Você está na página 1de 9

Princípios da Exodontia Os bisfosfonatos atuam nos osteoclastos.

Dessa
forma uma cirurgia descuidada pode provocar ao
simples paciente uma osteonecrose em razão do uso dos
bisfosfonatos.
CUIDADOS COM O PACIENTE:
Indicações para extrações dentárias:
-Prescrição de vitaminas do complexo b
-Cáries severas
-Prescrição de remédios que estimulem a formação de
-Necrose pulpar ou pulpite irreversível coágulo
-Doença periodontal -Laser

-Indicações ortodônticas para correção de apinhamento


dental AVALIAÇÃO PRÉ-
OPERATÓRIA
-Dentes mal posicionados, em condição de trauma de
tecidos moles
No período pré-operatório o dente a ser extraído
-Dentes fraturados, fraturas verticais deve ser examinado cuidadosamente para análise da
dificuldade da extração.
-Dentes impactados
ACESSO AO CONDIÇÃO DA
-Supranumerários MOBILIDADE
DENTE COROA
-Dentes associados a lesões patológicas • Amplitude de • Mobilidade • Cárie
abertura bucal maior que o extensa?
-Radioterapia, região de cabeça e pescoço – pode • Localização e normal- DP • Amálgama?
provocar xerostomia por consequência cáries extensas posição do • Mobilidade • Endo?
dente a ser menor que o • Avaliar
extraído normal- condições do
CONTRAINDICAÇÕES PARA Anquilose ou
EXODONTIA
dente
hipercemento adjacente!!!
se
CONTRAINDICAÇÕES SISTÊMICAS:

Sistêmicos NÃO controlados. POSICIONAMENTO DO


PACIENTE E CIRURGIÃO
-Diabéticos
-Falência renal Para exodontia dos dentes mandibulares. O paciente
-Leucemia e linfoma deve estar com a boca aberta, o plano oclusal dos
dentes inferiores permanece paralelo ao solo.
-Cardíacos severos
DDH- Decúbito dorsal horizontal
-Coagulopatias severas
Contraindicações LOCAIS:
-Gravidez primeiro e último semestre
-Pacientes que tomam ou tenham tomado variedades de
medicamentos devem fazer cirurgia com cautela:
Corticoides, imunossupressores, bisfosfonatos
Para exodontia de dentes maxilares, o plano oclusal CUIDADOS:
dos dentes forma um ângulo de 60 graus em relação
ao solo. -Tomar cuidado ao rotacionar a alavanca no movimento de
cunha para não luxar o dente adjacente

ALAVANCA:

Movimento no qual é feita uma pressão para apical e


elevação para oclusal consequentemente o dente é
removido do alvéolo.

PRINCÍPIOS PARA O USO


OBS: Após rebater tecido gengival, utilizar o osso
DA ALAVANCA E FÓRCEPS alveolar como apoio.

As alavancas são responsáveis por iniciar o processo


de luxação e na sequência, o fórceps continua a expansão
do alvéolo e ruptura do ligamento periodontal.
Atuam de modo complementar, de modo que, a alavanca
movimenta os dentes no sentido M-D e o fórceps V-P/L.
A remoção de dentes do processo alveolar demanda a OS MOVIMENTOS DE CUNHA E ALAVANCA
utilização dos seguintes princípios mecânicos: SÃO APLICADOS JUNTOS!!!
CUNHA

EIXO E RODA:
ALAVANCA RODA
É feito com a alavanca bandeirinha. Quando a raiz de um
dente multirradicular encontra-se no alvéolo, ao
posicionar a alavanca no septo radicular e fazer o
movimento de giro, a raiz é elevada. Portanto, o cabo
EIXO
funciona como eixo e a ponta ativa da alavanca com uma
roda.
O movimento de CUNHA tem como objetivo expandir o
osso e forçar o dente para fora do alvéolo. Sendo ele a
apreensão do dente, permitindo que a parte ativa
adentre o espaço periodontal, auxiliando na desinserção
das fibras.
Além da expansão óssea o movimento de cunha é útil
para luxar o dente em seu alvéolo.
USO DO FÓRCEPS
3. PRESSÃO PALATINA:

O forceps tem como objetivo: Similar a pressão vestibular, porém em direção


oposta. Da mesma forma, forças excessivas podem
1. Expandir o alveolo por meio das duas pontas
fraturar a tabua óssea e o terço apical da raiz.
ativas finas e do movimento do próprio dente
contra o alvéolo.
2. Avulção final
São aplicados 5 movimentos principais para a expansão
do alvéolo ósseo.
1. PRESSÃO APICAL

É feito a inserção das pontas ativas dentro do espaço do


ligamento periodontal
-A expansão do alveolo é feita de maneira progressiva Quando o fórceps se encontra posicionado
abraçando apenas a coroa, não introduzindo entre
o dente e o ligamento acaba gerando um
movimento excessivo no ápice radicular,
FAVORENCENDO O RISCO DE FRATURA.

4. ROTAÇÃO OU GIRO:

O dente é rotacionado promovendo a expansão geral


2. PRESSÃO VESTIBULAR:
do alvéolo, esse movimento é indicado apenas em
dentes UNIRRADICULARES, que tenham raizes
É feito com o objetivo de gerar uma maior expansão cônicas e sem dilacerações, como:
cortical vestibular e leve pressão na palatina. Portanto, a
força excessiva pode fraturar a tabua óssea vestibular -Incisivos superiores
ou o terço apical da raiz. -Pré-molar inferior
Caso o movimento de rotação seja realizado em
dentes multirradiculares, ou naqueles com raizes
curvas a probabilidade de fratura é muito alta.
5. TRAÇÃO: intrumentais o mais apical possivel, sem interferências.
As papilas gengivais também devem ser descoladas para
Movimento de retirada do dente do alvéolo após completa
evitar que sejam traumatizadas durante a utilização da
luxação. Caso ele ainda esteja aderido aos tecidos, voltar
alavanca.
os passos para que não ocorra fratura.
2. LUXAÇÃO DO DENTE COM A ALAVANCA

A alavanca deve ser posicionada sempre na região


vestibular. E a elevação pode ser feita tanto na mesial
quanto na distal.
A alavanca é girada de maneira que a parte inferior da
lâmina se apoie no osso alveolar (ABAIXO DA PAPILA QUE
FOI DESCOLADA PREVIAMENTE) e a parte superior é
girada ao encontro do dente que está sendo extraido.
3. ADAPTAÇÃO DO FÓRCEPS:
ESPESSURA ÓSSEA
MAXILA & MANDÍBULA Deve-se ter o cuidado de verificar sempre se as pontas
ativas estão abaixo do tecido mole. Para que a pressão
ESTRUTURA TABUA TABUA DENTES seja transmitida de maneira adaquada e a expansão do
ÓSSEA ÓSSEA ANTERIORES E osso alveolar aconteça de maneira bem distribuida.
VESTIBULAR PALATINA POSTERIORES
4. LUXAÇÃO DO DENTE COM O FÓRCEPS:
Maxila -Mais fina -Mais Geralmente
espessa removidos pela A pressão MAIOR é sempre feita em direção a tabua
vestibular óssea mais fina. O principal objetivo do fórceps é
expandir cortical.
MAIOR PRESSÃO 5. REMOÇÃO DO DENTE DO ALVÉOLO:
VESTIBULAR.
Após a expansão e luxação a pressão de tração é
realizada (em sentido vestibular). A tração deve ser
ESTRUTURA TÁBUA TÁBUA DENTES DENTES realizada apenas após completa ruptura do LP.
ÓSSEA ÓSSEA ANT. POST.
VESTIBULAR PALATINA OBS: DENTES DA MAXILA
Mandíbula Mais fina na Mais Incisivos, Molares
região espessa caninos e são
anterior na região prés são removidos CANINO: 4 Aplicar pequena força rotacional devido a
posterior removidos pela possibilidade de fratura – meia rotação.
pela LINGUAL
VESTIBULAR

