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ARTIGO 1: COMPARAÇÃO DE BRANQUEAMENTO - Eficácia de

diferentes agentes usado para clareamento interno


Uma revisão sistemática e metanálise

Objetivo
Analisar e comparar a eficácia de diferentes agentes clareadores utilizados para
clareamento interno. Evidenciando resultados que possam auxiliar os dentistas
(respectivamente, endodontistas) na tomada de decisão quanto ao uso de possíveis
agentes clareadores para procedimentos clareadores não vitais.

Metodologia
Através de bases de dados eletrônicos, como PubMed, Web of Science e
Cochrane Library, foram pesquisados por dois revisores para ensaios clínicos, nos quais,
examinou-se a cor de dentes descoloridos tratados endodonticamente, antes e depois do
clareamento interno, usando unidades de guia de cores (DSGU) ou um
espectrofotômetro/ colorímetro clareadores comuns para dentes (DE).

Principais resultados
Oito estudos foram selecionados, porém destes apenas 6 foram incluídos nas
meta-análises e estas avaliaram a mudança de cor logo após o procedimento de
clareamento interno.
Com estas avaliações chegaram a conclusão que o clareamento interno levou a
uma mudança significativa na cor do dente tendo DSGU: 6,27 [intervalo de confiança de
95%, 5,36–7,17], DE: 12,83 [intervalo de confiança de 95%, 9,46–16,20]). Com relação ao
DSGU, o uso de peróxido de carbamida (35% ou 37%), peróxido de hidrogênio (35%) e a
combinação de perborato de sódio e peróxido de hidrogênio (3% ou 30%) levaram a um
melhor efeito clareador do que o perborato de sódio (valor de P ajustado 0,026). Em
relação à DE, não houve diferenças significativas entre peróxido de carbamida (37%),
peróxido de hidrogênio (35%) e perborato de sódio misturado com peróxido de hidrogênio
(P 5,051).
A maioria dos estudos examinados não avaliam os resultados a longo prazo dos
procedimentos, devio a falta de dados comparáveis.
Além disso, o clareamento intracoronal demonstra ser um fator de risco para
reabsorções radiculares cervicais ou externas. Assim como, a falta do selamento cervical
pode aumentar a difusão do peróxido de hidrogênio, provocando reação inflamatória do
ligamento periodontal e reabsorção radicular, sendo de extrema importância ser feito um
bom selamento cervical, tendo uma ação impermeável aos agentes clareadores.

Conclusão
O perborato de sódio, peróxido de carbamida e peróxido de hidrogênio provaram
clarear significativamente dentes descoloridos por tratamento endodôntico. E ainda a
meta-análise do DSGU mostrou que o peróxido de carbamida, peróxido de hidrogênio e
peróxido de hidrogênio combinado com perborato de sódio tem uma melhor eficácia que
em comparação com perborato de sódio sozinho. Para uma melhor comparação da
estabilidade da cor em relação aos diferentes agentes clareadores, são necessários mais
estudos com recalls de longo prazo.

ARTIGO 2: BRANQUEAMENTO DE DENTES NÃO VITAIS


Revisão da literatura clinicamente relevante

Objetivo
Revisar a literatura atual, apontando as causas da descoloração em dentes não
vitais, as opções de tratamento existentes e quais foram os graus de sucesso, focando
ainda nos possíveis efeitos colaterais.

Metodologia
Pesquisa literária via PubMed, em que apenas os artigos originais e revisões
foram avalidos e discutidos. Foram analisados, principalmente, artigos dos últimos dez
anos, porém alguns estudos mais antigos foram citados devido a sua relevância no
momento. Além disso, alguns relatos de casos foram apresentados de acordo com a sua
importância clínica.

Principais resultados
O peróxido de hidrogênio (H2O2) é um agente clareador eficaz, mas deve ser
utilizado com cautela pois em altas concentrações(30%) podem aumentar o risco de
ocorrer reabsorção radicular. O perborato de sódio ao adicionar água, H2O2 é liberado. Já
o peróxido de carbamida (CH4N2O • H2O2) é um composto orgânico que contém
peróxido de hidrogênio e uréia, assim, em um teste in vitro apresentou capacidade de
branqueamento igual à do peróxido de hidrogênio.
Descolorações que surgem devido a íons metálicos, como pinos de prata ou
obturações de amálgama, não são branqueáveis de forma confiável com os métodos
atuais. Já todas as outras descolorações podem ser removidas, muitas vezes com uma
mudança de cor satisfatória sendo obtida com no máximo três aplicações de agente
clareador.
Entre as três opções diferentes citadas para clarear dentes não vitais estão:
- Clareamento ambulante: o sucesso depende em grande parte da duração da
aplicação do agente clareador, sendo assim, este método apresenta melhor desempenho
do que a técnica de consultório
- Clareamento interno/externo: é uma tecnica que necessita de uma baixa
concentração de gel clareador para obter efeito suficiente, uma desvantagem é a falta de
controle bacteriano durante o clareamento, em que os microrganismos podem colonizar
os túbulos dentinários e podem não apenas afetar o resultado do clareamento, mas
também pode comprometer o sucesso a longo prazo do tratamento endodôntico.
- Clareamento em consultório: empregado em dentes não vitais possui uma
previsibilidade bastante baixa, pois o efeito clareador desejado é muitas vezes
passageiro, já que o clareamento da cor é produzido pela desidratação do dente sob o
dique de borracha.
As reabsorções cervicais podem ocorrer mais frequentemente com
concentrações mais elevadas de agente clareador, trauma passado e aplicação de calor.
Dessa forma:
- Antes de dar ínicio ao clareamento é essencial que o material obturador e os
cimentos onipresentes sejam muito bem selados com um material de base, para evitar a
penetração do agente clareador no espaço periodontal ou no canal radicular.
- Alguns clareadores recomenda aplicação adicional de calor ou luz na cavidade
pulpar, porém isto deve ser considerado problemático, porque o calor pode danificar o
tecido periodontal e levar a um aumento da taxa de reabsorção na superfície radicular. O
uso da lâmpada halógena, por exemplo, produz um aumento acentuado da temperatura
no canal radicular, e o efeito de clareamento não foi melhor do que o da técnica de
clareamento ambulante.
Em exames de reabsorção radicular cervical, foi demonstrado que o tratamento
ortodôntico é responsável pela maioria das reabsorções cervicais (24,1%), sendo o
trauma dentário o segundo fator predisponente mais comum para reabsorções cervicais
(15,1%) (Heithersay 1999).
Defeitos na junção cimento-esmalte aumentam a penetração do agente clareador
no espaço periodontal (Rotstein et al. 1991a). Ao adicionar tiocarbamida (eliminador de
radicais) ao peróxido de hidrogênio, a quantidade de peróxido de hidrogênio que penetra
através dos túbulos dentinários foi bastante reduzida do dente.

Conclusão
Tendo uma indicação apropriada o branqueamento de dentes não vitais é uma
intervenção de risco relativamente baixo para melhorar a estética dos dentes tratados
endodonticamente. O risco de reabsorção radicular não pode ser determinado com
exatidão, devido aos dados disponíveis, mas é nítido que o traumatismo dentário favorece
as reabsorções cervicais, e que este fator é provavelmente mais importante que a
aplicação de agente clareador. Além disso, um bom selamento cervical e evitar o método
termocatalítico podem minimizar o risco de reabsorções.

ARTIGO 3: REABSORÇÃO RADICULAR DENTÁRIA - Uma revisão

Objetivo
Apresentar e analisar a etiologia, patogênese, evolução clínica, diagnóstico e
peculiares clínicas dos tipos internos e externos de reabsorção radicular dentária, com
foco em etiologia ortodôntica, permitindo que os dentistas práticos diagnostiquem as
reabsorções radiculares e tome as medidas apropriadas para evitar maiores
complicações.

Metodologia
Através de dados levantados por meio da literatura e casos clínicos, de várias
áreas odontológicas; como; Ortodontia, Endodontia, Traumatologia, Dentística. Outra área
clinica utilizada para obtenção de dados foi a medicina, analisando a reabsorção no colo
do útero. A partir destas analises foram transformados em números e porcentagem de
cada caso.

Principais Resultados
As prevalências de reabsorção em diferentes dentes variam. Em particular, os
incisivos superiores são mais suscetíveis à reabsorção; muitas vezes são reabsorvidos
após o tratamento ortodôntico. Os incisivos inferiores e a raiz distal dos primeiros molares
permanentes vêm em seguida. Taxa de reabsorção radicular no tratamento ortodôntico
varia de 4 a 91%.
Também foi analisado que o encurtamento da raiz em graus variados; foi
observada em quase todos os pacientes e em até 91% dos dentes. Em poucos casos,
excedeu 4 mm, no entanto. Foi relatado que a reabsorção apical externa ocorre em
caninos superiores e incisivos laterais, sendo 8,5% e 2,6% dos casos, respectivamente.
4% de pacientes apresentaram reabsorção radicular 6 meses após a colocação dos
aparelhos ortodônticos fixos colocados.
Há um debate contínuo sobre se a reabsorção radicular pode ser causada
apenas pela força ortodôntica e se uma pequena quantidade de força pode causar isso.
Como solução, alguns autores sugeriram utilizar força variando de 7 a 26 g/cm2. A
quantidade de força utilizada é um fator determinante, e ao uso intermitente da força pode
causar menos danos. A incidência de reabsorção radicular pode ser induzida pelo uso de
maior força ortodôntica e hialinização da camada periodontal tecido causado pela alta
atividade de cementoclastos e osteoclastos.

Conclusão
Embora a etiopatogenia da reabsorção radicular dentária não seja totalmente
compreendida, o artigo apresenta dados no qual podemos analisar vários fatores para sua
ocorrência. Durante o artigo foi divido os fatores etiológicos em dois grupos (endogênico e
exógeno) podendo melhorar a compreensão das possíveis causas e mecanismos de
reabsorção radicular e permitem que os profissionais monitorem pacientes e fazer
diagnósticos oportunos, evitando assim maiores complicações. Além disso, o exame
radiográfico e a TCFC são indispensáveis para o diagnóstico de reabsorção radicular.

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