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Seletividade Alimentar

Estratégias para a família

Refeições em família

Espaço que favorece a interação emocional entre os pais e


filhos e permite o aprendizado das habilidades de
comunicação, socialização e divisão.
✓ Sentar-se com a criança à mesa e comer ao mesmo
tempo;
✓ Eliminar distrações (celulares, televisão, brinquedos,
etc.);
✓ Deixar a comida exposta em travessas, próximas à
criança;
✓ Usar utensílios (garfo, faca, prato e copo) adequados à
idade da criança;
✓ Envolver a criança na arrumação da mesa, antes e
depois da refeição;
✓ Envolver a criança no preparo das refeições.

Brincar com os alimentos


Ao contrário da crença popular “não brinque com a
comida!”, envolver a brincadeira na alimentação pode ser
um meio para mudar o comportamento.

✓ Carimbos de maçãs ou batatas cortadas;


✓ Cortar os alimentos em formatos diferentes e
divertidos;
✓ Fazer rostos com vegetais;
✓ Fazer castelos com farinhas de milho;
✓ Usar alimentos como peças de tabuleiros;
✓ Esconder objetos no iogurte ou gelatina;
✓ Alimentos como carga de um caminhão ou avião;
✓ Utilizar a comida como meio para ensinar as cores ou
conceitos de matemática;
✓ Usar migalhas, grãos ou macarrão para enfeitar uma
imagem ou um objeto.

Utilizar a linguagem adequada

Redefina o termo “experimenta!”. Para uma criança que


não esta familiarizada com um alimento, utilizar algum
tipo de pressão verbal pode ser assustador.
Sugestões para substituir o termo “experimenta!”

✓ Que cheiro tem isso?


✓ Quer sentir na sua mão?
✓ Veja quantas cores tem!
✓ Quer pegar com um garfo ou guardanapo?
✓ Quer ser amigo desse alimento?
✓ Faz carinho!
✓ Dá um beijinho nele!
✓ Que tal lamber?
Lembre-se!! A criança NÃO precisa comer o alimento em
um primeiro contato, apenas explorá-lo com os diversos
sentidos.

Estabelecer uma rotina

Organizar uma rotina e estabelecer oportunidades para


seu filho comer é essencial para ajudá-lo a aumentar o
interesse e desejo de consumir alimentos

Faça um quadro de rotina:

✓ Coloque em um cartaz ou papel as atividades


realizadas no dia a dia do seu filho;
✓ Intercale entre essas atividades os momentos de
alimentação;
✓ Envolva seu filho na definição dos horários e
sequência das atividades;
✓ Envolva seu filho na construção do quadro;
✓ Fixe o quadro em local de fácil visualização.

Expandir o cardápio
Para aumentar a diversidade de alimentos que a criança
consome é necessário conhecer, primeiramente, aquilo que
ela atualmente aceita e gosta.

1º passo: Faça uma lista com os alimentos que seu


filho prefere em características sensoriais

✓ Organizar em relação:

o Sabor (doce, salgado, azedo, etc.);


o Texturas (mole, seco, molhado, etc.);
o Cor;
o Cheiro;

2º passo: Inserir novos alimentos

✓ Os novos alimentos devem ser parecidos com aqueles


que a criança já conhece, seguindo as características
sensoriais;
✓ Ex: Cloé, 3 anos:

o Alimentos que aceita: filé de frango, peixe à milanesa,


arroz branco, requeijão, pera, banana, melão, leite com
suplemento sabor baunilha, biscoitos doces sem recheio,
ovo cozido, queijo branco, bisnaga doce, vitamina de leite
com banana, suco de laranja ou caju, macarrão na
manteiga, somente espaguete.

o Alimentos que recusa: legumes e verduras, carne,


demais frutas (suco ou in natura), outros formatos de
macarrão, outros biscoitos e pães salgados.

o Lista de alimentos por preferências sensoriais:

Textura: crocância e maciez;

Sabor: doce;

Cor: clara (branco ou amarelo-claro).


3º passo: Tornar os alimentos menos amedrontadores

✓ Seguir a abordagem da “dessensibilização”:


primeiro a criança pode apenas olhar para o alimento
e, com o tempo, deve-se encorajá-la a tocar, cheirar e
até lamber. Ainda, pode-se dar a criança a opção de
cuspir o alimento, caso ela não queira engoli-lo.

4º passo: Apresentar os alimentos de forma repetitiva

✓ Todas as crianças precisam de exposição repetitiva


antes de se sentirem confortáveis com um alimento;
✓ Sempre que possível, faça refeições em família;
✓ Coloque as travessas de comidas expostas nas mesas;
✓ Utilizar a brincadeira para reforçar a alimentação.

Referência:
JUNQUEIRA, P. Por que meu filho não quer comer?. 1 ed. Ideia Editora: 2017.

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