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ALEGRE
PROJETO DE INTERVENÇÃO
PARA 2017
SUMÁRIO
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ATIVIDADE 1 DO PORTFOLIO_ INTRODUÇÃO
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Eu me desempenho como medica da equipe da unidade de Vila Nova
que tem varias micro áreas todas cobertas com Agentes Comunitários neste
momento, consideradas de risco devido a que as maiorias das famílias que
aqui moram apresentam baixo nível sócio econômico, saneamento básico
inadequado, dificuldade na infraestrutura urbanística causada
fundamentalmente pelas invasões, ausência de sistema de drenagem nas ruas,
o que favorece o acumulo de água quando chove e a proliferação de vetores.
O projeto de intervenção na UBS foi sobre parasitoses intestinais na
idade pediátrica na comunidade de VILA NOVA, promoção e prevenção. Este
projeto constitui uma proposta para trabalhar com a prevenção e controle das
parasitoses intestinais nas crianças principalmente, da UBS, desenvolvendo
ações de saúde e propiciando conhecimentos e orientações aos pais e a
comunidade em geral, em relação a higiene ambiental e desse jeito lograr
melhorar a qualidade de vida da população.
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ATIVIDADE 2 DO PORTFOLIO _ ESTUDO DO CASO CLINICO
ANAMNESE
Identificação
Nome: C.B.S.D. C
Idade: 6 anos
Sexo: masculino
Escolaridade: Ensino Fundamental
Religião: Sem Religião
Estado Civil:_
Naturalidade: Inhangapi, PARA.
Residência Atual: Inhangapi, Vila Nova.
QUEIXA PRINCIPAL
Dor abdominal tipo cólica ao redor do umbigo
1ª Consulta Medica
Paciente de 6 anos de idade, com antecedentes de saúde apresentando há
uma semana queixas de dor de barriga tipo cólica ao redor do umbigo,diarreia
as vezes(semiliquida), diminuição do apetite e debilidade geral.
Interrogatório Sintomatológico
Sintomas Gerais: Dor abdominal tipo cólica, fraqueza, perda do apetite.
Cabeça e pescoço: Não tem queixas
Tórax: Não apresenta dificuldade respiratória
Abdome: dor abdominal difuso.
Sistema Nervoso: Sem alterações
ANTECEDENTES PESSOAIS:
FISIOLOGICOS
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Nascido de parto normal,normopeso ao nascer e o primeiro filho.
PATOLOGICOS:
Não apresenta
ANTECEDENTES FAMILIARES
Mora em inhangapi, Vila Nova, numa família funcional com um irmão de 4 anos
e seus pais.
Mãe: Viva com antecedentes de saúde.
Pai: Viva com antecedentes de saúde.
GENOGRAMA:
1980 1987
37 30
36
2011 2013
6 4
Condições de vida.
Alimentação: Não é muito variada,poucas frutas e verduras.
Casa de alvenaria, 2 quartos, 1 sala, cozinha, 1 banheiro, não têm adequada
disponibilidade dos residuais líquidos e sólidos.
Condições socioeconômicas: renda de salário não muito alto.
Exame Fisico
Somatoscopia:
Paciente normolineo que deambula sem dificuldade, com linguagem coerente
(acorde para sua idade), mucosa hipocoreada, hidratado, afebril ao toque.
Sinais Vitais:
Temperatura:
89 bpm
FR: 18 irpm
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Medidas Antropométricas: Peso 15 kg Altura: 109 cm
Estado Nutricional: (Índice de Massa Corporal): 12.6 Bajo Peso (BP)
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propostas de prevenção da doença de maneira educativa, através da troca de
experiências e reflexão sobre as suas práticas de higiene e prevenção.
