Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA


TETE

1º Trabalho do Campo
Epidemiologia e Estatística Médica

Estudante: José Quembo Arcanjo


Código:708190709

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Parasitologia/ Fitopatologia
Ano de Frequência : 4º ano

Docente: Daniel Cuinhane

Tete/ Maio / 2022


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização (Indicação
2.0
clara do problema)
Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico (expressão
3.0
escrita cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica nacional e
internacional relevante na área 2.0
de estudo
 Exploração dos dados 2.5
Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0
 Paginação, tipo e tamanho de
Aspectos
Formatação letra, paragrafo, espaçamento 1.0
gerais
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

Folha para recomendações de melhoria:

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

ii
Índice
1.Introdução.............................................................................................................................................1
1.1.Objectivos:.........................................................................................................................................2
1.1.1.Objectivo Geral:.............................................................................................................................2
1.1.2.Objectivos Específicos:..................................................................................................................2
1.2.Metodologia.......................................................................................................................................2
1.3.Técnicas de trabalho..........................................................................................................................3
2.EPIDEMOLOGIA E ESTATÍSTICA MÉDICA..................................................................................3
2.1.Factores ambientais que causam doenças nas plantas........................................................................3
2.2.Triângulo de doenças.........................................................................................................................4
2.3.Os fungos...........................................................................................................................................5
2.4.As bactérias.......................................................................................................................................6
2.5.Os vírus.............................................................................................................................................6
3.Os nematóide........................................................................................................................................7
3.1.Classificação das doenças..................................................................................................................7
3.1.1.Doenças não infecciosas (abióticas)................................................................................................7
3.2.Características gerais.........................................................................................................................8
3.2.1.Diagnóstico.....................................................................................................................................8
3.2.2.Passos para um diagnóstico............................................................................................................8
3.2.3.Controlo..........................................................................................................................................8
3.3.A importância da Fitopatologia.........................................................................................................9
3.4.Estágios do ciclo da doença e o seu desenvolvimento.......................................................................9
4.Abrigos meteorológicos......................................................................................................................10
4.1.Microclima e o ciclo de vida dos fungos- Germinação....................................................................11
4.1.1.Microclima e o ciclo de vida dos fungos- Esporulação.................................................................11
4.1.2.Microclima e o ciclo de vida dos fungos- Dispersão.....................................................................11
4.1.3.Microclima e o ciclo de vida dos fungos- sobrevivência..............................................................12
4.2.Previsão de doenças.........................................................................................................................12
4.3.Simulação do efeito do Microclima.................................................................................................12
Conclusão..............................................................................................................................................13
Bibliografia............................................................................................................................................14

iii
iv
1.Introdução
As doenças de plantas podem ser caracterizadas como um mal funcionamento das células do
hospedeiro e seus tecidos que resulta de uma irritação contínua gerada por um agente patogênico
ou pelo ambiente (Citado por Agrios, 2004). Este desequilíbrio nas funções da planta é
prejudicial e leva ao desenvolvimento de sintomas, provocando dano ao hospedeiro com este tipo
de interacção. As doenças em plantas foram notadas desde a antiguidade, quando o homem
passou a se alimentar à base de produtos agrícolas cultivados próximos à sua moradia. Porém, a
incidência de doenças em plantas pode ser reduzida por práticas apropriadas de cultivo e pelo
uso de pesticidas, mas o uso de cultivares resistentes continua sendo o menos dispendioso e mais
seguro método de controlo de doenças (Quirino &Bent, 2003). A interacção hospedeiro-
patógeno pode ser encarada como uma luta pela sobrevivência entre dois organismos. Nessa
batalha entre a planta e o patógeno, a fisiologia do parasitismo procura explicar as bases
bioquímicas e fisiológicas do fenómeno.

