TEMA:
O ORIENTADOR:
Norberto Samuel Sapalo
LUBANGO/2021
DEDICATÓRIA
Justino Freitas Chilete
Primeiramente os meus agradecimentos são direcionados a Deus pela
proteção que me concedeu no decorrer de todo tempo percorrido, pós que sem
a atenção e o acompanhamento de Deus, nada se teria feito, não me posso
esquecer dos meus familiares e amigos, incluindo principalmente a força e
atenção da minha mãeSuzana Malica Chilete, a quem dedico por especial este
trabalhos, e aos meus irmãos (Mariano Tchyambo, Lucas Catombela, Adelino
Maliti Chilete, Domingos Dias Chilete, Lusia Ningati Chilete, Idalina Namutango
Chilete, e Celina Calesso Catombela) pela força, tanto moral e financeira.
Manuel Jamba
Dedico este trabalho aos meus pais Afonso Muhele e Madalena Tchihemba e
aos meus irmãos e todos outros familiares, por serem a minha base de vida
com muito sustento moral, emocional, financeiro , carinho e cumplicidade.
Apoio e disposição para fazer acontecer quanto não me vejo. Quem me
impulsiona, direciona e aconselha com sabedoria.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus pela protecção divinal que nos tem concedido a todo
momento de vida, não podemos deixar de parte os agradecimentos aos
técnicos de saúde pela colaboração e disponibilidade tanto no momento de
estágio como na realização deste projecto de fim do curso.
A direcção da Escola pela atenção e o acompanhamento feito durante os 4
anos de formação.
A todos nossos professores, especificando Norberto Samuel Sapalo, Emília
Paula Talaça Soares, Silvano Culembe, Armando Jango, Sambambe, Daniel
Longuia. pela ajuda , solidariedade ,disponibilidade incondicional ,paciência ,
apoio técnico e moral e incansavelmente em prol do curso profissional .
Expressamos os nossos profundos agradecimentos aos nossos colegas do
instituto técnico privado da IECA, especialmente aos colegas de turma, pela
força e motivação que nos proporcionaram no decorrer todos os anos
passados de formação.
As nossas famílias palavras são insuficiente para poder expressar os
agradecimentos, pela força, amor e a atenção dispensada diariamente.
Louvem ao senhor Deus a minha rocha, ele me prepara para a batalha e me
ensina a combater. Ele é a minha rocha e fortaleza, o meu abrigo e o meu
libertador. Ele me defende com o um escudo, e eu confio na sua protecção.
Salmos 144 v 1 - 2.
RESUMO
A malária é uma doença causada por protozoários do gênero Plamódium
transmitido através da picada de uma fêmea Anophefeles do mosquito
infectado, que geralmente pica durante a noite, o seu diagnóstico adequado
permanece como um dos pilares dos programas de controlo da doença do
mundo. O presente trabalho tem como po tema Diagnostico Laboratorial da
Malária em Crianças de 0 aos 14 anos idade no Hospital Pediátrico Pioneiro
Zeca do Lubango, e foi conduzido pelo seguinte objectivo: Descrever e praticar
a metodologia usada no local de estudo sobre o diagnóstico laboratorial da
malária no laboratório do Hospital Pioneiro Zeca do Lubango no período de 3
meses do ano 2021.
Este trabalho tem como o estudo de caracter descritivo-transversal, com um
paradigma qualitativo-quantitativo, tudo isto auxiliado ao suporte bibliográfico.
1.2-Justificativa
2.1- Conceito
da Malária
De acordo Amaralm, 2014, a Malária é ma doença causada por protozoário do
género Plasmódio spp e transmitida por mosquitos de género Anopheles, é
mais frequentes nas áreas rurais do que em áreas urbanas o maior foco de
transmissão é a Africa Sub-Sahariana onde ocorrem 90% dos casos no mundo.
Nas regiões hiperendemicas de paludismo.
