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ANESTESIOLOGIA 4
CIRURGIA 4
CLÍNICA GERAL 4
COMPORTAMENTO ANIMAL 2
DERMATOLOGIA 1
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 3
ENDOCRINOLOGIA 1
GASTROENTEROLOGIA 1
INFECTOLOGIA 5
OFTALMOLOGIA 4
ORTOPEDIA 5
PARASITOLOGIA 12
PATOLOGIA CLÍNICA 6
REPRODUÇÃO 2
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INTRODUÇÃO:
RELATO DO CASO:
DISCUSSÃO:
O animal apresentou valores basais (M0) de FC de 220 bpm, FR de 200
mpm e temperatura retal basais de 38,9 °C. As FC e FR foram aferidas através
da auscultação, respectivamente, nos focos cardíacos e pulmonares, tendo
sido verificado que o animal apresentava padrão respiratório ofegante, o que
justifica a elevação da FR.
Após indução anestésica observou-se relaxamento muscular e grau
moderado de anestesia, permitindo que fosse realizada a técnica anestésica
locorregional, cateterização da veia auricular lateral e antissepsia do local da
abordagem cirúrgica.
Durante os 40 minutos de procedimento odontológico os padrões de FC
e FR apresentaram-se dentro da normalidade para a espécie segundo
Tranquilli et al. (2011) e Feitosa (2010), o que levou a inferir ausência de dor
durante o procedimento odontológico como descrito por Fantoni (2011), que
refere ausência de dor quando as FC e FR elevam em até 15% dos valores
pré-cirúrgicos, conforme pode ser visualizado na tabela 1.
CONCLUSÃO:
Deste modo o protocolo anestésico local instituído foi eficiente e de fácil
aplicação na exodontia do coelho. Entretanto, sugere-se maiores estudos na
utilização de bloqueios bucomaxilofaciais em espécies silvestres.
REFERÊNCIAS:
RESUMO: Este estudo avaliou o efeito do tratamento com 50, 150 e 300 mg de
fosfomicina.kg-1 de ração administrado na dieta de tambaquis sobre a resposta
hematológica. A análise da série branca demonstrou leucopenia nos peixes
tratados com 150 e 300 mg da fosfomicina no 4° dia de tratamento, fortemente
influenciada pela redução do número de linfócitos. Tambaquis tratados com
fosfomicina apresentaram monocitose e aumento significativo no número
absoluto de células granulocíticas especiais em todas as doses estudadas. O
estudo da série vermelha demonstrou diminuição significativa do número de
eritrócitos circulantes e nos valores de hematócrito de animais tratados com
fosfomicina, sendo este efeito mais pronunciado em animais tratados com 150
e 300mg do antibiótico. Apesar de não ocorrer diferença estatística entre os
animais tratados com fosfomicina, verificou-se macrocitose quando comparado
aos animais controle.
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIA
INTRODUÇÃO
O matamata (Chelus fimbriata, REPTILIA: TESTUDINATA) é uma
tartaruga de água-doce que ocorre nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco
(Souza, 2004). Apesar de sua ampla distribuição, as informações sobre seus
aspectos biológicos são escassas, sendo estas, de grande importância para
futuras estratégias de sua conservação. Desta forma, o objetivo deste estudo
foi contribuir para o conhecimento da biologia reprodutiva do matamata
apresentando as características morfológicas e morfométricas de seu
espermatozoide.
MATERIAIS E MÉTODOS
Amostras de sêmen previamente fixadas em formol 10% de quatro
matamatas adultos (SISBIO Nº 42086-1, Comissão de Ética em Pesquisa no
uso de Animais, CEUA/INPA protocolo Nº 003/2014) foram coradas com
Panótico Rápido, e posteriormente analisadas e fotografados utilizando um
microscópio óptico. 50 espermatozoides de cada indivíduo foram medidos
utilizando o programa FIJI. Os parâmetros medidos foram: comprimento da
cabeça, comprimento da peça intermediária, comprimento do flagelo,
comprimento total da cauda e comprimento total do espermatozoide.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os espermatozoides de matamata apresentaram uma forma vermiforme,
sendo longa, fina e em formato de “S”. Foi observado uma cauda longa com
uma peça intermediária bem definida, sendo esta mais espessa que a cabeça.
Esta morfologia corrobora com a descrita na literatura para outras espécies de
quelônios (Hess et al., 1991; Bian et al., 2013). As medidas morfométricas
obtidas foram: comprimento da cabeça, 13,11 ± 1,15µm; comprimento da peça
intermediária, 6,38 ± 1,19µm; comprimento do flagelo, 49,83 ± 3,06 µm;
comprimento total da cauda, 56,27 ± 2,58µm; e comprimento total do
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CONCLUSÃO
Os espermatozoides de matamata apresentam semelhanças
morfológicas quando comparados com outros quelônios, porém, algumas
diferenças morfométricas podem ser notadas.
AGRADECIMENTOS
À PPGI-IFAM pela bolsa de IC (MFFerreira) e auxílio financeiro. Ao
Programas Integrais-CMZL pelo auxílio financeiro.
REFERÊNCIAS
SOUZA, F.L. Uma revisão sobre os padrões de atividade, reprodução e
alimentação de cágados brasileiros (Testudines, Chelidae). Phyllomedusa, v. 3,
n. 1, p. 15-17, 2004.
HESS, R. A.; THURSTON, R. J.; GIST, D. H. Ultrastructure of the turtle
spermatozoon. Anatomical Record, v. 229, n. 4, p. 473-481, 1991.
BIAN, X. ZHANG, L.; YANG, L. et al. The ultrastructural characteristics of the
spermatozoa stored in the cauda epididymidis in Chinese soft-shelled turtle
Pelodiscus sinensis during the breeding season. Micron, v. 44, p.202-209,
2013.
AL-DOKHI, O.A.; AL-WASEL, S.H.; MUBARAK, M. Ultrastructure of
spermatozoa of the freshwater turtle Mauremys caspica (Chelonia,
Reptilia). International Journal of Zoological Research, v. 3, n. 2, p.53-64, 2007.
