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RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS EM PRÓTESE FIXA

A harmonia facial e dental é extremamente importante na odontologia. É


imprescindível que a reabilitação protética seja realizada de forma adequada,
visando, além de funcionalidade, a harmonia. Cada vez mais, os parâmetros
estéticos odontológicos têm estado em evidência, com isso, a importância das
restaurações provisórias tem um peso maior, uma vez que funcionam como um
passo anterior ao da prótese definitiva, o que ajuda na visualização do
resultado antes do final do tratamento proposto.
As restaurações provisórias precisam atender quesitos estéticos e
funcionais e é importante que se dedique um tempo a mais para sua
confecção, uma vez que por ela, se avalia a efetividade do plano de
tratamento, além de forma e funcionalidade da restauração final. Para que as
restaurações provisórias consigam atender a essas exigências, elas devem ser
bem retentivas e resistentes. No que diz respeito a funcionalidade, elas são
extremamente importantes para proteção, como dos tecidos moles, também
são responsáveis para garantir estabilidade de posição e oclusão. Podemos
citar ainda sua importância no conforto, manutenção estética, selamento
coronário, manutenção da saúde periodontal e etc.
As restaurações provisórias podem ser feitas de maneira direta e indireta.
As diretas, são feitas no próprio consultório, diretamente na boca do paciente
com resina autopolimerizável. A técnica direta tem algumas vantagens, como:
facilidade de confecção, boa proteção pulpar, bem como adaptação marginal
mais fiel, relação de oclusão satisfatória, e a facilidade de realizar alterações,
caso seja necessário. Suas desvantagens são: coloração que se perde em
pouco tempo, pouca durabilidade, são menos resistentes em próteses mais
extensas e o calor do material pode causar danos aos tecidos moles. Já as
indiretas são feitas em laboratório, sobre o modelo de gesso. Elas são
consideradas melhores, pois se aproximam mais do que será a prótese
definitiva e são uma escolha quando haverá a necessidade de usá-la por um
período de tempo maior, quando o paciente tem DTM ou quando o mesmo
precisa passar por um longo período de terapia periodontal. Quanto à suas
vantagens, podemos dizer que a restauração provisória feita de maneira
indireta são mais resistentes, tem uma longa durabilidade, maior integridade
marginal, menor chance de fratura da margem cervical e melhor adaptação,
tornando-a excelente na manutenção da saúde periodontal, não há a reação
exotérmica, além de que, esteticamente, são melhores. A desvantagem dessa
técnica é seu custo, pois a mesma precisa ser confeccionada em laboratório,
um custo a mais, diferente da técnica direta.
Por conseguinte, as restaurações provisórias são imprescindíveis para um
bom resultado final, servem como um excelente intermediário biológico,
funcional e estético e suas técnicas de confecção devem ser avaliadas de
acordo com a complexidade de cada caso. O profissional precisa de
conscientizar quanto a importância das restaurações provisórias, uma vez que
a mesma, quando bem planejada e realizada é um indicativo de sucesso ao
final do tratamento, com a prótese definitiva.
REFERÊNCIAS
1. RABELO, Patrícia M. Cabral. Restaurações Provisórias em Prótese Fixa.
Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2010.

2. Pegoraro LF, Valle AL, Araujo CRP, Bonfante G, Conti RCR. Prótese Fixa –
Bases para o planejamento em Reabilitação Oral. 2ª. Ed. São Paulo, Artes Médicas,
2013.

3. MATSUMOTO, Wilson. Restaurações Provisórias – Aspectos Clínicos. São


Paulo, 2015.

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