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Ações básicas em

saúde publica
be

O que são políticas públicas de


saúde?

Políticas Públicas de Saúde são todas as ações e programas


governamentais que visam melhorar as condições de saúde
da população como um todo. Isso inclui tanto ações de
serviços de atendimento, como de proteção e promoção da
saúde.
A atenção básica se caracteriza por um conjunto de ações de saúde,
no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da
saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que
impacta positivamente na situação de saúde das
coletividades.
,

O que é a atenção básica?


No Brasil, a Atenção Básica é desenvolvida com o mais alto
grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local
mais próximo da vida das pessoas. Ela deve ser o contato
preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro
de comunicação com toda a Rede de Atenção à
Saúde.

Tendo diversos programas governamentais relacionados à


atenção básica, sendo um deles a Estratégia de Saúde da
Família (ESF), que leva serviços multidisciplinares às
comunidades por meio das Unidades Básicas de Saúde
(UBSs), por exemplo. Consultas, exames, vacinas, radiografias
e outros procedimentos são disponibilizados aos usuários nas
UBSs.

Como funciona a atenção básica à saúde?


Princípios do SUS

Universalidade: determina que todos os cidadãos brasileiros,


independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características
sociais ou pessoais, têm direito ao acesso às ações e serviços de
saúde a todas as pessoas.

Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de


todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais
e, por isso, têm necessidades distintas.

Em outras palavras, equidade significa tratar


desiguais, investindo desigualmente os onde a
mais carência é
Integralidade: o sistema de saúde deve estar preparado para ouvir o usuário,
maior.
entendê-lo inserido em seu contexto social e, a partir daí atender às demandas
e necessidades desta pessoa.
O modelo de organização brasileiro segue os padrões
determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
segundo os quais os serviços de saúde devem ser
agrupados de acordo com a complexidade das ações
necessárias para promover, restaurar ou manter a
saúde da população.

O sistema de organização em três níveis gradativos de


atenção à saúde serve, principalmente, como uma
triagem para o Sistema Único de Saude (SUS).

Níveis de atenção
Atenção primária
APS deve ser o primeiro contato das pessoas
com o sistema de saúde, sem restrição de acesso
às mesmas, independente de gênero, condições
socioculturais e problemas de saúde; com
abrangência e integralidade das ações individuais
e coletivas; além de continuidade
(longitudinalidade ) e coordenação do cuidado ao
longo do tempo, tanto no plano individual quanto no
coletivo, mesmo quando houver necessidade de
referenciamento das pessoas para outros níveis e
equipamentos de atenção do sistema de saúde.
Atenção secundária

A organização da atenção secundária se dá por meio


de cada uma das microrregiões do estado, onde há
hospitais de nível secundário que prestam assistência
nas especialidades básicas (pediatria, clinica medica
e obstetrícia) além dos serviços de urgência e
emergência, ambulatório eletivo para referencias e
assistências a pacientes internados, treinamento,
avaliação, e acompanhamento da equipe de
saúde da família (ESF).

O aumento da resolubilidade na atenção primária


depende do acesso a consultas e procedimentos
disponíveis na atenção secundária. A boa relação
entre a atenção primária e secundária é um dos
fatores condicionantes dessa resolutividade
Atenção terciária

No nível terciário de atenção à saúde estão reunidos


os serviços de alta complexidade ,
representados pelos grandes hospitais e pelas
clínicas de alta complexidade.
Nessa esfera, os profissionais são altamente
capacitados para executar intervenções que
interrompam situações que colocam a vida dos
pacientes em risco. Trata-se de cirurgias e de exames
mais invasivos, que exigem a mais avançada
tecnologia em saúde.

Dito de outra maneira, o nível terciário visa à


garantia do suporte mínimo necessário para
preservar a vida dos pacientes nos casos em que a
atenção no nível secundário não foi suficiente para
isso.
Processo de saúde-doença: ações de saúde

Como você sabe, a doença é algo fácil de ser percebido, pois


possui sintomas. Já a saúde não é, devido ao fato de ser uma
condição não inerte e possuir consigo certa subjetividade.

O processo de saúde-doença é, então, uma forma de superar


modelos de saúde clássicos. Esses moldes são centrados em
ações pontuais e tendem a atingir menos àqueles em
situação de vulnerabilidade social.
Protocolo de avaliação e controle do processo saúde-doença
cárie
Apesar dos esforços acadêmicos para entender e controlar a cárie
dentária, existe uma lacuna entre o que é ensinado em conferências e
salas de aula e o que realmente acontece nas clínicas universitárias
e consultórios.