De um lado, o patógeno lança mão de suas armas químicas para atacar o hospedeiro em
potencial, enquanto este, através de mecanismos estruturais e/ou bioquímicos, procura se
defender do patógeno. A interacção hospedeiro-patógeno deve ser visualizada como um sistema
único e totalmente novo, o qual depende da planta e do patógeno em íntima relação com o meio
ambiente. O hospedeiro mostra-se como vencedor quando a doença não ocorre (resistência),
enquanto os sintomas por ela produzidos (susceptibilidade) indicam o patógeno como vencedor
(Citado por Pascholati, 1994). A resistência de um hospedeiro, dentro do contexto da fisiologia
do parasitismo, é definida por Pascholati (1994), como a capacidade da planta de atrasar ou de
evitar a entrada e/ou subsequente actividade de um patógeno em seus tecidos.

Embora as plantas, na natureza, estejam normalmente expostas a um número incalculável de


microrganismos, como, por exemplo, fungos, bactérias, vírus e nematóides, a resistência mostra-
se como a regra, enquanto a susceptibilidade aos agentes fitopatogênicos mostra-se como a
excepção. A resistência de um hospedeiro, dentro do contexto da fisiologia do parasitismo, é
definida por Pascholati (1994), como a capacidade da planta de atrasar ou de evitar a entrada
e/ou subsequente actividade de um patógeno em seus tecidos.

1
Embora as plantas, na natureza, estejam normalmente expostas a um número incalculável de
microrganismos, como, por exemplo, fungos, bactérias, vírus e nematóides, a resistência mostra-
se como a regra, enquanto a susceptibilidade aos agentes fitopatogênicos mostra-se como a
excepção.

1.1.Objectivos:

1.1.1.Objectivo Geral:
 Conhecer as doenças que atacam nas plantas.

1.1.2.Objectivos Específicos:
 Classificar as doenças das plantas;
 Caracterizar as doenças das plantas;
 Identificar os métodos de controlo das doenças causadas por microorganismos nas
plantas;
 Descrever os eventos que levam ao desenvolvimento da doença;
 Descrever principais as doenças bacterianas em plantas.

1.2.Metodologia
Os métodos de estudo epidemiológicos se aplicam, independentemente do tipo de agente
causador da doença nas plantas, falamos das principais maneiras através das quais se pode obter
uma informação útil.

A observação cuidadosa dos estudo realizados por investigadores competentes sobre pacientes
individuais pode proporcionar pistas minuciosas da maneira como a fitopatologiaem particular
fFitopatológica é a ciência que estuda as doenças de plantas, abrangendo todos os seus aspectos,
desde a diagnose, sintomatologia, etiologia, epidemiologia, até o seu controle. A palavra é de
origem grega (phyton = planta; pathos = doença; logos = estudo).Nessa cadeira, abordaremos o
conceito de doenças de plantas e sua importância.

Foi adquirida, e conduzir a um estudo epidemiológico para determinar a extensão e a incidência


da enfermidade e a natureza de outros vectores, outros factores para a transmissão dentro da
comunidade em que o paciente se encontra inserido, e a possibilidade da sua disseminação.

2
1.3.Técnicas de trabalho
As técnicas de laboratório em fitopatologia: assepsia, esterilização, preparo de meio de cultura,
cultivo. Reconhecimento e identificação de doenças que são estudados no sector de fitopatologia
e outras que são trazidas para a clinica fitopatologia, isolamentos de fungos e bactérias em meios
de cultura específicas e também isolamento de plantas indicadora.

2.EPIDEMOLOGIA E ESTATÍSTICA MÉDICA


Fitopatológica é a ciência que estuda as doenças de plantas, abrangendo todos os seus aspectos,
desde a diagnose, sintomatologia, etiologia, epidemiologia, até o seu controle. A palavra é de
origem grega (phyton = planta; pathos = doença; logos = estudo).Nessa cadeira, abordaremos o
conceito de doenças de plantas e sua importância. Também não se sabe até que
extensãoestefenómeno é responsável pelo sucesso ou falha no início da infecção em qualquer
combinação particular hospedeiropatógeno(Citado por Agrios, 2004).

Combinações incompatíveis hospedeiro-vírus, nas quais o vírus é introduzido por ferimento de


células ou no protoplasto por inoculação, podem não resultar em infecção por causa da ausência
de reconhecimento do ácido nucleico viral pelos ribossomos do hospedeiro. Os ribossomos,
falhando no reconhecimento de um sítio de iniciação específico no ácido nucléico viral, não
produzem as enzimas (replicasses) necessárias para sintetizar o ácido nucléico viral, e então, a
doença não se desenvolve.

