seus desdobramentos sobre a formulação de políticas públicas, orienta-
das a grupos sociais específicos. Para os idosos, a questão central será, então, garantir um sis-
tema previdenciário que permita qualidade de vida e sobrevivência condigna em um país onde
ser idoso é frequentemente um risco, visto que a sociedade ainda não está apta a lidar com o
crescimento e as demandas desse grupo populacional específico. Na área da saúde, destacam-
-se ações relacionadas à ampliação e melhoria no atendimento; preparação de quadros técnicos
e profissionais nos campos da Geriatria, Fisioterapia e Terapia Ocupacional; e manutenção da
convivência por meio do lazer e do incentivo à continuidade do trabalho.
Os idosos, cada vez mais, vão tendo um peso significativo na estrutura populacional. A
questão que se coloca é saber se a sociedade brasileira tem consciência das implicações dessa
nova pressão populacional sobre a estrutura de serviços, alguns dos quais terão de ser amplia-
dos, enquanto outros, criados, de forma a atender adequadamente a essa nova clientela.
A velhice não pode ser vista, portanto, como término, mas como um recomeçar com ca-
racterísticas e valores próprios; é uma nova forma de olhar o mundo. Uma sociedade equili-
brada seria aquela em que o exemplo dos idosos seria capaz de mostrar às novas gerações
que os verdadeiros valores são os decorrentes da afetividade bem direcionada e da sabedoria,
resgatando a solidariedade e o respeito àqueles que ajudaram a construir o mundo, tal como
o conhecemos.

Fonte: SIMÕES, Celso Cardoso da Silva. Relações entre as alterações históricas a dinâmica demográfica brasileira, políticas
públicas e impactos futuros decorrentes do processo de envelhecimento da população. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.

ATIVIDADE 1 – Analisando as mudanças na Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


pirâmide etária brasileira • (EF07G04) Analisar as transformações que ocorrem nas taxas
Eixo: ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL NO TEMPO E NO ESPAÇO; de crescimento populacional do Brasil, as mudanças em sua
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E PENSAMENTO ESPACIAL pirâmide etária e as consequências socioeconômicas dessas
mudanças.
Objeto de Conhecimento: • (EF07G09) Reconhecer e interpretar gráficos de barras, de se-
• CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA tores e histogramas, com base em dados socioeconômicos
• MAPAS TEMÁTICOS DO BRASIL das regiões brasileiras.
100 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

98 Conhecer Mais - Estudo Complementar

VAMOS PRATICAR!

Após a leitura do texto, você conheceu um pouco mais sobre processo de envelhecimento
da população brasileira. Agora você poderá exercitar os seus conhecimentos e poder de inves-
tigação para responder o que se pede abaixo.

1. Segundo o texto, o Brasil é um “país onde ser idoso é frequentemente um risco, visto que
a sociedade ainda não está apta a lidar com o crescimento e as demandas desse grupo
populacional específico”. A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos, escreva 2
exemplos que justificam a afirmativa.

O(A) estudante poderá responder, entre outras coisas que:


• O sistema previdenciário atual não permite qualidade de vida e sobrevivência digna aos idosos.
• O atendimento aos idosos na área da saúde ainda é muito precário
• Faltam quadros técnicos e profissionais nos campos da Geriatria, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
• Faltam espaços de convivência e lazer para atender aos idosos.
• Falta solidariedade e respeito aos idosos.

2. Observe a tabela de Distribuição Percentual da População por grandes grupos de idade no


Brasil - 1980 a 2010.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 101

GEOGRAFIA - 7O ANO 99

Com base na leitura da tabela, responda: qual grupo de idade diminuiu porcentualmente
ao longo dos anos? Apresente uma hipótese que justifica a redução desse grupo de idade.
O grupo de idade diminuiu percentualmente ao longo dos anos foi o de 0-14 anos.
O (A) estudante poderá responder, entre outras coisas que essa diminuição tem como causas: plane-
jamento familiar, utilização de métodos contraceptivos, melhoria nas condições de educação, inser-
ção da mulher no mercado de trabalho, casamentos tardios, custo de criação dos filhos.

3. O grupo de idade de 65 e mais teve um crescimento ao longo dos anos. Qual o período que
ele teve o maior crescimento?
O período que ele teve o maior crescimento foi de 2000 a 2010.

4. A partir da leitura do texto e da interpretação da tabela, apresente argumentos que justifi-


quem a afirmação “A população brasileira está em processo de envelhecimento”.

Resposta pessoal. No entanto, é importante que o aluno perceba que está ocorrendo um crescimen-
to cada vez maior do grupo de idade de 65 anos ou mais e que isso terá um peso significativo na
estrutura populacional.
102 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

100 Conhecer Mais - Estudo Complementar

5. Realize uma entrevista, com alguém da sua família ou algum conhecido com 60 anos ou
mais de idade, pode ser presencialmente ou por telefone (não se esqueça do período de
isolamento social devido ao COVID-19). Siga um roteiro para iniciar a conversa: Quais ser-
viços públicos você utiliza? Como é a qualidade desses serviços? Quais as sugestões para
melhoria desses serviços? Continua trabalhando? Se for aposentado (a), gostaria de ter
continuado? Quais outros desafios você enfrenta no dia a dia? Como encara essa fase da
vida que está vivendo? Do que sente falta? Do que gosta? O que tem de experiência para
compartilhar para os mais jovens? Após finalizar a entrevista, registre as respostas.

Resposta pessoal.
O (A) estudante, deverá verificar em seu território, quais os serviços públicos e o panorama das con-
dições de vida dos habitantes.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 103

GEOGRAFIA - 7O ANO 101

6. As projeções calculadas pelo IBGE apontam que o número de pessoas com 60 anos ou
mais de idade passará de 19,6 milhões para 66,6 milhões, entre 2010 e 2050, o grupo de
0 a 14 anos de idade se reduzirá de 49,9 milhões para 31,8 milhões. A partir da leitura do
texto e das projeções do IBGE, aponte 3 consequências socioeconômicas que poderão
ocorrer em 2050 se não houver formulação de políticas públicas, orientadas a esses grupos
sociais específicos: idosos, crianças e adolescentes?

O (A) estudante poderá responder, entre outras coisas que:


• A redução do grupo de 0 a 14v anos de idade alguns serviços públicos ficarão ociosos ou inativos:
Centro de Educação Infantil (CEI); Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI); Escola Municipal
de Ensino Fundamental (EMEF), além de outros espaços que atendem crianças e jovens).

7. Para atender de forma adequada e humana a população idosa, a estrutura de serviços terá
que ser ampliada e, além disso, criar novos serviços. Com base no texto, na entrevista e
no seu cotidiano, justifique quais seriam as formas adequadas e humanas, tanto de âmbito
pessoal quanto coletivo para atender esta população de idosos?

O aumento do número de pessoas com 60 anos ou mais de idade irá causar pressão no sistema
previdenciário, maior demanda na área da saúde para atendimento aos idosos, falta de profissionais
específicos (Geriatria, Fisioterapia e Terapia Ocupacional) para atendimento dessa faixa etária, su-
perlotação dos espaços de convivência e lazer destinados aos ido). Resposta pessoal.
104 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 2 102 Conhecer Mais - Estudo Complementar

PROCESSOS
POPULACIONAIS A
PARTIR DE INDICADORES
DEMOGRÁFICOS DA Para saber mais
AMÉRICA E DA ÁFRICA
Sobre pirâmide etária de diferentes Unidades da Federação, das regiões e do Brasil acesse:
https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=12

Sobre as projeções da população do Brasil e das Unidades da Federação, acesse:


Matriz de Saberes
https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao//index.html
• Responsabilidade e
Participação Sobre a distribuição da população por idade no território brasileiro, acesse:
https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_idade_da_populacao.pdf

Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável
https://www.youtube.com/watch?v=UPgR_LL0Fz0

Trabalho decente e crescimento


econômico
Redução das desigualdades

ATIVIDADE 2

PROCESSOS POPULACIONAIS A PARTIR DE


INDICADORES DEMOGRÁFICOS DA AMÉRICA E DA
ÁFRICA
Resposta pessoal.
O (A) estudante, deverá expressar o que conhece sobre o assunto.
Para contribuir com a ampliação do repertório sobre o tema, recomendamos que acesse a lista de países ordena-
dos por tamanho de população, por meio do QR Code ao lado. Também sugerimos os seguintes materiais:
PAÍSES ORDENADOS
Para iniciar osPOR TAMANHO
estudos DE POPULAÇÃO
relacionados aos processos populacionais, lançamos algumas ques-
https://www.populationpyramid.net/population-size-per-country/2017/
tões iniciais sobre demografia e indicadores socioeconômicos: Você sabe o que é Demografia?
WORLD MAPPERdas Populações se dedica a estudar o quê? A população mundial está distribuída
A Geografia
https://worldmapper.org/maps/
de que forma em nosso espaço geográfico? O que são os indicadores? O que significa a sigla
POPULAÇÃO
IDH? QualMUNDIAL ATINGIU
instituição realiza7,6 BILHÕES
esse cálculo?DEPara
HABITANTES
que serve o IDH? Você conhece outros exem-
https://worldmapper.org/maps/
plos de indicadores? Registre as suas reflexões, ideias e conhecimentos no seu caderno.
COMO PODEMOS TORNAR O MUNDO UM LUGAR MELHOR ATÉ 2030
https://www.ted.com/talks/michael_green_how_we_can_make_the_world_a_better_place_by_2030
Sugerimos que retome Contextualizando: Conceitos
com os(as) estudantes a história e o papel do Demográficos
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), principal provedor de dados e informações do Brasil. Para isso, indicamos o vídeo 1 – Bem-vindo ao IBGE,
que apresenta elementos importantes
Leia atentamente os textossobre
1, 2 eos3 objetivos
a seguir,egrifando
metodologias do instituto,
as palavras, inclusive
termos e/ouaprimorar a produ-
expressões,
ção adefim
divulgação de informações
de apontar e distinguir sobre as dinâmicas
os principais demográficas,
conceitos em especial a transição demográfica. Além
demográficos.
disso, recomendamos que acesse o portal da Fundação Seade, que está vinculada à Secretaria de Governo, res-
ponsável pela produção e disseminação de análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas do Estado de
São Paulo. Nesse contexto, sugerimos que acesse e indique para os(as) estudantes outros portais de informações
e dados estatísticos relacionados às populações de países do continente americano e africano.