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INTRODUÇÃO
Os representantes da Família Didelphidae são conhecidos como
gambás (Voss; Jansa, 2009). Os gambás têm despertado o interesse de vários
investigadores e têm sido alvo de vários relatos morfológicos. O objetivo deste
trabalho foi descrever a anatomia do crânio em gambás, a fim de contribuir
para a prática da clínica médica e cirúrgica e para o próprio conhecimento
desta espécie animal.
MATERIAL E MÉTODOS:
Foram usados os crânios de três gambás (D. albiventris) oriundos do
CEMPAS (Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens) da
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, campus de Botucatu.
Os ossos foram macerados, identificados, descritos, fotodocumentados e
nomeados de acordo com a Nomina Anatomica Veterinaria (INTERNATIONAL
COMMITEE ON VETERINARY GROSS ANATOMICAL NOMENCLATURE,
2012). Destaca-se que este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no
Uso de Animais (CEUA) do Instituto de Biociências de Botucatu, UNESP
(protocolo 626/2014) e possui autorização do IBAMA (SISBIO 44768).
RESULTADOS E COMENTÁRIOS:
Pode-se dividir o crânio do gambá em neurocrânio e viscerocrânio,
assim como em mamíferos domésticos (Getty, 1986). O crânio é composto
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CONCLUSÃO
A anatomia craniana foi semelhante à descrita para outros mamíferos
domésticos e selvagens, como os didelfídeos.
REFERÊNCIAS:
GETTY, R. Sisson/Grossman Anatomia dos Animais Domésticos. 5.ed., Rio de
Janeiro: Guanabara-Koogan, 1986. 2v.
International Committee on Veterinary Gross Anatomical Nomenclature 2012.
Nomina Anatomica Veterinaria. 5th ed. World Association on Veterinary
Anatomist, Knoxville. 177p.
VOSS, R.S.; JANSA, S.A. Phylogenetic relationships and classification of
Didelphid Marsupials, an extand radiation of New World Metatherian Mammals.
Bulletin of the American Museum of Natural History, n.322, p.1-177, 2009.
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INTRODUÇÃO
O gambá é um animal pertencente à Ordem Marsupialia e Família
Didelphidae. Duas espécies aparecem na região neotropical, o gambá-de-
orelha-preta (Didelphis aurita) e o gambá-de-orelha-branca (D. albiventris)
(Zeller, 1999). O objetivo deste trabalho foi descrever a anatomia óssea da
escápula e do úmero em gambás, a fim de contribuir para a prática da clínica
médica e cirúrgica e para o conhecimento básico deste animal.
MATERIAL E MÉTODOS:
Foram usados escápulas e úmeros de três gambás (D. albiventris)
oriundos do CEMPAS (Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens)
da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, campus de
Botucatu. Os ossos foram macerados, identificados, descritos,
fotodocumentados e nomeados de acordo com a Nomina Anatomica
Veterinaria (INTERNATIONAL COMMITEE ON VETERINARY GROSS
ANATOMICAL NOMENCLATURE, 2012). Destaca-se que este estudo foi
aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) do Instituto de
Biociências de Botucatu, UNESP (protocolo 626/2014) e possui autorização do
IBAMA (SISBIO 44768).
RESULTADOS E COMENTÁRIOS:
A escápula possui duas faces, lateral e costal. A espinha da escápula,
as fossas supra e infraespinhais e o um acrômio proeminente apareceram na
face lateral. Na face costal, foram reconhecidas a face serrátil e a fossa
subescapular. A cavidade glenoide, o tubérculo supraglenoidal e o processo
coracoide foram encontrados no ângulo ventral (Figura 1).
Na epífise proximal do úmero, foram identificados a cabeça e o colo do úmero,
tubérculos maior e menor e sulco intertuberal. Há presença de quatro faces no
corpo do úmero: lateral, medial, cranial e caudal. Observa-se ainda, o sulco do
músculo braquial, a crista do úmero e a tuberosidade deltoidea. O capítulo, a
tróclea, os epicôndilos medial e lateral e uma fossa do olecrano rasa
caracterizaram a epífise distal (Figura 2). Com exceção desta fossa
praticamente imperceptível, os demais acidentes são típicos dos mamíferos
domésticos. Além disso, destaca-se, por exemplo, a completa ausência da
tuberosidade da escápula presente nos equinos e nos ruminantes (Getty,
1986).
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CONCLUSÃO
A maioria das estruturas foi semelhante às encontradas nos animais
domésticos, com particularidades próprias da espécie.
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O gambá é um animal pertencente à Ordem Marsupialia e Família
Didelphidae. Os marsupiais se caracterizam por apresentar o marsúpio, onde
as fêmeas carregam os neonatos, o que é importante para estes mamíferos,
pois o desenvolvimento pós-parto dos neonatos é completado no mesmo (Lima
et al., 2013).
Este estudo teve com objetivo descrever a anatomia óssea dos ossos
coxal e fêmur, visando contribuir com a prática clínica e cirúrgica.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram usados ossos coxais e fêmur de três gambás (D. albiventris)
oriundos do CEMPAS (Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens)
da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP, campus de
Botucatu. Os ossos foram macerados, identificados, descritos,
fotodocumentados e nomeados de acordo com a Nomina Anatomica
Veterinaria (INTERNATIONAL COMMITEE ON VETERINARY GROSS
ANATOMICAL NOMENCLATURE, 2012). Destaca-se que este estudo foi
aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) do Instituto de
Biociências de Botucatu, UNESP (protocolo 626/2014) e possui autorização do
IBAMA (SISBIO 44768).
RESULTADOS E COMENTÁRIOS:
O osso coxal é dividido em três ossos distintos: ílio, ísquio e púbis, e se
caracterizou pela presença do forame obturador, da sínfise pélvica e do
acetábulo. O ílio é relativamente menos desenvolvido, quando comparado aos
outros animais domésticos (Getty, 1986).
CONCLUSÃO
Não houve diferenças entre os ossos descritos e os dos animais
domésticos, exceto pela presença do osso púbico e de um ílio pouco
desenvolvido.