2.1.Factores ambientais que causam doenças nas plantas

As plantas são organismos vivos e, assim como nós humanos, sofrem com a invasão de parasitas
e com as condições impostas pelo habitat. Devemos ter em mente que a presença de doenças nas
plantas é algo natural e que é preciso conhecer as sintomas e as formas de cuidado para que o
dano seja reduzido. As doenças nas plantas podem afectar em diversos graus: desde pequenas
debilitações até o aniquilamento da planta como um todo.Por isso, é preciso estar atento e buscar
formas alternativas de protecção para o cultivo. Conhecer os causadores e saber identificar um
problema é crucial para a saúde de uma plantação.

O ambiente, aqui visto em sentido restrito como o conjunto de factores climáticos e edáficos que
envolve o sistema patógeno-hospedeiro, exerce papel crucial sobre as doenças das plantas.

3
Doença é um processo dinâmico resultante da interacção entre a planta e o patógeno em intima
relação com o meio. Condições particulares do hospedeiro do patógeno e do meio regulam esse
processo, determinando as condições e a intensidade com que a doença se manisfestará. Vale
destacar que os factores ambientais também podem exercer influência sobre o patógeno. Eles
estão relacionados directamente à distribuição e intensidade da doença em uma determinada
área, pois os patógenos se distribuem geograficamente de acordo com a sua capacidade em se
adaptar ao meio ( Citado por BEDENDO; AMORIM, 2011).Factores como humidade,
temperatura, vento, gotas de água, luz, acidez do solo e oxigénio também são responsáveis pela
disseminação ou redução dos patógenos.

Esses microorganismos são chamados de patógenos ou fitopatógenos. Os mais comuns são:

 Fungos;
 Bactérias
 Vírus
 Nematóides
2.2.Triângulo de doenças

O triângulo de doença é um conceito básico em Fitopatologia. E baseando no princípio de que a


doença é resultado duma interacção entre a planta hospedeira, patógeno potencial e ambiental.
As condições susceptíveis, patógeno virulento e ambiente favorável.

Para que uma doença possa completar com sucesso todas as fases do seu ciclo de vida e causar
epidemias no campo, é necessário que existam três elementos para formar o triângulo das
doenças: hospedeiro, inóculo de patógeno virulento e ambiente.

• Hospedeiro: plantas vulneráveis;

• Inóculo de patógeno virulento: patógenos ou partes de patógenos como esporos fúngicos ou


ovos de nematóides capazes de causar doenças.

4
• Ambiente: condições ambientais favoráveis à interacção do agente causador da doença com a
planta.

2.3.Os fungos

Em todo o mundo, os fungos são os fitopatógenos mais importantes, pois eles causam a maioria
das doenças de plantas que prejudicam a agricultura.Sua propagação é feita através de esporos e
por se tratar de fungos, conseguem sobreviver sem a presença de uma planta, ou seja, conseguem
se instaurar no solo e ali permanecer até a chegada de uma planta saudável. De acordo com Ebel
(1986) e Agrios (2004), fitoalexinas são substâncias tóxicas produzidas em quantidades
apreciáveis em plantas apenas após estímulo por vários tipos de microrganismos fitopatogênicos
ou por injúria química ou mecânica. São produzidas por células sadias adjacentes ao local
danificado, e por células necrosadas em resposta aos materiais que se difundem das células
danificadas. Não são produzidas durante infecções biotróficas. Fitoalexinas se acumulam ao
redor de tecidos necróticos tanto resistentes como susceptíveis.

Os fungos são organismos uni ou multicelulares que não possuem clorofila (aclorofilados) e são
incapazes de produzir o próprio alimento (heterótrofos). Eles possuem filamentos que se
reproduzem formando esporos. Estes filamentos que fazem parte do corpo dos fungos são
denominados hifas.