No meu dia a dia no posto de saúde onde atuo sempre tento realizar o
trabalho organizado, do jeito que a população assistida, tenha facilidade para
cobrir as suas necessidades; habilitando o acesso aos serviços de saúde com
qualidade e sobre tudo que sejam resolutivos. A prevenção e promoção da
saúde são diferentes embora estejam imbricadas ou ligadas ambas são
estratégias de intervenção no processo saúde/doença e as ações de cada uma
implicam na melhoria da saúde da população por isso tem muita importância
diferencia-las para entender e encaminhar melhor nossas ações. Podemos
desenvolver ações para promover a saúde, mais que ter clareza de que isso
não depende só de nossas ações e sim de um trabalho coletivo e intersetorial,
onde individuo, profissionais de saúde, comunidade,escolas e outros trabalhem
em prol da qualidade de vida de todos.
A atenção primária caracteriza-se também pelos diferentes serviços que
oferece tais como promoção de saúde e prevenção das doenças as quais são
muito importantes porque constitui o principal objetivo de trabalho de atenção
primaria, alem disso se trabalha com atenção à saúde materno-infantil, atenção
às emergências, reabilitação, atenção paliativa, encaminhamentos quando for
preciso, proteção do paciente, educação em saúde e participação em
programas de saúde comunitária e de proteção da saúde.
A atenção pré-natal constitui uma fonte importante na prevenção de
doenças na grávida e o produto da gravidez e pra melhor cuidado e
acompanhamento deles durante esta etapa, porém o início precoce da mesma
e sua continuidade requerem preocupação permanente dos profissionais e
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principalmente da gestante. Eu e a minha equipe toda realizamos ações
importantes que permitem melhorar a pratica cotidiana encaminhadas pra
cobrir a população-alvo da área de abrangência da nossa unidade,
assegurando pelo menos alguns meses consultas de pré-natal e continuidade
no atendimento.
Temos que destacar o trabalho dos ACS e o apoio que eles oferecem,
pois permite a identificação precoce de todas as gestantes da comunidade e o
rápido início do pré-natal. As gestantes são cadastradas depois de confirmada
a gravidez, por intermédio do preenchimento da ficha de cadastramento do
SISPRENATAL ou diretamente no sistema para os serviços de saúde
informatizados, fornecendo e preenchendo o Cartão da Gestante; assim como
a classificação dos riscos na gravidez e a avaliação por outro especialista
quando for necessário. Não contamos com o serviço de urgência/emergência
obstétrica; pelo que garantimos uma atenção pré-natal de excelência e desse
jeito lograr um melhor cuidado da mulher e a criança.
Realizam-se também programas educativos relacionados com a saúde sexual
e saúde reprodutiva.
Em quanto á puericultura realizamos diferentes ações, como palestras
sobre temas de interes pra as mães como a importância do aleitamento
materno exclusivo (orientado desde a atenção pré-natal) complementado com
alimentação segundo o esquema de ablactação após dos seis meses, além
disso se orienta sobre como evitar os acidentes na casa com as crianças,
orienta-se sobre a importância de manter as vacinas atualizadas, assim como
crescimento e desenvolvimento adequado das crianças entre outras atividades
de promoção e prevenção ou complicações nas crianças e desse jeito garantir
o fortalecimento do vínculo familiar com a UBS.
Temos controle dos pacientes com doenças crônicas por meio das consultas
programadas pra melhor acompanhamento e trabalhamos pra diminuir a
incidência destes. O desafio está no fato de promover mudanças e discussões
necessárias para a promoção das ações de saúde no território. Cotamos com
apoio da nova gestão, profissionais de saúde e da comunidade toda o que
possibilita o melhor desenvolvimento no processo de reabilitação psicossocial e
da vivência no espaço da cidade.
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E importante assinalar que na área onde atuo temos pacientes com
doenças de Saúde Mental já diagnosticada pelo que garantimos o atendimento
deles com a qualidade que requer assim como as interconsulta com o
Psiquiatra para avaliação e acompanhamento até lograr uma compensação
definitiva destes pacientes utilizando mais a terapia psicológica que os
medicamentos mesmos, pois assim evita-se que eles façam dependência dos
psicofarmacos ou ansiolíticos (dependência química ).
