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AUTARQUIA EDUCACIONAL DE SERRA TALHADA- AESET

FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE SERRA TALHADA -FAFOPST


CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

SAÚDE PÚBLICA: EDUCAÇÃO SANITÁRIA


COMO FERRAMENTA DE CONTROLE E
PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE
DISCENTE: SARA MIKAELE DA SILVA LIMA

SERRA TALHADA- PE
2022
1 JUSTIFICATIVA

▪ As Leishmanioses são consideradas doenças zoonóticas, que dizem respeito a


enfermidades que são transmitidas para animais vertebrados, inclusive aos seres
humanos, através da transmissão vetorial. Equivalem a um grande problema de saúde
pública nas Américas, Europa, Ásia, África e Oriente Médio (COSTA, 2005;
MONTEIRO et al., 2005).
▪ No Brasil é considerada endêmica, uma vez que as áreas rurais são as mais atingidas.
Contudo, com a invasão das cidades ao habitat do vetor, a leishmaniose acabou também
adotando um caráter urbano, expandindo-se então para áreas urbanas tanto de médio
como grande porte (CAVALCANTE & VALEL, 2014). Os estados da região Nordeste do
país são os que sofrem maiores impactos de endemias na saúde dos indivíduos
vulnerabilidades, evidenciados pela imensa desigualdade social (MARTINS-MELO et
al., 2016).
1 JUSTIFICATIVA

▪ Considerando a importância da problemática associada à ocorrência de leishmanioses no


Nordeste, e sobretudo para o estado de Pernambuco, nos municípios que são
representados pelas X e XI Gerências Regionais de Saúde (GERES) no estado
supracitado, o presente trabalho tem como objetivo descrever os aspectos
epidemiológicos dos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana e Visceral para que
seja possível reconhecer a dinâmica das referidas doenças com o intuito de os dados
servirem de base para auxiliar nas medidas profiláticas e sociais adequadas.
2 PROBLEMA DE PESQUISA

▪ As Leishmanioses vêm se tornando cada dia mais importantes no que diz respeito à saúde
pública. A partir dessa premissa, é importância
▪ levar um tema da área da Parasitologia para os alunos no ensino fundamental II?
3 HIPÓTESE

▪ Os alunos não possuem um breve acesso ao conhecimento de doenças no


geral e ainda menos em doenças que são causadas por parasitas, uma vez
que a escola não tem estrutura suficiente para oferecer tais conhecimentos e
muitas vezes deixa de lado algo tão relevante, que é o acesso a informação
correta para assim prevenir as Leishmanioses.
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Propor aos estudantes dos 7º e 8º anos do Ensino Fundamental da Escola
Municipal Nossa Senhora da Penha, do município de Serra Talhada- PE,
atividades nas quais se utilizem da informação correta a respeito das
Leishmanioses para o aprimoramento do conhecimento e disseminação no dia a
dia dos educandos.
4 OBJETIVOS
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
▪ - Despertar a curiosidade sobre a Leishmaniose Tegumentar Americana e a Leishmaniose
Visceral com o conhecimento de características gerais e sua importância médica e
veterinária;
▪ - Proporcionar uma aprendizagem dinâmica com a utilização de material didático;
▪ - Discutir e refletir sobre a Leishmaniose Tegumentar Americana e a Leishmaniose Visceral;
▪ - Identificar como a doença se manifesta nos humanos e nos animais;
▪ - Produzir material de divulgação das informações alicerçados na fundamentação teórica
deste projeto, como por exemplo a produção de cartazes;
▪ - Fomentar o acesso a informação dos alunos, incentivando-os a ter sede de conhecimentos
como este, que é tão relevante, um problema de saúde pública.
5 METODOLOGIA

▪ A metodologia do desenvolvimento deste projeto dar-se-á por meio de


etapas, visando alcançar objetivos distintos em cada uma delas. A
princípio, será realizada a introdução de alguns conceitos da
Parasitologia, de saúde pública, termos que precisam ser entendidos,
visando que os educandos tenham uma base sólida para os posteriores
tópicos abordados durante a realização do projeto.
5 METODOLOGIA