2.4.As bactérias

As bactérias são organismos unicelulares, cujo material genético não é envolto por uma
membrana. As bactérias causadoras de doenças de plantas são também aclorofiladas e
heterotróficas. Actualmente duas bacterioses importantes atacam os pomares cítricos do estado
de São Paulo. O cancro, causado por Xanthomonascampestrispv. citri e o amarelinho, causado
por Xylella fastidiosa.os vírus e bactérias, os quais precisam da planta para manterem-se vivos
através de relações simbióticas. Esses causadores se utilizam de áreas adoecidas ou até mesmo
pequenas ranhuras causadas por demais insectos em uma planta como porta de entrada.

5
2.5.Os vírus

Os vírus são compostos de ácidos nucléicos envoltos por uma capa feita de proteína que os
protegem. Eles somente se multiplicam em células vivas e podem causar várias doenças.O
mosaico dourado do feijoeiro é causado pelo vírus BGMV, enquanto o mosaico do mamoeiro é
causado por PRSV-P.O vírus contamina as plantas através de seu organismo, já a bactéria é um
causador menos frequente pois depende das condições normais de Temperatura e Pressão para
sobreviver.

Até 1987, com excepção das momilactonas em arroz e das avenaluminas em aveia, as
fitoalexinas não tinham sido identificadas em monocotiledôneas da família gramíneas. A partir
de então o assunto passou a contar com contribuições mais relevantes, e de acordo com Lopes
(1993), o sorgo produz fitoalexinas flavonóides da classe das 3-deoxiantocianidinas, que inibem
o crescimento de fungos fitopatogênicosin vitro. Tem sido evidenciado que as fitoalexinas de
sorgo inicialmente se acumulam em inclusões subcelulares no interior da célula epidérmica que
está sendo atacada pelo fungo, e não simplesmente como resposta das células circunvizinhas ao
sítio de infecção (Leite, 1993; Lopes, 1993). Além do sorgo, existem relatos de fitoalexinas em
aveia, arroz e cana-de-açúcar (Faria etal., 2003).

3.Os nematóide

Os nematóides são parentes próximos da lombriga conhecidos também como vermes. São
animais multicelulares, aclorofilados, heterotróficos, e que possuem uma abertura (tipo boca)
para alimentar-se. Os fitonematóides mais importantes para o Brasil são os nematóides dos cistos
da soja, Heteroderaglycines, e os nematóides das galhas, Meloidogynespp.

3.1.Classificação das doenças


 Baseado na ocorrência: endémicas ou enfitoticas, epidémicas, esporádicas, pandémicas.

Doenças endémicas ou enfitotica: se ocorre numa determinada região, porem com baixa
intensidade, produzindo pequenos números de lesões. As causas que determinam a ocorrência de
doenças endémicas soa as mais variadas possíveis, mais sempre se relacionam com: a baixa

6
patogenicidade do agente causal, pequena população ou baixa susceptibilidade do hospedeiro, ou
ecológica desaforáveis ao patógeno. A importância das doenças endémicas é apenas potencial,
uma vez que apenas sob condições extremas é que elas podem ocorrer com maior intensidade e
causar prejuízos, quando o equilíbrio entre o patógeno, planta e ambiente é quebrado o favor do
primeiro.

Doenças epidémicas ou epifitoticas: quando se manifestam com grande intensidade, afectando


um grande número de indivíduos ou mesmo toda a população de forma a prejudicar o valor
económico da cultura atingida. Uma epidemia pode aparecer repentinamente, afectar
consideravelmente uma população e depois, com a mudança das condições determinantes,
desaparecer completamente.

 Baseado nos órgãos atacados: radiculares, foliares, caulinares, etc.


 Baseado nos sintomas: manchas foliares, murchidão, podridão, mosaico, etc.
 Baseado no agente causador: doenças infecciosas (bióticas) e doenças não infecciosas
(abióticas).

3.1.1.Doenças não infecciosas (abióticas)


Plantas desenvolvem-se melhor dentro de certos padrões, dos vários padrões que constituem o
seu ambiente. Tais factores ambientais incluem temperatura, humidade, nutrientes do solo, luz,
poluentes do solo e do ar, humidade do ar, estrutura do solo, pH, etc. embora esses factores
afectem todas as plantas que cresce na natureza, sua importância é consideravelmente maior,
para as plantas cultivadas, que são frequentemente cultivadas, em áreas com deficiência de
requisitos normais para seu crescimento.