ATIVIDADE 2 – Processos populacionais Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


a partir de indicadores demográficos da • (EF07G04) Analisar as transformações que ocorrem nas taxas
américa e da áfrica de crescimento populacional do Brasil, as mudanças em sua
Eixo: ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL NO TEMPO E NO ESPAÇO; pirâmide etária e as consequências socioeconômicas dessas
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E PENSAMENTO ESPACIAL mudanças.
• (EF07G09) Reconhecer e interpretar gráficos de barras, de se-
Objeto de Conhecimento: tores e histogramas, com base em dados socioeconômicos
• CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA das regiões brasileiras.
• MAPAS TEMÁTICOS DO BRASIL • (EF08G08) Coletar dados e informações sobre desigualdades
• MAPAS TEMÁTICOS DA AMÉRICA E DA ÁFRICA socioeconômicas mundiais por meio do IDH, em especial da
América e da África.
• (EF08G09) Ler mapas e imagens e relacioná-los com as ques-
tões da realidade mundial para compreender a noção de Es-
tado e território.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 105

GEOGRAFIA - 7O ANO 103

Texto 1 – OMS: expectativa de vida sobe 5 anos


de 2000 a 2015 no mundo, mas desigualdades persistem
Entre 2000 e 2015, a expectativa de vida aumentou cinco anos globalmente, evolução
mais rápida desde a década de 1960. O indicador havia tido forte declínio nos anos 1990,
afetado pela queda da expectativa de vida na África devido a epidemia de AIDS, e na Europa
Oriental após o colapso da União Soviética.

Texto 1. OMS: expectativa de vida sobe 5 anos de 2000 a 2015 no mundo, mas desigualdades persistem. Fonte: Organiza-
ção das Nações Unidas – Brasil. Publicado em: 24 maio 2016. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/73130-oms-expectati-
va-de-vida-sobe-5-anos-de-2000-2015-no-mundo-mas-desigualdades-persistem. Acesso em: 17 dez. 2020.

Texto 2 – Apesar de baixa fertilidade,


mundo terá 9,8 bilhões de pessoas em 2050
Com quase 83 milhões de pessoas que a população mundial aumenta a cada ano, es-
pera-se que a tendência ascendente em tamanho da população continue, inclusive supon-
do que as taxas de fertilidade continuarão diminuindo, afirmaram os autores do relatório
produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.

Apesar de baixa fertilidade, mundo terá 9,8 bilhões de pessoas em 2050. Fonte: Organização das Nações Unidas – Brasil.
Publicado em: 22 jun. 2017. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/76893-apesar-de-baixa-fertilidade-mundo-tera-98-bi-
lhoes-de-pessoas-em-2050. Acesso em: 17 dez. 2020.

Texto 3 – Taxa de mortalidade entre


latino-americanas cai 50%, diz Banco Mundial
Expectativa de vida da população feminina e de crianças aumentou nos últimos 40
anos, mas a taxa de mortalidade de garotos entre 15 e 19 anos subiu.

Texto 3. Taxa de mortalidade entre latino-americanas cai 50%, diz Banco Mundial. Fonte: Organização das Nações Unidas –
News. Publicado em: 4 set. 2013. Disponível em: https://news.un.org/pt/audio/2013/09/1075151. Acesso em: 17 dez. 2020.
106 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

104 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Para avançar neste estudo, pesquise outros conceitos demográficos, como os listados a
seguir, e exemplos da sua influência na dinâmica populacional. Registre suas descobertas no
caderno.

Os textos
• Taxa1, 2,de
e 3natalidade;
da Organização das Nações Unidas sobre os conceitos demográficos: expectativa de
vida, fertilidade e mortalidade. Por meio desses textos, os(as) estudantes terão a oportunidade de apontar
e distinguir
• Taxa esses conceitos, estabelecer diferenças e semelhanças com o contexto brasileiro e, ainda,
de fecundidade;
pesquisar outros indicadores, tais como: taxa de natalidade, taxa de fecundidade, crescimento populacio-
nal ou• demográfico,
Crescimento crescimento natural
populacional ouou vegetativo e densidade demográfica. É fundamental que o(a)
demográfico;
estudante perceba que esses conceitos já foram trabalhados, se tornam mais complexos, exigindo apro-
fundamento dos estudos
• Crescimento sobre ou
natural o continente americano e africano. Recomendamos que amplie as suas
vegetativo;
proposições, contemplando as teorias demográficas Malthusiana, Neomalthusiana e Reformista, entre ou-
tras que
• julgar pertinente.
Densidade Caso considere adequado, apresente também aos(às) estudantes os seguintes
demográfica.
textos, que podem contribuir para ampliar os estudos sobre a temática:
AS NOVAS PROJEÇÕES DA ONU SOBRE A POPULAÇÃO BRASILEIRA E MUNDIAL
As projeções da Divisão de População da ONU, revisão 2017, confirmam que o crescimento demográfi-
co mundial vai continuar forte na primeira metade
Problematizando: do século XXI.
mudanças Países pobres da África e da Ásia vão
demográficas
ser responsáveis pelo grande crescimento da população mundial, mesmo num quadro em que já há
outros
Com83 países com
o intuito detaxas de fecundidade
ampliar o estudo dasabaixo do nível
questões de reposição.a dinâmica populacional, leia
relacionadas
MATO GROSSO
atentamente textoÉ 4,
O 2º ESTADO
analise COM MAIS
o gráfico MUNICÍPIOS
1 e dialogue ENTREcolegas
com os(as) OS 100 eMAIORES PIBS PERa fim
o(a) professor(a),
deCAPITA; 3 SÃOasDO
solucionar NORTÃO
questões-problema propostas.
Mato Grosso é o segundo Estado com mais municípios entre os 100 maiores PIB per capita (Produto
Interno Bruto por habitante) do país. […] Todos têm em comum uma baixa densidade demográfica, que
varia de menos de um habitante a 7,53 habitantes por quilômetro quadrado.
POPULAÇÃO GAÚCHA TextoCRESCE
4 – CADA VEZ MENOS, APONTA
O envelhecimento ESTIMATIVA DA SECRETARIA DE
populacional
PLANEJAMENTO
Conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Rio Grande
do Sul, no ano passado, era de 11.329.605 pessoas. Porém, apesar de o número total ter aumentado, o
Segundo a demógrafa do IBGE, Izabel Marri, a partir de 2047 a população deverá pa-
crescimento vegetativo – a diferença entre nascimentos e óbitos –, caiu 0,46%. Este é o menor patamar
rar de
da série crescer,iniciada
histórica, contribuindo
em 2000,para o processo
apontam de envelhecimento
os dados da Secretaria da populacional
Saúde. – quando os
grupos mais velhos ficam em uma proporção maior comparados aos grupos mais jovens da
PLANO PARA ELEVAR TAXA DE NATALIDADE DA HUNGRIA PODE CUSTAR U$531 MILHÕES EM
população. A relação entre a porcentagem de idosos e de jovens e chamada de “índice de
2020
envelhecimento”, que deve aumentar de 43,19%, em 2018, para 173,47%, em 2060 (Revis-
Primeiro-ministro Viktor Orban anunciou pacote de medidas em discurso do Estado da Nação. Governo
ta Retratos do Brasil, n. 16, fev. 2019, IBGE, p. 22).
propõe empréstimos para incentivar nascimentos e aumentar população.
Texto 4. Fonte: IBGE – Educa – Serviços professores. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-atividades/
20818-producao-textual-o-envelhecimento-da-populacao.html. Acesso em: 20 ago. 2020.
Comoointuito
Com intuitode
deampliar
ampliarooestudo
estudodasdasquestões
questõesrelacionadas
relacionadasààdinâmica
dinâmicapopulacional,
populacional,leia
leiaaten-
aten-
tamente texto4,4,analise
tamenteootexto gráfico112222eedialogue
analiseoográfico dialoguecom
comos(as)
os(as)colegas
colegaseeo(a)
o(a)professor(a),
professor(a),aafim
fimdede
solucionaras
solucionar asquestões-problema
questões-problemapropostas.
propostas.

Texto442323––OOenvelhecimento
Texto envelhecimentopopulacional
populacional
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 107
Segundoaademógrafa
Segundo demógrafado doIBGE,
IBGE,Izabel
IzabelMarri,
Marri,aapartir
partirde
de2047
2047aapopulação
populaçãodeverá
deveráparar
pararde de
crescer,contribuindo
crescer, contribuindopara
paraooprocesso
processodedeenvelhecimento
envelhecimentopopulacional
populacional––quando
quandoososgrupos
gruposmaismais
velhosficam
velhos ficamememumaumaproporção
proporçãomaior
maiorcomparados
comparadosaos aosgrupos
gruposmais
maisjovens
jovensda
dapopulação.
população.AA
relaçãoentre
relação entreaaporcentagem
porcentagemde deidosos
idososeede
dejovens
jovensééchamada
chamadade de“índice
“índicede
deenvelhecimento”,
envelhecimento”,que que
deveaumentar
deve aumentarde de43,19%,
43,19%,em em2018,
2018,para
para173,47%,
173,47%,em em2060 (Revista
2060 (RevistaRetratos
Retratosdo
doBrasil,
Brasil,n.n.16,
16,
GEOGRAFIA - 7O ANO 105
fev.2019,
fev. 2019,IBGE,
IBGE,p.p.22).
22).

Pirâmide
Pirâmide EtáriaProblematizando:
Pirâmide
Etária Etária
BrasilBrasil
Brasil eeSão
SãoPaulo,
Paulo, mudanças demográficas
Pirâmide
Pirâmide Pirâmide EtáriaeeBrasil
EtáriaBrasil
Etária Brasil SãoPaulo,
São Paulo,
e São em
Paulo,
em2010em 2010
2010 e Sãoem
Paulo,
em 2019
2019 em 2019
Com o intuito de ampliar o estudo das questões relacionadas a dinâmica populacional, leia
atentamente texto 4, analise o gráfico 1 e dialogue com os(as) colegas e o(a) professor(a), a fim
de solucionar as questões-problema propostas.