▪ Como são várias as avarias causadas pela LTA e a LV, será feita uma discussão e uma
posterior reflexão sobre essas avarias nos animais e nos humanos, onde será identificada
como a doença se manifesta nos humanos e nos animais.
▪ De forma interdisciplinar, será trabalhado um diálogo para acompanhar como os
educandos estão reagindo com o projeto, de forma lúdica e criativa, propondo
momentos de rodas de conversa, além de um maior aprofundamento nas informações,
visto que saúde pública é basal para o bem estar da comunidade como todo.
▪ Por fim, ao término das atividades citadas, será proposto um passeio por a escola para
que Posteriormente, será organizada exposição de todo o material elaborado pelos
alunos, de forma que os alunos participem do início ao fim, e possam mostrar o trabalho
realizado a toda comunidade escolar, estimulando a importância do conhecimento, mais
especificamente sobre a saúde pública.
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

▪ Consideradas como um grande problema de saúde pública, as Leishmanioses são


um complexo de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania spp., que
no tubo digestivo do inseto vetor são observados nas formas flagelada ou
promastigota e nos hospedeiros vertebrados, se apresentam na forma amastigota ou
aflagelada (MARCONDES & ROSSI, 2013). Por serem protozoários, as
leishmanias são seres que vivem em constante subordinação metabólica de seus
hospedeiros, promovendo-lhes consequentes avarias (FERREIRA, 2012).
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

▪ Os parasitos do gênero Leishmania se apresentam como um dos mais primitivos e


especializados do reino animal (AGUIAR, 2016). Em homenagem ao médico
escocês William Boog Leishman (1865- 1926) é que foi dado o nome do gênero
(FERREIRA, 2021).
▪ Apesar de ser o agente necessário, a Leishmania sp. não é capaz de fazer sozinha
com que a infecção intercorra. Os mamíferos são considerados como reservatórios
para a Leishmania, uma vez que são várias ordens incluídas nesse grupo. Além de
que são considerados como ciclo primário da transmissão. Animais domesticados
também são considerados como responsáveis por tal transmissão (AFONSO, 2013;
NEVES, 2016).
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

▪ Os parasitos do gênero Leishmania se apresentam como um dos mais primitivos e


especializados do reino animal (AGUIAR, 2016). Em homenagem ao médico
escocês William Boog Leishman (1865- 1926) é que foi dado o nome do gênero
(FERREIRA, 2021).
▪ Apesar de ser o agente necessário, a Leishmania sp. não é capaz de fazer sozinha
com que a infecção intercorra. Os mamíferos são considerados como reservatórios
para a Leishmania, uma vez que são várias ordens incluídas nesse grupo. Além de
que são considerados como ciclo primário da transmissão. Animais domesticados
também são considerados como responsáveis por tal transmissão (AFONSO, 2013;
NEVES, 2016).
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

▪ Inicia-se o ciclo biológico quando o flebotomíneo, inseto vetor do parasito


Leishmania, está hábil a se alimentar, especificamente as fêmeas, que são
hematófagas. Por possuírem mandíbulas rudimentares, os machos são inabilitados
para se alimentar de sangue. No decorrer do repasto sanguíneo, a fêmea pode
acidentalmente ingerir o protozoário e transmiti-lo, consequentemente ao hospedeiro
(BARRAL; COSTA, 2011; NIEVES; PIMENTA, 2000).
▪ Durante a hematofagia os hospedeiros são infectados, isso porque a saliva do inseto
é rica em anticoagulantes, bem como antiflamatórios e antiagregador plaquetário,
que juntos facilitam o processo. Além disso, há um vigoroso vasodilatador que faz
com que haja um aumento significativo no fluxo sanguíneo, e um consequente
agregado de linfa que facilita o processo de repasto sanguíneo (BRASIL, 2017;
JERICÓ, 2015; NEVES, 2016).
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