3.2.Características gerais
 Causada pela deficiência ou excesso de algo que garante a sua vida;
 Ocorrem na ausência do patógeno, e não podem, portanto ser transmitidas de planta
doente para sã;
 Afectam as plantas em todo o estágio do seu desenvolvimento (semente, sementeira, fase
vegetativa, maturação, etc). E podem causar danos no campo, no armazém e no mercado;
 Os sintomas causados pelas doenças abióticas, variam no tipo e severidade, constante o
factor ambiental envolvido, e no grau de desvio desse factor normal.

7
3.2.1.Diagnóstico
Facilmente feito pela presença na planta de sintomas característicos de falta ou deficiência e
excesso de certos factores;

De outra maneira o diagnóstico pode ser feito, examinado ou analisado as condições de


temperatura dominante, antes e durante o aparecimento da doença, praticas culturas ou possíveis
acidentes no curso destas práticas, procedendo o aparecimento da doença. Os sintomas das
demais doenças abióticos são muito semelhantes, aquelas causadas por vários vírus,micoplasmas
e muitos patógenos do solo (diagnostico complicado).

3.2.2.Passos para um diagnóstico


1- Provar a ausência na planta de qualquer patógeno que possa estar associado a doença;
2- Reproduzir a doença em plantas sãs, submetendo as plantas as condições similares
aquelas que se pensam serem responsável pela doença;
3- Para distinguir dentre vários factores ambientais que causam os sintomas similares, deve-
se curar a doença, se possível cultivando a planta em condições, que o grau ou a
quantidade, do factor ambiental envolvido esteja ajustado ao normal.

3.2.3.Controlo
- Assegurar que as plantas não fiquem expostas a condições ambientais extremas, responsáveis
por tais doenças;

- Suplemento a planta com substâncias de protecção, que reponham estas condições, a níveis
favoráveis para o crescimento da planta.

 Algumas doenças abióticas

- Carências e excessos da luz;

- Desequilíbrios hídricos;

- Excessos e defeitos térmicos;

- Desequilíbrios nutricional;

- Excesso de salinidade;

8
- Danos provocados por pesticidas.

3.3.A importância da Fitopatologia
Com o conhecimento proporcionado pela fitopatologia, é possível evitar a perda de alimentos e
desenvolver diversas tecnologias.

Além disso, também pode-se propor melhorias genéticas em algumas espécies, tornando-as mais
resistentes às doenças. Neste contexto, pois contribui com o desenvolvimento da produção
agrícola, podendo combater os problemas causados pelo surgimento de doenças nas plantas, que
são muito utilizadas na nossa alimentação.

3.4.Estágios do ciclo da doença e o seu desenvolvimento


A série das fases ou eventos sucessivos que conduzem a ocorrência da doença ou fazem parte do
seu desenvolvimento, constitui um ciclo no qual cada uma das diferentes fases apresenta
características próprias e tem função definida. Entretanto há que se ter sempre em mente que
doença é parte integrada do ciclo das relações patógeno-hospedeiro. Ao passo que só
acidentemente, figura como parte do ciclo biológico ou ciclo vital de fungos patógenicos.

O estudo das relações hospedeiro patógeno constitui a base para a avaliação e aplicação de
medidas de controlo. O conhecimento dos detalhes de cada ciclo em particular indica quais as
medidas de controlo mais eficientes e mais económicos a serem aplicadas em cada caso.

O ciclo das relações patógeno-hospedeiros dependendo das condições pode ser caracterizado em:

Ciclo Primário: é aquele que tem início a partir de estruturas de sobrevivência do


microorganismo ou a partir da fase saprofitica no solo, caracteriza por apresentar,
pequeno número de plantas infectadas,pequenos número de lesões por planta e baixo
índice de infecção.
Ciclo Secundário: é aquele que sucede o ciclo primário e se desenvolve a partir do
inoculo nele produzindo, sem a interposição de uma fase de repouso ou dormência entre
eles, este ciclo apresenta. Grande número de plantas infectadas, grande número de lesões
por planta, e alto índice de infecção.