Esperamos que com a problematização os(as) estudantes possam perceber que tanto o Brasil quanto o
Estado de São Paulo apresentam um processo de “envelhecimento populacional”, observado pelo estreita-
mento da base das pirâmides etárias que representam a população jovem e pela tendência de alargamen-
to do topo (população idosa). Recomendamos que dialogue com os(as) estudantes e os(as) incentive a
aprofundar as pesquisas acerca das diferenças na estrutura etária por gênero, assim como as implicações
relacionadas às políticas públicas no Brasil. Além disso, se possível, oriente-os(as) a elaborar pirâmides
etárias, com base em informações demográficas referentes a países americanos (Chile e Bolívia, por
exemplo) e países africanos (África do Sul e Etiópia, por exemplo). Esse exercício contribui para conhecer
o perfil populacional de outros países, as transformações que ocorrem ao longo do tempo e as possíveis
tendências para as décadas seguintes.
Com esse objetivo, indicamos o infográfico Pirâmides Populacionais do Mundo desde 1950 até 2100, que
pode ser acessada por meio do link https://www.populationpyramid.net/pt/brasil/2021/
Outra possibilidade de ampliação
Brasil
Brasil SP do estudo acerca da temática é organizar
SP a turma
Brasil
Brasil SPem grupos 207
gEOgRAFIA
gEOgRAFIA
SP e207indicar
para cada equipe um país e o link de sua pirâmide etária. Com as informações disponibilizadas no site
indicado, os(as) estudantes poderão explorar a dinâmica populacional do país, buscando responder às se-
Pirâmide Etária Brasil Pirâmide Etária Brasil
guintesPirâmide
questões:
Pirâmide
e São Paulo,
Qualprojeção
Etária
Etária éBrasil
a principal
Brasil eeSão
paraSão característica
Paulo,
Paulo,
2040
da pirâmide desse
Pirâmide
Pirâmide país?
e SãoEtária
Etária
Paulo,
Por
BrasilqueeaeSão
Brasil
eprojeção
pirâmide
São
paraPaulo,
Paulo,
2060
apresenta
essa configuração? projeção Depois,
projeção para
para reserve
2040 um momento para que os grupos
2040 apresentem
projeção
projeção para
parapara
2060
2060os(as) colegas as
suas conclusões. Alguns interessantes casos a serem explorados nessa atividade são:
• Níger;
• Macau (China);
• Finlândia;
• Material
Martinica;
Gráfico1 1– –Conjunto
2222 Gráfico ConjuntodedePirâmides
MaterialdedeApoio
PirâmidesEtárias
ApoioaoaoCurrículo
EtáriasBrasil
CurrículoPaulista.
Paulista.Fonte:
Brasile eSão
Fonte:IBgE.
SãoPaulo
Paulo2010
IBgE.disponível
2010e e2019
disponívelem:
2019e eProjeções
Projeçõesdadapopulação
populaçãopara
para2040
2040e e2060.
em:https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/.
2060.Adaptado
https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/.Acesso
Adaptadoespecialmente
Acessoem:
especialmentepara
em:2020ago.
parao o
ago.2020.
2020.
2323• Omã;
Texto4.4.Fonte:
Texto Fonte:IBgE
IBgE– –Educa
Educa– –Serviços
Serviçosprofessores.
professores.disponível
disponívelem: https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-atividades/20818-producao-
em:https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-atividades/20818-producao-
• -textual-o-envelhecimento-da-populacao.html.
Porto Rico.
-textual-o-envelhecimento-da-populacao.html.Acesso Acessoem:
em:2020ago.
ago.2020.
2020.

Aos(às) estudantes, também indicamos o vídeo - Pirâmide etária: uma viagem no tem-
po pelas características da população brasileira. Que pode ser acessado por meio do link:
https://www.youtube.com/watch?v=UPgR_LL0Fz0
Sugerimos também, caso considere pertinente, apresentar para a turma o vídeo - Como a pirâ-
mide etária do Brasil mudou ao longo das gerações. O qual pode ser acessado por meio de link:
https://www.youtube.com/watch?v=PoxndG1Yyd0

Brasil
Brasil SPSP Brasil
Brasil SPSP

Considerando
Considerandoa aafirmação
afirmação
Conjunto deda dademógrafa
demógrafa
Pirâmides Etárias Brasildo
edo IBGE,
São IBGE,
Paulo asas
2010 eprojeções
projeções
2019 apresentadas
e Projeções apresentadas
da nos
população para 2040nos gráficos
gráficos
e 2060. Adaptadopara
para
2040
2040e e2060
2060e eososseus
seus conhecimentos,
conhecimentos,
especialmente para o Material de reflita:
reflita:
Apoio podemos
podemos
ao Currículo Paulista.afirmar
afirmar
Fonte: que
IBGE. que a atransição
transiçãodemográfica
demográficaé éuma
https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/ uma
index.html?utm_source=portal&utm_medium=popclock&utm_campaign=novo_popclock. Acesso em: 20 ago. 2020.
tendência
tendêncianacional?
nacional?QuaisQuaissão sãoasasimplicações
implicaçõese eososdesafios desafiosdodoenvelhecimento
envelhecimentodadapopulação populaçãononoBra- Bra-
sil?
sil?Há
Háumaumatendência
tendênciadedereduçãoreduçãodas dastaxas taxasdedenatalidade,
natalidade,mortalidade
mortalidadee efecundidade?
fecundidade?Isso Issoimplica
implica
mudanças
mudançasnanacomposição
composiçãodadapopulação?
população?Quais Quaismudanças
mudançaspodem podemser serapontadas
apontadaspara para
o oestado
estadodedeSão Paulo?Dialogue
SãoPaulo? Dialoguecom comos(as) os(as)colegas
colegase eo(a) o(a)professor(a)
professor(a)e eregistreregistreasas
suas
suasideias,
ideias,conhecimentos
conhecimentose eaprendizados
aprendizadosnonoseu seucaderno.
caderno.Para Parasaber
sabermais,mais,assista
assista
vídeoPirâmide
aoaovídeo Pirâmideetária:
etária:uma umaviagemviagemno notempo
tempopelas pelascaracterísticas
característicasda dapopu-
popu-
lação
laçãobrasileira
brasileira, o, oqual
24 24
qualpode
podeser seracessado
acessadopor pormeio
meiododoQR QRCode Codeaoaolado. lado.

2424Vídeo.
Vídeo.
Pirâmide
Pirâmide
etária:
etária:
uma
uma
viagem
viagem
no no
tempo
tempo
pelas
pelas
características
característicasda da
população
população
brasileira
brasileira
– IBgE
– IBgE
Explica.
Explica.
Fonte:
Fonte:
IBgE.
IBgE.
duração:
duração:
3’52’’.
3’52’’.
disponível
disponível
em:em:
https://www.youtube.com/watch?v=UPgR_LL0Fz0.
https://www.youtube.com/watch?v=UPgR_LL0Fz0. Acesso
Acessoem:em:
2626ago.
ago.
2020.
2020.
Pirâmide Etária Brasil e São Paulo, Pirâmide Etária Brasil e São Paulo,
projeção para 2040 projeção para 2060

108 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

106 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Considerando a afirmação da demógrafa do IBGE, as projeções apresentadas nos gráficos


para 2040 e 2060 e os seus conhecimentos, reflita: podemos afirmar que a transição demo-
gráfica é uma tendência nacional? Quais são as implicações e os desafios do envelhecimento
da população no Brasil? Há uma tendência de redução das taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade? Isso implica mudanças na composição da população? Quais mudanças podem
ser apontadasBrasil
para o SP Brasil colegas
estado de São Paulo? Dialogue com os (as) SP e o (a) professor (a)
e registre as suas ideias, conhecimentos e aprendizados no seu caderno.
Considerando a afirmação da demógrafa do IBGE, as projeções apresentadas nos gráficos para
2040 e 2060 e os seus conhecimentos, reflita: podemos afirmar que a transição demográfica é uma
tendência nacional? Quais são as implicações e os desafios do envelhecimento da população no Bra-
sil? Há uma tendência de redução das taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade? Isso implica
mudanças na composição da população? Quais mudanças podem ser apontadas para
o estado de São P
araPaulo?aber S M
aiScom os(as) colegas e o(a) professor(a) e registre as
Dialogue
suas ideias, conhecimentos e aprendizados no seu caderno. Para saber mais, assista
Assista ao vídeo Pirâmide etária: uma viagem no tempo pelas caracterís-
ao vídeo Pirâmide etária: uma viagem no tempo pelas características da popu-
ticas da
24 população brasileira, o qual pode ser acessado por meio do QR
lação brasileira , o qual pode ser acessado por meio do QR Code ao lado.
Code ao lado.

https://www.youtube.com/watch?v=UPgR_LL0Fz0. Acesso em: 26 ago. 2020.

24 Vídeo. Pirâmide etária: uma viagem no tempo pelas características da população brasileira – IBgE Explica. Fonte: IBgE. duração: 3’52’’. disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=UPgR_LL0Fz0. Acesso em: 26 ago. 2020.

Vídeo. Pirâmide etária: uma viagem no tempo pelas características da população brasileira – IBGE Explica. Fonte: IBGE.
Duração: 3’52’’. Disponível em:
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 109

GEOGRAFIA - 7O ANO 107


ATIVIDADE 3
ORGANIZANDO IDEAIS:
IDH E POPULAÇÃO DA
ATIVIDADE 3 AMÉRICA E DA ÁFRICA

ORGANIZANDO IDEAIS:
IDH E POPULAÇÃO DA AMÉRICA E DA ÁFRICA Matriz de Saberes

Leia os textos e o mapa 1 a seguir. •



Índice de Desenvolvimento Humano •
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e um indicador idealizado pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Organização das Nações Unidas (ONU). Objetivos de
Desenvolvimento
Atualmente, três pilares constituem o IDH (saúde, educação e renda), mensurados da se-
Sustentável
guinte forma:

• Uma vida longa e saudável (saúde) e medida pela expectativa de vida;


• O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: I) média de anos de educação
de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por
pessoas a partir de 25 anos; e II) a expectativa de anos de escolaridade para crianças
na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que
uma criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões
prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos
durante a vida da criança;
• O padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expres-
sa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano
de referência.

A escala do IDH varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de um, maior o desenvol-
vimento do país, e próximo de zero, menor o desenvolvimento de um país.
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Adaptado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo
Paulista. Disponível em: http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/conceitos/o-que-e-o-idh.html. Acesso em: 20 ago. 2020.

Para Saber MaiS


Sobre o IDH, acesse o texto Progresso no desenvolvimento humano marcado
por “grandes desigualdades”, por meio do QR Code ao lado.

Progresso no desenvolvimento humano marcado por grandes desigualdades, publicado em 14 set. 2018 Fonte: Nações
Unidas (ONU News). Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2018/09/1637922. Acesso em: 20 ago. 2020.
110 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

108 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Índice de Desenvolvimento Humano – IDH 2017


Para uma melhor compreensão sobre o que é o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, como é
calculado e os pilares que o constituem. Para isso é apresentado o texto – Índice de Desenvolvimento Hu-
mano e o mapa 1 ( https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_mundo/mundo_IDH.pdf ) - Índice
de Desenvolvimento Humano – IDH 2017. A proposta é que os(as) estudantes comparem, com o apoio
de representação cartográfica, os indicadores socioeconômicos dos continentes americano e africano com
países europeus e asiáticos, respondendo às seguintes questões apresentadas no Caderno do Estudante:

Índice de Desenvolvimento Humano – IDH 2017. Fonte: Atlas Escolar IBGE. Disponível em: https://atlasescolar.ibge.gov.br/
images/atlas/ mapas_mundo/mundo_IDH.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020.