A infecção por parasitas constitui outra das doenças importantes que temos na
nossa área de abrangência principalmente nas crianças sendo um desafio
muito grande pela incidência desta doença na comunidade. A infecção
parasitária está distribuída praticamente por todo o mundo, e são elevadas as
taxas de prevalência em numerosas regiões. A má-absorção, a diarreia, a
perda de sangue, a capacidade diminuída de trabalho, a reduzida taxa de
crescimento e outro como anemia ferropriva devido ás infecções parasitariam
intestinais, constituem importantes problemas sanitários e sociais, pelo que é
muito importante trabalhar com a prevenção e controle das parasitoses
intestinais nas crianças desenvolvendo ações de saúde que permita combater
os tipos das parasitoses que afetam as crianças.
A população convive ainda com subalimentação, educação e saúde
precárias que influem na má qualidade de vida das crianças,dessa maneira a
infecção parasitaria refletem as condições de vida de diferentes comunidades
com boa margem de segurança. Assim enfatiza se a necessidade de criar
estratégias de ação para combater e prevenir estas infecções, respeitando se
as peculiaridades culturais destas populações, visando o engajamento
comunitário, a fim de desenvolver com sucesso os programas de controle
desses quadros parasitários.
Nossa equipe com o apoio dos ACS e em conjunto com a comunidade
trabalha promovendo saúde para evitar aparição de casos novos fazendo
atividades educativas comunitárias, palestra sobre medidas de controle
higiênico sanitário, orientações adequadas sobre a disposição de residuais
líquidos e sólidos e outros temas de importância prá população.
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4 ATIVIDADE 4 DO PORTFÓLIO. VISITA DOMICILIAR/ ATIVIDADE NO
DOMICÍLIO.
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Tem como objetivo a reorganização do processo de trabalho das equipes
que prestam cuidado domiciliar na atenção básica, ambulatorial, nos serviços
de urgência e emergência e hospitalar, com vistas à redução da demanda por
atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários
internados, a humanização da atenção, a de institucionalização e a ampliação
da autonomia dos usuários. (Ohara ECC, 2008).
12
horas/dia, definidas previamente como referência para o usuário, nos casos de
intercorrências.
13
Alem disso trabalhamos seguindo os componentes fundamentais da
APS, dando prioridade também á educação em saúde, saneamento ambiental,
programas como a saúde materna infantil, idosos, a imunização, planejamento
familiar, prevenção de endemias locais dentre outras questões pelo que a visita
domiciliar é um elemento central na atenção primaria.
São realizadas geralmente pelo medico e enfermeira porem quando os casos
precisam avaliação por outros profissionais como Fisioterapeuta, Psicólogo,
Nutricionista, etc coordenamos com antecedência a visita em conjunto.
Na unidade contamos com um livro de controle das VD, no qual fazemos a
programação, registramos todos os agendamentos e as principais observações
da equipe durante as visitas o que permite uma maior organização e controle
de nosso trabalho.
Na minha agenda eu tenho planejada a visita domiciliar todas as quintas
feiras de manhã e às vezes o até a tarde que geralmente isso acontece quando
faço as visitas nas zonas rurais, eu faço de 6 ou 7 visitas, de conjunto com os
ACS e a técnica de enfermagem.
Iniciamos as visitas com a abordagem clínica do caso prioritário, logo
realizamos a abordagem familiar, identificamos situações de risco e,
posteriormente, oferecemos as orientações, os cuidados, e os
encaminhamentos pertinentes de acordo com a especificidade do caso e da
família. Muitas vezes nas visitas domiciliares percebemos que o usuário e sua
família não seguem as orientações da forma adequada.
Durante as visitas os procederes que mais realizamos são a aferição da
pressão arterial e da glicemia capilar em diabéticos, os exames laboratoriais
são solicitados regularmente e feitos no domicilio sem dificuldade pelo pessoal
dos laboratórios. Os exames são levados pelos familiares ou cuidadores á
unidade, avaliados e evoluídos no prontuário e dependendo dos resultados é a
conduta medica e da equipe em geral.