REFERÊNCIAS
LIMA, J.M.N.; SANTOS, A.C.; VIANA, D.C. et al. Morphological study of the
male genital organs of Gracilinamus microtarsus. Brazilian Journal of Veterinary
Research and animal Science, v.50, p.447-456, 2013.
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INTRODUÇÃO
O Lycalopex gymnocercus (G. Fischer, 1814) é um canídeo silvestre
com distribuição restrita, ocorrendo nos estados da região sul do Brasil, leste
argentino, todo o Uruguai, leste boliviano e oeste (Chaco) paraguaio. O
conhecimento da anatomia radiográfica é imprescindível para a interpretação
dos achados radiográficos pelos médicos veterinários (Coulson & Lewis, 2008).
Os resultados de estudos em anatomia de animais silvestres podem ser
aplicados no desenvolvimento de procedimentos clínicos e cirúrgicos.
Objetivou-se demonstrar a anatomia radiográfica básica da coluna vertebral do
Lycalopex gymnocercus por meio de imagens radiográficas e esquemáticas.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram radiografados duas colunas vertebrais (projeção látero-lateral) de
dois cadáveres de L. gymnocercus, do sexo masculino, recolhidos após morte
recente em rodovias do município de Uruguaiana-RS (autorização
IBAMA/SISBIO no. 33667-1). As radiografias foram obtidas com aparelho
marca Phillips®, modelo Aquilla Plus 300, empregando 40 KV e 200mAs e
respeitadas as diretrizes básicas de proteção radiológica (CNEN, 2011). As
representações esquemáticas a partir dos contornos das imagens radiográficas
foram elaboradas com o software Photoscape® versão 3.6.3. A nomenclatura
dos acidentes anatômicos seguiu a Nomina Anatômica Veterinária (ICVGAN,
2012).
DISCUSSÃO
Segundo Ewer (1973), os canídeos têm sete vértebras cervicais, treze a
catorze torácicas, seis a oito lombares e três a quatro sacrais. Os espécimes
estudados apresentaram fórmula vertebral compatível com esta afirmação, pois
exibiram sete vértebras cervicais, treze torácicas, sete lombares e três sacrais.
Esta fórmula, também foi idêntica à descrita para carnívoros domésticos por
Dyce et al (2010). A vértebra anticlinal do L. gymnocercus foi a décima primeira
torácica, assim como reconhecido por Baines et al. (2009) em 85% dos cães
domésticos radiografados.
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CONCLUSÃO
A anatomia radiográfica da coluna vertebral do L. gymnocercus é
idêntica a dos cães domésticos, inclusive na fórmula vertebral e vértebra
anticlinal.
REFERÊNCIAS
BAINES, E. A.; GRANDAGE, J.; HERRTAGE, M. E. et al. Radiographic
definition of the anticlinal vertebra in the dog. Veterinary Radiology and
Ultrasound, v.50, n.1, p.69-73, 2009.
EWER, R.F. The Carnivores. New York: Cornell University Press, 1973.
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INTRODUÇÃO
O Lycalopex gymnocercus (G. Fischer, 1814) é um canídeo silvestre sul-
americano, onívoro, com comprimento entre 86 e 106 cm e massa entre 3 e 8
kg (Cheida et al., 2011). O conhecimento da anatomia radiográfica é
imprescindível para a interpretação dos achados radiográficos pelos médicos
veterinários (Coulson & Lewis, 2008). Entretanto, a anatomia radiográfica da
maioria das espécies silvestres permanece desconhecida. Objetivou-se
detalhar a anatomia radiográfica básica do crânio do Lycalopex gymnocercus
por meio de imagens radiográficas e esquemáticas.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram radiografados os crânios (projeções lateral e ventrodorsal) de
dois cadáveres de L. gymnocercus, do sexo masculino, recolhidos após morte
recente em rodovias do município de Uruguaiana-RS (autorização
IBAMA/SISBIO no. 33667-1). As radiografias foram obtidas com aparelho
marca Phillips®, modelo Aquilla Plus 300, empregando 40 KV e 200mAs e
respeitadas as diretrizes básicas de proteção radiológica (CNEN, 2011). As
representações esquemáticas a partir dos contornos das imagens radiográficas
foram elaboradas com o software Photoscape® versão 3.6.3. A nomenclatura
dos acidentes anatômicos seguiu a Nomina Anatômica Veterinária (ICVGAN,
2012).
DISCUSSÃO
O crânio do L. gymnocercus demonstrou conformação semelhante à de
raças de cães dolicocéfalos (Coulson & Lewis, 2008; Forrest, 2002). Tal
constatação sugere que a interpretação dos achados radiográficos no crânio
desta espécie possa adotar os mesmos critérios conhecidos para os cães
domésticos. A fórmula dentária foi idêntica à do cão, ou seja, I3/3, C1/1, P4/4,
M2/3, totalizando 42 dentes (Dyce et al., 2010). A técnica radiográfica e as
projeções látero-lateral e ventrodorsal permitiram o reconhecimento dos
principais pontos de referência a investigação radiográfica da cabeça:
acidentes anatômicos ósseos, cavidades craniana e nasal, seios paranasais,
bulas timpânicas, articulações têmporomandibulares e dentes (Forrest, 2002).
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CONCLUSÃO:
A anatomia radiográfica do crânio do L. gymnocercus é idêntica à de
raças de cães dolicocéfalas. As projeções látero-lateral e ventrodorsal foram
adequadas para visualizar as principais estruturas necessárias ao
radiodiagnóstico nesta região.
REFERÊNCIAS
FORREST, L.J. The Cranial and Nasal Cavities-Canine and Feline. In: Thrall,
D.E. (Ed). Textbook of Veterinary Diagnostic Radiology. 4th. Edition.
Philadelphia : W.B Saunders, 2002.
INTRODUÇÃO
O quati (Nasua nasua Linnaeus, 1766), é um mamífero (Carnívora:
Procyonidae) que possui fácil identificação devido as suas características
morfológicas, tais como formato do corpo, focinho longo e cauda com anéis
claros e escuros normalmente carregada em posição vertical. Sua distribuição
se dá exclusivamente ao longo das selvas sul-americanas, ao contrário das
outras duas espécies do gênero Nasua, que ocorrem nas Américas Central e
do Norte (Cubas et al., 2007).