Após leitura dos textos e analise do mapa, com o apoio de um Atlas Geográfico Escolar e/ou
do Planisfério Político, presente nas primeiras páginas deste Caderno de Geografia, responda
as questões no caderno:

1. O IDH é um indicador socioeconômico pautado em dados econômicos e sociais. Quais são


os três pilares levados em consideração? Explique como é analisado cada pilar.
Os três pilares levados em consideração saúde, educação e renda
2. O IDH varia de uma escala de 0 a 1, de modo que quanto mais próximo de 1, maior será
São mensurados da seguinte forma:
o desenvolvimento desse país. Diante dessa informação, observe o mapa e indique: três
• Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida;
paísesao
• O acesso que apresentam(educação)
conhecimento IDH muitoéalto; trêspor:
medido países que apresentam IDH médio e três países
1. média apresentam
que de anos de educação de adultos,
IDH muito baixo. que é o número médio de anos de educação recebidos durante
a vida por pessoas a partir de 25 anos; e
3. a Identifique
2. expectativa deo IDH
anosde
detrês países do
escolaridade continente
para africano,
crianças na idade detrês países
iniciar a vidadoescolar,
continente
que é america-
o número
no anos
total de e compare-os com oque
de escolaridade IDH
umadecriança
paísesna considerados potencias
idade de iniciar mundiais,
a vida escolar como Alemanha,
pode esperar receber se
os padrões
Japãoprevalecentes de taxas
e Rússia. Quais são de
as matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos duran-
suas conclusões?
te a vida da criança;
• E o padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de
paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 111

GEOGRAFIA - 7O ANO 109

2. O IDH varia de População


uma escalanos de continentes
0 a 1, de modoamericano e africano
que quanto mais próximo de 1, maior será
o desenvolvimento desse país. Diante dessa informação, observe o mapa e indique: três
Em continuidade
países ao estudo
que apresentam IDH de aspectos
muito importantes
alto; três países quepara a compreensão
apresentam da América
IDH médio e da
e três países
África,
queconvidamos
apresentam você
IDHamuito
produzir seu próprio mapa. Para isso, recomendamos a utilização de
baixo.
A proposta
um é que os(as)Escolar
Atlas Geográfico estudantes realizem
e livros a leituradisponíveis
didáticos e interpretação do mapa,assim
na escola, selecionando os países
como outros mate-
que apresentam
riais de apoio. EmIDH seguida,
muito alto;observe
três países
os que
dadosapresentam IDH médio esobre
e as informações três países que apresentam
os continentes africano
IDH
e muito baixo.
americano relacionados com o uso e a ocupação do solo, com ênfase na população dos res-
Esta atividade,
pectivos paísesoportuniza trabalhar
constantes o OAD-1 Objetivo
na tabela a seguir. deCom
Aprendizagem
base nosedados
Desenvolvimento (EF07G08)
populacionais In-
dos dois
terpretar e elaborar
continentes, mapas do
agrupando temáticos e históricos,
mais populoso atécom informações
o menos demográficas
populoso, elabore e econômicas
um do Brasil
mapa temático.
gEOgRAFIA 211
(cartogramas), identificando padrões espaciais, a dinâmica dos fluxos populacionais, regionalizações e
analogias espaciais.
Tabela 1 - Dados Populacionais – Continente Africano, em 2017.

3. Identifique o IDHPaísde três países do continente africano,


População País três países do continente america-
População

no e compare-os
Nigéria com o IDH190 de países considerados
632 256 Ruanda potencias mundiais,
11 901 484 como Alemanha,
Etiópia
Japão e Rússia. Quais são105as350suas
016 Tunísia
conclusões? 11 403 800

Egito 97 041 072 Benim 11 038 805


Espera-se que com essa atividade83os(as)
Congo-Kinshasa 301152
estudantesBurundi
percebam que, quando consideramos a expectativa
11 466 756
de vida, a educação e a renda (os pilares
Tanzânia
do IDH), países
53 950 936 Togo
europeus atingem os melhores índices, enquanto
7 965 055
o continente africano concentra os83países
África do Sul 301152
com menorSerra
desenvolvimento
Leoa
humano.
6 163 195
Para contribuir com o seu
planejamento, sugerimos
Quênia
os seguintes materiais: Líbia
47 615 740 6 653 210
1) Progresso no desenvolvimento
Uganda
humano marcado por
39 570 124
“grandes desigualdades”.
Congo-Brazzaville 4 954 674
https://news.un.org/pt/story/2018/09/1637922
Argélia 40 969 444 Eritreia 5 918 919
2) Brasil fica em 84º
Sudão
lugar em ranking mundial do IDH.República Centro-Africana 5 625 118
37 345 936
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-12/brasil-fica-em-84o-lugar-em-ranking-mundial-do-idh
Marrocos 33 986 656 Libéria 4 689 021
3) Noruega possui um dos maiores29Índices
Angola 310 272
de Desenvolvimento
Mauritânia
Humano3 758
do571mundo.
https://www.youtube.com/watch?v=DAVjU9-UwmY
Moçambique 26 573 706 Lesoto 1 958 042

Gana 27 499 924 Namíbia 2 484 780

Madagáscar 25 054 160 Botswana 2 214 858

Costa do Marfim 24 184 810 Gâmbia 2 051 363

Camarões 24 994 884 Guiné-Bissau 1 792 338

Níger 19 245 344 Gabão 1 772 255

Burkina Faso 20 107 508 Maurícia 1 356 388

Malawi 19 196 246 Suazilândia 1 467 152

Mali 17 885 244 Camarões 808 080

Zâmbia 15 972 000 Guiné Equatorial 778 358

Zimbabwe 13 805 084 Djibouti 865 267

Senegal 14 668 522 Cabo Verde 560 899

Chade 12 075 985 Saara Ocidental 603 253

Somália 11 031 386 São Tomé e Príncipe 201 025

Guiné 12 413 867 Seicheles 93 920

Tabela 1. Dados Populacionais – Continente Africano, em 2017. Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao
Currículo Paulista.Dados Populacionais
Fonte: Index – Continente
Mundi. Disponível Africano, em 2017. Elaborado especialmente para o Material
em: https://www.indexmundi.com/map/?t=0&v=21&r=af&l=pt. Acesso
em: 20 ago. 2020.
de Apoio ao Currículo Paulista. Fonte: Index Mundi. Disponível em: https://www.indexmundi.com/
map/?t=0&v=21&r=af&l=pt. Acesso em: 20 ago. 2020.
112 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

110 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Elabore uma legenda que contemple do país mais populoso ao menos populoso, utilizando
cinco tons de uma única cor, para dar a ideia de ordem. Ao final, lembre-se de dar um título
ao seu mapa.
Esta atividade, propõe uma articulação entre os Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento, (EF08G08)
Coletar dados_________________________________________________________________
Título: e informações sobre desigualdades socioeconômicas mundiais por meio do IDH, em espe-
cial da América e da África. (EF08G09) Ler mapas e imagens e relacioná-los com as questões da realidade
mundial para compreender a noção de Estado e território. (EF08G10) Identificar anamorfoses geográficas
para analisar diferentes fenômenos. (EF08G14) Identificar as possibilidades de uso dos recursos naturais
e seus impactos socioambientais no continente Africano e Americano, por meio da elaboração de mapas
temáticos, com base nos dados populacionais dos continentes africano e americano disponibilizados nas
tabelas 1 e 2. https://www.indexmundi.com/map/?t=0&v=21&r=af&l=pt Para produção dos mapas temá-
ticos, oriente a turma a utilizar a variável visual valor, ou seja, ordenar os países do mais populoso até o
menos populoso, escolhendo cinco tons de uma única cor para transmitir a ideia de ordenamento (no caso,
decrescente). No Caderno do Estudante disponibilizamos os mapas 2 e 3 mundos
http://geoftp.ibge.gov.br/produtos_educacionais/mapas_mudos/mapas_do_mundo/africa.pdf para contri-
buir com o desenvolvimento dessa atividade.
Como forma de flexibilização, sugerimos as técnicas da Cartografia Tátil para transpor a informação visual
para o tátil, de tal modo que possam ser percebidas e representadas de maneira multissensorial e inclu-

Mapa mudo: África. Fonte: IBGE, Mapas Mudos. Disponível em: http://geoftp.ibge.gov.br/produtos_educacionais/mapas_mudos/
siva. Segundo Vasconcellos (1993), as representações gráficas que são apreendidas pela visão podem
ser percebidas pelo tato, desde que sejam planejadas e construídas para esse fim. Além disso, se o mapa
elaborado combinar a linguagem tátil à visual, utilizando cores e letras impressas, ele poderá ser utilizado
por todos os estudantes. Portanto, sugerimos o uso de texturas para elaboração dos mapas táteis: texturas
mais intensas para países mais populosos e texturas mais leves para países menos populosos. Sobre
esse assunto, recomendamos ainda a reportagem Mapas temáticos para avançar na interpretação
https://novaescola.org.br/conteudo/2176/mapas-tematicos-para-avancar-na-interpretacao , que apresenta
informações sobre os aspectos culturais, humanos e econômicos representados por símbolos. Para fi-
nalizar essa etapa, sugerimos que além do IDH e PIB (tradicionais indicadores da macroeconomia), seja
apresentado aos(às) estudantes o indicador sistêmico desenvolvido no Butão, Felicidade Interna Bruta
(FIB), que considera outros aspectos além do desenvolvimento econômico, como a conservação do meio
ambiente e a qualidade de vida das pessoas, para avaliar a riqueza e o desenvolvimento de um país. É

mapas_do_mundo/ africa.pdf Acesso em: 15 dez. 2020.


possível fazer essa abordagem a partir de diversos materiais. Indicamos os seguintes: 4) Bom para todos:
FIB – Felicidade Interna Bruta https://www.youtube.com/watch?v=cA0tixBHBsg . 5) Este país não é neutro
em carbono – é negativo em carbono
https://www.ted.com/talks/tshering_tobgay_this_country_isn_t_just_carbon_neutral_it_s_carbon_
negative/transcript?language=pt&t-1104012

Mapa mundi: África


Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 113

GEOGRAFIA - 7O ANO 111

Agora observe os dados populacionais do continente americano em seus respectivos paí-


gEOgRAFIA 213
ses contidos na tabela 2. Em seguida, elabore um mapa temático, agrupando do mais populoso
ao menosAgora
populoso.
observe os dados populacionais do continente americano em seus respectivos países
contidos na tabela 2. Em seguida, elabore um mapa temático, agrupando do mais populoso ao menos
populoso.

