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A atividade financeira decorre segundo regras previamente definidas, desse modo, também
existem regras que definem o procedimento na conformação da estrutura formal e do
conteúdo da proposta de orçamento.
O quadro jurídico fundamental da política orçamental e da gestão financeira portuguesa
está concretizado na lei de enquadramento orçamental (LEO). Essencialmente ele resulta da
CRP e das disposições do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, do Pacto de
estabilidade e crescimento, e no disposto no Tratado sobre a Estabilidade, Coordenação e
Governação da UE.
A LEO, é então o principal diploma que define as fases do processo de preparação e fixa os
prazos para a apresentação da proposta de Orçamento do Estado. A LEO contém também os
procedimentos a adotar nas situações de atraso na discussão e votação. Finalmente, a LEO
define os tipos de controlo da execução orçamental e de responsabilidade financeira.
O processo orçamental corresponde ao conjunto de instrumentos de política financeira cuja
elaboração, apresentação, votação e execução decorre durante um ano.
Nos termos da atual LEO, o processo orçamental decorre em duas fases:
- A primeira inicia-se com a apresentação pelo governo, na AR, até dia 15 de Abril, dos
seguintes documentos:
a) O Programa de Estabilidade – que constitui o documento base onde se especificam
as medidas previstas de política económica e orçamental para os 4 anos seguintes;
b) A Lei das Grandes Opções - que deve conter a justificação das opções de política
económica assumidas e a sua compatibilização com os objetivos de política
orçamental;
- A segunda fase inicia-se com a elaboração e apresentação pelo Governo à AR, até dia
1 de Outubro de cada ano, da proposta de lei do Orçamento do Estado para o ano
económico seguinte (artigo 36º da LEO);