Outra coisa muito importante é observar o entorno e as condições
ambientais, higiênicas e socioeconômicas, assim como as características da
moradia ,os depósitos de água potável e o destino adequado dos dejetos do
lixo e a existência de animais tais como cachorro, gato e outros.
No caso das famílias onde moram crianças se beneficiam muito com esta
modalidade,pois nestes casos se aproveita o espaço pra orientar aos pais e em
14
geral a família e comunidade sobre como prevenir as doenças parasitarias nas
crianças pois tem que conhecer que elas tem relação direta com as condições
dos hábitos alimentares e de higiene e das condições sanitárias da
comunidade direcionando medidas gerais pra prevenção desta doença mais
frequente nesta faixa etária.
Acho que com a visita domiciliar consegue se entrar na vida das
pessoas de uma maneira diferente porque a gente conhece a família , como ela
mora,então não é só a doença, tem a oportunidade de fazer as pessoas
melhorarem de vida ou buscarem essa melhoria, além disso,acho que nós
chegamos ao cumprimento de nosso objetivo mas a família precisa de
acompanhamento.
A população agradece muito este tipo de ação e sempre é gratificante
olhar o sorriso dos pacientes quando olham chegar o médico e a equipe até
sua própria casa, já só com esse fato é uma vitória para as mudanças que se
precisam para conseguir melhor qualidade de vida e saúde no povo.
15
5 ATIVIDADE 5 DO PORTFÓLIO. REFLEXAO CONCLUSIVA
16
município onde trabalho, aplicando os protocolos de atuação, além disso,
conhecendo as distintas repartições como secretaria de saúde e prefeitura, em
função de um objetivo comum pra melhorar a saúde da população. Tenho que
reconhecer que a falta de internet dificultou um pouco o desempenho pra este
curso, porque em alguns momentos, não foram enviadas as tarefas dentro do
prazo, mais mesmo assim agradeço sua compreensão e paciência porque
para mim foi muito difícil, me adaptar a uma nova situação, onde por primeira
vez realizei trabalhos e estudos numa plataforma digital, já que para mim foi
uma nova forma de ensino, minha primeira oportunidade de fazer um curso de
especialização a distancia. Com o acumulo de ferramentas oferecidas pelos
tutores, pela própria plataforma e por uma equipe sempre disposta ajudar ante
alguma dificuldade ou esclarecimento de dúvidas que apresentei no transcurso
do curso,constitui algo positivo na minha trajetória como pessoa e como
profissional principalmente,pelo que cada dia vou me sentir melhor preparado
para o enfrentamento de novas tarefas na Atenção Primária da Saúde
17
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
WWW.uff.br/.../A_VISITA_DOMICILIAR_NO_MBITO_DA_AT.
www.fantaproject.org/sites/.../FANTA-BMI-charts-Enero2013-ESPANOL
18
ANEXO 1 PROJETO DE INTERVENCAO
PARÁ 2017
19
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE
PORTO ALEGRE
PARÁ 2017
20
RESUMO
21
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 5
2 PROBLEMÁTICA .................................................................................. 7
3 JUSTIFICATIVA .................................................................................... 8
4 OBJETIVOS .......................................................................................... 28
4.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 28
4.2 Objetivos Específicos............................................................................. 28
5 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................. 29
6 METODOLOGIA .................................................................................. 34
6.1 Sujeitos da Pesquisa ............................................................................... 34
6.2 Estratégias e Ações ................................................................................ 34
6.2.1 Roda de Conversa nº. 1 ....................................................................... 36
6.2.2 Roda de Conversa nº 2 ........................................................................ 37
7 CRONOGRAMA ......................................................................................... 20
22
1 INTRODUÇÃO
23
Dessa maneira, pode-se dizer, com boa margem de segurança, que a infecção
parasitaria reflete as condições de vida de diferentes comunidades.