Tabela 2 - Dados Populacionais – Continente Americano, em 2017.

País População País População

Estados Unidos 326 625 792 Panamá 3 753 142


Brasil 207 353 392 Uruguai 3 360 148
México 124 574 792 Porto Rico 3 351 827
Colômbia 47 698 524 Jamaica 2 990 561
Argentina 44 293 292 Trindade e Tobago 1 218 208
Canadá 35 623 680 Guiana 737 718
Venezuela 31 304 016 Suriname 591 919
Peru 31 036 656 Belize 360 346
Chile 17 789 268 Bahamas 329 988
Equador 16 290 913 Barbados 292 336
Guatemala 15 460 732 Santa Lúcia 164 994
Cuba 11 147 407 Granada 111 724
Bolívia 11 138 234 São Vicente e Granadinas 102 089
República Dominicana 10 734 247 Antígua e Barbuda 94 731
Haiti 10 646 714 Domínica 73 897
Honduras 9 038 741 Ilhas Caiman 58 441
Paraguai 6 943 739 Groelândia 57 713
Salvador 6 172 011 São Cristóvão e Neves 52 715
Nicarágua 6 025 951 Ilhas Falklands 3 198
Costa Rica 4 930 258

Tabela 2. Dados Populacionais – Continente Americano, em 2017. Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao
Dados Populacionais – Continente Americano, em 2017. Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Pau-
Currículo Paulista. Fonte: Index Mundi. Disponível em: https://www.indexmundi.com/map/?t=0&v=21&r=sa&l=pt.
lista. Fonte: Index Mundi. Disponível em: https://www.indexmundi.com/map/?t=0&v=21&r=sa&l=pt. Acesso em: 20 ago. 2020.
Acesso em: 20 ago. 2020.
114 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

112 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Elabore uma legenda que contemple do pais mais populoso até o menos populoso, utilizan-
do cinco tons de uma única cor, para dar a ideia de ordem. Ao final, lembre-se de dar um título
ao seu mapa.

Título: _________________________________________________________________

Mapa mudo: América. Fonte: IBGE, Mapas Mudos. Disponível em: http://geoftp.ibge.gov.br/produtos_educacionais/mapas_mudos/
mapas_do_mundo/ americas.pdf Acesso em: 15 dez. 2020.
Com o apoio do (a) professor (a), analise os mapas que você elaborou e dialogue com os
(as) colegas e com o(a) professor(a) se e possível organizar a população por países com os
indicadores socioeconômicos, tomando como referência os dados e informações estudados.
Registre a síntese do dialogo no seu caderno.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 115

GEOGRAFIA - 7O ANO 113

gEOgRAFIA 215
Retomando conceitos: comparando dados demográficos
Propor ao(à)intuito
ATIVIDADE
Com estudante que realizecom
5 –contribuir
de RETOMANDO uma coleta de dados edos
o CONCEITOS:
aprendizado informações
COMPARANDO relacionadas
principais DADOS
conceitos aos principais concei-
demográficos e o
tos e indicadoresdosdemográficos, a partir do seu município, do Estado depara
São uma
Paulocoleta
e do Brasil, com o pro-
DEMOGRÁFICOS
entendimento indicadores demográficos, desafiamos você de dados e in-
pósito de compará-los com outros países dos continentes americano e africano. No processo de avaliação
formações sobre o seu município e estado, comparando-os aos de um país da sua escolha dos
formativa, devemos considerar a apropriação dos OADs - Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento
continentesCom intuito de contribuir
americano com Para
e africano. o aprendizado dos principais
apoia-lo(a) conceitos demográficos
na sistematização e registro edesta
o entendi-
pesquisa,
propostas
mentonessa Sequência
dos indicadores de Atividade,
demográficos, sendo elasvocê
desafiamos (EF07G03),
para uma (EF07G08). Oueseja,
coleta de dados verifiquesobre
informações se durante
utilize o quadro
as atividades a seguir.
propostas no Caderno dos(as) estudantes conseguiram descrever e distinguir os conceitos
o seu município e estado, comparando-os aos de um país da sua escolha dos continentes americano
relacionados à Para
e africano. demografia e aplicar
apoiá-lo(a) os indicadores
na sistematização demográficos,
e registro alémutilize
desta pesquisa, de analisar
o quadrocaracterísticas
a seguir. de pa-
íses e grupos de países da América e da África no que se referem aos aspectos populacionais e elaborar
mapas temáticos referentes aos dados populacionais dos continentes Escolhaamericano
um país dose africano.
respectivosDiante dessas
continentes
observações, recomendamos que analise
Município
o desempenho do(a) estudante
Estado
América
e verifique se a aprendizagem
África
Brasil
foi satisfatória ou, caso contrário, se há a necessidade de proporcionar novos caminhos, com a finalidade
de corrigir rumos para que___________
o processo São
de ensino-aprendizagem
Paulo seja efetivo.
__________________ _________________

População

Área

Densidade
Demográfica

Expectativa de vida

Índice de
Desenvolvimento
Humano (IDH)

Registre a(s) fonte(s)


de pesquisa:

Quando
Quando terminarde
terminar depreencher
preencher o oquadro, compare
quadro, os dados
compare e registre
os dados no seu caderno
e registre no seua quais
caderno a
quaisconclusões
conclusõesvocê chegou a partir dessas informações.
você chegou a partir dessas informações.

ATIVIDADE 6 – AUTOAVALIAÇÃO
Mais uma vez é hora de refletir sobre o que você aprendeu! Recorra aos registros e anotações que
realizou e pense sobre como foi a sua participação em cada uma das atividades. Registre seus principais
aprendizados e indique aquilo que é necessário revisar. Você conseguiu realizar todas as atividades? Teve
dificuldades em alguma etapa? Quais estratégias você adotou para superar os desafios?
116 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

114 Conhecer Mais - Estudo Complementar

Autoavaliação

Mais uma vez e hora de refletir sobre o que você aprendeu! Recorra aos registros e ano-
tações que realizou e pense sobre como foi a sua participação em cada uma das atividades.
Registre seus principais aprendizados e indique aquilo que é necessário revisar. Você conseguiu
realizar todas as atividades? Teve dificuldades em alguma etapa? Quais estratégias você adotou
216 CADERNO DO ALUNO
para superar os desafios? CADERNO DO ALUNO 216
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Para Saber MaiS Expectativa de vida
Expectativa
sobre de vids
esse indicador
Expectativa de vida no Brasil – IBGE Explica – Aprenda mais detalhes sobre esse
homens indicado
e mulheres.
sobre esse indicador social, como a diferença na expectativa de vida
homensIBGE.
Fonte: e mulheres.
Duraçã
entre homens e mulheres. watch?v=pPE19OI38qE.
Fonte: IBGE. Dura
https://youtu.be/pPE19OI38qE
watch?v=pPE19OI38qE
IBGE Países – Explo
IBGE Países – Explore diversas informações sobre os países com mapa
IBGEinterativo.
Países – Exp
esse mapa interativo. Fonte: Instituto Brasileiro d
mapa interativo.
gov.br/#/. Acesso em: 19
Fonte: Instituto Brasileiro
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: https://paises.ibge. gov.br/#/. Acesso em: 1
gov.br/#/. Acesso em: 19 ago. 2020.

Fonte: São Paulo (SP). Secretaria de Estado da Educação COORDENADORIA PEDAGÓGICA. CURRÍCULO PAULISTA –
SITUAÇÃO DE
MATERIAL DE APOIO – Ensino Fundamental - 8º ANO - VOLUME 1 - pp 204 a 216, 2021

SITUAÇÃO
AS ROTAS D
DE DIS
AS ROTAS
E OS DE D
PRINCIPAIS
E OS PRINCIPA
Diversos estudos e pesquisas científic
Para enriquecer o processo avaliativo desta Sequência de Atividade, sugerimos a Autoavaliação,
humanos de um que opor-
lugar para o outro, por dif
tuniza ao(à) estudante refletir sobre o percurso de aprendizagem. cem Diversos
entre cidades, regiões e/ou países.
estudos e pesquisas cientA
possibilitam
humanos deidentificar
um lugarasparaprincipais rotas
o outro, porded
fluxosentre
cem migratórios,
cidades, emregiões
especiale/ou
no Brasil.
países.
possibilitam identificar as principais rotas
fluxos migratórios, em especial no Brasil.
ATIVIDADE 1 – VAMOS DIALOGA
Vamos dialogar sobre a dispersão da p
ATIVIDADE 1 –nasce,
tões: O ser humano VAMOS vive eDIALOG
morre nec
e/ou país? Por quais motivos ocorreu essa
Vamos
mudaram de dialogar
um lugarsobre
para oaoutro?
dispersão
Essasda
p
tões: O seremigrante
migrante, humano nasce, vive eJá
e imigrante? morre
ouviun
e/ou país?
ideias, Por quais motivos
conhecimentos ocorreu
e reflexões sobreess
ac
mudaram de um lugar para o outro? Essas
migrante, emigrante e imigrante? Já ouv
ideias, conhecimentos e reflexões sobre a
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 117

HISTÓRIA
118 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 1 116 Conhecer Mais - Estudo Complementar

A RESISTÊNCIA NEGRA
NO REGIME ESCRAVISTA:
QUILOMBO ATIVIDADE 1

A RESISTÊNCIA NEGRA NO REGIME ESCRAVISTA:


Matriz de Saberes QUILOMBOS
• Repertório cultural
Durante muitos anos, no Brasil acreditou-se que o africano escravizado sofreu de maneira
passiva todos os maus tratos praticados pelos senhores. Essa crença interferiu e interfere, ainda
hoje, no imaginário da sociedade brasileira, a respeito de negras e negros brasileiros.

Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável VAMOS PRATICAR!
Redução das desigualdades
1. Leia o trecho a seguir e responda:

“Costuma-se pensar o quilombo como ‘refúgio de negros escravos fugitivos’. Apesar


de terem se passado centenas de anos, essa ideia distorcida de quilombo ainda permanece
entre nós. Insistir em tal conceito significa negar ou tornar invisível o verdadeiro senti-
do e história dos quilombos. (...) os quilombos brasileiros podem ser considerados como
uma inspiração africana, reconstruída pelos escravizados para se opor a uma estrutura
escravocrata, pela implantação de outra forma de vida. (...) neste sentido, o quilombo não
significa refúgio de escravos fugidos. Tratava-se de uma reunião fraterna e livre, com laços
de solidariedade e convivência, resultante do esforço de negros escravizados de resgatar
sua liberdade e dignidade por meio da fuga do cativeiro e da organização de uma sociedade
livre. Os quilombolas eram homens e mulheres que se recusavam a viver sob o regime da
escravidão e desenvolviam ações de luta e rebeldia contra esse sistema.”
MUNANGA, K. Para entender o negro no Brasil hoje: história, realidades, problemas e caminhos. 2004

A) Qual o papel que os quilombos tiveram na vida dos africanos escravizados durante o
regime escravista no Brasil?