Devido à crescente preocupação da população com a sanidade dos
animais silvestres, vêm tornando-se frequente a realização de estudos sobre os
parasitas nesses animais. Os quatis podem ser acometidos por vários
helmintos parasitos, para os quais podem ser reservatórios ou serem
acometidos por doença clínica (Fiorello et al., 2005) e ainda podem ser
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DESCRIÇÃO DO RELATO
Um quati, filhote, macho, pesando 1,75 kg, recolhido em Canoinhas –
SC, foi encaminhado pela Polícia Militar Ambiental, para tratamento médico-
veterinário devido a extrema debilidade física decorrente de traumatismo
craniano e de lesões musculares com áreas de necrose em membros pélvicos,
ocasionadas por mordedura.
Foi realizado exame coproparasitológico de rotina, logo após seu
internamento, pelo método de Willis-Mollay, evidenciando a presença de ovos
da família Ancylostomatidae (++), ovos da subfamília Capilariinae (++), larvas
de Strongyloides e oocistos de Coccídeo (++++).
Três semanas após o seu recebimento, o animal veio a óbito pelo
agravamento do quadro clínico geral e a não responsividade ao tratamento
estabelecido.
Na necropsia, foram encontrados endoparasitas intestinais localizados
soltos na luz ao longo do órgão. Esses foram lavados com solução fisiológica e
fixados em formol acético para identificação. Após serem clarificados com
ácido acético 80% foram montados em lâminas temporárias e visualizados sob
microscopia, identificando-se os seguintes endoparasitas: nematódeo
Ancylostoma bidens utilizando a chave descrita em Vicente et al. (1997) e,
cestódeo da ordem Pseudophyllidea pelas características descritas em
Bowman (2010).
DISCUSSÃO
Apesar da ampla distribuição geográfica e abundância da espécie N.
nasua, existem poucos trabalhos sobre a fauna parasitária destes mamíferos.
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CONCLUSÃO
Pouco se sabe sobre a real condição sanitária que se encontram os
animais silvestres que dividem o mesmo ecossistema com os seres humanos.
Portanto, é de real importância à realização de maiores estudos direcionada ao
monitoramento sanitário destes animais, para que a convivência entre as
diferentes espécies seja a mais saudável possível.
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REFERÊNCIAS
BOWMAN, D. D. Georgis - Parasitologia Veterinária. 9. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2010.
CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de Animais
Selvagens – Medicina Veterinária. São Paulo: Roca, 2007.
FIORELLO, C. V.; ROBBINS, R. G.; MAFFEI, L. M. S.; WADE, S. E. Parasites
of free-ranging small canids and felids in the Bolivian Chaco. Journal of Zoo and
Wild life Medicine, v. 37, n. 2, p. 130-134, 2005.
LABATE, A. S.; NUNES, A. L. V.; GOMES, M. S., Order Carnívora, family
Procionidae (raccoons, kinkajus) In: FOWLER, M. E.; CUBAS, Z. S. Biology,
medicine and surgery of South American wild animals. Ames: Iowa State
University Press, 2001.
VICENTE, J. J.; RODRIGUES, H. O.; GOMES, D.C.; PINTO, R. M. Nematóides
do Brasil. Parte V: Nematóides de Mamíferos. Revista Brasileira de Zoologia, v.
14, n. 1, p. 1-452, 1997.
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INTRODUÇÃO:
Pertencente à ordem Chelonia, classe Reptilia, os jabutis vem sendo
utilizados como animais de estimação, sendo criados pela população em áreas
urbanas (Carvalho, 2004; Storer et al., 2000), em cativeiro alterando a
qualidade e o tipo de vida do animal (Carvalho, 2004).
O prolapso peniano é um dos principais problemas que acometem esses
animais quando mantidos em cativeiro e, com frequência, os animais são
trazidos tardiamente com exposição dos tecidos (Ramos et al., 2009). A
penectomia é recomendada quando em casos de parafimose crônica, em
casos de lesões graves e necrose ou quando o tratamento conservativo é
ineficaz (Cubbas et al., 2006).
Fontenelle et al. (2000) referem à utilização da anestesia epidural em
répteis como uma alternativa para execução de procedimentos cirúrgicos
comuns na clínica, com uma boa margem de segurança e que promove efeitos
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RELATO DO CASO
Foram atendidos pelo Setor de Animais Silvestres do Hospital
Veterinário Dr. Mário Dias Teixeira (UFRA) dois Jabutis-tinga machos pesando
3,5 kg (J1) e 1,8 kg (J2), criados em cativeiro, diagnosticados com prolapso
irreversível de pênis e, submetidos, posteriormente à penectomia.
O primeiro animal (J1) teve a anestesia induzida com a associação de
40 mg/kg de quetamina e 2 mg/kg de midazolam, por via intramuscular, no
membro anterior direito. Após o relaxamento muscular da cauda foi
administrado 5,5 mg/kg de lidocaína no espaço epidural entre vértebras
coccígeas. No segundo animal (J2), a indução anestésica foi realizada com os
mesmos fármacos e via de administração, porém as doses foram reduzidas à
metade (20 mg/kg de quetamina e 1 mg/kg de midazolam). O bloqueio espinhal
foi o mesmo realizado no J1.
Após aproximadamente 5 minutos das anestesias epidural, foram
observados relaxamento e imobilidade de membros posteriores e relaxamento
completo de cauda e pênis. Ambos animais mantiveram o reflexo óculo-
palpebral e movimentos de cabeça, porém sem bom relaxamento de boca.
A intervenção cirúrgica iniciou após aproximadamente 10 minutos da
anestesia espinhal e teve duração de 41 minutos no J1 e de 35 minutos no J2.
Nos dois animais, durante o transoperatório, foi necessária dose de resgate de
lidocaína na mesma dose da inicial, para abolição de movimentos e
relaxamento dos membros posteriores.