Enfatiza-se a necessidade de criar estratégias de ação que venham
combater e prevenir essas infecções, respeitando se as peculiaridades
culturais dessas populações, que visem o engajamento comunitário, a fim de
desenvolver com sucesso os programas de controle desses quadros
5
parasitários.
24
2 PROBLEMÁTICA
Questões norteadoras:
25
7
3 JUSTIFICATIVA
26
estabelecer equipes de saúde integradas no controle da doença, levando à
população ao norteamento dos cuidados básicos preventivos. A estratégia será
baseada em ações de saúde para prevenção dos parasitas e, além das oficinas
e palestras, reuniões, serão feitas visitas domiciliares para conscientizar a
população sobre a necessidade de ajudar na prevenção das parasitoses.
Caminhadas, atividades lúdicas e exibição de vídeos auxiliarão, também, no
esclarecimento dos cuidados básicos imprescindíveis a serem tomados.
27
4 OBJETIVOS
28
10
5 REVISÃO DA LITERATURA
29
higiene, observada, sobretudo na infância. Dentre esses parasitas, destaca-se
o Ascaris lumbricoides, com alta incidência no Brasil e no mundo.
As ascaridíases, ancilostomíases e tricocefalíases representam as
parasitoses intestinais mais frequentes no Brasil (REY, 2010). Na década de
70, o inquérito realizado pela superintendência de campanhas de saúde
Pública/ Ministério da Saúde em 21 estados, mostrou que a A. lumbricoides e a
T. trichiura apresentam as maiores frequências relativas, 52,6% e 36,6%,
respectivamente. (BRASIL, 2008, apud ALVES, 2008).
A ausência ou insuficiência de condições mínimas de saneamento
básico e práticas inadequadas de higiene pessoal e doméstica são os
principais mecanismos de transmissão dos parasitas intestinais.
Aproximadamente, um terço da população urbana dos países desenvolvidos
vive em condições ambientais propícias a disseminação dos parasitas. Embora
apresentem baixa taxa de mortalidade, as parasitoses intestinais ainda
continuam representando um significativo problema de saúde pública, haja
vista o grande número de indivíduos afetados e as alterações orgânicas que
podem provocar, inclusive, sobre o estado nutricional (PRADO et al, 2011).
Está bem estabelecido que as parasitoses intestinais são mais
frequentes em regiões menos desenvolvidas, considerado o sentido mais
amplo da palavra. Nos países subdesenvolvidos, as parasitoses atingem
índices de até 90%, ocorrendo um aumento significativo da frequência à
medida que piora o nível socioeconômico. No Brasil, os problemas envolvendo
as enteroparasitoses tomam uma grande proporção, devido às condições
socioeconômicas, à falta de saneamento básico, educação sanitária e hábitos
culturais. O último levantamento multicêntrico das parasitoses intestinais,
realizado no país revelou uma prevalência de 28,5% em escolares com idade
de sete a quatorze anos. (LUDWIG et al., 2009).
A verminose é uma doença causada pela infestação de parasitas no
organismo, tanto em criança como em adultos, e para prevenir que os
diferentes tipos de parasitas se instalem no organismo é importante seguir
algumas medidas, como: (PRADO et al, 2011).
Beber água filtrada, fervida ou desinfetada com hipoclorito de sódio;
Evitar andar descalço;
Cortar e manter limpas as unhas;
30
Lavar as mãos antes das refeições;
Lavar os utensílios domésticos com agua potável;
Lavar e cozinhar bem os alimentos;
Manter limpas as instalações sanitárias e lavar as mãos após utilizá-
las. 12
Qualquer medida profilática e de tratamento para vermes deve ser
repetida por todos os membros da família, as consequências de uma infecção
por parasitas depende do tipo de verme que se instalou no organismo, mas de
forma geral pode causar náusea, sangramento intestinal, anemia, perda de
peso intensa, flatulência, dor ou desconforto abdominal, fezes volumosas e
fétidas, diarreia, febre, e em crianças pode ocorrer retardo do crescimento.