Os quilombos não significavam apenas refúgio para escravos fugidos. Os quilombos eram socieda-
des livres, nas quais os negros africanos escravizados procuravam resgatar sua liberdade e dignida-
de. Uma forma de se opor a uma estrutura escravocrata

ATIVIDADE 1 – A resistência negra no regime Objeto de Conhecimento:


escravista: quilombos • FORMAS DE RESISTÊNCIA À ESCRAVIZAÇÃO E À DOMINA-
Eixo: MIGRAÇÕES HUMANAS ÇÃO; COMPREENSÃO E RESPEITO À DIVERSIDADE INDIVI-
DUAL, DOS POVOS E DAS CULTURAS NO PASSADO E NO
• De que maneiras os deslocamentos humanos atuaram e atu-
PRESENTE.
am como fator de constituição das sociedades? Como se dá
a relação da cidade de são paulo com as 38 outras cidades Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:
que compõem a metrópole paulistana, no que toca as águas, • (EF07H07) Conhecer e refletir sobre a diversidade das popu-
reservas hídricas, rios, desperdício e provimento? lações africanas trazidas ao Brasil e a disseminação de suas
referências culturais na vida brasileira.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 119

HISTÓRIA - 7O ANO 117

A resistência negra: O Quilombo de Palmares

“No início eram poucas pessoas, mas o número foi crescendo até se tornar uma comu-
nidade de 30 mil aquilombados, entre homens, mulheres e crianças. Os negros de Palmares
estabeleceram o primeiro Estado livre da América.”
(MUNANGA, 2004)

2. Leia o texto e responda às perguntas.

O Quilombo de Palmares
O começo:
“No ano de 1595, quarenta escravos fugiram, à noite, de um engenho no sul de Per-
nambuco. (...) estavam armados de foice e caminharam vários dias, contornando lugares de
difícil acesso até um lugar em que se sentiram seguros.”
Funcionamento:
“Na realidade, Palmares não era um único quilombo. Ele era constituído de vários
quilombos, formando uma verdadeira fortaleza. (...) o número de casas e ruas podia variar
de um quilombo para outro, mas todos possuíam uma Casa de Conselho, um templo, cis-
ternas, oficinas. As ruas eram largas, longas e retas, à maneira africana. Palmares também
possuía oficinas, forjas e olarias que produziam utensílios de metal, cerâmica e madeira
(...). A sociedade se dividia de acordo com o trabalho. Existiam 4 classes: agricultores, ar-
tesãos, guerreiros e funcionários. O Português era o idioma mais comum em Palmares,
talvez pela necessidade de agregar negros de várias culturas.” A sociedade e a economia do
quilombo de Palmares representava uma ameaça ao governo colonial, afinal, nesse local, a
terra e o resultado do trabalho coletivo pertenciam a todos e não a alguns ricos senhores
de engenho.”
MUNANGA, K. Para entender o negro no Brasil hoje: história, realidades, problemas ecaminhos. 2004.

A) A partir da leitura do texto, preencha o quadro descritivo desta experiência coletiva dos
africanos e de seus descendentes em relação aos seguintes aspectos:

Como era
População que reuniu 30 mil negros.
Organização Social
A sociedade se dividia de acordo com o trabalho. Existiam 4 classes: agricul-
tores, artesãos, guerreiros e funcionários.
Produção econômica A terra e o resultado do trabalho coletiva pertenciam a todos.
120 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 2 118 Conhecer Mais - Estudo Complementar

ESCRAVIDÃO NO
BRASIL: AS ETNIAS
DOS AFRICANOS ATIVIDADE 2
ESCRAVIZADOS
ESCRAVIDÃO NO BRASIL: AS ETNIAS
DOS AFRICANOS ESCRAVIZADOS
Matriz de Saberes
• Repertório cultural Você sabia que os negros africanos, trazidos para o Brasil como escravos, pertenciam a
diferentes civilizações que nasceram e prosperaram na África? Vamos conhecer um pouco da
história dessas civilizações?

Objetivos de
Desenvolvimento VAMOS PRATICAR!
Sustentável
Redução das desigualdades
1. Leia os trechos a seguir sobre os Estados Negros entre os séculos X e XVI:

Império de Gana:
Conhecido como o país do ouro. Autores árabes narravam que “o ouro crescia como
cenouras e era arrancado ao nascer do solo, e que o rei prendia seu cavalo a uma enorme
pepita na qual havia que mandar abrir para isso um buraco”. Graças às suas riquezas, o rei
possuía um exército numeroso estimado em 200 mil guerreiros.
Império do Mali:
Durante dois séculos, o Mali foi o mais rico Estado da África ocidental. Possuía minas
de ouro e tinha o controle de todas as linhas de transporte e comunicação em direção ao
norte da África. Em visita ao Sultão do Egito, o governante da região distribuiu ouro em
grande quantidade e foi precedido de milhares de súditos, vestindo roupagens elegantes.
Civilização Ioruba:
Desenvolveu-se a partir do século XI, no sudoeste da atual Nigéria. Era uma civilização
caracterizada por dezenas de cidades/reinos, das quais muitas ultrapassavam os 20 mil
habitantes. Constituíam grandes centros de artesanato com oleiros, tecelões, marceneiros,
ferreiros etc. Paralelamente às atividades artísticas, artesanais e comerciais praticavam-
-se atividades agrícolas baseadas no plantio do inhame, da palmeira e outros produtos
alimentares.
Reino do Congo:
O reino do Congo remonta ao fim do século XIV. A estrutura política era a aldeia; aci-
ma das aldeias vinham os distritos, que possuíam seus governadores que eram nomeados

ATIVIDADE 2 – Escravidão no Brasil: as etnias Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


dos africanos escravizados • (EF07H06) Conhecer a implantação de modelos ibéricos de
Eixo: MIGRAÇÕES HUMANAS conquista colonial e a implantação da escravização indígena e
africana no contexto do capitalismo em formação no Brasil e
• De que maneiras os deslocamentos humanos atuaram e atu-
na América Latina.
am como fator de constituição das sociedades? Como se dá
a relação da cidade de são paulo com as 38 outras cidades • (EF07H07) Conhecer e refletir sobre a diversidade das popu-
que compõem a metrópole paulistana, no que toca as águas, lações africanas trazidas ao Brasil e a disseminação de suas
reservas hídricas, rios, desperdício e provimento? referências culturais na vida brasileira.
• (EF07H09) Analisar as relações de trabalho em diferentes con-
Objeto de Conhecimento: textos com ênfase na escravidão na América.
• RELAÇÕES DE TRABALHO: ESCRAVIDÃO, SERVIDÃO E AS-
SALARIAMENTO;
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 121

HISTÓRIA - 7O ANO 119

pelo rei e ficavam responsáveis por organizar as funções administrativas e judiciárias. A


estrutura militar era simples: o rei dispunha de uma guarda permanente composta por
soldados estrangeiros. O trabalho com o ferro era importante no Congo e os próprios reis
e a nobreza em geral tinham orgulho de forjar suas ferramentas. Também forjavam o cobre
e faziam anéis (...)
O Estado Zulu:
Localizava-se na região sudeste da África. Por todo o reino foram construídos arse-
nais: toda a população era especializada nas artes da guerra e das armas. Os jovens eram
alistados aos 16 anos e recebiam uma formação militar durante 3 anos. As mulheres tam-
bém tinham uma posição de destaque na concepção militar e participavam diretamente
dos combates.
(Trechos adaptados de MUNANGA, K. Para entender o negro no Brasil hoje: história, realidades, problemas e caminhos. 2004)

Agora responda:
A) Reflita sobre quais as contribuições que as pessoas pertencentes a estas civilizações
trouxeram para a nossa cultura ao serem deportados para o Brasil.

As pessoas deportadas e escravizadas no Brasil são oriundas destas civilizações que já possuíam
estruturas políticas com poderes centralizados, organizações sociais altamente elaboradas, filosofias
e visões de mundo, tecnologias, artes etc. Desta maneira, contribuíram na construção da sociedade,
da cultura e da identidade brasileiras.

B) Escolha uma pessoa que gostaria de conhecer estas informações ou para quem você acha
que seria importante obtê-las. Pode ser um familiar, um colega que tem antepassados per-
tencentes a esta cultura ou ao continente africano, ou outra pessoa próxima. Organize uma
mensagem com todas as informações sobre as civilizações estudadas nas linhas abaixo e
depois e poste em uma rede social ou envie por e-mail para a pessoa escolhida:

Resposta pessoal.
122 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 3 120 Conhecer Mais - Estudo Complementar

RESISTÊNCIA INDÍGENA
NO PERÍODO COLONIAL
ATIVIDADE 3

Matriz de Saberes RESISTÊNCIA INDÍGENA NO PERÍODO COLONIAL


• Repertório cultural
Com a chegada definitiva dos portugueses em território brasileiro surgiu uma série de proble-
mas para os indígenas brasileiros. Modos de vida tão distintos logo entraram em conflito. Os líderes
dos Tupinambás logo perceberam que precisariam de reforços para resistir à “intromissão” dos por-
tugueses na cultura indígena. Para isso criaram um Conselho com vários povos que deu origem à
Objetivos de Confederação dos Tamoios. Vamos entender que movimento de resistência indígena foi esse?
Desenvolvimento
Sustentável
Redução das desigualdades VAMOS PRATICAR!

