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Fases da 

elaboração do orçamento 
O processamento de elaboração do orçamento e da respectiva proposta da lei envolve sempre,
qualquer que seja o pais, três dimensões : a politica (tomada de decisão ), a economia
(previsões) e a técnico -administrativa (preparação material da proposta de lei). Apesar deste
aspecto comum, o processo varia de pais para pais no que respeita as diversas fases que o
integram e respectiva calendarização.
1 etapa: elabora-se o cenário macroeconômico que corresponde os conjuntos de previsões,
para o ano econômico do orçamento, relativas as taxas de crescimento em volume das cinco
variáveis da procura interna e externa (consumo privado, consumo publico, investimento,
exportações e importancoes) e do produto interno bruto; inclui ainda previsões sobre os
deflatores do deflator deve ser sempre estabelecidade em termos de um intervalo
de variação,namedita em que há todo um conjunto de variáveis relativas ao enquadramento
internacional que influenciam a economia nacional, mas que lhe são exógenas: o crescimento
econômico da economia mundial eda área do euro, o preco internacional do petróleo, as taxas
de juros e de cambio, etc. 
O cenário macroeconômico deve apresentar o maior rigor e realismo na medida em que ele
constitui a base para determinação dos objetivos e metas na medida da politicaorçamental.
Assim são exigíveis três requisitos, denatureza diferente: i) um
modelo macroeconometrico que represente com rigor as relações e comportamentos de
economia; ii) um sistema de informação consistente que o alimente; e iii) o não recurso
a sobrestinacao deliberada no sentido em que o admitir uma previsão acima do esperado para
o crescimento econômico, conduz a uma sobreavaliacao das receitas fiscais e, em
consequência, das reias capacidades de realização de despesas.

2 etapa: procede-se, com base no cenário macroeconômico e nas opções e prioridades


da politica geral do governo, a fixação dos valores relativos ao saldo global das
administrações publicas restangem do  PIB e valor absoluto) e dos seus subsetores, a receita
fiscal e as restantes receitas efectivas e ao valor máximo ( o designado tecto) da despesa
orçamental (subsector da administração central).
No que respeita a receita fiscal, uma primeira previsaoassenta no pressuposto da manutenção
do sistema fiscal em vigor a qual se seguem outras precisões associadas a alterações a
introduzir, como seja a criação de impostos e/ou alterações aos existentes (incidência, taxas,
deduções, benefícios fiscais). o valor previsional  selecionado depende dos encaixe financeiro
e dos objetivos redistributivos e de estabilização.
3 etapas: a participação do valor pré-fixado para o total de despesas, o que significa fixação
de textos específicos. Num primeiro momento recomenda-se a fixação de dotações máximas
para determinadas categorias de despesa que pela sua natureza, ou são transversais a todos os
ministerios ( casos das remunerações),ou não são diretamente imputáveis a nenhum dos
ministérios sectorial ficando a sua realização a cargo do ministéri+o das finanças ( caso dos
juros da dívida pública e a comparticipação nacional para o orçamento comunitário .

4 Etapa: corresponde a um dos momentos de tomada de decisão formal (em Conselho de


Ministros) envolvendo o cenário macroeconómico metas da politica orçamental e tectos
especificos.

5 Etapa: corresponde à preparação dos projectos de orçamentos por ministérios tendo por
referência a respectiva política sectorial. Desejavelmente, os projectos de orçamento por
minisséries deveriam fazer a distinção entre: i) a previsão da despesa exigida pela
continuidade das politicas, e ii)a previsão da despesa necessária à implementação de novas
politica. A implementação de novas politicas. Ora, se a primeira componente for significativa
decorrente dos compromissos assumidos pelo governo em anos anteriores ou, mesmo, por
governos anteriores.

6 etapa: procede-se então a consolidação de todos os projectos de orçamentos, incluindo os


do próprio ministério das finanças, verificando se a respectiva conformidade com os tectos
específicos pre-fixados. No caso de algum ministério exceder o respectivo tecto, sem que
para o efeito tena obtido vivencia previa, da-se inicio a um processo de negociação informal
entre o ministério das finanças e ministério sectorial- tendente a resolução do conflito.

7 etapa: da responsabilidade do ministério das finanças, correspondente a preparação


material da proposta de lei do orçamento 5com as componentes exigidas no quadro jurídico
de cada pais.

O processo conclui-se que na 8 etapa com a apreciação e aprovação de proposta de lei em


conselho de ministros, seguindo-se a respectiva apresentação a AR.
Fiscalização e responsabilidades orçamentais

O controlo orçamental visa assegurar que a sua execução não sofre desvios, cumprindo-se
assim os objectivos e a estratégia definida no orçamento. Pretende-se, em primeiro lugar,
garantir que o Executivo se mantem dentro dos limites impostos pela lei, os quais foram
determinados pela Assembleia da República aquando da aprovação da Lei do orçamento.
Procura-se também através do controlo orçamental evitar o desperdício e a má utilização dos
dinheiros públicos.

A fiscalização orçamental tem em vista normalmente a fiscalização das despesas. As


receitas são em geral mais variáveis e por isso a sua fiscalização é menos rigorosa.

Cabe à Assembleia da República pronunciar-se e decidir sobre o relatório de execução do


Orçamento do Estado. Tratando-se de um órgão político (a Assembleia da República),
estamos na presença de uma fiscalização política. Por sua vez, compete ao Tribunal
Administrativo fiscalizar a legalidade das despesas públicas e apreciar as contas do Estado.
Neste caso temos uma fiscalização jurisdicional, já que o Tribunal Administrativo é um órgão
jurídico.

A fiscalização administrativa da execução orçamental é da responsabilidade não só da


própria entidade responsável pela gestão e execução do orçamento, mas também das
entidades hierarquicamente superiores e de tutela, dos serviços de contabilidade pública e dos
órgãos gerais de inspecção.

Os titulares de cargos políticos, funcionários e agentes do Estado e demais entidades públicas


respondem civil, criminal e disciplinarmente pelos actos ou omissões que pratiquem no
âmbito do exercicio das suas funções de execução orçamental

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