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Larissa

A esquistossomose é uma doença parasitária, diretamente relacionada ao saneamento


precário, causada pelo Schistosoma mansoni.
A pessoa adquire a infecção quando entra em contato com água doce onde existam
caramujos infectados pelos vermes causadores da esquistossomose.
No Brasil, a esquistossomose é conhecida popularmente como, “barriga d’água” ou
“doença dos caramujos”.
O período de incubação, ou seja, tempo que os primeiros sintomas começam a aparecer a
partir da infecção, é de duas a seis semanas.

A transmissão da esquistossomose ocorre quando o indivíduo, hospedeiro definitivo,


infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água,
os ovos eclodem e liberam larvas que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários
que vivem nas águas doces. Após quatro semanas, as larvas abandonam o caramujo na
forma de cercárias e ficam livres nas águas naturais. O ser humano adquire a doença pelo
contato com essas águas através da pele e mucosas.( Larissa)

(Geyse) A esquistossomose é endêmica (ocupa uma região) em vasta extensão do território


nacional, considerada ainda um grave problema de saúde pública no Brasil porque
acomete milhões de pessoas, provocando um número expressivo de formas graves e
óbitos. Ela ocorre nas localidades sem saneamento ou com saneamento básico
inadequado. Outros fatores, além do saneamento, atuam como condicionantes para a
ocorrência da esquistossomose como: o nível socioeconômico, ocupação, lazer, grau de
educação e informação da população exposta ao risco da doença. Esses fatores se
relacionam e favorecem a transmissão da doença, em maior ou menor intensidade, de
acordo com a realidade local.
O controle da doença depende de várias ações preventivas:
a) diagnóstico precoce e tratamento oportuno;
b) vigilância e controle dos hospedeiros intermediários; (caramujo)
c) ações educativas em saúde;
d) ações de saneamento para modificação das condições domiciliares e ambientais
favoráveis à transmissão.

O controle duradouro e sustentável da esquistossomose depende da implementação de


políticas públicas que melhorem as condições de vida das populações. Para tanto, os
gestores municipais do Sistema Único de Saúde – SUS, responsáveis pela execução das
ações de vigilância e controle da esquistossomose, devem buscar, em articulação com
outros setores governamentais, a melhoria de vida das populações, mediante ações de
educação e de intervenção no meio ambiente.
Uma das dificuldades para detecção precoce dos portadores do S. mansoni é que a
infecção pode evoluir de maneira silenciosa até a instalação das formas graves da doença.
É prioridade da atual política do Ministério da Saúde, que os profissionais da Atenção
Básica/Saúde da Família e da Vigilância em Saúde, atuem no controle da
esquistossomose, de forma integrada respeitando as especificidades de cada
profissional, especialmente, o trabalho do Agente Comunitário de Saúde - ACS e do
Agente de Combate às Endemias - ACE. O objetivo dessa integração é potencializar o
trabalho, evitando a duplicidade das ações que embora distintas se complementam.
→ Os procedimentos de tratamento e controle de cura devem ser realizados pela Rede de
Atenção Primária à Saúde ou outras Unidades de Atenção à Saúde, de acordo com a
estrutura local.

(Rayane ) Determinantes e condicionantes da esquistossomose


A distribuição da esquistossomose está associada à presença de alguns condicionantes
ambientais, sociais e econômicos.
Determinantes ambientais:
Pequenas Coleções hídricas (rios, pequenas valas, lagoas e até pequenas poças)
Áreas rurais
Pontos de água parada ou com pouca correnteza (esgoto a céu aberto, valas com água
doméstica servida)
Inundação, enxurrada em áreas endêmicas.
Determinantes socioeconômicos
Nível socioeconômico
Ocupação
Lazer
Grau de educação e informação da população exposta ao risco da doença.
Ausência de saneamento (domicílios sem banheiro e caixa de esgoto doméstico,
abastecimento de água, drenagem, limpeza e retificação de margens de coleções hídricas
etc.)
Aspectos socioculturais
Pobreza
Obras de Transposição (Rio São Francisco)

Temos duas condições de saúde em relação à esquistossomose. Se for a fase aguda a


pessoa vai para a UBS e fazer o tratamento, e assim ela não vai entrar na fase crônica e ter
sintomas mais fortes, onde ela até precise de um atendimento hospitalar.
FASE AGUDA
A maioria dos portadores são assintomáticos. No entanto, nessa fase, o paciente infectado
por esquistossomose pode apresentar diversos sintomas, como:
● Febre;
● Dor de cabeça;
● Calafrios;
● Suores;
● Fraqueza;
● Falta de apetite;
● Dor muscular;
● Tosse;
● Diarreia.