2.2- Historial da Malária
No século XVII a doença recebeu o nome italiano de mal aire, que significa mal
ar, já que a época acreditava-se que era causad pelas emanações e miasmas
provenientes do pântanos. Do francês se origina o nome paludismo ou
impaludismo, com igual significado. Outras denominações mais populares,
são.. Maleita, sessão, febre palustre, carneirada, batedeira, tremedeira,
paludismo, impaludismo.
No século V a.C, na Grécia, Hipócrates foi o primeiro médico a descartar a
superstição e relecionar a doença as estações do ano ou aos locais
frequentados pelos doentes, também foi primeiro a descrever detalhadamente
o quadro clínico da malária e algumas de suas complicações.
Em 1880, o médico do exército francês Charles Alphonse Leveran, médico
Frances, trabalhando na Argélia, foi o primeiro a observar e descrever
parasitas da malária no interior das hemácias humanas, e também foi o
primeiro a descrever detalhadamente o quadro clínico da malária e algumas de
suas complicações. Em 1889, descobriu-se que a transmisão da malária
humana ocorria pela picado de mosquitos de género Anopheles, Araújo, 2018.
Durante a primeira metade do século XX os esforços foram concentrados no
controle da doença, em 1942, Paul Muller obteve o composto dicloro-
difeniltricloroetano D.D.T. que apresentava grande actividade de insecticida e
baixo custo, mas devido a redução das actividades de controlo, crises
económicas, aumento dos custos das insecticidas, surgimento de resitencia
dos mosquitos aos insectcidas e dos parasitas aos antimaláricos a situação se
teriorou na década de 1980 e ocorreu o aumento progressivo no número de
casos da malária dos países, e isto levou a revisão de estratégia global de
erradicação e á decisão de adoptar actividades controlo, visando reduzir os
níveis de transmissão, contando com participação da comunidade, para
alcançar êxito nas actividades que dela dependessem.
Desta forma, aliando-se medidas de controlo de vetor, acesso ao diagnóstico
laboratorial e tratamento eficaz e imediato, tornou-se possível ao menos obter
redução significativa da morbilidade e da mortalidade por malária, Araujo, 2018.
2.3 Situação da malária em Angola
A malária é a principal causa da mortalidade em Angola afectando todas as
faixas etárias, das cinco espécies de plasmódio responsáveis pela malária
humana, encontram-se representadas no País apenas quatro_ Plasmodium
Falciparum Vivax, Plasmodium malarie, Plasmodium Ovale. “MINSA, 2017”
Sinais e sintomas
O período de incubação geralmente é
12 a 17 dias para o P. vivax
9 a 14 dias para o P. falciparum
16 a 18 dias ou mais para o P. ovale
Cerca de 1 mês (18 a 40 dias) ou mais (anos) para o P. malariae.
Porém, algumas cepas de P. vivax, em climas temperados, podem não
causar doença clínica por um período > 1 ano após a infecção.
Manifestações comuns a todas as formas de malária incluem
Febre e calafrios — o paroxismo malárico
Anemia
Icterícia
Esplenomegalia
Hepatomegalia
Diagnóstico
TABELA
Aspectos diagnósticos de espécies de Plasmodium em esfregaços de sangue
Gravidade da malária
Define-se malária grave pela presença de uma ou mais das seguintes
características clínicas e laboratoriais: A malária grave tende a resultar de P.
falciparum.
Critérios clínicos para malária grave:
Sangramento
Icterícia
Convulsões (recorrentes)
Choque
Hemoglobinúria
Acidose metabólica
Insuficiência renal
Tratamento
Fármacos antimaláricos
Plasmodium spp infectante
Padrões conhecidos de resistência das cepas na região de
aquisição
Dicas e conselhos
No caso de uma doença febril durante uma viagem, em uma região endêmica,
é essencial que uma avaliação médica seja feita prontamente. Quando a
avaliação imediata não é possível (p. ex., porque a região é muito remota),
automedicação com artemeter/lumefantrina ou atovaquona/proguanil pode ser
considerada aguardando a avaliação médica. Se os viajantes tiverem febre
depois de voltar de uma região endêmica e nenhum outro diagnóstico for
feito, os médicos devem considerar a administração do tratamento empírico
contra a malária sem complicações mesmo quando as lâminas e/ou o teste
diagnóstico rápido para malária forem negativos.
