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TRAUMAS OCLUSAIS E

APARELHOS OCLUSAIS

ALUNOS: ALESSANDRA WANDALL, GIOVANNA DEBIAZI, JOÃO


CARLOS FISCHER, LUANA PAVESI E NICOLE MORAES
TRAUMA OCLUSAL
Definição:

Pode ser definido como lesão periodontal causada pela pressão dos dentes
antagonistas, de forma direta ou indireta e também como lesão induzida
decorrente de forças oclusais excessivas.

As forças traumáticas de uma má oclusão podem afetar apenas um único dente ou


um grupo de dentes que estejam com contato prematuro, podendo ocorrer
associados com hábitos parafuncionais como o bruxismo e apertamento dentário
em conjunto com a perda ou a migração de pré-molares e molares, e também
devido o afastamento gradual dos dentes anteroposterior
DIAGNÓSTICO
Realizar a avaliação do histórico do paciente

Realizar avaliação clínica junto a anamnese e o exame físico

Realizar exames complementares por meio da radiografia usando as técnicas

periapical, oclusal e até mesmo a radiografia panorâmica

Utilizar a fotografia como método auxiliar de comparação da evolução do caso.


DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Mobilidade dentária aumentada
Padrões atípicos de desgaste dental
Migração dentária patológica
Hipertonicidade dos músculos
mastigatórios
Abcessos gengivais
Ulcerações gengivais
Mudanças na ATM.
DIAGNÓSTICO IMAGINOLÓGICO
Espessamento da lâmina dura e do espaço do
ligamento periodontal
Hipercementose
Aumento da densidade do osso alveolar
Calcificação pulpar
Fraturas dentárias
Reabsorção óssea vertical
Necrose pulpar de dentes hígidos
Reabsorção radicular interna e/ou reabsorção
radicular externa
CLASSIFICAÇÕES

PRIMÁRIO
Ocorre sobre um dente com estrutura
periodontal normal e sadio.

SECUNDÁRIO
Ocorre quando forças oclusais normais ou
anormais são aplicadas a um ou mais dentes
com o tecido de sustentação dentário
inadequado ou reduzido
CLASSIFICAÇÕES

AGUDO
Força inesperada, que aumenta a carga oclusal,
como morder de maneira
inesperada um objeto de consistência dura.
Resulta em dor de dente, sensibilidade à percussão e
mobilidade dentária aumentada

CRÔNICO
Ocorre com mudanças graduais da oclusão,
como desgaste dentário, movimentos
migratorios, extrusão dental e bruxismo.
EVOLUÇÃO DO TRAUMA OCLUSAL

PRIMEIRO MOMENTO

Pode ser assintomático ou subclínico

Normalmente produz inicialmente uma sintomatologia caracterizada por dor

difusa associada a um discreto aumento da mobilidade dentária, que pode durar

dias, semanas e até meses.

No ligamento periodontal, poderemos encontrar um discreto edema e infiltrado

celular, caracterizando uma inflamação crônica inespecífica e difusa, identificada

como pericementite crônica.


SEGUNDO MOMENTO
ALGUMAS SEMANAS DEPOIS DO INÍCIO DO PROCESSO:

Pode-se notar pelo RX o alargamento uniforme do espaço periodontal, com espessamento


da lâmina dura
Em consequência da necessidade de fibras periodontais mais espessas e mais longas para
suportar um aumento da função. Aumenta-se, assim, a espessura do ligamento periodontal.
Ao mesmo tempo, estas fibras periodontais maiores requerem uma inserção maior,
aumentando-se a espessura do cemento e da cortical óssea alveolar.
TERCEIRO MOMENTO
SEMANAS OU MESES DEPOIS:

A continuidade da demanda funcional aumentada pela força oclusal excessiva


promove um estiramento intenso e repetitivo das fibras periodontais
Esta sobrecarga pode:
- Romper eventuais feixes colágenos
- Estressar excessivamente as células do ligamento periodontal
- Aumenta significantemente o nível local de mediadores químicos por elas
liberados, principalmente os associados à reabsorção óssea local
QUARTO MOMENTO
DEPOIS DE MUITOS MESES E ANOS DE PERSISTÊNCIA DAS FORÇAS OCLUSAIS EXCESSIVAS:

O osso esclerosado, agora mais denso, deixa de absorver parte das forças oclusais, que cada vez mais
se concentram no ligamento periodontal.
Haverá, a partir deste momento, uma agressão cada vez maior e direta sobre as estruturas
periodontais, com prováveis danos focais à camada de cementoblastos que protegem as raízes da
reabsorção, por sua falta de receptores de membrana para os mediadores da reabsorção óssea.
Assim, nas fases finais de evolução de um trauma oclusal, depois de meses ou anos de ocorrência, a
reabsorção radicular, geralmente em plano, pode fazer parte do seu quadro imaginológico
PLACAS OCLUSAIS
É um dispositivo que visa promover um
distanciamento maior entres os arcos
dentários, levando a um alongamento da
musculatura mastigatória e
consequentemente alívio da dor nas
articulações temporo-mandibulares.
Frequentemente confeccionada em
resina acrílica e ajustada sobre a
superfície oclusal e incisal dos dentes em
um dos arcos dentários.
OBJETIVO DAS PLACAS OCLUSAIS

Modificar as relações oclusais;

Redistribuir as forças mastigatórias;

Prevenir desgaste dental;

Diminuir o bruxismo e hábitos parafuncionais;

Alívio de sintomas de dores nos músculos mastigatórios


TIPOS DE PLACA OCLUSAIS

-APARELHO ESTABILIZADOR

-OVERLAY

-APARELHO PARA POSICIONAMENTO ANTERIOR

-APARELHO RESILIENTE OU MACIO

-APARELHO PIVOTANTE

-PLACA DE NÓBILO

-PLACA PARCIAL DE MORDIDA ANTERIOR

-PLACA PARCIAL DE MORDIDA POSTERIOR


APARELHO ESTABILIZADOR
Está placa é comumente chamada de placa de relaxamento muscular ou placa
miorelaxante, pois seu uso é primariamente para reduzir dor muscular.
Durante o movimento da mandíbula, os dentes inferiores deslizam livremente sobre a
placa, eliminando eventuais obstáculos à oclusão. O tratamento com este tipo de
aparelho promove o relaxamento dos músculos hipertônicos.
OVERLAY
É um aparelho protético removível interino, confeccionado em resina acrílica sobre
uma ou ambas as arcadas, que cumpre com todos objetivos da reabilitação oral:
restabelecimento da DVO, da ORC, da estabilidade oclusão, da guia anterior, da
mastigação, da fonética e da estética. É um tratamento provisório de fácil execução
clínica e laboratorial, baixo custo e reversível, tendo em vista que não há necessidade de
qualquer desgaste das estruturas dentárias remanescentes.
APARELHO PARA POSICIONAMENTO ANTERIOR

Possuem rampas guias utilizadas para produzir uma nova posição mandibular distinta da
posição habitual. Tais aparelhos mantêm a mandíbula em uma posição mais anterior do que a
posição de máxima intercuspidação habitual, com o objetivo de promover um melhor
relacionamento côndilo-disco na fossa, de forma que uma função normal possa ser
restabelecida
É indicada primariamente para tratar as desordens de interferência do disco, mas travamento
intermitente ou crônico da articulação e algumas desordens inflamatórias

INICIO FINAL
APARELHO RESILIENTE OU MACIO
São aparelhos fabricados com material resiliente, usualmente adaptados ao maxilar, com
o objetivo de alcançar contatos uniformes e simultâneos com os dentes opostos.
São de fácil construção, porém menos duráveis e difíceis de ajustar.
Estão indicados como dispositivos protetores para pessoas que correm o risco de
receberem traumas em seus arcos dentais (por exemplo, atletas)
APARELHO PIVOTANTE
É um dispositivo que mantém um único contato posterior em cada quadrante.
Foi desenvolvido com a idéia de diminuir a pressão intra-articular e assim aliviar a
carga nas superfícies articulares da ATM. Tem sido indicado para o tratamento de
sintomas relacionados com doença articular degenerativa da ATM. Se este aparelho for
indicado, não deverá ser utilizado por mais de uma semana, pois provavelmente irá
intruir o dente utilizado como pivot
PLACA DE NÓBILO
Tem função miorelaxante e reprogramadora e são usadas, inicialmente, no tratamento
de pacientes com bruxismo.
Ao mesmo tempo em que estes dispositivos devolvem uma oclusão funcional com os
côndilos numa posição músculo-esqueletal mais estável, os dentes passam a desenvolver
um contato melhorado, gerando estabilidade ortopédica.

Seria a indicação ideal para reprogramação neuromuscular de pacientes desdentados


totais bruxônomos, como método eficaz na diminuição da sintomatologia dolorosa,
reposturação mandibular e recuperação da dimensão vertical de oclusão
PLACA DE MORDIDA PARCIAL ANTERIOR
É um aparelho usado no maxilar superior, que recobre as incisais de canino a canino dos
dentes superiores e apresentam contatos somente com os dentes anteriores inferiores.

esse dispositivo pode reposicionar o côndilo, eliminar os contatos dos dentes posteriores
e como conseqüência eliminar o deslize cêntrico, os contatos prematuros e as
interferências oclusais, estimulando o relaxamento dos músculos mastigatórios.

Essa placa é indicada para desordens musculares que estejam associadas à instabilidade
ortopédica ou maloclusão súbita.
PLACA DE MORDIDA PARCIAL POSTERIOR

A placa de mordida posterior é confeccionada para dentes inferiores e


consiste de duas áreas de acrílico localizadas sobre os dentes posteriores e
conectadas por uma barra lingual metálica.

Os objetivos do tratamento da placa de mordida são proporcionar alterações


maiores na dimensão vertical e posicionamento mandibular.
REFERÊNCIAS
https://edinhochaves.odo.br/wp-content/uploads/2019/10/placa-oclusal.pdf

https://rrmedicina.com.br/placas-oclusais-tipos/

https://www.efdeportes.com/efd188/dispositivos-interoclusais-e-suas-indicacoes.htm

https://www.scielo.br/j/dpress/a/BmmJxSRc5QxbyqvQhBPYXQL/?lang=pt

https://periodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/10440

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