Os animais iniciaram o retorno anestésico logo após o término do
procedimento cirúrgico, apresentando movimentos de cabeça e membros e
sem comportamento agressivo.
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DISCUSSÃO
Os protocolos anestésicos utilizados nos dois jabutis, considerando a
associação anestésica indutora em doses distintas, permitiu a realização da
anestesia espinhal epidural, visto que promoveu relaxamento muscular nos
animais facilitando a localização e introdução da agulha entre as vértebras
coccígeas, resultados semelhantes foram obtidos por Fonseca et al. (2014) e
Ramos et al. (2009) após indução anestésica, respectivamente, com quetamina
e diazepam e tiletamina–zolazepam em jabutis piranga submetidos à
penectomia.
A dose de 5,5 mg/kg de lidocaína 2% sem vasoconstritor utilizada na
anestesia espinhal epidural apesar de ter promovido analgesia e relaxamento
peniano, de calda e membros, teve que ser resgatada durante o
transoperatório para que o procedimento cirúrgico pudesse ser
complementado, corroborando com relatos de Fontenelle et al. (2000) e Ramos
et al. (2009), de que analgesia e relaxamento muscular em pênis, membros
pélvicos e cauda em jabutis piranga são dose dependente.
CONCLUSÕES
As doses de quetamina e diazepam utilizadas na indução anestésica
promovem anestesia de boa qualidade e retorno rápido e tranquilo em jabuti-
tinga;
A dose de 5,5 mg/kg de lidocaína 2% não foi apropriada para realização
de penectomia em jabuti-tinga, sugerindo maiores estudos quanto a dose
desse fármaco a ser utilizada na anestesia espinhal epidural de jabuti-tinga.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, R.C. Topografia vértebro-medular e anestesia espinhal em jabuti
da “patas vermelhas” Geochelone carbonária (SPIX, 1824). 2004. São Paulo,
126 f. Dissertação (Mestrado em ciências veterinárias) - Programa de pós-
graduação em Anatomia dos animais domésticos e silvestres, Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo.
INTRODUÇÃO
A pele das aves é mais fina do que a de mamíferos de mesma massa
corpórea e sua própria epiderme age como um órgão secretor sebáceo. Uma
das poucas glândulas tegumentares presentes nas aves é a glândula
uropigiana, a qual é bilobada com tamanho e formato variáveis conforme a
espécie. Esta glândula é vestigial nos adultos das espécies, por exemplo, das
famílias Struthionidae, Rheidae, Casuaridae, Dromaidae e em algumas de
Columbidae e Psittacidae (Johnston, 1988). A secreção sebácea produzida por
tal glândula é utilizada na impermeabilização das penas (Nickel et al., 1997).
Entretanto não há uma correlação clara entre o tamanho da glândula e a
natureza aquática ou terrestre da espécie aviária (Montalti e Salibián, 2000).
Ademais existe também um papel de controle populacional de fungos,
bactérias e ectoparasitas na pele atribuídos a tal glândula (Moyer, 2003). O
objetivo deste estudo foi a descrição morfológica e morfométrica da glândula
uropigiana na espécie Theristicus caudatus (curicaca).
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MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizados 7 espécimes adultos de curicacas (Theristicus
caudatus), 5 machos e 2 fêmeas, que vieram a óbito por causas naturais e
foram doados para estudos anatômicos. Os animais foram fixados em
formaldeído 10% para posterior retirada da glândula uropigiana e mensuração
do seu comprimento e largura utilizando-se um paquímetro analógico. Todos os
resultados obtidos foram analisados por média aritmética e desvio padrão (sd).
RESULTADOS
Topograficamente a glândula uropigiana localizava-se dorsalmente às
últimas vértebras caudais e ao pigóstilo (Figura 1A). Possuía um formato em
“V” estando constituída por dois lobos envoltos por uma cápsula de tecido
conjuntivo (Figura 1B). Ademais apresentava penas circundando totalmente as
duas papilas por onde fluiria a secreção sebácea (Figura 1C). O valor médio
para o comprimento do lobo direito foi de 1,35 cm (sd: ±0,13 cm) e para a
largura do lobo direito foi de 1,03 cm (sd: ±0,14 cm). Para o lobo esquerdo o
valor médio do comprimento foi de 1,35 cm (sd: ±0,11 cm) e largura do lobo
esquerdo foi de 1,01 cm (sd: ±0,14 cm). Em um corte em sentido longitudinal
observou-se a presença de uma cavidade central em coloração amarelada que
coletava em sua periferia a secreção advinda dos túbulos (Figura 2A). E em um
corte transversal notou-se a presença da mesma cavidade central amarelada
com a cápsula de tecido conjuntivo (Figura 2B).
DISCUSSÃO
A presença de uma cápsula de tecido conjuntivo circundando os dois
lobos da glândula uropigiana bem como a sua posição anatômica na curicaca
corroboram com as descrições para aves domésticas efetuadas por Nickel et al
(1997). A conformação da glândula uropigiana ora observada é similar ao
encontrado para aves aquáticas, porém destoam das conformações ovais em
galinhas e a uma pequena noz em patos e gansos (Nickel et al., 1997). A
observação de que internamente em cada lobo ocorria uma cavidade central
coletando a secreção dos túbulos, arranjados radialmente na periferia, a qual
por sua vez desembocava em uma papila dupla coincide com o relato de
Salibian e Montalti (2009). Contudo contrariando ao que foi descrito no trabalho
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CONCLUSÃO
Os dados obtidos nesta pesquisa elucidam a morfologia macroscópica
da glândula uropigiana da curicaca (Theristicus caudatus). Servindo assim de
subsídio no conhecimento da anatomia do tegumento comum da espécie bem
como para estudos de anatomia comparada.
REFERÊNCIAS:
JOHNSTON, D.W. A morphological atlas of the avian uropygial gland. Bulletin
of the British Museum of Natural History (Zoology), v. 54, n. 55, p. 199-
259,1988.
MOYER, B.R., ROCK, A.N.; CLAYTON, D.H. Experimental test of the
importance of preen oil in rock doves (Columba livia). The Auk, v. 120, n. 2, p.