TABELA
Tratamento da malária nos Estados Unidos
TABELA
Reações adversas e contraindicações a fármacos antimaláricos
CALCULADORA CLÍNICA:
Correção do intervalo QT (ECG)
Prevenção
TABELA
Prevenção de malária
Malária durante a gestação é uma ameaça grave à mãe e ao feto. Cloroquina
pode ser usada durante a gestação nas áreas onde Plasmodium spp são
suscetíveis, mas não há nenhum outro esquema profilático seguro e eficaz,
assim as gestantes devem evitar viajar para áreas resistentes à cloroquina
sempre que possível. A segurança da mefloquina durante a gestação não foi
documentada, mas experiência limitada sugere sua utilização quando se julga
que os benefícios excedam os riscos. Doxiciclina, atovaquona/proguanil,
primaquina e tafenoquina não devem ser usadas durante a gestação.
As artemisinas têm meia-vida curta e não devem ser usadas para profilaxia.
A maioria dos repelentes pode ser usada em bebés e crianças < 2 meses. A
Environmental Protection Agency não recomenda precauções adicionais para
a utilização de repelentes registrados para crianças ou gestantes ou nutrizes.
PERIODO DE INCUBAÇAO
Apresentação
Período de transmissibilidade
Tratamento
Toda pessoa residente em (ou que tenha se deslocado para) área onde haja
possibilidade de transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anterior à
data dos primeiros sintomas, e que apresente febre, acompanhada ou não dos
seguintes sintomas: cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço, mialgia; ou toda
pessoa submetida ao exame para malária durante investigação epidemiológica.
Podem surgir casos com início dos sintomas em período superior a 30 dias
após contato com áreas de transmissão de malária, assim como casos de
malária decorrentes de transmissão não vetorial.
Confirmado
Critério clínico-laboratorial
Descartado
2.1 HISTÓRICO
Muitas são as tentativas de se estabelecer a origem da malária no mundo,
muito embora os estudos acabem fragmentados e escassos para determinar a
real origem da doença. Porém, admite-se que a malária tenha se originado na
África tropical onde o parasito se adaptou bem aos hospedeiros.
A malária humana existe desde a mais remota antigüidade. A prova disso
está evidenciada em estudos arqueológicos que demonstram a doença por
meio de relatos sobre a ocorrência de febre e esplenomegalia, além de
inscrições em templos egípcios descrevendo casos de febre intermitente.
Hipócrates, em seus estudos, descreve quadros febris característicos de
malária, além de relatos de esplenomegalia.
Em relação à descoberta do agente infeccioso da malária, coube a
Laveran (1880) a identificação de corpos claros nos eritrócitos, a observação
da formação de gametas machos e fêmeas e, posteriormente, evidenciar o
fenômeno da exoflagelação.
A transmissão da malária por mosquitos só foi comprovada em 1898, por
Ronaldo Ross, estudando a malária em aves. Antes, porém, outros
pesquisadores já admitiam a transmissão da malária por insetos hematófagos
provavelmente mosquitos.
2.2 DESCRIÇÃO DA DOENÇA
A malária é também conhecida como impaludismo, febre intermitente,
febre terçã, febre quartã, maleita e outros. É uma doença infecciosa, produzida
por protozoários do gênero Plasmodium, e se caracteriza por acessos
intermitentes de febre, calafrios, cefaléia e sudorese. Continua sendo uma das
mais importantes doenças parasitárias e acomete anualmente milhões de
pessoas, especialmente no continente africano.
2.3 AGENTE ETIOLÓGICO
Os parasitos da malária são da família Plasmodidae, gênero Plasmodium.