PASSO A PASSO DA
EXODONTIA FECHADA

1. LIBERAÇÃO DE TECIDOS MOLES ADERIDOS A


PORÇÃO CERVICAL DO DENTE. – DIVULÇÃO PRIMEIRO PRÉ-MOLAR: Unirradicular nos dois
primeiros terços com a bifurcação no terço radicular.
Feito com a lâmina de bisturi ou molt- 09. Esse
descolamento genvival permite a adaptação correta dos
Esse dente deve ser luxado o máximo possivel com a PÓS EXODONTIA

alavanca.
-Não aplicar o movimento de rotação
MOLARES:

Não aplicar força rotacional


4. CURETAGEM DO ALVEOLO
Avaliar proximidade das raizes com o seio maxilar
Para remoção do tecido de
granulação
OBS: DENTES DA
MANDÍBULA

MOLARES:

Não aplicar força rotacional


5. SUTURA
CASO CLÍNICO

1. DIVULÇÃO DOS TECIDOS MOLES CUIDADOS COM O


ALVÉOLO PÓS EXTRAÇÃO

É recomendado que a curetagem seja realizada


apenas quando necessário. Caso uma lesão periapical
tenha sido identificada, fragmentos do próprio dente,
fragmentos de osso, restaurações, ou cálculos dentários.
2. LUXAÇÃO A FÓRCEPS Qualquer detrito deve ser removido antes que aconteça
a sutura. Caso não haja detritos visíveis ou lesões no
periápice o alveolo não deve ser curetado.
Sangramento – controlado com a mordedura da gaze
estéril colocado sob o alvéolo. Fornecendo a hemostasia.

EXODONTIA A RETALHO
3. DENTE 21 EXTRAÍDO

Quando utilizar ?
1. Falha na tentativa com fórceps/ fechado
2. Ampla destruição coronária ou com
restaurações muito extensas
3. Restos radiculares
4. Dentes tratados endodônticamente
5. Dilaceração acentuada das raizes RELAXANTE: Deve ser realizada ao lado da papila. Sendo
6. Pacientes com bruxismo e medido meia distância entre a papila e o zeneti gengival.
consequentemente osso mais denso e
dentes fortemente inseridos
7. Exodontias seriadas
8. Restos radiculares em proximidade com o
seio maxilar
9. Dentes anquilosados & hipercementose
10. Dentes portadores de lesões periapicais que
necessitam de curetagem ou enucleação
ENVELOPE: É o tipo de retalho mais comum e consiste
PRINCÍPOS RETALHO
em um deslocamento de papilas.
CIRÚRGICO
É feita no sulco gengival até a crista óssea
(MUCOPERIOSTIO).
-O retalho deve ser planejado evitando lesões as Não possui relaxantes, apenas margens livres
estruturas vitais na área cirurgica.
Rompe papila vestibular e palatina
-A base do retalho maior que a margem livre e sempre
DOIS DENTES PARA ANTERIOR E UM PARA POSTERIOR A
mais amplo que se ápice
ÁREA DE INTERESSE

-Tamanho adequado para favorecer a vizualização de


toda a área a ser manipulada

RETALHO EM L, TRÊS ÂNGULOS OU TRIANGULAR


-Neumann

Consiste em uma incisão envelope associado a uma incisão


-As margens do retalho devem estar apoiadas em osso vertical relaxante.
sadio
-O retalho deve ser mucoperiostial e retilíneo para
melhor cicatrização e suporte sanguíneo
-Os retalhos devem ser afastados sem tensão
-Traço único em 45 graus de distal para mesial e apical
UM DENTE ANTERIOR OUTRO POSTERIOR A ÁREA DE
para cervical
INTERESSE