Baseado no número de ciclos que uma determinada doença apresentar durante uma mesma
estação de cultivo, pode ser classificada como doençamonociclica (ou de ciclo primário) ou

9
doençapoliciclica (ou de ciclo secundário).A deficiência de nutrientes também é um dos factores
cruciais para a acomodação de pragas e doenças em uma cultura.

Não são apenas os organismos vivos que atingem uma plantação, a forma como a mesma é
estruturada é que dará ou não espaço para a instalação de novas doenças.

4.Abrigos meteorológicos
Os microclimas podem ser medidos em abrigos meteorológicos presentes nas estações
meteorológicas das redes nacionais. Nesses abrigos, os instrumentos de medição da temperatura,
humidade e pressão do ar estão protegidos do sol e da chuva, que poderiam afectar os seus
registos, mas que se mantêm bem expostos ao ar que circula através de numerosas aberturas nas
paredes do abrigo. Os instrumentos estão ainda instalados a 2m de altura do solo sob condições
bastante padronizadas. Escolheu-se esta disposição depois de se verificar que nestas condições se
conseguia escapar à maior parte das influências acidentais dos locais de observação escolhidos.
Assim, a estação climatológica é representativa de uma grande região.

O clima medido em estações distantes entre si por 50km pode ser considerado de modo geral
representativo daquela região.

4.1.Microclima e o ciclo de vida dos fungos- Germinação


Nem sempre na natureza as condições climáticas são favoráveis à germinação por períodos
prolongados de tempo. Sob condições favoráveis os esporos começam a germinar e se as
condições se tornam desfavoráveis eles paralisam a germinação. Para que um esporo germine é
necessário que haja água em quantidade suficiente e temperatura adequada. Assim, diferentes
fungos requerem diferentes quantidades de água em temperaturas específicas. É o que ocorre
com a germinação de esporos de Botrytiscinerea. Em muitos casos, quando ocorre esta mudança
das condições climáticas, a germinação é abortada e o fungo morre. Porém, em alguns fungos, os
esporos retomam a germinação, quando as condições voltam ao ideal. É o caso dos esporos de
Alternaria solani, o agente causal da pinta preta do tomateiro e da batateira.

4.1.1.Microclima e o ciclo de vida dos fungos- Esporulação


A produção de esporos dos fungos é altamente influenciada por factores climáticos. Em geral,
estas respostas são típicas de esporulação em função da temperatura e da humidade.

10
Para cada fungo existe uma faixa ideal de temperatura para a esporulação. Quando a temperatura
está baixa, ocorre pouca produção de esporos.

À medida que a temperatura aumenta, a esporulação aumenta até atingir um ponto máximo ou o
ponto óptimo para a esporulação. A partir deste ponto ocorre declínio na esporulação, pois as
temperaturas altas começam a prejudicar o fungo. Podemos constatar o efeito da temperatura na
quantidade de esporos formados por exemplo pelo fungo Phytophthorainfestans.

4.1.2.Microclima e o ciclo de vida dos fungos- Dispersão


Para que haja epidemias no campo, é necessário que a doença seja disseminada da planta doente
para a planta sadia. Um dos factores climáticos mais eficazes em disseminar doenças fúngicas é
o vento. Ele é capaz de remover os esporos produzidos pelo fungo numa planta doente e
transportá-los por longas distâncias. Através de correntes de ar (ventos).

4.1.3.Microclima e o ciclo de vida dos fungos- sobrevivência


O período de sobrevivência é crítico para a maioria dos fungos causadores de doenças de plantas,
pois durante esta fase as reservas alimentares dos fungos são escassas e não há disponibilidade
de tecidos do hospedeiro para a nutrição. Além disso, os fungos ficam sujeitos às condições
climáticas adversas tais como baixa humidade e temperatura. Como exemplo, tem-se o efeito da
humidade do solo na sobrevivência de Fusariumsubglutinans f. sp. Moniliforme.