Os plasmódios se caracterizam por apresentarem dois tipos de multiplicação:
uma assexuada denominada esquizogonia, que ocorre no hospedeiro
vertebrado (aves, répteis e mamíferos), e outra sexuada chamada de
esporogonia, que se passa no hospedeiro invertebrado (mosquitos do gênero
Anopheles).
São quatro as espécies conhecidas de plasmódios que infectam o
homem.
• Plasmodium malariae (LAVERAN 1881, GRASSI e FALETTI 1890),
agente da febre quartã, muito encontrada no continente africano;
• Plasmodium vivax (GRASSI e FALETTI 1890), responsável pela terçã
benigna;
• Plasmodium falciparum (WELCH, 1897), responsável pela terçã
maligna; e
• Plasmodium ovale (STEPHENS, 1922), causador de uma forma de
terçã benigna, não-encontrado no Brasil. Existe principalmente no
continente africano.
2.4 RESERVATÓRIO
O ser humano, com micro e macro gametócitos se constitui na principal
fonte de infecção de importância epidemiológica.
2.5 VETORES
No Brasil, são conhecidos também por carapanã, muriçoca, mosquito-
prego, suvela e pernilongo. A denominação de mosquito-prego diz respeito à
forma como ele pousa na parede (Figura 2).
2.6 MODO DE TRANSMISSÃO
A transmissão baseia-se na existência de uma fonte de infecção
constituída de anofelinos infectados e de hospedeiros suscetíveis ao meio
ambiente dos transmissores.
A malária é transmitida à pessoa sadia por meio da picada da fêmea
infectada do anofelino; outros mecanismos raros de transmissão são:
transfusão sangüínea, uso de seringas contaminadas, acidentes de laboratório
e por ocasião de parto (Figura 4).
2.7 PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Existe uma variação quanto ao período de incubação das diferentes
espécies de plasmódios humanos (Figura 5).
Período de Incubação (média por espécie).
Nos casos de infecção por transfusão sangüínea, o período de incubação
geralmente é breve, variando de acordo com o número de parasitos
encontrados no sangue transfusionado.
2.8 PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
O ser humano é considerado como fonte de infecção para o mosquito
enquanto houver gametócitos infectantes circulando no sangue em número
suficiente, para que o mosquito, ao sugá-lo, possa ingerir gametócitos de
ambos os sexos.
As pessoas não-tratadas ou tratadas de forma inadequada podem ser
fonte de infecção para o mosquito por um período que varia de um a três anos,
conforme a espécie. O mosquito, por sua vez, permanece infectante enquanto
ele viver. A transmissão por transfusão sangüínea pode ocorrer enquanto
permanecer no sangue circulante, formas assexuadas do parasito. O sangue
armazenado pode continuar infectante por cerca de 16 dias.
2.9 SUSCETIBILIDADE E RESISTÊNCIA
De um modo geral, todas as pessoas, independente de sexo, cor, raça,
faixa etária, são suscetíveis à infecção malárica. Os adultos em áreas de alta
endemicidade, em que a exposição aos anofelinos infectantes é contínua por
muitos anos, desenvolvem uma certa tolerância ou resistência à infecção.
2.10 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
No Brasil, a distribuição geográfica da malária é extensa. A área
endêmica original, delimitada nos anos 50 por meio de estudos entomológicos
e detecção de casos, abrangia cerca de 6,9 milhões de km2 do território
brasileiro. Na Amazônia onde, ao final de 2004, viviam cerca de 22 milhões de
habitantes, verifica-se uma concentração crescente de casos de malária nos
últimos anos, passando de 94,9% (1980) para 99,7% dos casos em 2004,
sendo que dos estados amazônicos, neste último ano, o Amazonas é o que
concentra o maior número absoluto de casos de malária.