Muitos profissionais ainda seguem um modelo tradicional, onde


simplesmente restauram as lesões sem considerar uma abordagem mais
abrangente. Isso pode ser atribuído à falta de orientações claras e
protocolos para lidar eficazmente com a cárie. Além disso, a
complexidade da doença torna difícil identificar e tratar
suas causas subjacentes.

Uma abordagem sugerida para resolver esse problema é a


implementação de um protocolo clínico que padronize o atendimento e
auxilie no diagnóstico, controle e tratamento da cárie, considerando
todos os seus aspectos multifacetados.
Protocolo

Primeiro passo do protocolo para a


correta abordagem da doença cárie é
o diagnóstico detalhado, que tem
início com adequada anamnese,
exame clínico e exame
radiográfico.
Diagnóstico periodontal

Um diagnóstico periodontal apropriado deve determinar primeiramente se a doença está presente; e


então identificar seu tipo, extensão, distribuição e gravidade. O que é feito através da análise
cuidadosa do caso, da avaliação de sinais e sintomas.

Uma avaliação pelo dentista é único meio para avaliar corretamente a condição da gengival. Além da
avaliação clínica usando uma sonda periodontal, radiografias também devem ser realizadas para a
avaliação da condição do tecido ósseo.
PRO ľOCO LO DE
PERIODONľIA

Anamnese
História do Paciente: Sua situação social e econômica, condição clínica geral. Esta avaliação tem o intuito de identificar imediatamente os fatores
comprometedores ou de risco que possam modificar o plano de tratamento.

Queixa principal e expectativas: Importante perceber as necessidades do paciente e seus anseios sobre o tratamento.

História social e familiar: Buscar conhecer melhor o ambiente social do paciente e saber suas prioridades na vida, inclusive suas atitudes quanto
à terapia periodontal. Também a história familiar, especialmente em relação às formas agressivas de periodontite.

História dentária: Avaliação do cuidado dentário anterior e as visitas de manutenção. Relação aos sinais e sintomas de periodontite descrito
pelo paciente como o sangramento da gengiva, mobilidade dentária, dificuldade de mastigar.

Hábitos de higiene oral: Saber a frequência e a duração da escovação dentária diária. também avaliar seu conhecimento sobre as
ferramentas de limpeza dentária e sua forma de utilização.

Teste genético antes da terapia periodontal: Em algumas situações se tem a opção (se necessário) de realizar a triagem genética
sistemática dos pacientes com doenças periodontais, com intuito de avaliar os polimorfismos gênicos de citocinas.
Exame
clínico
A autoavaliação das gengivas, por exemplo, em casa em
frente ao espelho, não é suficiente para uma avaliação
correta, pois é impossível determinar por si mesmo se as
estruturas de suporte do dente já foram danificadas pela
inflamação da gengiva.

Bolsas gengivais também não


detectados podem ser por conta
própria.
Somente um exame clínico adequado no consultório
odontológico com um instrumento denominado sonda
gengival (sonda periodontal) pode determinar se a gengiva
está saudável; se há inflamação gengival (gengivite) ou se
há uma doença nas estruturas de suporte dos dentes
(periodontite).

Avaliação clínica
POR QUE SONDAR?

A profundidade de sondagem determina a condição periodontal, a


necessidade de instrumentação periodontal e até onde devemos
chegar com o instrumento periodontal.

É medida por milímetros por sonda


milimetrada uma periodontal
resistência (willians), tem-se com sensibilidade
uma
Faces LIVRES: sonda paralela a superfície elástica.
dental.
INTERPROXIMAIS: sonda levemente inclinada para sondar na área
logo abaixo do ponto de contato.
ERROS NA SONDAGEM
PERIODONTAL

Característica da sonda (espessura, tipo de ponta).

Angulação incorreta da sonda.

Presença de cálculo e material restaurador (dificultando a entrada


adequada da sonda).

Força de sondagem (excesso ou falta).


Exame periodontal
básico

O exame periodontal básico é feito para determinar se há


algum problema gengival, rapidamente. É uma
forma simples de definir se há gengivite ou
periodontite.

Com uma sonda gengival (sonda periodontal), a


profundidade de sondagem é medida com cuidado e precisão
a partir da margem gengival.