▪ Atualmente são conhecidas no Brasil oito espécies de Leishmania, dessas sete


espécies são responsáveis pela Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), da qual
uma dessa é integrada do subgênero Leishmania, a Leishmania (L.) amazonenses, e
as outras seis do subgênero Viannia que são Leishmania (Viannia) braziliensis,
Leishmania (V.) guyanensis, Leishmania (V.) lainsoni, Leishmania (V.) naiffi,
Leishmania (V.) lindenberg e Leishmania (V.) shawi, entre essas as principais são
Leishmania (L.) amazonensis, Leishmania (V.) guyanensis e Leishmania (V.)
braziliensis.
▪ A espécie Leishmania (Leishmania) chagasi é a que tem destaque por ocasionar a
forma mais grave da doença, que é a Leishmaniose Visceral (BRASIL, 2014);
(LAINSON, 2010).
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

▪ As leishmanioses são transmitidas através dos dípteros da família Psychodidae e


subfamília Phlebotominae, pertencentes a dois gêneros, o Lutzomya, presente no
Continente Americano, e o Phlebotomus, presente no Velho Mundo (AFONSO,
2013). Esses insetos são popularmente conhecidos como flebotomíneos, mas
recebem também outras designações, como “mosquito palha”, “cangalhinha”,
“flebótomo”, “asa branca”, “maruinho”, “tutuquira”, “birigui”, entre outros, e
apesar de serem amplamente distribuídos por todo o mundo, há uma maior
pluralidade de espécies em regiões tropicais (AFONSO, 2013; LINDHOLZ, 2015;
BRASIL, 2017).
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

▪ De acordo com a World Health Organization (2015) canídeos e roedores são


apontados como principais reservatórios para as leishmanioses, uma vez que não
apenas esses como também várias outras espécies estão relacionadas a esse tipo de
infecção, tais como marsupiais, procionídeos, ungulados e primatas.
▪ Novas pesquisas sugerem que roedores silvestres bem como roedores sinantrópicos
estão relacionados à transmissão da leishmania para com cães, gatos e outros
animais domésticos, bem como a humanos através do inseto vetor, o flebótomo. Os
roedores sinantrópicos são, sobretudo, considerados como os causadores do
aumento da irradiação do peridomicílio (SOARES et al., 2017).
7 REFERÊNCIAS
▪ AMARO, R.R.; COSTA, W.A. Transformações socioespaciais no estado do Rio de Janeiro enquanto determinante social da saúde: no contexto das leishmanioses.
Hygea: Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 13, n. 26, p. 198-210, 2017.

▪ ANDRADE, A.J., SHIMABUKURO, P.H.F.; GALATI, E.A.B. On the taxonomic status of Phlebotomus breviductus Barretto, 1950 (Diptera: Psychodidae:
Phlebotominae). Zootaxa, v. 3734, n.4, p. 477- 484, 2013.

▪ ANDRADE, T.A.S. et al. Perfil epidemiológico dos casos notificados de leishmaniose tegumentar americana no município de Igarassu (PE) no período de 2008 a 2010.
Scire Salutis, Aquidabã, v.2, n. 2, p. 5‐15, 2012.

▪ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância da leishmaniose
tegumentar. Brasília: Ministério da Saúde, 189 p. 2017.

▪ CEARÁ. Governo do Estado do Ceará. Secretária do Planejamento e Gestão. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Perfil das regiões de
planejamento – Serra de Ibiapaba, 2016. Ceará: 2016.

▪ COMANDOLLI-WYREPKOWSKI, Claudia Dantas et al. Topical treatment of experimental cutaneous leishmaniasis in golden hamster (Mesocricetus auratus) with
formulations containing pentamidine. Acta Amaz., Manaus, v. 47, n. 1, p. 39-46, 2017.

▪ CONITEC. Miltefosina para o tratamento da Leishmaniose Tegumentar. Brasília/DF: Ministério da Saúde, 2018.

▪ LINDHOLZ, C.G. Identificação e caracterização das espécies de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae), infectadas por Leishmania spp., na localidade Praia das
Pombas, Viamão, Rio Grande do Sul, Brasil. Tese de Pós-Graduação – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.

▪ LYRA, M.R. et al. First report of cutaneous leishmaniasis caused by Leishmania (Leishmania) infantum chagasi in an urban area of Rio de Janeiro, Brazil. Revista do
Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 57, n. 5, p. 451-454, 2015.
OBRIGADA!!!

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