1. Leia o texto a seguir:

A Confederação dos Tamoios foi uma luta pela liberdade e durou longos 12 anos
(1554/55- 1567). Reuniu diferentes grupos indígenas e uniu importantes chefes que mar-
caram a história do nascente Brasil. Seus feitos são pouco conhecidos – e reconhecidos –,
mas foram eles que dignificaram aqueles primeiros anos de contato. Conforme lembrou
Aylton Quintiliano em A Guerra dos Tamoios (Relume Dumará, 2003, p.19):

ERRATA “Foram os Aimberê, Cunhambebe, Jagoanharo, Parabuçu, Raraí,


Coaquirae tantos outros guerreiros, autênticos percussores das grades
Onde se lê “percussores das grades”, jornadas cívicas onde o sangue nativo foi derramado em defesa da terra
leia-se: “PRECURSSORES das GRANDES”. e dos direitos do homem”
Que fique claro aqui, no entanto, que esse desfile de elogios ao da Tamoios não é um
Onde se lê “elogios ao da Tamoios”, tecido romântico. Antes, é um elogio à sagacidade indígena que vem provar que os “ín-
leia-se: “elogios AOS Tamoios”. dios” não eram pacíficos ou facilmente domesticados pelos colonizadores. Ao contrário da
imagem que foi sendo criada e recriada posteriormente, eles – tupis e tapuias – resistiram
bravamente contra os desmandos colonialistas. Para tanto, basta lembrar que a primeira
tentativa de estabelecer uma ação política no Brasil foi a criação das famosas capitanias
hereditárias. Com raras exceções, elas acabaram não funcionando por conta da resistência
indígena. E as que deram certo e prosperaram – São Vicente e Pernambuco –, conseguiram
tal proeza graças ao apoio de lideranças que fizeram acordos e alianças com os donatários.
Que fique claro, também, que havia os interesses dos indígenas em jogo. Os muitos
povos que andavam por aqui eram guerreiros, formados para a guerra e gostavam muito de
guerrear entre si. A guerra entre os grupos era, desde sempre, uma prática muito comum,
e a chegada dos europeus – fossem portugueses, fossem franceses – acabou sendo mais

ATIVIDADE 3 – Resistência indígena no período Objeto de Conhecimento:


colonial • FORMAS DE RESISTÊNCIA À ESCRAVIZAÇÃO E À DOMINAÇÃO;
Eixo: MIGRAÇÕES HUMANAS Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:
• De que maneiras os deslocamentos humanos atuaram e atu-
• (EF07H10) Conhecer as resistências indígenas e africanas na
am como fator de constituição das sociedades? Como se dá história da América Colonial.
a relação da cidade de são paulo com as 38 outras cidades
que compõem a metrópole paulistana, no que toca as águas,
reservas hídricas, rios, desperdício e provimento?
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 123

HISTÓRIA - 7O ANO 121

uma oportunidade de guerrear contra inimigos. Os estrangeiros foram vistos como aliados
importantes nessa “cruzada” indígena. Afinal, os nativos tinham muito interesse em poder
contar com as armas de fogo desses estrangeiros para conseguir seu intento. Houve re-
sistência permanente, portanto, contra os que eram considerados invasores do território.
Houve também alianças para vencer inimigos comuns, além das trocas econômicas, e, en-
quanto os europeus foram úteis aos indígenas, as alianças prosperaram e deram excelentes
resultados para ambos os lados. Tais alianças e acordos cessaram apenas quando os es-
trangeiros passaram a exigir um número absurdo de escravos indígenas para trabalhar nos
canaviais. Os indígenas viram nisso um claro sinal de que os interesses de uns e de outros
já estavam se mostrando opostos e enfraquecendo a organização social dos Tupinambás,
os quais aceitavam a escravidão dos cativos em guerra, mas não que guerreiros fossem
submetidos a um trabalho braçal, forçado, que não fizesse jus à sua condição de valentia e
destreza na arte da guerra. Trabalhar no campo, na roça, nas lidas domésticas era, para os
Tupinambás, função das mulheres, e eles não podiam admitir esse tipo de mudança social.
São Paulo - SP. Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da cidade : povos indígenas:
orientações pedagógicas. – São Paulo : SME / COPED, 2019 , p. 59-61).

Agora responda:
A) Porque a Confederação dos Tamoios pode ser considerada como o primeiro movimento
de resistência indígena no Brasil?

A chegada definitiva dos portugueses em território brasileiro trouxe aos indígenas uma série de pro-
blemas. Modos de vida tão distintos entraram em conflito. Os líderes dos Tupinambás logo percebe-
ram que precisariam de reforços para resistir à “intromissão” dos portugueses na cultura indígena.
Para isso, criaram um Conselho de povos que deu origem à Confederação dos Tamoios.

B) Quais eram os interesses indígenas em jogo durante o movimento de resistência indígena?

Os muitos povos que andavam por aqui eram guerreiros, formados para a guerra e gostavam muito
de guerrear entre si. A guerra entre os grupos era, desde sempre, uma prática muito comum, e a
chegada dos europeus – fossem portugueses, fossem franceses – acabou sendo mais uma opor-
tunidade de guerrear contra inimigos. Os estrangeiros foram vistos como aliados importantes nessa
“cruzada” indígena. Afinal, os nativos tinham muito interesse em poder contar com as armas de fogo
desses estrangeiros para conseguir seu intento.
124 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

122 Conhecer Mais - Estudo Complementar

C) Você acha que hoje os indígenas estão organizados em movimentos de resistência e


preservação de sua cultura? Por quê? Dê exemplos.

Resposta pessoal. Apresentação da pesquisa realizada pelo aluno.

A “conquista” da América: visão


dos nativos americanos (maias, incas e astecas)

Como os nativos americanos reagiram à invasão dos conquistadores espanhóis? Que re-
lações se estabeleceram entre espanhóis e nativos? A relação estabelecida foi benéfica para
ambos os povos? Ou prejudicial para um dos lados?

2. Leia os trechos de relatos de nativos americanos com as impressões sobre a chegada dos
espanhóis:

“Nos caminhos jazem flechas quebradas; os cabelos estão espalhados. Destelhadas


estão as casas, incandescentes estão seus muros. Vermes abundam por ruas e praças. Ver-
melhas estão as águas, como se alguém as tivesse tingido. E se as bebíamos, eram água com
gosto de sal.
Golpeávamos os muros em nossa ansiedade. E nos restava por herança uma rede de
buracos. Nos escudos esteve nosso resguardo. Mas os escudos não detêm a tristeza e o
horror da destruição.
Cada um de nós recebeu um preço. Preço do jovem, do sacerdote, do menino e da
donzela: o preço de um pobre era só dois punhados de milho. “Somente se expulsou do
mercado o povo quando ali se colocou a catapulta.”
Texto adaptado de LEÓN-PORTILLA, Miguel. A conquista da América Latina vista pelos índios. Relatos astecas, maias e
incas. 3ª edição. Petrópolis: Vozes, 1987, pp. 41/42.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 125

HISTÓRIA - 7O ANO 123

“(...) A reação dos americanos nativos diante da invasão espanhola variou considera-
velmente: de ofertas de aliança a uma colaboração mais ou menos forçada, de uma resis-
tência passiva a uma hostilidade permanente. No entanto, em toda parte, a chegada desses
seres desconhecidos causou o mesmo espanto, não menos intenso do que o experimentado
pelos próprios conquistadores: ambos os lados estavam descobrindo uma nova raça de
homem de cuja existência jamais haviam suspeitado.”
Texto adaptado de: WACHTEL, Nathan. OS ÍNDIOS E A CONQUISTA ESPANHOLA. In História da América Latina – vol 1, 2
ed. Edusp 2004.

A) Analise a imagem:
A imagem a seguir retrata a conquista de Tenochtitlán (cidade Asteca) por Cortés em
1521, e representa o início do cerco que acabou por derrotar o Império Asteca:

Foto Wikimedia/ The_Conquest_of_Tenochtitlan

B) Os relatos lidos são dos povos astecas, maias e incas, os chamados povos pré-colom-
bianos, que dominaram boa parte das Américas antes da chegada dos europeus ao
continente, no século XVI. De acordo com o texto, os primeiros contatos foram positivos,
de alguma forma, para os povos retratados? De todos os aspectos destacados nos tex-
126 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ATIVIDADE 4 124 Conhecer Mais - Estudo Complementar

UM POUCO DA HISTÓRIA
DAS MULHERES NEGRAS tos, de destruição e perda, somente as perdas materiais foram importantes? O que mais
NO BRASIL E AS RELAÇÕES foi perdido neste conflito, pelos maias, incas e astecas? A imagem mostra que foi um
DE TRABALHO conflito armado: como os nativos reagem? E os europeus?
Segundo o texto, a reação dos americanos nativos diante da invasão espanhola variou bastante, mas
foi, em geral, negativa. A principal reação, contudo, foi de espanto.
As perdas materiais foram muitas, mas também houve a perda da liberdade e do modo de vida dos
Matriz de Saberes povos conquistados.
A imagem mostra os europeus atacando os nativos, que tentam resistir.
• Comunicação
• Repertório cultural

Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável
4 - Educação de qualidade

ATIVIDADE 4

UM POUCO DA HISTÓRIA DAS MULHERES NEGRAS


NO BRASIL E AS RELAÇÕES DE TRABALHO

Nos séculos XVIII e XIX, muitos estrangeiros que estiveram no Brasil desenharam, fotogra-
faram e escreveram sobre mulheres vendendo mercadorias nas ruas das cidades brasileiras. A
documentação de viajantes indica que as mulheres negras, algumas vezes autorizadas pelas
municipalidades, vendiam frutas, legumes, galinhas, pão, rendas francesas, hortaliças, peixe,
doces, bolos, bebidas… E que a rua era também seu espaço de sociabilidade, de trocas e de
confrontos. Importantes para a vida nas cidades, essas moças e senhoras negras tinham ex-
pressas em suas vestimentas, ornamentos e posturas – modo de carregar as crianças, cestos e
balaios –, uma longa história de tradições culturais africanas.

ATIVIDADE 4 – Um pouco da história das Objeto de Conhecimento:


mulheres negras no Brasil e as relações de • A HISTÓRIA DAS MULHERES
trabalho
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:
Eixo: MIGRAÇÕES HUMANAS
• (EF07H11) Conhecer a história das mulheres em diferentes
• De que maneiras os deslocamentos humanos atuaram e atu- contextos históricos estudados.
am como fator de constituição das sociedades? Como se dá
a relação da cidade de são paulo com as 38 outras cidades
que compõem a metrópole paulistana, no que toca as águas,
reservas hídricas, rios, desperdício e provimento?
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 127

HISTÓRIA - 7O ANO 125

VAMOS PRATICAR!

1. Leia o documento e responda às perguntas:

“Em S. Paulo não são encontrados negros a percorrer as ruas, como no Rio de Janeiro,
transportando mercadorias sobre a cabeça. Os legumes e as mercadorias de consumo ime-
diato são vendidos por negras que se mantêm acocoradas na rua, que, por motivo de tal
comércio, tomou o nome de rua da Quitanda.”
“Em S. Paulo não são encontrados negros…”. (SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem à Província de São Paulo - Resumo das
viagens ao Brasil, Província Cisplatina e Missões do Paraguai. São Paulo: Livraria Martins Fontes, s/d, p. 180-181. Disponível
em: < https://ia801407.us.archive.org/7/items/viagemprovinci00sainuoft/viagemprovinci00sainuoft.pdf.