Após este breve exame, novas avaliações são realizadas


somente se houver evidência de danos às estruturas que
sustentam os dentes no osso maxilar.

Essas avaliações adicionais incluem o que é chamado de


estado (condição) periodontal e avaliação radiográfica
(raios-X complementares).
Exame periodontal
básico

Índice de sangramento:
O sangramento indica inflamação
tecidual. Com uma sonda periodontal
introduzida no ‘’fundo’’ do sulco com
aplicação de força leve e movida
delicadamente ao longo da superfície
dentária (raiz) . Se o sangramento for
provocado na remoção da sonda, o local
examinado é considerado ‘’BoP’’-
positivo e consequentemente está
inflamado.
A sondagem clínica com a sonda periodontal para medir
as bolsas gengivais e o nível de inserção (“altura
óssea”), ambos de precisão milimétrica, é
indispensável para o diagnóstico de periodontite.

No exame clínico com a sonda periodontal, a


profundidade de sondagem é medida em até seis locais
por dente com precisão milimétrica. Especificamente, a
distância entre a margem gengival e a parte inferior da
bolsa é medida. Isso é chamado de profundidade
de sondagem.

Em locais saudáveis, a profundidade de sondagem é


de no máximo 3 mm. Em locais onde a periodontite já
causou a destruição do aparato de sustentação do
dente, a profundidade de sondagem pode ser de
4 mm ou mais.
Nível de inserção periodontal:

Distância da junção cemento-esmalte à base do sulco gengival/bolsa periodontal.

Em caso de retração gengival obtemos o nível de inserção somando a medida de retração


com a profundidade de sondagem (NIC=PS+RG).

Em caso de aumento gengival obtemos o nível de inserção subtraindo a medida do


aumento gengival com a profundidade de sondagem (NIC= PS - AG).

IMPORTANTE: O nível de inserção é o parâmetro que determina a extensão da


destruição dos tecidos periodontais. É único parâmetro que pode determinar se está
havendo perda progressiva do periodonto por conta da doença.
Mobilidade dental:

Deslocamento do elemento dental em 1 ou várias direções. A


mobilidade pode ser fisiológica ou patológica, por esta razão deve-se
determinar a origem da mobilidade dental estes: periodontal,
endodôntica, oclusal ou ortodôntica.

A mobilidade pode ser classificada em:


GRAU 0: mobilidade “fisiológica” de 0,1 a 0,2 mm na direção
horizontal.

GRAU 1: aumento da mobilidade de no máximo 1 mm na direção


horizontal.

GRAU 2: aumento da mobilidade em mais de 1 mm na direção


horizontal.

GRAU 3: grave mobilidade na direção horizontal e vertical,


interferindo na função do dente.
Lesão de
furca
A progressão da periodontite ao redor dos dentes
multirradiculares pode envolver a destruição das estruturas
de suporte da área da
ramificação.

Se verifica com uma sonda Nabers e classifica segundo a


perda de inserção periodontal horizontal.

GRAU 1: perda horizontal do tecido de suporte que não


excede um ⅓ da largura do dente (até 3 mm).

GRAU 2: pedra horizontal do tecido de suporte, além de


⅓ do dente, porém sem atravessar de ‘’lado a lado’’ a área de
furca. (maior que 3 mm).

GRAU 3: perda horizontal de tecido abrangendo a área


total da furca, sonda atravessa a furca de ‘’lado a lado’’
Achados do raio-
X
O diagnóstico de periodontite pode ser definitivamente
confirmado apenas com as radiografias essenciais. A
seleção das radiografias necessárias para o diagnóstico
da periodontite só pode ser feita após o exame clínico.
Isso previne a exposição excessiva à
radiação.

Nos casos mais simples, o exame radiográfico consiste


de 2 radiografias (interproximais) e no caso mais
extenso, o exame radiográfico consiste no que é
denominado uma “série radiográfica completa” com até
14 radiografias e/ou uma radiografia panorâmica.
As radiografias realizadas devem mostrar a altura óssea
ao redor do dente e permitir estimar a gravidade
da perda óssea.
Preenchimento
Periograma
Diagnóstico das lesões periodontais:

Gengivite: Gengivite é uma inflamação da gengiva


causada pela falta de higienização bucal e pelo
acúmulo de placas bacterianas. Ela provoca
vermelhidão ou arroxeamento da região, inchaço e
sangramento da gengiva.