490-496, 2003.
NICKEL, A.; SCHUMMER, A.; SEIFERLE, E. Anatomy of the domestic birds.
Berlin-Hamburg: Verlag Paul Parey, 1997.
SALIBIAN, A.; MONTALTI, D. Physiological and biochemical aspects of the
avian uropygial gland. Brazilian Journal of Biology, v.69, n.2, p.437-46, 2009.
SAWAD, A. A. Morphological and Histological Study of Uropygial Gland in
Moorhen (G. gallinula C. choropus). International Journal of Poultry Science,
v.5, n.10, p.938-941, 2006.
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INTRODUÇÃO
A biomanipulação dos ecossistemas aquáticos com a maximização dos
recursos produtivos traz consigo inúmeros desafios, dentre os quais se destaca
o controle sanitário das populações de peixes (Belo et al., 2005). A Aeromonas
hydrophila é considerada um patógeno oportunista, responsável por enormes
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MATERIAL E MÉTODOS:
84 tilápias do Nilo (peso médio: 100g), oriundas da mesma desova,
foram distribuídas aleatoriamente em 12 aquários com capacidade de 250L
cada, constituindo três tratamentos: T0: Padrão Fisiológico, T1: Controle (PBS),
T2: com prometazina via intramuscular (IM), T3: com prometazina na cavidade
celomática (IC). Foram amostrados sete animais por tratamento para análise
de atividade respiratória leucocitária realizado em 3, 6 e 12 horas pós desafio,
para a avaliação da resposta no tempo, constituindo 12 grupos experimentais,
sendo três por tratamento. A administração do anti-histamínico prometazina
(Fenergan®) foi realizada no momento do desafio bacteriano, via IM na região
dorso-lateral esquerda na dose de 0,5mg/kg de p.v. diluído em solução oleosa
na proporção de 1:1 (T2) e na cavidade celomática na mesma dose porém em
solução aquosa (T3). Após anestesia com benzocaína, realizou-se a punção de
sangue com heparina nos peixes. Uma alíquota de 0,1 mL de sangue
heparinizado foi colocada em tubos com 0,1mL de NBT. A solução foi
homogeneizada e incubada por 30 min em 25 oC. Após esse período, 50 μL da
suspensão formada foi colocada em tubos de ensaio com 1 mL de n,n-dimetil-
formamida (DMF, Sigma, St. Louis, MO, USA) e centrifugado a 3000 g por 5
min. O DMF produz a lise da parede celular dos grânulos de formazan e assim
libera na solução o corante NBT reduzido. A densidade óptica da solução foi
determinada em espectro em comprimento de onda de 540 nm.
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RESULTADOS
Para três tratamentos (T1, T2 e T3) foram calculadas as médias dos
valores de Burst dos 7 peixes (de cada grupo) após 3, 6 e 12 horas. A média
em T1 foi 0.294, 0.217 e 0.380 respectivamente. Em T2, as medições após 3, 6
e 12 horas revelaram médias 0.306, 0.377 e 0.423. Finalmente para T3,
obteve-se 0.340, 0.255 e 0.322 após 3, 6 e 12 horas.
DISCUSSÃO
Os resultados mostraram aumento na produção de espécies reativas de
oxigênio (ROS) em peixes tratados com prometazina na cavidade celomática.
Tais resultados sugerem podem refletir a atividade de neutrófilos e monócitos
presentes na circulação e que não conseguem chegar ao foco inflamado, pois
a atividade anti-histamínica da prometazina pode ter diminuído a
permeabilidade vascular. De acordo com Reque et al. (2010), a diminuição da
permealidade diminui a diapedese e o acúmulo celular no exsudato. Após 6 e
12 horas, houve um aumento do efeito da prometazina IM, resultando em
aumento expressivo da produção de ROS, sendo efeito tardio resultado da
lentidão do processo de absorção por esta via, enquanto a administração intra-
celomática que é absorvida rapidamente os efeitos caíram 6 e 12 horas após a
inoculação com A. hydrophila.
CONCLUSÃO
Este estudo trouxe evidência de que a histamina participe da inflamação
da tilápia, sendo notório a diferença do efeito tardio da prometazina por via
intramuscular ou agudo pela administração via intra-celomática, avaliado pela
produção de espécies reativas de oxigênio durante a evolução da resposta
inflamatória.
REFERÊNCIA
BELO, M. A. A. et al. Effect of Dietary Supplementation with Vitamin E and
Stocking Density on Macrophage Recruitment and Giant Cell Formation in the
Teleost Fish, Piaractus mesopotamicus. Journal of Comparative Pathology, Vol.
133, 146–154
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CASTRO, M.P. et al. Acute aerocystitis in Nile tilapia bred in net cages and
supplemented with chromium carbochelate and Saccharomyces cerevisiae.
Fish & Shellfish Immunology, v. 36, p. 284-290, 2014.
REQUE, V. R. et al. Inflammation induced by inactivated Aeromonas hydrophila
in nile tilapia fed diets supplemented with Saccharomyces cerevisiae.
Aquaculture, v. 300, p. 37-42, 2010.
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INTRODUÇÃO
Valores de referência para hematologia e bioquímica clínica estão
disponíveis para uma variedade de espécies, mas ainda são escassos para
animais selvagens de cativeiro ou vida-livre (Work, 1996). A mensuração da
concentração de glicose sanguínea fornece dados adicionais sobre a condição
de saúde nutricional de aves em tratamento. A concentração de glicose
sanguínea em aves normais varia de 200 a 500mg/dL e permanece estável
durante período curto de jejum, sendo a glicemia mais estável em aves
carnívoras se comparadas às aves granívoras (Thrall et al., 2007). As fragatas
ou tesourões (Fragata magnificens) são aves aquáticas classificadas na Ordem
Pelecaniformes, Família Fregatidae. Apresentam dimorfismo sexual e se
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MATERIAL E MÉTODOS
Foram colhidas amostras de sangue de oito fragatas de vida livre,
hígidas, independentemente de sexo, em agosto de 2015. As colheitas foram
feitas por punção da veia jugular direita com auxílio de seringa de 3mL e
agulha 22G. Logo após a colheita, a medição da glicemia foi efetuada
aplicando-se uma gota de sangue total sem anticoagulante em tira reagente
inserida em aparelho portátil para leitura de glicose (One Touch® Ultra). Os
resultados foram analisados estatisticamente através do programa SPSS v. XX
(IBM, São Paulo, Brasil). Para a verificação da distribuição das amostras, foi
realizado o teste de Shapiro-Wilk, e com base nesta primeira análise foi
escolhido o teste estatístico a ser empregado.
