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Orientações para a alimentação infantil

“Durante os primeiros anos de vida, os bebês e as crianças pequenas têm de aprender a


fazer a transição do consumo exclusivo de leite para alimentos sólidos. Eles também precisam
aprender a se alimentar sozinhos e a reconhecer os sinais emitidos por seus corpos, tais como a
fome e a saciedade. Além disso, têm de aprender a lidar com as próprias emoções.”

Equilíbrio alimentar

● Quantidade: para suprir suas necessidades


● Qualidade: ter um componente de cada grupo
● Variedade: o prato não pode ser monótono
● Suplemento: se for necessário

Introdução alimentar

● Recomenda-se que os pais introduzam apenas um novo tipo de alimento por vez e
esperem alguns dias ou uma semana para oferecer algo novo. Isso permite que a criança
acostume com o sabor
● Pode levar dez ou mais tentativas em diferentes dias até que uma criança passe a
apreciar um novo alimento. Pode ser que em um primeiro momento recusem, mas em
outra oportunidade a criança esteja disposta a provar.
● Se seu filho faz careta e vira o rosto diante de uma colher com um alimento novo, pode-se
tentar novamente em outra ocasião, servindo uma porção menor acompanhada de um
alimento do qual goste, ou também tentar um outro tipo de preparo (ex: batata cozida,
batata assada, amassada, em cubos…) As porções serão aumentadas gradativamente
com o tempo.
● Se a criança cospe, engasga ou vomita o alimento é melhor não oferecer novamente
para evitar a criação de memórias emocionais negativas em relação à alimentação.
● “Você DEVE elogiar seu filho pelas tentativas bem-sucedidas de alimentação, como por
exemplo “que garotão você já é, já consegue levar a colher até a boca e comer sozinho”,
mas NÃO DEVE elogiá-lo pela quantidade de alimento que comeu, ou expressar
preocupação caso tenha comido pouco. Você não pode transformar a quantidade de
comida ingerida em uma prova de desempenho.”

Alimentação independente

● Uma criança que demonstra interesse em pegar a colher, se alimentar deve ser permitido
que o faça sem pressioná-la, e mesmo que haja sujeira.
● Antes de pegar a colher também pode ser incentivado a ingestão de alimentos que a
criança consegue pegar com as mãos e comer de forma independente.
● Para ter uma maior chance de que a criança coma o suficiente, e também estimule o uso
do talher, pode-se usar duas colheres, uma para a criança e uma para o responsável, é
mais provável que ele aceite a colher do adulto neste momento.
● Crianças com medo de ficar “lambuzada” ou dificuldades sensoriais precisam ser
encorajadas a tocar a comida e se acostumar a ter certos alimentos nas mãos, ao invés
de limpá-las quando se sentir desconfortável.

Trazendo a criança para a mesa


● Crianças pequenas já estão prontas para comer alimentos com as mãos como cereais,
pães, legumes cozidos, frutas e pedaços de massa.
● Dar a sensação de que estão no comando (possibilidades e autonomia), mas também
impor os limites necessários quando não for possível negociar.
● Quando há grande pressão por provar algum alimento, ou uma comemoração muito
grande quando se come algo, há relatos de crianças que se sentem mais pressionadas a
comer, esta expectativa pode provocar ansiedade e tensão durante as refeições. O
momento deve ser lúdico e instigar a curiosidade e iniciativa da criança.

Food Chaining (encadeamento)

● Devemos trabalhar com o alimento conhecido pela criança, que ela já come, e associar a
novos alimentos, ou alimentos parecidos.

Aproximar o alimento

● Proporcionar momentos lúdicos, incentivar a brincadeira e o momento divertido, não forçar


a criança a provar, mas estimular a curiosidade sobre cheiros, cores, sabores e texturas.

Outros acompanhamentos

● Nutricionista infantil: para acompanhamento das necessidades nutricionais necessárias


para o desenvolvimento e estratégias alimentares
● Terapeuta Ocupacional (TO): para integração sensorial

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