TIPOS DE INCISÃO
QUADRANGULAR OU TRAPÉZIO – Neumann procedimentos cirúrgicos, fundamental para a
Modificada
cicatrização.
Resultante de uma incisão em envelope com duas incisões
COMPOSIÇÃO PERMANÊNCIA TIPOS DE
relaxantes. Deve-se ter o cuidado de realizar as incisões FILAMENTO
relaxantes divergentes na direção da base do retalho. Orgânicos Reabsorvíveis Polifilamento
(seda)
Sintéticos Não absorvíveis Monofilamento
(nylon)
Metálicos - -

SEMILUNAR: PRINCÍPIOS DE SUTURA

Para acesso na região apical dos dentes.. Evitando trauma


A técnica correta de qualquer tipo de sutura consiste na
de papila em margem gengival.
empunhadura do instrumental e posicionamento correto
Indicado para cirurgias de periápice radicular. da agulha.
A agulha deve penetrar inicialmente o tecido com
uma angulação de 60 a 90 graus.
A inserção da agulha deve ser de pelo menos
3mm da margem do retalho

SUTURA SIMPLES

Objetivo: reaproximar tecidos


RETALHO EM Y: É uma incisão preconizada para região
É a mais utilizada na prática cirurgica em geral. Sendo
palatina, resultante de uma incisão linear no centro do
utilizados em reposicionamento de papilas, fechamento
palato duro, associada a duas verticais menores
dos retalhos gengivais, fechamento de alvéolos de menos
relaxantes.
tamnho (dentes unirradiculares), após biópsias e
Indicada para remoção de tórus palatino. frenectomia.
OBS: O nó deve ser posicionado lateralmente a linha da
incisão, nunca sobre ela.

SÍNTESE DOS TECIDOS

Conjunto de manobras que visam aproximar os tecidos


separados durante o ato cirúrgico. Sendo a fase final dos
SUTURA EM X
SUTURAS CONTÍNUAS

A sutura em x é indicada após exodontia de dentes Utilizada em ocaseões de feridas traumáticas extensas,
multirradiculares pela via alveolar, fornecendo maior assim um nó não precisa ser atado a cada ponto
retenção para o coágulo. poupando tempo. Outra vantagem é que por ter menos
nós acumula menos detritos.
A agulha entra entra na papila mesio ou disto-vestibular
e sai pela papila lingual do mesmo lado depois repete-se o Em cirurgia oral as suturas contínuas podem ser
movimento do lado oposto ao alveolo . utilizadas em áreas de exodontias múltiplas, cirurgias pré-
protéticas ou após biópsias em tecido mole.
SUTURA EM U VERTICAL
CONTÍNUA SIMPLES

Também chamada de sutura Donatti é a mais utilizada em


cirurgia bucomaxilofacial. Sendo indicada em lacerações Ná técnica de sutura simples contínua inicia-se com a
traumáticas na pele, onde há maior perca de estruturas sutura simples em uma das extremidades da ferida e
fazendo com que uma maior quantidade de tecido tenha continuamos a sutura até a outra extremidade.
que ser aprisonado.
Objetivo: Sustentar uma maior quantidade de tecido
enquanto o ponto mais interno realiza o encontro das
bordas da ferida.

CONTÍNUA FESTONADA

Na sutura festonada também inicia-se com uma sutura


simples, porém entrelaçamos o fio, passando a agulha por
dentro das voltas.

SUTURA EM U
HORIZONTAL

CONTÍNUA EM U
HORIZONTAL
É um ponto semelhante ao anterior.
REMOÇÃO DE PONTOS

As suturas devem ser removidas cuidadosamente quando


a ferida desenvolve sinais de fechamento primário.
Normalmente são removidas durante a consulta de
retorno que ocorre de 7 a 10 dias após a cirurgia.
Previamente a remoção dos pontos deve ser realizado a
limpeza da região com clorexidina 0,12%. A limpeza deve
ser realizada através de irrigação ou por meio de
bochechos feitos pelo paciente.

Você também pode gostar