FASE CRÔNICA
Nessa fase da doença, a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de
ventre, e pode aparecer sangue nas fezes. Além disso, o paciente pode apresentar outros
sinais, como:
● Tonturas;
● Sensação de plenitude gástrica;
● Prurido (coceira) anal;
● Palpitações;
● Impotência;
● Emagrecimento;
● Endurecimento e aumento do fígado

CIF/OMS
( Larissa)
A CIF é baseada num modelo de incapacidade que poderia ser chamado de modelo
biopsicossocial. Este modelo sintetiza o que é verdadeiro nos modelos médico e social, ou
seja, não comete o erro de reduzir a noção de incapacidade a apenas um dos seus
aspectos. A CIF fornece, por esta síntese, uma visão coerente de diferentes perspectivas da
saúde: biológica, individual e social.
● Biológica: investigação dos sintomas físicos para entender como a causa da
doença pode estar no organismo do paciente. Aborda questões como a saúde física,
propensões genéticas e efeito de drogas e medicamentos.
● Individual: investigação das causas psicológicas para um determinado problema de
saúde do paciente. Aborda questões como habilidades sociais, relacionamentos
familiares, autoestima e saúde mental.
● Social: investigação de como fatores sociais (aspectos socioeconômicos, culturais e
inter-relacionais) podem afetar a saúde do paciente.

Os componentes da CIF se interligam e compõem um modelo multidimensional,


multidirecional e dinâmico. Com este modelo, pode-se inverter a compreensão da
incapacidade a partir da doença ou da condição de saúde, entendendo, ao contrário, o
ambiente, levando à incapacidade e à doença. O respeito às múltiplas dimensões
envolvidas no processo de saúde e funcionalidade/incapacidade (biológica, individual,
social), além do reconhecimento do importante papel do ambiente (não só físico, mas
social e de atitudes), traz uma nova luz sobre "saúde" e "incapacidade", em especial sobre
questões de Saúde do Trabalhador.

A abordagem biopsicossocial permite verificar a relação da esquistossomose com as


funções e estruturas do corpo, atividade e participação do indivíduo, além da influência
dos fatores ambientais sobre a funcionalidade. Além disso, existem lacunas importantes
sobre a funcionalidade desses indivíduos. Os graus de deficiência em indivíduos com certa
condição de saúde são fundamentais para determinar o impacto na funcionalidade e são
amplamente utilizados para definição de prioridades em pesquisa e políticas públicas.

(Geyse)
No contexto da CIF, os fatores ambientais, sociais e pessoais não são menos
importantes que a presença da doença na determinação da função, da atividade e da
participação. Devido a isso, a CIF e seu modelo apresentam grande importância
epidemiológica, essa classificação pode ajudar os profissionais de saúde a identificarem
as disfunções e as incapacidades, capacidades do paciente por meio de uma
linguagem padrão. No entanto, a CIF propõe o que avaliar e não como avaliar. Nesse
contexto, não existe um instrumento de avaliação da funcionalidade dos indivíduos
com esquistossomose para identificar e mensurar alterações mas ela proporciona
uma linguagem comum, descrevendo os estados de saúde e os estados relacionados
a ela, além de gerar indicadores de saúde.O instrumento de avaliação da
funcionalidade de indivíduos com esquistossomose poderá ser usado por
profissionais da Equipe de Saúde da Família, em especial enfermeiros, médicos e
fisioterapeutas no Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica, de acordo
com a especificidade de cada pergunta. Dessa forma, servirá como uma ferramenta
norteadora de ações estratégicas para melhorar a produtividade e eficiência das
intervenções.
A CIF auxilia os profissionais de saúde para uma avaliação diferenciada, definição de
metas, gerenciamento da intervenção e medida de resultados na atenção à Saúde.
O profissional de saúde pode orientar o comunidade em relação a:
a) evitar que poças de águas se formem em torno de habitações, pois os caramujos
conseguem viver nelas e as pessoas, sobretudo as crianças, podem facilmente se
contaminar;
b) limpar os leitos dos riachos e das valas para aumentar a velocidade e a força das águas
e, assim, dificultar a fixação dos caramujos nas margens e no fundo desses locais;
c) evitar que restos de comidas, inclusive de animais, e de outros produtos ricos em
matérias orgânicas cheguem até as águas, pois servem de alimentos para os caramujos;
d) procurar locais distantes das coleções ou cursos de águas para defecar e cobrir as fezes
com terra, na ausência de instalações sanitárias;
e) usar botas e luvas impermeáveis para diminuir o risco de contrair a esquistossomose,
especialmente as pessoas que trabalham dentro de águas suspeitas de contaminação;
f) evitar entrar nas águas suspeitas de contaminação em horários mais quentes e de
maior luminosidade (entre 9 e 16 horas), reconhecidamente como de maior atividade
de transmissão da esquistossomose;