Embora o País apresente uma extensa superfície de seu território onde
há risco de transmissão de malária, este não é o mesmo em todas as áreas
geográficas, originando níveis endêmicos diferentes na dependência da
variedade e intensidade de associação dos fatores de risco.
A Amazônia possui características geográficas e ecológicas altamente
favoráveis à interação do parasito (plasmódio) e do mosquito vetor (anofelino),
com os fatores socioeconômicos, políticos e culturais, determinando um nível
de endemicidade, classificados como áreas de baixo, médio e alto risco
malarígeno.
Já na área não-endêmica, as condições não são muito favoráveis à
interação dos fatores que determinam a malária. A baixa receptividade e
vulnerabilidade, que são condições criadas pela presença do anofelino vetor,
pela presença de indivíduos portadores de parasitos e a existência de outros
fatores que favorecem a transmissão da doença, são desfavoráveis ao
reestabelecimento da transmissão, o que impõe a manutenção permanente de
um sistema de vigilância para a malária, objetivando detectar precocemente a
introdução de casos novos da doença.
Considerando a capacidade de combinação entre os diversos fatores que
participam do processo de transmissão, pode-se identificar quatro estratos de
risco com níveis endêmicos diferenciados: alto, médio, baixo e áreas sem
transmissão de malária.
2.11 FATORES DE RISCO E ESTRATOS EPIDEMIOLÓGICOS
Fator de risco para a malária é qualquer variável ou conjunto de variáveis
que tenham relação direta com a incidência da malária, ou seja, qualquer
condição que aumente a probabilidade de surgimento, agravamento e morte
pela doença num determinado momento. Os fatores de risco podem ser
classificados, entre outros, como:
• Biológicos – relacionados à população suscetível, agente etiológico
e presença do vetor;
• Ambientais – modificações do meio ambiente, temperatura, umidade
e presença de criadouros;
• Econômicos – relacionados à baixa renda, ao desemprego e às
condições de trabalho, moradia e migrações;
• Socioculturais – relacionados ao nível educacional, hábitos e
costumes culturais e religiosos;
• Infra-estrutura de Serviços de Saúde – relacionados à insuficiência
de serviços de saúde.
Considera-se que o conhecimento dos fatores de risco determinantes de
uma doença é condição fundamental para a classificação dos estratos, levando
em consideração as características epidemiológicas destes, de modo a
favorecer o desenvolvimento de ações de controle adequadas a cada situação.
Assim, em relação ao risco de vir a adoecer ou morrer de malária, o
território brasileiro está dividido em quatro situações distintas:
Áreas de alto risco malarígeno (Incidência Parasitária Anual – IPA > 49,9
casos/1.000 habitantes)
São áreas de transmissão intensa favorecida pelo tipo de ocupação das
pessoas (extrativismo) ou situações como assentamento ou invasões onde a
população está muito exposta ao risco, em virtude de:
• populações migrantes com escassa imunidade;
• altas densidades de anofelinos;
• moradias precárias que não oferecem proteção;
• alta incidência com óbitos devido ao difícil acesso aos serviços de
saúde;
• carência de serviços de saúde e infra-estrutura social;
• insuficiente participação da comunidade nas medidas de prevenção
da doença;
• dificuldades operacionais para o desenvolvimento pleno de medidas
de controle.
Áreas de médio risco malarígeno (IPA de 10 a 49,9 casos/1.000 habitantes)
Este estrato é caracterizado por ocupações humanas mais estáveis, com
populações e migrações mais localizadas, com habitações em melhores
condições, menores densidades de anofelinos, áreas de transmissão bem
delimitadas, melhores condições para o desenvolvimento de medidas de
controle, melhor infra-estrutura dos serviços de saúde e maiores facilidades de
comunicação.
Áreas de baixo risco malarígeno (IPA de 0,1 a 9,9 casos/1.000 habitantes)
Correspondem às áreas de ocupação estáveis, com baixa transmissão da
malária, porém, continuam sendo receptivas e vulneráveis, considerando o
potencial malarígeno, o que eventualmente pode dar origem a focos restritos.
