Você está na página 1de 12

DANIELE CORREIA DUNDI

O USO DE LUZ NO CLAREAMENTO DENTÁRIO COM


PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO: REVISÃO DA LITERATURA
Campo Grande-MS
2018
DANIELE CORREIA DUNDI

O USO DE LUZ NO CLAREAMENTO DENTÁRIO COM


PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO: REVISÃO DA LITERATURA

Projeto apresentado ao Curso de odontologia


da Instituição Uniderp

Orientador:
Campo Grande-MS
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4

1.1 O PROBLEMA.........................................................................................................5

2 OBJETIVOS...............................................................................................................5

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO........................................................................5

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS.................................................6

3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................7

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................8

5 METODOLOGIA.......................................................................................................12

6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO...........................................................13

REFERÊNCIAS...........................................................................................................14
1

1.1 O PROBLEMA
- A utilização da luz emissora de diodo, laser de baixa intensidade e luz
halógena potencializam o efeito do clareamento de consultório?
- Há diferença quanto a alteração de cor da estrutura submetida ao
clareamento dentário com e sem utilização de luz?
- Quais são métodos para quantificar alteração de cor após o clareamento?
- A penetração do peróxido de hidrogênio na estrutura dentária é diferente
conforme a luz utilizada? E quando comparada ao método sem luz?
- Quanto à reabsorção dentária e sensibilidade, qual (is) método (s) é (são)
mais seguro?

2 2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Realizar uma revisão de literatura sobre utilização de fontes luminosas no


clareamento de consultório com gel clareador peróxido de hidrogênio em
concentração maior ou igual a 37%.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

 Apresentar o método mais eficaz na alteração de cor de dentes


submetidos a clareamento;
 Descrever o grau de penetração das moléculas do agente
clareador quando se utiliza fonte de luz e quando não se utiliza;
7

 Verificar o índice de reabsorção dentária e sensibilidade de cada


método.
3 JUSTIFICATIVA

O perfil dos pacientes que procuram atendimento odontológico mudou-se com


o decorrer dos anos, dessa forma, a odontologia nos dias atuais busca técnicas e
ferramentas para atender as suas expectativas. Tal individuo dentro dessa realidade
é visto como um ser biopsicossocial dotados de necessidades funcionais,
psicológicas e almejam principalmente a estética.
O clareamento dental de modo isolado ou em conjunto com outros
tratamentos, tem sido utilizado com sucesso clínico satisfatório, principalmente com
uma gama de tipos e concentrações de agentes clareadores. O uso do clareamento
dental objetiva substituir a cor dos dentes com estruturas comprometidas.
Apesar de ter uma segurança clínica aceitável ainda existem lacunas a serem
preenchidas quando se trata de clareamento dental, como o grau de penetração das
moléculas do agente clareador, a técnica mais eficaz e que fornece maior mudança
de cor do substrato dentário e a concentração ideal para promover o clareamento e
ter menor índice de reabsorção dentária e hipersensibilidade dentinária, dessa
forma, faz-se necessário a exploração e revisão da literatura sobre o tema.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O clareamento dental dentro da odontologia estética é tido como uma técnica


bem conservadora. Com o passar dos anos o clareamento dental se tornou mais
popular, a partir de então mais técnicas e materiais foram desenvolvidos e
introduzidos no mercado a fim de obter resultados estéticos de forma mais rápida.
Atualmente a técnica baseia-se na aplicação de agentes que liberam peroxido de
hidrogênio sobre as superfícies dentarias, tanto interna quanto externo, o
mecanismo se dá pela penetração desse composto que produz radicais livres que
podem oxidar manchas orgânicas. (WIEGAND et al., 2008).
Alguns estudos clínicos demonstraram que na maioria dos casos, se fazia
necessário várias sessões de clareamento, resultando em um tratamento mais
longo. Para tanto, afim de alcançar resultados estéticos de maneira mais eficiente,
foi incorporado o uso de fontes de luz que podem promover uma aceleração da
9

degradação do peróxido de hidrogênio, que consequentemente irá gerar um


aumento na liberação de radicais livres capazes de decompor os pigmentos dos
dentes (CALATAYUD et al., 2010).
Para este propósito, muitos dispositivos, como lâmpadas de halogênio, LEDs,
lasers de diodo, lasers de argônio e lâmpadas de arco de plasma, têm sido usados
para ativar o peróxido de hidrogênio (HEIN et al., 2003).
Hahn et al., em um estudo in vitro com 80 molares investigaram a estabilidade
de cor do clareamento após ativação com luz halógena, laser, unidade de LED ou
ativação química até terceiro mês de clareamento. Os espécimes foram divididos em
quatro grupos conforme o tipo de ativação, os dentes foram clareados em uma única
sessão por quatro vezes e 15 minutos. A coloração foi avaliada por
espectrofotômetro em 4 momentos (antes do clareamento, imediatamente após o
clareamento, 1 dia após, 1 mês após o clareamento e 3 meses após o clareamento).
Como resultado obtiveram maior mudança de cor com a luz halógena . A unidade de
halogênio, laser e ativação química resultou em dentes mais brancos após 1 e 3
meses em comparação com a cor logo após o término do procedimento de
clareamento. A ativação química não afetou a temperatura na câmara pulpar. Os
autores concluíram que a ativação de luz não se mostra vantajosa em comparação
ao clareamento químico, embora a unidade de halogênio tenha mostrado a maior
mudança de cor, seu uso também resultou na maior temperatura da polpa.
Uma meta-análise realizada por Maran et al., objetivou investigar se o
clareamento vital ativado no consultório tem uma maior eficácia clareadora e
maior sensibilidade dentária em comparação com o clareamento vital no consultório
sem luz quando usado em adultos. O autores concluíram que nem a eficácia nem o
risco de sensibilidade dentária do clareamento em consultório foram influenciados
pelo uso da luz, independentemente da concentração de peróxido de hidrogênio .
Contrapondo esses resultados relatados Shahabi et al., investigaram as
alterações da cor do dente após técnicas convencionais de clareamento em
consultório em comparação com métodos ativados por luz usando diferentes fontes
de luz. Para tanto, setenta dentes anteriores sólidos (desprovidos de cárie e / ou
fratura), que foram extraídos por razões periodontais e ortodônticas foram
selecionados. Os dentes foram divididos em 7 grupos: controle, clareamento
convencional, clareamento ativado por LED, ativado por laser, clareamento ativado
10