Rayane
A Vigilância Epidemiológica e sanitárista – da esquistossomose objetiva identificar
precocemente as condições que favorecem a ocorrência de casos e a instalação de focos
de transmissão da doença.
Dentre essas condições, destacam-se:
• área geográfica de distribuição dos caramujos hospedeiros intermediários; Se as pessoas
das áreas endêmicas transitam muito na área;
• A falta do saneamento domiciliar e ambiental; e também à falta de educação em saúde
das populações nas áreas de risco.
E além disso, nessa vigilância é preciso olhar o rio na localidade para que se possa buscar
medidas preventivas para que outras pessoas não sejam contaminadas, ao ponto que
possa ocorrer um surto dessa doença por exemplo.

Medidas para o enfrentamento


A principal medida é a identificação precoce e o tratamento oportuno dos portadores
de. E para isso são necessárias medidas complementares como educação em saúde,
saneamento ambiental e controle de hospedeiros intermediários são medidas essenciais.
Nas áreas de foco, o objetivo deve ser a interrupção da transmissão incluindo a eliminação
da doença. Nas áreas endêmicas de grande extensão, a eliminação da transmissão requer
a melhoria das condições de vida da população.
Os métodos utilizados para a redução esquistossomose deve incluir ações como:
• delimitar áreas endêmicas e focais;
• diagnosticar e tratar precocemente populações humanas parasitadas;
• implantar sistemas de eliminação de dejetos e abastecimento de água;
• fomentar a participação da comunidade na luta contra a doença.

No controle da esquistossomose, o saneamento ambiental cria condições que reduzem a


proliferação e a contaminação dos hospedeiros intermediários (o caramujo), com
consequente diminuição do contato do homem com o agente patogênico.
As principais medidas de saneamento ambiental:
• aterro, drenagem ou retificação de coleções hídricas;
• revestimento e canalização de cursos d’água; limpeza e remoção das vegetações
marginal e flutuante;
• abastecimento de água para consumo humano; esgotamento sanitário;
• melhoria da infraestrutura sanitária;
• instalações hidrosanitárias domiciliares.

Larissa Intervenção fisioterapeuta


Através das nossas pesquisas a gente chegou à conclusão que a hidroterapia ela não é um
tratamento específico da esquistossomose, é uma alternativa, uma medida que a gente
pensou e viu que dependendo do caso pode-se se usar, mas a hidroterapia ela vai ajudar a
aliviar as dores nas articulações, dores na coluna decorrente da esquistossomose. Que a
hidroterapia , ela seja um meio, como por exemplo, um paciente ele tenha um caso crônico
de esquistossomose, então os cuidados vão ser bem maiores. ai vai precisar ir para o
hospital, centro de reabilitação, que envolve a hidroterapia e assim por diante
Todos os tipos de esquistossomose podem afetar outros órgãos (como os pulmões, a medula
espinhal e o cérebro.
É amplamente aceito que a hidroterapia possa ampliar a reabilitação da lesão medular. E A
terapia em piscina favorece os seguintes aspectos; redução da espasticidade e dor,
favorece o fortalecimento muscular geral, o estado psicológico; desenvolve a
amplitude de movimento articular e estado funcional , melhora o estado circulatório,
metabólico, periférico, bem como a resistência aeróbica e o estado respiratório do
paciente com lesão medular.
Os efeitos da hidroterapia devem aproveitar ao máximo os princípios da física da água
estacionária ( hidrostática e hidrodinâmicas) no tratamento do paciente lesionado medular é
um processo muito favorável uma vez que a água desempenha a parte do papel do
fisioterapeuta e favorece a realização do posicionamento e atividades que
proporcionaram a evolução do seu quadro clínico funcional e fisiológico uma vez que
na água os efeitos fisiológicos inerente ao exercício influenciam os sistemas
circulatório pulmonar, nervoso central periférico, muscular esquelético, além do
sistema endócrino renal.

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