RESULTADOS:
As concentrações sanguíneas de glicose mensuradas variaram de 237 a
379 mg/dL (Média = 311,12 ± 42,45 mg/dL; IC 95% 275,46 – 346,78 mg/dL).
Das oito aves pesquisadas, havia três (37,5%) fêmeas e cinco (62,5%)
machos. Considerando a idade, eram três (37,5%) adultos e cinco (62,5%)
jovens. Os valores de glicemia apresentaram distribuição normal (p=0,987),
enquanto que aqueles relacionados ao gênero e idade tiveram uma distribuição
não-normal. Desta forma foi aplicado o teste de Mann-Whitney para amostras
independentes, que demonstrou a ausência de diferença significativa na
glicemia de machos e fêmeas (p˂0,01) e também na avaliação deste
parâmetro entre animais de diferentes faixas etárias (p˂0,01).
DISCUSSÃO
Os valores encontrados de glicemia no presente estudo foram mais
elevados que os descritos por Padilla e Parker (2008) em Fragata minor (212,1
mg/dL ± 45,7). A média também foi mais elevada se comparada às descritas
por Work (1996), que também encontrou diferenças significativas entre a média
de glicemia em relação ao sexo, idade e local de origem de Fregata minor.
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CONCLUSÃO
Valores de glicemia entre 237 e 379 mg/dL podem ser considerados
normais para fragatas-comuns de vida livre. Não há relatos anteriores sobre os
valores de glicemia para fragata-comum.
REFERÊNCIAS
BINI, E. Espécies de aves. In ___. Aves aquáticas do Brasil. 1ª ed.
Florianópolis: Homem-Pássaro Publicações, 2014. Cap.1., 9-131p.
LIESKE, C. L.; ZICCARDI, M. H.; MAZET, J. A. K. et al. Evalution of 4 handheld
blood glucose monitors for use in seabird rehabilitation. Journal of Avian
Medicine and Surgery, v. 16, n. 4, p. 277-284, 2002.
PADILLA, L. R.; PARKER, P. G. Monitoring avian health in the Galápagos
Islands: current knowledge. In: FOWLER, M. E.; MILLER, R.E. Zoo and Wild
Animal Medicine, v. 6. Missouri: Saunders Elsevier, 2008, Cap. 24., p. 191-199.
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INTRODUÇÃO
O Aoudad (Ammotragus lervia), conhecido também como Carneiro da
Barbária é um ruminante selvagem da sub-família Caprinae, que apresenta
características únicas e primitivas. Atualmente é classificado como espécie
“vulnerável” (VU A2cd) pela IUCN (International Union for Conservation of
Nature), indicando que a espécie enfrenta um risco elevado de extinção na
natureza.
Tanto a brucelose quanto a leptospirose são zoonoses de grande
importância social e econômica entretanto pouco se conhece sobre o papel do
aoudad como reservatório ou hospedeiro destes agentes.
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MATERIAIS E MÉTODOS:
Dezessete aoudads do Zoológico Municipal de Curitiba, divididos em
setor de exposição e de isolamento, foram utilizados neste estudo. A
identificação individual e dados como local de alojamento, idade e sexo foram
coletados. O teste de Soroaglutinação Microscópica (SAM) foi utilizado para o
diagnóstico de anticorpos contra Leptospira spp., utilizando-se 22 sorovares e
para Brucella spp. foram utilizados os testes do Antígeno Acidificado
Tamponado (AAT) e de Fixação de Complemento (FC) como confirmatório. A
análise estatística foi realizada com os testes de Qui-quadrado e de Fisher (α=
5%).
RESULTADOS
A prevalência de Leptospira spp. foi de 23,53% (4/17) e todos os animais
foram negativos para brucelose. A idade média dos animais foi 5 anos (± 2,7
anos) e animais com idade ≥ 5 anos apresentaram 0,5 (IC 95%: 0,1-3,7) vezes
maior prevalência que animais com idade < 5 anos (p = 0,60). Somente
machos (4/10; 40%) foram positivos para Leptospira spp. Animais do recinto de
exposição tiveram 7,2 vezes maior chance de contaminação que aqueles na
área de isolamento (razão de prevalência: 7,2; 95% IC: 0,97-53,6; p=0,05). Os
títulos variaram entre 100-400, e todos reagiram somente para o sorovar
icterohaemorrhagiae.
DISCUSSÃO:
Estudos realizados em uma comunidade adjacente ao jardim zoológico
de Curitiba, chamada de Vila Pantanal, também localizada no Parque Municipal
do Iguaçu, demonstraram a prevalência de anticorpos anti-leptospiras de 9,2 %
das amostras de cães domiciliados, sendo que os sorovares mais prevalentes
foram o Canicola (27,7%), Bratislava (21,3%) e Icterohaemorrhagiae (15,0%)
(Morikawa, V. M, 2010). Finger et al (2014), relatou na mesma comunidade a
prevalência de anticorpos contra Leptospira spp. em cavalos de carroceiros
(75,8%), sendo que o sorogrupo Icterohaemorrhagiae foi também o mais
frequente (80,8%).
Neste estudo, os títulos variaram entre 100 e 400, e todos reagiram
somente para o sorovar icterohaemorrhagiae, que tem como principal
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CONCLUSÃO
Apesar dos animais do estudo não apresentarem sintomatologia clínica
compatível com leptospirose, a prevalência encontrada indica que os aoudads
participam do ciclo epidemiológico e atuam como sentinelas de contaminação
ambiental.