(LUDWIG et al., 2009).
A promoção de saúde para o controle das parasitoses intestinais é
importante para melhorar a qualidade de vida e saúde. Essa ação pressupõe a
necessidade de atividades de educação em saúde (Sicoli, 2010), importante
instrumento para a garantia de melhores condições de saúde. Esta aplicação é
fundamental para as crianças, pois ajuda a desenvolver nelas a
responsabilidade perante o seu próprio bem-estar, a praticar hábitos saudáveis
e contribuir para a manutenção de um ambiente saudável. (MARINHO DE
QUADROS, 2011).
A qualidade em saúde, sua prevenção e manutenção são os principais
problemas enfrentado nos países em desenvolvimento e de um modo geral as
informações sobre a prevalência de helmintos no Brasil são escassas ou nulas
para determinadas regiões. (MARINHO DE QUADROS, 2011).
Há casos leves ou assintomáticos, nos quais os sintomas são
inespecíficos, tais como anorexia, irritabilidade, distúrbio do sono, náuseas,
vômitos ocasionais, dor abdominal e diarreias os quadros graves ocorrem em
pacientes com maior carga parasitas e/ou desnutridos. O aparecimento ou
agravamento da desnutrição ocorre a traves de vários mecanismos tais como
lesões da mucosa (G. duodenalis, N. americanos, Strongyloides stercolaris).
(NEVES MELO LINARDI, 2010).
O acometimento intestinal é acompanhado de dor, epigastralgia,
náuseas, vômitos, e diarreias, àss vezes sanguinolentas, e até mesmo
constipação. A anemia é o principal sinal de ancilostomose apresentando um
31
quadro de deficiência de ferro e hipoproteinemia na fase crônica da doença.
(NEVES MELO LINARDI, 2010).
A reação alérgica aos antígenos parasitários pode causar edema ou
urticaria, nas infeções maciças, ocorrem lesões hepáticas com pequenos focos
hemorrágicos e de necrose evoluindo para fibroses. Ocorrem também lesões
pulmonares causadas pela forma larvar que pode ser determinado por um
quadro pneumônico com febre e tosse, dispneia, e eosinofilia. Na Síndrome de
Loeffer, quadro pulmonar mais grave. A complicação mais comum é o quadro
de obstrução intestinal devido ao envolvimento de parasitos na luz do intestino
13
(SUDRE, 2011).
As manifestações variam desde casos desde formas assintomáticas
até formas graves. A dermatite larvária pode ocorrer nos pés, nas mãos, nas
nádegas, ou na região ano genital. Podem estar presentes dor abdominal ou
epigástrica, anorexia, náuseas, vômitos, perda de peso, diarreia secretora ou
esteatorreia, desnutrição proteico calórica. (SUDRE, 2011).
A gravidade dependerá da carga parasita como também da faixa etária
do hospedeiro e estado nutricional, geralmente as pessoas queixam dores de
cabeça, náuseas e aumento da frequência de evacuação. (NEVES; MELO;
LINARDI, 2010).
O doente pode apresentar diarreia sanguinolenta, dor abdominal,
tenesmo e outros sintomas. Há possibilidade para a evolução de formas graves
das doenças e particularmente a hepatomegalia podendo levar à morte. As
formas medulares agudas também são particularmente podem ser graves, pois
podem levar à paraplegia. (NEVES; MELO; LINARDI, 2010).
A evolução pode ser assintomática ou apresentar sintomas específicos
como fadiga, irritabilidade, cefaleia, anorexia, náuseas, dor abdominal, perda
de peso, diarreia ou constipação, e em alguns casos obstrução intestinais. A
neurocistercose é a forma mais grave com quadro de convulsões, hipertensão
intracraniana, cefaleia, meningites e distúrbios psíquicos. É a principal causa
de epilepsia em habitantes de áreas endêmicas (FREITAS et al., 2011).
A amebíase intestinal caracteriza-se pela presença de úlceras no colón
sigmoide o reto. O abcesso amebiano é a forma mais comum da amebíase
extraintestinal. Decorre da emigração dos tropófitos através da veia
32
mesentérica superior até o fígado, onde causa inflamação degeneração e
necrose (SANTI ROCCA, 2009).
Diarreia de tipo aquosa, explosiva, acompanhada de distensão e dor
abdominal. A giardíase pode levar a má absorção de açucares, gorduras e
vitaminas A, D, E, K.B12, Ácido fólico, ferro, zinco (MELO, 2014).
A Promoção de Saúde é uma estratégia defendida pela OMS, tendo
como componente essencial o estabelecimento de políticas públicas que
favoreçam o desenvolvimento de habilidades pessoais e coletivas visando à
melhoria da qualidade de vida e saúde. Essa ação pressupõe a necessidade
de atividades de Educação em Saúde, importante instrumento para a garantia
de melhores condições de saúde. (MELO, 2014).
14
A Educação em Saúde no controle das parasitoses intestinais tem se
mostrado uma estratégia com baixo custo capaz de atingir resultados
significativos e duradouros. As práticas educativas se mostram tão eficazes
quanto o saneamento básico, sendo superiores ao tratamento em massa em
longo prazo. Entre as atividades educativas propostas para a prevenção de
doenças parasitológicas destacam-se o uso dos jogos educativos (SANTI
ROCCA, 2009).
O ambiente lúdico do jogo é um espaço privilegiado para a promoção
da aprendizagem. Nele o participante enfrenta desafios, testa limites, soluciona
problemas e formula hipóteses. Por meio do jogo, a criança dirige seu
comportamento, não pela percepção imediata dos objetos, mas pelo significado
da situação, havendo uma exigência de interpretação constante. Nesta
perspectiva, há uma quebra da sua subordinação ao texto, na medida em que
o receptor torna-se um leitor com capacidade interpretativa sobre as
mensagens que lhe são oferecidas (NEVES; MELO; LINARDI, 2010).
É muito importante assinalar que o saneamento básico e a higiene
pessoal e domiciliar inapropriadas são fatores que favorecem a contaminação
da população por parasitas intestinais, daí a importância de se trabalhar para
evitar que isso aconteça. Medidas preventivas simples se tomadas e
transformadas em hábitos diários, são capazes de proteger a família toda.
33
6 METODOLOGIA
34
O primeiro é realizar a coleta de informações por meio de uma enquete
feitas aos pais das crianças que estejam presentes nas consultas em que há
sintomas de parasitose intestinal, positividade nos exames parasitológicos de
16
fezes, e identificação dos tipos de parasitoses que mais afetam as crianças.
Determinar a faixa etária nas crianças.
O segundo passo é quando a equipe da UBS írá apresentar os tipos de
prevenção no combate dos parasitas. Devem ser identificados os principais
parasitos que acometem as crianças e devem ser avaliadas as causas
consideradas como mais importantes.
O terceiro passo será realizar através de atividades dinâmicas e rodas
de conversa para orientar os pais com relação à higiene doméstica pessoal,
ambiental e à qualidade da água.
Portanto, para que os objetivos sejam alcançados,, primeiro deverá ser
realizada a enquete aos pais das crianças que assistam a consulta dos filhos
com sintoma de parasitose intestinal e positividade em exame parasitológico de
fezes, com a finalidade de obter dados e identificar os tipos de parasitas que
afetam as crianças, as causas, o início dos sintomas e a sua evolução. Após a
enquete serão agendadas as consultas individuais e grupais. Os dias
planejados para as consultas são todas as quarta feiras no horário de 08:00 às
12:00n horas. Para apresentar os tipos de prevenção no combate dos
parasitas, os pais devem ser orientados com relação à higiene ambiental,
qualidade da água através de palestras educativas.
O método vivencial proposto para o desenvolvimento deste projeto será
baseado nas rodas de conversas temáticas e dinâmicas, por configurar-se
como metodologia ativa favorecedora de espaços para reflexões e discussões.