A) Esse documento também fala sobre quitandeiras. Você sabe quem eram as quitandei-
ras? Como elas eram caracterizadas? Onde trabalhavam?
As quitandeiras eram mulheres negras que, algumas vezes autorizadas pelas municipalidades, vendiam
frutas, legumes, galinhas, pão, rendas francesas, hortaliças, peixe, doces, bolos, bebidas. A rua era tam-
bém seu espaço de sociabilidade, de trocas e de confrontos. Mas, nem sempre a população e os gover-
nantes desejavam que esse ofício fosse praticado por mulheres negras, quando havia o interesse na reser-
va de certas mercadorias para mascates brancos. Mesmo assim, contrariando o poder constituído, negras
escravas, como as que circulavam em Recife do século XVIII, eram enviadas por suas senhoras brancas
para mascatear nas ruas e estradas, pois, pelos costumes da época, elas, as senhoras, só podiam circular
nos espaços considerados respeitáveis e adequados à sua posição social e de gênero – ou seja, no interior
das casas. Importantes para a vida nas cidades, essas moças e senhoras negras tinham expressas em
suas vestimentas, ornamentos e posturas – modo de carregar as crianças, cestos e balaios –, uma longa
história de tradições culturais africanas. Um exemplo evidente, na iconografia e nos textos, eram os tecidos
importados da África (as “musselinas listadas”) e no modo de usá-los, amarrados nas cinturas, segurando
as crianças ou acomodando-os sobre os ombros.

ATIVIDADE 5

AS NAVEGAÇÕES NOS SÉCULOS XV E XVI E OS SEUS


ASPECTOS CIENTÍFICOS, COMERCIAIS E CULTURAIS

As descobertas científicas e a Expansão Marítima nos séculos XV e XVI, contribuíram


para que países europeus como Portugal e Espanha superassem a crise do século XIV e se
tornassem grandes potências econômicas. Para muitos historiadores, esse foi o primeiro grande
movimento que pode ser associado à globalização.

ATIVIDADE 5 – As navegações nos séculos Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:


XV e XVI e os seus aspectos científicos, • (EF07H03) Conhecer e analisar os processos de contato, ex-
comerciais e culturais pansão, conflitos e conquistas de diferentes sociedades entre
Eixo: MIGRAÇÕES HUMANAS os séculos VI e XVIII.
• (EF07H06) Conhecer a implantação de modelos ibéricos de
• De que maneiras os deslocamentos humanos atuaram e atu-
am como fator de constituição das sociedades? Como se dá conquista colonial e a implantação da escravização indígena e
a relação da cidade de São Paulo com as 38 outras cidades africana no contexto do capitalismo em formação no Brasil e
que compõem a metrópole paulistana, no que toca as águas, na América Latina.
reservas hídricas, rios, desperdício e provimento? • (EF07H08) Analisar relações entre cultura, religião e poder.

Objeto de Conhecimento:
• EXPANSÃO CAPITALISTA: NAVEGAÇÕES, RENASCIMENTO,
REFORMAS RELIGIOSAS, ESTADO MODERNO E COLONIZA-
ÇÃO NA AMÉRICA.
128 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

126 Conhecer Mais - Estudo Complementar

1. Observe as imagens, leia o texto e depois responda o que se pede no seu caderno.

photos/veleiro-navio-barco-mar-n%C3%A1utico-659758/
pt/photos/pouso-na-lua-apollo-11-nasa-60582/

https://pixabay.com/pt/
https://pixabay.com/

Imagem de um astronauta com roupas Imagem de uma embarcação semelhante às


apropriadas no solo lunar. utilizadas no período das Grandes Navegações.

O legado da Lua: 50 anos depois


“Um pequeno passo para o homem; um salto gigantesco para a humanidade.” Assim
Neil Armstrong anunciou ao mundo o início de sua histórica caminhada lunar, em 20 de
julho de 1969. Meio século depois, as pegadas deixadas por ele e Buzz Aldrin permanecem
visíveis não apenas na superfície da Lua — que não tem vento para apagá-las — como no
“DNA” de inúmeras tecnologias que utilizamos hoje no nosso dia a dia, de aspiradores de
pó e tênis de corrida a telefones celulares e máquinas de ressonância magnética.
No fim das contas, o esforço para conquistar a Lua gerou “uma pequena revolução
industrial”, semelhante à que aconteceu com as grandes navegações dos séculos XVI e XVII,
segundo o astrônomo Augusto Damineli, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências
Atmosféricas da USP. “Foi, certamente, um dos grandes feitos da humanidade”, diz o profes-
sor, de 72 anos, um dos muitos da sua geração que foram inspirados pelo Programa Apollo
a entrar para a ciência e investigar o universo. (...)

http://portal.if.usp.br/imprensa/pt-br/node/1947
https://www.diarioregional.com.br/o-legado-da-lua-50-anos-depois/

O legado da Lua 50 anos depois. Por: Herton Escobar. Fonte: Jornal da USP. Disponível em: <https://jornal.usp.br/ciencias/o-legado-
-da-lua-50-anos-depois/>. Acesso em: 09 ago. 2020.
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 129

HISTÓRIA - 7O ANO 127

A) De acordo com o texto, além das pegadas dos astronautas, ainda visíveis no solo lunar,
quais outros reflexos da viagem à Lua podem apontar? Justifique.

O desenvolvimento de inúmeras tecnologias que utilizamos hoje no nosso dia a dia, de aspiradores
de pó e tênis de corrida a telefones celulares e máquinas de ressonância magnética.

B) Segundo o astrônomo Augusto Damineli, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências


Atmosféricas da USP, o esforço para conquistar a Lua gerou “uma pequena Revolução
Industrial”, semelhante à que aconteceu com as Grandes Navegações dos séculos XVI
e XVII. A partir do que você já estudou e discutiu com os (as) colegas sobre tecnologia,
e relembrando os seus estudos sobre o Renascimento, responda: por quais motivos o
astrônomo pode ter feito essa comparação?

Porque ambos os períodos foram de grandes descobertas tecnológicas e científicas.

C) De que forma a tecnologia pode ter auxiliado as navegações dos séculos XVI e XVII,
que levaram os europeus para a África, América e Ásia?

Criação de novos meios e instrumentos para tornar as navegações intercontinentais mais seguras,
como o astrolábio náutico e o aperfeiçoamento da cartografia náutica, por exemplo.
130 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

128 Conhecer Mais - Estudo Complementar

2. Atualmente os aplicativos para acessar a internet são chamados, em português, de


navegadores.
Essa expressão, no século XVI, tinha outro significado. Em grupo, realize uma pesquisa so-
bre alguns dos navegadores europeus no período das Grandes Navegações, como Américo
Vespúcio, Vasco da Gama, Cristóvão Colombo, Pedro Álvares Cabral e Fernão de Maga-
lhães, e reproduza, no mapa abaixo, as rotas marítimas realizadas por esses navegadores.
Lembre-se de criar as legendas com as informações necessárias.

https://pixabay.com/pt/vectors/mundo-mapacontinente-
pa%C3%ADs-117174/

Legendas:
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 131

ANOTAÇÕES
132 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ANOTAÇÕES
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 133

ANOTAÇÕES
134 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ANOTAÇÕES
Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO Livro do Professor 135

ANOTAÇÕES
136 Livro do Professor Conhecer Mais - Estudo Complementar - 7O ANO

ANOTAÇÕES
REFERÊNCIAS

AGRADECEMOS A TODOS QUE FIZERAM PARTE DA PRODUÇÃO DO CONTEÚDO DESTE CADERNO EM ALGUM
MOMENTO. PARTES DAS ATIVIDADES APRESENTADAS FORAM CRIADAS PARA ESTA OBRA E OUTRAS FORAM
REPRODUZIDAS DOS SEGUINTES DOCUMENTOS.
PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO
Ricardo Nunes
Prefeito São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Trilhas de aprendizagens: Ensino
Fundamental – 4º ano ao 9º ano. – São Paulo: SME / COPED, 2020.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SME
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da Educação básica. Departamento de
Fernando Padula
Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação básica. Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais. EMAI:
Secretário Municipal de Educação
educação matemática nos anos iniciais do ensino fundamental: organização dos trabalhos em sala de aula, material
do professor e do estudante – 4º e 5º ano, s/d.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da Educação básica. Departamento de
Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação básica. Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais. Currículo
em Ação: 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Livro do Aluno. Volumes 1 e 2, s/d.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Projeto Intensivo no Ciclo I: 4º
ano: livro do aluno. São Paulo: SME / DOT, 2011.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa e
Matemática: 1º ano ao 9º ano. 2. ed. rev. e atual. - São Paulo: SME, 2011 e 2014.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Interfaces Curriculares: áreas do conhecimento e avaliação
para aprendizagem: 4º e 5º anos do ciclo I do Ensino Fundamental de 9 anos: caderno do professor.

São Paulo: SME, 2013. SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica.
Recuperação Língua Portuguesa: Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo: unidade II – Palavra
cantada: Desvios dos padrões de escrita: interferência da variedade linguística falada: livro do aluno.

São Paulo: SME / DOT, 2011. SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica.
Recuperação Língua Portuguesa: Reflexão sobre o sistema de escrita: unidade I: livro do aluno. São Paulo: SME / DOT, 2011.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Língua Portuguesa:
Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo: unidade III – Palavra dialogada: livro do aluno. São Paulo:
SME / DOT, 2011.

SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Língua
Portuguesa: Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo: unidade IV – Você sabia? livro do
aluno. São Paulo: SME / DOT, 2011.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Matemática: Números
naturais e operações – módulo I / Secretaria Municipal de Educação. – São Paulo: SME/ DOT, 2011.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Matemática: Números
racionais, operações e resolução de problemas – módulo II / Secretaria Municipal de Educação. – São Paulo: SME/
DOT, 2011.

São Paulo (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Matemática: Números inteiros,
operações e resolução de problemas – módulo III / Secretaria Municipal de Educação. – São Paulo: SME/ DOT, 2011.

São Paulo: SME / DOT, 2011. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Gestão da
Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa: Atividades de Apoio à Aprendizagem 1 – AAA1: linguagem e
cultura: versão do aluno. Brasília: MEC / SEB, 2008.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

FORMAÇÃO

CONHECER
ESTUDO
MA S COMPLEMENTAR

CONHECER
MA S
7 º
ESTUDO COMPLEMENTAR
ANO
CICLO AUTORAL

7º ANO

LIVRO DO PROFESSOR

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