Nessa situação, é importante a manutenção de uma vigilância epidemiológica
eficiente pelos serviços de saúde existentes.
Áreas não-endêmicas (IPA = zero)
O quarto estrato é caracterizado por áreas onde a transmissão de malária
foi interrompida.
SOBRE OS DIREITOS AUTORAIS DO DOCUMENTO
Consta no documento:
“Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total
desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer
fim comercial.”
O objetivo do site MedicinaNet e seus editores é divulgar este importante
documento. Esta reprodução permanecerá aberta para não assinantes
indefinidamente.
DESCRIÇÃO
CAUSAS E SINTOMAS
"A presença do parasita no organismo produz febre alta, calafrios, sensação de
mal-estar, dor de cabeça, dores musculares, cansaço e falta de apetite,
assemelhando-se, no início, a uma gripe. Esse quadro pode durar de seis dias
a semanas. Depois disso, a pessoa passa a ter crises a cada dois ou três dias,
que coincidem com a destruição dos glóbulos vermelhos e com a invasão de
toxinas na circulação. A temperatura corporal sobre para perto de 39-40 graus,
geralmente no fim da tarde, o que é acompanhado de palidez e de tremores
que podem durar de 15 a 60 minutos e são seguidos de horas de febre e queda
repentina da temperatura, com suores intensos. Após a crise, contudo, o
indivíduo se sente bem, evidentemente até o próximo episódio.
EXAMES E DIAGNÓSTICOS
"As manifestações clínicas não são suficientes para estabelecer o diagnóstico
de pronto, apesar da forte suspeita que inspiram, mesmo que o indivíduo viva
em áreas endêmicas ou tenha história recente de viagem para essas regiões,
uma vez que esses também são locais de risco para a dengue e para a febre
amarela, que cursam com sintomas parecidos no início da infecção. Por isso,
há necessidade da realização de exames específicos para a detecção e a
identificação do Plasmodium.
TRATAMENTOS E PREVENÇÕES
"O tratamento da malária é feito com antimaláricos, ou seja, medicamentos aos
quais as diferentes espécies de Plasmodium são suscetíveis. Atualmente,
usam-se substâncias como a mefloquina, a artemisina, a quinina e a
cloroquina. Cada tipo de parasita, porém, exige um medicamento diferente ou
associações desses fármacos, que podem ser usados por via oral, em casa.
BIOSSEGURANÇA
A malária é uma doença causada por protozoário que é transmitida
principalmente pela picada da fêmea de algumas espécies de mosquitos do
gênero Anopheles, os quais são chamados popularmente de mosquito-prego,
carapanã, bicuda, entre outros. Como sintomas da doença, podemos
citar febre alta, calafrios e sudorese, sintomas esses que aparecem geralmente
em padrões cíclicos. A doença, se não tratada adequadamente, pode levar a
pessoa à morte, sendo considerada um grave problema de saúde pública.
Entretanto, é importante lembrar que o tratamento é eficaz, seguro e
é oferecido gratuitamente pelo SUS.
A figura acima mostra resumidamente o ciclo de vida do Plasmodium.
É importante salientar que, no interior das hemácias, podem desenvolver-se
formas sexuadas, denominadas de gametócitos, que são ingeridas pelo
mosquito quando este pica um doente e são fundamentais para a continuação
do ciclo.
Diagnóstico diferencial
Hepatite viral A, B ou C
Febre tifóide
Febre de dengue
Gripe
Febres virais
Infecção pelo HIV
Infecções do cérebro da meningite ou da encefalite
As funções de fígado e de rim são avaliadas para ordenar para fora
dano do órgão.
