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MÓDULO

Doença
Celíaca

DIRETRIZES NACIONAIS PARA DIAGNÓSTICO,


TRATAMENTO E ACOMPANHAMENTO DOS
INDIVÍDUOS COM DOENÇA CELÍACA
A doença
celíaca
Unidade 1

Aula 3
bem-
vindo!
UNI Doença Celíaca, Segurança
DA
DE
1 alimentar, e o direito humano
à alimentação adequada
AULA 3

VÍDEOAULA
Unidade 1 - Aula 3
Disponível na plataforma do curso!

Existem inúmeros fatores envolvidos quando se analisa a doença celíaca vinculada à


segurança alimentar e ao direito humano à alimentação adequada. A ideia de acesso
aos alimentos, o que é muito distinto de disponibilidade, associa-se a importância
da qualidade dos alimentos consumidos, considerando-se entre outros fatores, que
não estejam contaminados por glúten durante o seu processamento ou manuseio
(BELIK; CHAIM, 2009; DE PAULA et al., 2014).

O celíaco deve ter acesso às opções alimentares de aporte nutricionais equivalentes


aos alimentos a que possui restrição, além de, obrigatoriamente, ter contato perma-
nente com informações pertinentes a sua qualidade de vida e promoção da saúde.
Para melhor adesão à dieta, sua soberania alimentar deve ser respeitada, consi-
derando que a inclusão de novas práticas alimentares pode significar uma ruptura
com a identidade individual e cultural; a alimentação de cada cidadão não pode ser
deslocada da sociedade (TEIXEIRA, 2012).

Neste sentido, observa-se que a percepção das famílias no pós-diagnóstico tem ca-
racterísticas bem conhecidas na literatura psicológica. São comuns sentimentos de
medo, negação, lamentação ou vitimização. É importante lembrar que o celíaco pre-
cisará de orientação e acolhimento para aprender a responsabilizar-se por seu tra-
tamento, como a marcação de exames, o agendamento de consultas e de retornos.

Nesta perspectiva, de orientação e apoio ao celíaco a fim de garantir sua segurança


alimentar e nutricional, é importante salientar a Política Nacional de Alimentação e
Nutrição (PNAN), que visa à promoção da alimentação adequada e saudável, a vigi-
lância alimentar e nutricional.

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Uma vez que a política age em conjunto com a Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB), os profissionais da atenção básica, principalmente da porta de entrada do
fluxo do SUS, se constituem em parceiros essenciais para a efetivação desta política;
para tanto, visando à gestão e qualificação da força de trabalho, a PNAN apresenta
importantes materiais como o Guia Alimentar para a População Brasileira.

A PNAN também monitora, a partir de recursos como o Sistema de Vigilância Ali-


mentar e Nutricional (SISVAN), o aparecimento de agravos que atingem o estado
nutricional da população.

A participação e controle social da PNAN acontecem em conjunto a grupo de celía-


cos, associados ou não, como a Federação Nacional das Associações de Celíacos do
Brasil (FENACELBRA), no caso da doença celíaca.

SAIBA MAIS
Veja no GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA
sugestões que enriquecem o cardápio dos celíacos e maneiras de
valorizar seus hábitos alimentares.

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SAIBA MAIS
O que é a ACELBRA? Como estabelecer contato?
Conheça mais sobre a ACELBRA acessando:

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LEITURA
COMPLEMENTAR
Conheça a Rede da Sociedade Civil para a Segurança Leia mais sobre “O Direito Humano à Alimentação
Alimentar e Nutricional na Comunidade de Países da Adequada e o Sistema Nacional de Segurança Ali-
Língua Portuguesa (REDSAN-CPLP) mentar e Nutricional”

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REFÊRENCIAS

NADAL, Juliana et al. O PRINCÍPIO DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA


E A DOENÇA CELÍACA: AVANÇOS E DESAFIOS. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saú-
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PMC4976763/

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