por laser de díodo, clareamento ativado por laser YAG e clareamento ativado por
laser de CO2. A avaliação colorimétrica foi realizada antes e após o tratamento
utilizando um espectrofotorradiômetro. Os resultados mostraram que todos os
procedimentos de branqueamento foram eficazes na redução do índice de
amarelecimento. No entanto, o clareamento ativado por laser KTP ativado foi
significativamente mais eficaz do que as outras técnicas em nível de confiança de
95%. Observou-se também que o método de ativação de laser de CO2 superou os
grupos e que clareamento convencional sem ativação luminosa não foi efetivo e
representou resultados semelhantes com o grupo controle.
Outro fator preocupante são os possíveis danos causados na estrutura
dentaria, como hipersensibilidade pulpar após clareamento. Marson et al.,
investigaram clinicamente se o uso de diferentes fontes de ativação da luz afetaria o
resultado dos tratamentos de clareamento em consultório com um gel de peróxido
de hidrogênio a 35%, como resultados obtiveram que a sensibilidade dentária foi
semelhante tanto no número de pacientes quanto na intensidade, os autores
associaram o aumento da sensibilidade dentária durante o tratamento de
clareamento em consultório com o uso de fontes de luz e calor, que levou a uma
maior temperatura pulpar. 
3 METODOLOGIA

O presente trabalho consistirá de uma pesquisa, e para realização será feita


de uma revisão de literatura através da seleção de artigos indexados nas bases de
dados MedLine, Lilacs, Scielo e Ibecs no período 2000 a 2018, utilizando-se como
palavras-chaves os seguintes itens: clareamento dental, fontes ativadoras de
agentes clareadores, efeitos deletérios de agentes clareadores, grau de penetração
do agente clareador, e assim, serão excluídos artigos que não abordarem o tema
proposto.
11

6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de


Conclusão de Curso.

2018 2019
ATIVIDADES JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN
Escolha do tema.
Definição do problema
X
de pesquisa
Definição dos objetivos, X
justificativa.
Definição da
metodologia. X
Pesquisa bibliográfica e
elaboração da
X
fundamentação teórica.
Entrega da primeira
versão do projeto. X
Entrega da versão final
do projeto. X
Revisão das
referências para
elaboração do TCC. X X X X X X
Elaboração do Capítulo
1. X X X X X X
Revisão e
reestruturação do
Capítulo 1 e elaboração X X X X X X
do Capítulo 2.
Revisão e
reestruturação dos
Capítulos 1 e 2.
Elaboração do Capítulo X X X X X X
3.
Elaboração das
considerações finais.
Revisão da Introdução. X X X X X X
Reestruturação e
revisão de todo o texto.
Verificação das X X X X X X
referências utilizadas.
Elaboração de todos os
elementos pré e pós- X X X X X X
textuais.
Entrega da monografia. X X X X X X
Defesa da monografia. X X X X X X

REFERÊNCIAS
CALATAYUD, Jesús Oteo, et al. Clinical efficacy of a bleaching system based on
hydrogen peroxide with or without light activation. International Journal of Esthetic
Dentistry, v. 5, n.2, p. 216-24, 2010.
12

HAHN, Petra, et al. Efficacy of tooth bleaching with and without light activation and its
effect on the pulp temperature: an in vitro study. Odontology, v. 101, n. 1, p. 67-74,
2013.

HEIN, D. K., et al. In-office vital tooth bleaching--what do lights add. Compendium of


continuing education in dentistry (Jamesburg, NJ: 1995), v24, n. 4A, p. 340-352,
2003.

MARAN, Bianca Medeiros, et al. In-office dental bleaching with light vs. without light:
A systematic review and meta-analysis. Journal of dentistry, 2017.

MARSON, F. C., et al. Clinical evaluation of in-office dental bleaching treatments with
and without the use of light-activation sources. Operative Dentistry, v. 33, n. 1: 15-
22, 2008.

SHAHABI, Sima, et al. Comparison of tooth color change after bleaching with
conventional and different light-activated methods. Journal of lasers in medical
sciences, v. 9, n. 1, p. 27, 2018.

WIEGAND, Annette, et al. 12-Month color stability of enamel, dentine, and enamel–
dentine samples after bleaching. Clinical oral investigations, v. 12, n .4, p. 303-
310, 2008.

Você também pode gostar