A gengivite é o resultado dos efeitos do acúmulo de


placa bacteriana no longo prazo e costuma ser
causada por higiene deficiente ou mal orientada. A
placa, ou biofilme, é um material grudento feito de
bactérias, muco e resíduos de comida que se desenvolve
na parte exposta dos dentes. É também a maior
causa de cárie.

Se a placa não for removida, ela se transforma em um


depósito duro chamado de tártaro, que fica preso ao
dente. As bactérias e as toxinas produzidas pela placa e
pelo tártaro irritam as gengivas e as deixam
inchadas e sensíveis
Sintoma
s
Gengiva avermelhada ou arroxeada.

Inchaço na gengiva.

Sangramento na gengiva, principalmente durante a escovação e


durante o uso de fio dental.

Dentes parecem mais longos devido à retração da gengiva.

Gengivas se separam ou se afastam dos dentes, criando uma


bolsa.

A forma como os dentes se encaixam na mordida muda.

Secreção de pus ao redor dos dentes e da bolsa gingival. Mau

hálito constante ou gosto ruim na boca.


Tratamento para gengivite

O tratamento de gengivite consiste em eliminar as


causas para reverter os sintomas da inflamação e impedir
que ela progrida para algum problema grave.

Avaliação bucal e limpeza para remoção de toda a


placa presente na superfície dos dentes e tártaro.

Instruções para escovação correta e uso do fio dental


Incentivo de visitas regulares ao dentista para checkups
e eventuais limpezas.

Reparo de aparelhos ortodônticos, próteses e


restaurações que possam estar dificultando a higiene

O procedimento de limpeza de dentes é conhecido como


profilaxia. Nele, o dentista remove toda a placa acumulada
e o tártaro depositado na base do dente.
Periodontite
:

Periodontite é a inflamação e a
infecção dos ligamentos e dos
ossos que dão suporte aos dentes,
podendo causar o afrouxamento e a perda
permanente da dentição. Seus sintomas
mais comuns incluem mau hálito e
gengivas escuras e sensíveis.
Causas

A periodontite ocorre quando a gengivite, processo inflamatório


da gengiva, não é tratada e se alastra das gengivas para ligamentos
e ossos que dão suporte aos dentes. A perda desse suporte faz com
que os dentes fiquem soltos e acabem
caindo.

A placa bacteriana e o tártaro se acumulam na base dos dentes,


o que causa o desenvolvimento de um bolso entre as gengivas e
os dentes. Essa inflamação, com o tempo, acaba causando a
destruição dos tecidos e dos ossos que cercam o
dente.

Como a placa contém bactérias, é provável que haja


infecção também, o que pode levar ao desenvolvimento de um
abscesso dentário, aumentando a taxa de destruição óssea.
O tratamento para periodontite pode ser realizado da seguinte forma:

Raspagem e alisamento radicular: o processo


consiste na remoção das placas de tártaro e depósitos
de cálculos dos dentes.

Medicamentos: podem ser prescritos


antibióticos orais, tópicos, ou ambos, para o
tratamento da infecção.

Cirurgia: a cirurgia pode se indicada para a


eliminação das bolsas periodontais e para aplicação
de enxertos ósseos.

Extração: em casos de periodontite avançada, o


especialista pode avaliar
a extração dos dentes.

Tratamento dos fatores de risco: as condições


que provocaram o desenvolvimento da periodontite
também devem ser tratadas
Procedimento periodontal
básico:

Orientação da higiene bucal.

Motivação para a realização da


higiene bucal e
motivação para a
mudança de hábitos.

Controle mecânico do biofilme dental pela


técnica de Bass Modificada e uso do fio
dental.
Resumo de atenção básica à saúde: princípios e diretrizes. Disponível em:
<https://www.sanarmed.com/resumos-atencao-basica-a-saude-principios-e-diretrizes-ligas>. Acesso
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DE OLIVEIRA, A. P. Políticas Públicas, promoção e prevenção à Saúde no Brasil. Disponível em:


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PERFIL, V. PROTOCOLO DE PERIODONTIA - ANAMNESE, AVALIAÇÃO CLÍNICA PERIODONTAL,


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COSTA, S. Periodontite: o que é, tratamento e se tem cura . Disponível em:


<https://www.minhavida.com.br/saude/temas/periodontite>. Acesso em: 12 out. 2023

Referência

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