Fontes
http://www.nhs.uk/Conditions/Malaria/Pages/Introduction.aspx
http://www.bbc.co.uk/health/physical_health/conditions/malaria1.shtml
http://www.cdc.gov/malaria/diagnosis_treatment/diagnosis.html
http://www.niaid.nih.gov/topics/malaria/documents/malaria.pdf
http://www.vaccinations.com.au/PDF/deseases/malaria.pdf
LEITURA SUGERIDA
CONTINUAÇAO
Corante de Giemsa
Usos
Ela é específica para os grupos fosfato de DNA e se adere a regiões do DNA
em que haja grandes quantidades de ligações timina-adenina. O corante
Giemsa é usado no bandeamento de Giemsa, comumente chamado de
bandeamento G para tingir cromossomos e, muitas vezes usada para criar
um cariograma (mapa cromossomo). Ela pode identificar aberrações
cromossómicas tais como translocações e rearranjos.
Ele colore o trofozoíto Trichomonas vaginalis, que se apresenta com descarga
esverdeada e células móveis em um preparação molhada. [3][4]
A coloração Giemsa é também uma coloração diferencial, tal como quando é
combinada com a coloração de Wright para formar a coloração de Wright-
Giemsa. Ela pode ser usada para estudar a adesão de bactérias patogénicas
às células humanas. Ela marca diferencialmente células humanas, roxas e de
bactérias rosa. Ela pode ser utilizada para o diagnóstico histopatológico
da malária[5] e alguns outros espiroquetas e protozoários parasitas do sangue.
É também utilizada na coloração células Wolbachia em Drosophila
melanogaster e Aedes albopictus.[6][7][8][9][10][11]
O corante de Giemsa é um corante de esfregaço de sangue clássico para
esfregaços de sangue periféricos e amostras de medula óssea. Os eritrócitos
são marcados em rosa, as plaquetas mostram um rosa pálido claro, os
linfócitos do citoplasma marcam azul celeste, monócitos do citoplasma azul
pálido, e as cromatinas nucleares dos leucócitos magenta. Ele também é usado
para visualizar o clássico "pino de segurança" na forma Yersinia pestis.[12]
O corante de Giemsa também é usado para visualizar cromossomos.
O corante de Giemsa o histoplasma do fungo, bactéria clamídia, e pode ser
usado para identificar mastócitos.[13]
Produção
A solução de Giemsa é uma mistura de azul de metileno, eosina, e azure B. O
corante é geralmente preparado a partir de pó de corante de Giemsa disponível
comercialmente.
Formulação da mistura corante
Azul de metileno 63,6% em peso, azure B 28,6%, azure A 4,4%, azure
C 1,4%, tionina 1,9%. O corante citado “azure I” na publicação original não era
um corante “puro”, mas sim uma mistura de tionina e todos os seus derivados 3
e 7-N-metilados. R. D. Lillie inferiu que provavelmente foi preparado por um
processo de oxidação ácida.[16]
Técnica de uso
Uma película fina do espécime numa lâmina de microscópio é fixada
em metanol puro durante 30 segundos, mergulhando-a ou colocando algumas
gotas de metanol na lâmica. A lâmina é imersa numa solução de corante de
Giemsa preparada fresca a 5% durante 20-30 minutos (5-10 minutos em
situações de emergência em solução a 10%, podem ser utilizados), em
seguida, enxaguada com água da torneira e deixada secar. [17]
Observações técnicas
Geralmente a coloração é realizada à temperatura ambiente durante a noite,
contudo, o aumento da temperatura da coloração reduz o tempo de coloração.
As seções coradas a 37°C durante várias horas (tempo de coloração avaliado
por exame microscópico) produzem melhores resultados do que seções
coradas a 60°C durante um período mais curto. Quanto maior a temperatura de
coloração, maior a intensidade da coloração azul, mas sem a coloração
vermelha sendo aumentada equivalente.
A diferenciação com ácido acético variará de acordo com o tempo de coloração
e a temperatura, mas é geralmente conseguida em 30 segundos. O agente de
diferenciação remove apenas o componente corante azul, aumentando assim a
intensidade aparente do componente vermelho.
Uma técnica completa de coloração recomendada é composta das seguintes
etapas: