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26/05/2021

Materiais Restauradores
Indiretos
Resina composta Porcelana

Professor Davi Lavareda

Conceição et al, 2018

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Inter-relação entre as Diferentes Áreas da Odontológicas

Conceição et al, 2018

INTRODUÇÃO

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RESINAS INDIRETAS – CERÔMEROS

Matriz orgânica Partículas inorgânicas


(Bis-GMA, TEGDMA, (tipos e tamanhos)
UDMA, Bis-EMA)

Agente de união
Iniciadores
Corantes

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RESINAS INDIRETAS – CERÔMEROS

Efeito do Bis-GMA, TEGDMA e Bis-


EMA: contração e grau de conversão
(propriedades mecânicas)
Gonçalves et al. (2008)

Inexistência de material resinoso ideal,


mas de alta qualidade
Ferracane (2011)

Requisito
estético

Requisito
mecânico

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RESINAS INDIRETAS – CERÔMEROS

VANTAGENS
RESINA INDIRETA X DIRETA
 Estética excelente
 Reforço da estrutura dental remanescente
Maior resistência ao desgaste em relação as resinas diretas
 Maior facilidade em contatos interproximais
 Menor contração polimerização = só película cimento (Resina
Indireta)
 Polimerização adicional (vários métodos)

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CLASSIFICAÇÃO
De acordo com os métodos de polimerização

Fotopolimerização Adicional
- Artglass (Kulzer) • Luz
(micro-híbrida)
- Signum + (Kulzer)

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Fotopolimerização Adicional + Calor


• Luz e Calor
-Targis (Ivoclar)
(micro-híbrida)
-SR Adoro (Ivoclar)

SR Adoro

POLIMERIZAÇÃO PELO CALOR

- Sculpture (Jeneric/Pentron) = híbrida

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Polimerização pelo calor sob pressão

- Belle Glass HP (Kerr) = micro-híbrida

Facetas com Artglass

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FIBRAS

 Esqueleto (infra-estrutura) da rest. Definitiva


 Superior metal = estética, s/ corrosão, capacidade de adesão e
possibilidade de reparo

 Aumento da resistência a deformação permanente e fratura


 Indicações em PPF pequenas, coroas e envolvimento de cúspides
= maior resistência

FIBRAS

 Composição
-Vidro
• Módulo de elasticidade semelhante ao res.composta
- Polietileno
• Módulo de elasticidade superior ao da res. composta = >
tensão interface fibra/resina

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FIBRAS
Arquitetura
-Paralelas (unidirecionais)
• Alta resist. Flexural (dobramento) = PPF

FIBRAS
Arquitetura
Entrelaçadas ou Trançadas
< resist. ao dobramento
Entrelaçada Trançada

Ribbond Glasspan

Vectris
single

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FIBRAS
Apresentação
- Não impregnadas
. Precisam ser recobertas por resina
- Impregnadas
. Já envolvidas por resina = prontas p/ uso

B. P. Alves

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B. P. Alves

B. P. Alves

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B. P. Alves

Reparo em Cerômeros

Resina Composta Direta


Analisar
. Força mastigatória
. Hábito parafuncional
. Deficiência do preparo
. PPF com espaço desdentado grande

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Porcelanas Odontológicas

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01
1 Evolução das cerâmicas
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02
1 Classificação
0
03
1 Indicações
0
04
1 Translucidez
0
05
1 Forma de fabricação
0
06
1 Cimentação
0
07 +
1 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
0
08 +
1 CASOS CLÍNICOS

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EVOLUÇÃO DAS CERÂMICAS

CERÂMICAS ODONTOLÓGICAS
A cerâmica odontológica também denominada porcelana dental
é conhecida por ser um material de aparência semelhante ao dente
natural, devido sua adequada propriedade óptica e durabilidade
química. Estas e outras qualidades, como excelente estética e dureza,
possibilitaram o rápido desenvolvimento deste material no contexto
científico quanto às suas propriedades, com o objetivo básico de
tentar satisfazer o crescente aumento da exigência estética
preconizada pela sociedade moderna.

Hirata. R et al., 2011

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HISTÓRICO

A palavra cerâmica é originária da


palavra Grega:

KERAMOS que significa argila.

Della Bonna et al., 2004

HISTÓRICO

A cerâmica já faz parte da humanidade desde os


primórdios desde a pré-história, principalmente como um
material utensílio. Então, há registros de vinte mil à trinta mil
anos já de alguns utensílios de cerâmica. Mas, a cerâmica de
uma forma mais refinada, mais fina e mais resistente foi
desenvolvida no século XI na CHINA e dela pra cá a gente só
teve uma evolução desse material.

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HISTÓRICO
E só por uma curiosidade esse vaso de peixinhos foi encontrado
em sótão abandonado na Inglaterra e foi leiloado por 40 milhões de
libras esterlinas. Então, quando a gente pensa que a nossa cerâmica
odontológica é cara a gente pode pegar como base esse material que
é de uma parte funcional como utensílios como também foi utilizado
como um adorno. Na odontologia a cerâmica abrange essas duas
questões, ou seja, é um material funcional e estético.

HISTÓRICO
Na odontologia
Na França em 1774, a cerâmica foi introduzida na odontologia pelo:
• Duchateau & de Chémant - desenvolveram dentes de porcelana para prótese total
(Farmacêutico) (Dentista)

• Land - 1889-1903 - Coroas de jaquetas de Porcelana

• Metalocerâmica - Década de 1950

• InCeram - 1983

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PORCELANAS ODONTOLÓGICAS

CARACTERÍSTICAS
• Biocompatível
• Estabilidade de cor e textura
• Reproduz fenômenos ópticos da estrutura dental
(translucidez, opacidade, etc.)
• Alta resistência à abrasão
• Desgaste excessivo do dente antagônico
• Baixa tenacidade à fratura (risco de fratura)

METALOCERÂMICAS (metal + porcelana feldspática)

É considerada a restauração padrão ouro para as restaurações indiretas

 Adaptação marginal

 Forte união metal – cerâmica

 Baixo índice de falhas

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METALOCERÂMICAS
ESTUDOS LONGITUDINAIS AUTOR????/

% 100
ÍNDICE DE SUCESSO

80
75
70
50 50
25

0
10 anos 20 anos 30 anos

TEMPO

Melhorando a feldspática??

Falhas estruturais - Porcelana com trinca Ainda Falhas estruturais - Porcelana com trinca

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SURGIMENTO:

VITROCERÂMICAS Vítreas + Cristais (Leucita)


(Sistema empress I)

VITROCERÂMICAS Vítreas + Cristais (Dessilicato de lítio)


(Sistema empress II - Ivoclair)

VITROCERÂMICAS Sistema e.max

CERÂMICAS POLICRISTALINAS • Cerâmica a base de alumina


• Cerâmica a base de Zircônia
Cerâmica sem vidros (Sistema Procera da Nobel Biocare)
Primeiro sistema

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ZIRCÔNIA
RESISTÊNCIA FLEXURAL de quase 1000 Mega pascal (MPa)

CLASSIFICAÇÃO DAS PORCELANAS

• 1.1-Feldspáticas e fluorapatita
 1-VÍTREAS
• 1.2.1 Leucita Sistema Empress 1
(ácidossensíveis)
• 1.2 Reforçadas
Vitrocerâmicas • 1.2.2 Dissilicato de Lítio Sistema Empress 2
e
variantes

 2-Policristalinas Zircônia
(ácidorresistentes)

Cerâmicas com matriz resinosa


ANUSAVICE et al., 2013

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1.1.1 PORCELANAS VÍTREAS FELDSPÁTICAS


CARACTERÍSTICAS
 Ácido sensível

Baixa resistência

Principal componente: feldspato (mineral extraído

da natureza)

Fase vítrea (silicato) + fase cristalina (leucita)

Pó e líquido

PORCELANAS FELDSPÁTICAS
PROCESSAMENTO
•Sinterização (queima): Pó e líquido
- Glaze: sela trincas e falhas
- Permite a caracterização artesanal
- Pode sofre várias queimas

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PORCELANAS FELDSPÁTICAS
PROCESSAMENTO
 CAD-CAM (Computer Aided Design-Computer Aided Manufacturing)
- Imagem digital tridimensional do dente
- Usinagem de bloco de porcelana pré-sinterizado
- Porcelana não é aplicada em diferentes camadas de
cores e translucidez/opacidade

PORCELANAS FELDSPÁTICAS
USO CLÍNICO
Baixa resistência
Prótese metalo-cerâmica
“Inlays”, “onlays” e facetas
Recobrimento de infraestrutura cerâmica

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B. P. Alves

B. P. Alves

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1.2.1 PORCELANA VÍTREA REFORÇADA COM LEUCITA


(Vitrocerâmicas)

Sistema Empress 1

 Ácido sensível
 Fase vítrea + cristais de leucita homogeneamente distribuído

1.2.2 PORCELANA VÍTREA REFORÇADA COM DISSILICATO DE LÍTIO


(Vitrocerâmicas)
- IPS Empress 2 (Ivoclar)
 Ácido sensível
 Cerâmica de estrutura e de recobrimento
 Porcelana de recobrimento = Fluorapatita
 Brilho e translucidez = estruturas dentais
 Melhores propriedades mecânicas
 Próteses fixas selecionadas de até 3 elementos
anteriores e posteriores

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VITROCERÂMICAS
• PORCELANA REFORÇADAS COM LEUCITA
• PORCELANA REFORÇADA COM DISSILICATO DE LÍTIO

PROCESSAMENTO
Injeção
- Técnica da cera perdida, aquecimento anel em forno, injeção
em forno do lingote, definição da forma
- Cor única
- Caracterização final: glaze e pigmentos

Sinterização (queima): Pó e líquido


- Pó de vidro obtido de moagem de um bloco de vidro ceramizado

VITROCERÂMICAS
USO CLÍNICO

 Melhores propriedades ópticas

 Vitro-cerâmica à base de Leucita (Empress 1)


- Propriedades mecânicas = porcelanas
- Indicação = porcelanas (inlay, onlay, faceta, etc.)

 Vitro-cerâmica Empress 2
- Propriedades mecânicas superiores
- Indicação: infraestrutura coroas e PPF 3 elementos

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2 - PORCELANAS POLICRISTALINAS
CARACTERÍSTICAS

Estrutura cristalina (arranjo ordenado dos átomos)

Sem fase amorfa (estruturas vítreas, irregulares)

Melhores propriedades mecânicas

Menor translucidez

Alumina pura e a Zircônia

(zircônia estabilizada por ítrio)

2 - PORCELANAS POLICRISTALINAS
PROCESSAMENTO

Sinterização
- Sistema Procera (99% de alumina)
- Escaneamento troquel, aplicação suspensão alumina
p/ confecção infra-estrutura, queima da alumina
- Baixo grau de porosidade

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SISTEMA PROCERA

2 - PORCELANAS POLICRISTALINAS
PROCESSAMENTO

CAD-CAM (Computer Aided Design-Computer Aided Manufacturing)


- Zircônia e Alumina
- preparo escaneado, confecção infra-estrutura com programa de computador

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2 -PORCELANAS POLICRISTALINAS
USO CLÍNICO

Alumina e zircônia- melhores propriedades mecânicas

Infraestruturas coroas e PPF 3 elementos anteriores e posteriores

Alumina- até 4 elementos (alta tenacidade à fratura)

Maior opacidade

PORCELANAS ODONTOLÓGICAS

INDICAÇÕES

Semelhantes para as restaurações em resina composta indireta

 Dente posterior com cárie extensa


 Dente tratado endodonticamente com extensa destruição coronária
 Dente com fratura de cúspide
 Dente extruído ou em suboclusão
 Pequenos diastemas em posterior
 Defeitos estruturais

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PORCELANAS ODONTOLÓGICAS

INDICAÇÕES - ATUAL

PORCELANAS ODONTOLÓGICAS

LIMITAÇÕES
 Cavidades pequenas
 Pacientes c/ parafunção oclusal
 Necessidade de uma etapa laboratorial

 Custo

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Qual é o melhor material ?

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CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
 Fraturas
- Contatos prematuros = ajuste oclusal falho
- Desgaste dental insuficiente = porcelana ou resina indireta com
pouca espessura

 Reincidência de cárie
- Contaminação durante a cimentação

 Sensibilidade pós-operatória
- Cavidades profundas sem base
- Falha na fotoativação do agente cimentante

CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
- Fraturas durante prova
- Fraturas = desgaste insuficiente

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CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
Fraturas = ponto de contato

Bruxismo

Considerações Clínicas
Falhas Adesão Tratamento dente

Tratamento faceta
Falhas Microinfiltração

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CASOS CLÍNICOS

CASO - 1
LENTES

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Aplicação - Cerâmica

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CASO - 2
REABILITAÇÃO ORAL

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Para as restaurações cerâmicas, existem várias técnicas laboratoriais e


sistemas cerâmicos diferentes que podem ser empregados. Em relação
às técnicas laboratoriais, podem ser usadas as descritas a seguir:

TÉCNICA DO TROQUEL REFRATÁRIO:


Qualquer cerâmica feldspática pode ser empregada. Podem ser de alta,
média e baixa fusão (de 600 a 1450ºC), podendo se contrair durante a queima em
até 25% do volume. A técnica do troquel refratário é utilizada atualmente para a
confecção de restaurações cerâmicas feldspáticas para que o ceramista possua
controle total das etapas de aplicação da cerâmica, permitindo obter restaurações
altamente estéticas e com característica de dureza mais próximas do esmalte.
Além disso, o ceramista não precisa dispor de equipamentos sofisticados.
Entretanto, é uma técnica laboratorial mais sensível e requer experiência e muita
atenção do ceramista.

CERÂMICAS INJETADAS:
São ótimas opções para restaurações indiretas. A sua confecção se dá por meio de
uma técnica similar à da cera perdida, semelhante ao processo de fundição
tradicional. A peça é encerada sobre o modelo de gesso e, então, a cera é
substituída pela cerâmica, que após ser fundida é injetada. O sistema mais
consagrado de cerâmica injetada é o IPS e. max press (IvoclarVivadente), à base de
dissilicato de lítio. É caracterizado como um vidro cerâmico, pré-cristalizado e
fornecido em pequenos lingotes (pastilhas) com cores diferentes. Essas restaurações
podem ser confeccionadas por meio da técnica de maquiagem ou estratificada. A
técnica de maquiagem é a mais empregada e consiste em obter uma cerâmica
injeta com a forma e as dimensões finais das restauração e sobre ela são aplicados
glazes coloridos para determinar a cor final da inlay/onlay. Outra possibilidade é
obter a infraestrutura de cerâmica injetada e sobre ela aplicar uma cerâmica
feldspática de cobertura por meio da técnica de estratificação.

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CERÂMICA USINADAS/FRESADAS

São fabricadas pelos sistemas CAD-CAM. O preparo pode ser


escaneado digitalmente diretamente em boca com um scanner
intrabucal ou sobre um modelo obtido após a moldagem em
laboratório. A restauração é planejada utilizando um software, o
computador –guia e máquina para a fresagem de peça, esculpindo um
bloco de resina ou cerâmica pré-fundido. A vantagem deste sistema é
que podemos realizar restaurações indiretas em uma única consulta,
entretanto, tem ainda alto custo devido à complexidade dos
equipamento envolvidos no processo.

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