4.2.Previsão de doenças
Se conhecermos bem o efeito do clima em doenças, podemos tirar algum proveito para combatê-
las com menos gasto de fungicidas e menor contaminação do homem e do ambiente. Hoje, com a
maior disponibilidade de equipamentos meteorológicos, muitos conhecimentos estão sendo
adquiridos. Através de modelos e simuladores de ciclos de vida de patógenos é possível
desenvolver esquemas de previsão de ocorrência de doenças no campo. No estado de Santa
Catarina os produtores de maça vêm utilizando com sucesso o sistema de previsão de ocorrência
da sarna causada pelo fungo. Esse sistema baseia-se na relação entre a temperatura e a humidade.

4.3.Simulação do efeito do Microclima


Os diversos efeitos do microclima no desenvolvimento de doenças podem ser integrados em
simuladores de doenças de plantas.

11
Os simuladores são hoje ferramentas muito importantes, pois com a ajuda deles é possível
avaliar o efeito do microclima no desenvolvimento de doenças sem a necessidade de conduzir
experimentos no campo. Para isso, inicialmente os cientistas fazem experimentos e colectam
dados climáticos e da doença ao longo de vários anos. Depois são estabelecidas relações entre o
clima e as doenças. Posteriormente essas relações são traduzidas em equações matemáticas e
implementadas no computador através de programas que simulam que acontece no campo.

Conclusão
Concluindo que,as plantas encontram-se na natureza expostas em todos os estágios do seu ciclo
de vida, desde a germinação da semente no solo até ao desenvolvimento da sua parte aérea, a
parasitas de diferentes categorias que estabelecem contacto com os seus tecidos. No entanto, este

12
contacto nem sempre resulta em doença, ou seja, na natureza a resistência é o caso mais
generalizado e a susceptibilidade o menos frequente. A resistência de uma variedade depende
tanto do genótipo do hospedeiro como do genótipo do patógeno, sendo ambos afectados pelos
factores do meio ambiente. Apesar da maioria dos mecanismos de resistência não serem
completamente conhecidos, sabe-se que estes mecanismos são efectivos a diferentes níveis em
interacções hospedeiro-patógeno, e que na natureza estes não ocorrem isoladamente. Além do
mais, é importante ter em mente que toda acção neste sistema patógeno-hospedeiro, resulta numa
reacção. Isto nos leva a crer que existe um equilíbrio dinâmico nesta relação e este equilíbrio
determina a resistência ou susceptibilidade de plantas aos patógenos.

Bibliografia

AGRIOS, G. N. Planta Fitopatologia. 5 ed. San Diego: AcadémicoPress,(2004). 922 p.

13
AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M. & BERGAMIN FILHO, A. eds. Manual de Fitopatologia.
Volume 1 - Princípios e Conceitos. 4ª Edição. Editora Agronómica Ceres Ltda. São Paulo.
(2011). 704p.

FARIA, C. M. D. R.; SALGADO, S. M. L.; CAMPOS, H. D.; RESENDE, M. L. V.; CAMPOS,


V. P.; COIMBRA, J. L. Mecanismos de ataque e defesa na interacção nematóidedeplanta. In.:
FERNANDES, J. M.; PRESTES, A. M.; PICININI, E. C. Ed. Revisão anual de patologia de
plantas. Passo Fundo: Revisão anual de patologia de plantas,(2003), v. 11, cap. 11, p. 373-41.

BARRANCO, D., FERNANDEZ-ESCOBAR, R. y RALLO, L. (2001): El cultivo del olivo. Junta


de Andalucía y Mundi-Prensa, Madrid.

GALLI, F. (1980). Manual de Fitopatologia. Editora Agrónomo Ceres.

LORDELLO, L.G.E. ed. Nematóides das plantas cultivadas. São Paulo, SP. Editora Nobel.
(1980).

LEITE, B. Controle de germinação em Colletotrichumgraminicola: mecanismos e perspectivas.


SummaPhytopathologica, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 55-59, 1993.

PASCHOLATI, S. F.; LEITE, B. Hospedeiro: mecanismos de resistência. In.: BERGAMIN


FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIM, L. (Ed.). Manual de Fitopatologia: Princípios e Conceitos.
3. Ed. São Paulo: Agronómica Ceres, 1995. v. 1, p. 417-452.

VIÉGAS, A.P. ed. Dicionário de Fitopatologia e Microbiologia. Editora Agronómica Ceres Ltda.
São Paulo. (1979). 882p.

14

Você também pode gostar