Participarão das oficinas temáticas os pais e toda a comunidade
previamente , selecionada.
35
Serão apresentadas tabelas para que se possa refletir sobre os dados,
sendo que cada tabela será feita de acordo com osexo e o grupo etário da
criança.
A equipe identificará, a partir do número de famílias cadastradas, o
perfil socioeconômico, condições de saneamento básico, habitação e principais
problemas encontrados na área, dentre outros aspectos que serviram como
princípios norteadores das condições gerais, da população adstrita, aspectos
17
esses que auxiliaram na abordagem com os participantes do processo
educativo. Haverá, também, a disponibilização do cronograma das atividades
da Unidade Básica de Saúde (UBS) para a identificação da existência e
periodicidade de ações educativas.
O contato com as famíliase e a aproximação com a população será
facilitado por intermédio de um Agente Comunitário de Saúde (ACS) da área,
visto que para o desenvolvimento do estudo e elaboração de estratégias de
intervenção fez-se necessário o reconhecimento da área e dos fatores
socioeconômico culturais contribuintes às parasitoses.
O primeiro contato se dará no domicílio. A visita domiciliar
proporcionará tanto uma aproximação com as famílias, como a identificação
dos fatores de risco domiciliares para a aquisição das enteroparasitoses como,
também, uma visão real das condições de moradia, saneamento básico e
comportamento de risco.
As crianças com os pais terão que comparecer a cada três semanas ao
consultório, onde todos os dados serão registrados no prontuário.
Serão feitas a coleta dos exames parasitológicos Os exames
laboratoriais de fezes funcionarão como uma estratégia para identificar os
agravos mais frequentes causados por parasitas na área e, com isto, direcionar
o processo educativo.
36
adulto, sendo as ações de promoção da saúde fundamentadas em atividades
de educação em saúde.
Em relação à abordagem ao público infantil, acontecerá de forma
interativa, utilizando-se de estratégias como: teatro de fantoches, em que será
trabalhado o tema “práticas corretas de higiene pessoal e alimentar”, com
ênfase em informações e cuidados para a prevenção e o risco de adquirir
parasitoses com uso do lúdico. Serão usados crachás personalizados, para
uma maior interação com o grupo; dinâmicas com uso de figuras sobre práticas
saudáveis, a fim de promover o diálogo e a interação com o público. Serão
utilizadas, também, como estratégia metodológica para a avaliação da
compreensão das crianças, quanto ao conteúdo trabalhado, placas verdes, que
18
37
7 CRONOGRAMA
CALENDARIO
Ações 2017
M A M J J A
Apresentação da proposta de x
intervenção a equipe de saúde
Elaboração do projeto de intervenção x x x
Planejamento/organização das x x
atividades
Entrega dos convites aos x
pacientes pelo ACS
Consulta coletiva x x
Consulta individual x
Apresentação do projeto x x
38
20
8 RECURSOS
Recursos humanos:
Recursos Materiais.
39
21
9 RESULTADOS
22
40
Tabela 2: Resultados de exames de fezes por grupo etário e sexo
Grupo Etário
Lactante Pré-Escolar Escolar
Resultado Total %
29 dias a 2 2 a 7 anos 7 a 10anos
anos
Positivo
Sexo
Masculino
Feminino
Fonte: Prontuários da UBS VILA NOVA
41
23
10 ANEXOS
42
24
REFERÊNCIAS
1. ALVES MS, Vilela MAP, Barbosa NR, Alves RMS, Rezende MC. Incidência de
parasitoses em escolares da escola municipal de educação infantil “Sant Ana
Itatiaia”, Juiz de Fora - MG e sua possível correlação com a qualidade da água para
consumo. RBAC 1998; 30(4): 185 -7.2
5. CODY MM, Sottnek HM, O’Leary VS. Recovery of Giardia lamblia cysts from
chairs and tables in child day-care centers. In. American Public Health
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