O monitoramento periódico dos animais do zoológico e a inspeção da
área quanto ao grau de infestação e a espécie de roedor prevalente, são os
passos iniciais para o estabelecimento de medidas eficazes para controle da
leptospirose. O treinamento contínuo da equipe do zoológico e a introdução de
medidas de educação em saúde para a população que visita o zoológico e para
população que reside em áreas limítrofes, são essenciais para o controle dos
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REFERÊNCIAS
HAMPY, B., PENCE, D.B., SIMPSON, C.D. Serological studies on sympatric
barbary sheep and mule deer from palo duro canyon, texas. Journal of wildlife
diseases, v. 15, n. 3, p. 443-446, 1979.
CANDELA, M. G., SERRANO, E., MARTINEZ-CARRASCO, C., et al.
Coinfection is an important factor in epidemiological studies: the first serosurvey
of the aoudad (Ammotragus lervia). Eur J Clin Microbiol Infect Dis, v. 28, n. 5, p.
481-9, 2009.
FINGER, M. A., et al. Serological and molecular survey of leptospira spp.
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southern brazil. Revista do instituto de medicina tropical de São Paulo, v.56,
n.6, p. 473-476, 2014.
MORIKAWA, V. M. Estudo sorológico da infecção por Leptospira spp. em uma
área de ocupação irregular e alto risco para a doença em cães em Curitiba, PR.
2010. Dissertação. Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
MUÑOZ, P. M., BOADELLA, M., ARNAL, M., et al. Spatial distribution and risk
factors of Brucellosis in Iberian wild ungulates. BMC infectious diseases, v.10,
n.1, 46, 2010.
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INTRODUCTION
Captive breeding programs play an important role in the ex-situ
conservation of endangered species and effectiveness relies on the ability to
establish reproductively competent breeding groups (Conde et al., 2011). While
fertility assessments can be accomplished through ultrasonography, few studies
include ultrasound (US) data researching reproductive health/disease in these
animals (Nunamaker et al., 2012; Videan et al., 2011; Bolton et al., 2012). Thus,
this study’s objective was to extend the knowledge on captive great ape’s
reproductive tract diseases and to investigate if the US results were related to
reproductive performance outcome.
RESULTS
From 21 female captive subjects, 18 were detected to have reproductive
lesions, which were suggested to be: uterine leiomyomas, adenomyosis,
nabothian cysts, functional ovarian cysts, paraovarian cyst, polycystic ovaries,
endometrioma and hydrosalpinges in gorillas; cervical tumour and hydrosalpinx,
in chimpanzees; and mostly functional ovarian cysts, in orangutans. Two cases
of intrapelvic abscesses involving the reproductive and gastrointestinal tracts
occurred in females, and the suspected causes were: pelvic inflammatory
disease, in a gorilla, and diverticulitis in an orangutan. Regarding the 7 male
captive subjects, 3 gorillas were detected with testicular lesions. While
suspicion of malignancy existed on the 3 cases, only 1 was confirmed to be a
tumour (Leydig cell neoplasia). Definitive diagnoses were rarely obtained (6/28),
representing only 21% of the total of cases, and of those, 33,3% were
misdiagnosed (2/6). In an attempt to evaluate the effectiveness of ultrasound as
a fertility assessment tool, table 1 was compiled.
DISCUSSION
It is interesting to point out that only half of animals with a favorable
fertility prognosis (I), with or without lesions, were able to produce offspring after
the exam (6/12). This could be explained by insufficient US sensitivity to detect
alterations, reproductive problems caused by psychological/social factors or
incompetent reproductive partners. Regarding those great apes whose lesions
were thought to maybe compromise fertility, only 20% had offspring, which
continues to highlight the reproductive difficulties in captivity. Finally, as
expected, none of the subjects considered to have compromised fertility ended
up producing offspring after the examination.
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CONCLUSION
These results lead to the assumption that the suggested diagnosis and
fertility assessments were relatively in accordance with the offspring production
of the subjects. This is especially true in the cases when fertility was considered
to be “most likely compromised”. Thus, though offspring production could not be
safely guaranteed in the apparently reproductively competent animals, US
examinations have shown to be a useful tool to identify the reproductively
incompetent animals, integrating an appropriate reproduction management
program.
REFERENCES
BOLTON, R. L.; MASTERS, N. J.; MILHAM, P. et al. Environment and
reproductive dysfunction in captive female great apes (Hominidae). Veterinary
Record, v. 170, n. 26, p. 676-676, 2012.
CONDE, D. A.; FLESNESS, N.; COLCHERO, F. et al. An emerging role of zoos
to conserve biodiversity. Science, v. 331, n. 6023, p. 1390-1391, 2011
HABBEMA, J. D. F.; COLLINS, J.; LERIDON, H. et al. Towards less confusing
terminology in reproductive medicine: a proposal. Human Reproduction, v. 19,
n. 7, p. 1497-1501, 2004.
NUNAMAKER, E. A.; LEE, D. R. & LAMMEY, M. L. Chronic diseases in captive
geriatric female chimpanzees (Pan troglodytes). Comparative medicine, v. 62,
n. 2, p. 131, 2012
VIDEAN, E. N., SATTERFIELD, W. C., BUCHL, S. et al. Diagnosis and
prevalence of uterine leiomyomata in female chimpanzees (Pan troglodytes).
American journal of primatology, v. 73, n. 7, p. 665-670, 2011.
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RELATO DE CASO
Periquitos australianos (Melopsittacus undulatus), são aves ornamentais,
criados como animais de estimação, são frequentemente comercializados em
casas agropecuárias e os novos proprietários relatam que recebem pouca
instrução do comerciante sobre padrões de criação, sanidade e alimentação
das aves. Um periquito australiano, macho (figura 1a), foi levado para
atendimento em um hospital veterinário na região oeste do Paraná, com
histórico de agressão, através de bicadas, pela companheira de gaiola, uma
fêmea da mesma espécie.
DISCUSSÃO
O bem-estar animal deve ser definido de forma que permita pronta
relação com outros conceitos, tais como: necessidades, liberdades, felicidade,
adaptação, controle, capacidade de previsão, sentimentos, sofrimento, dor,
ansiedade, medo, tédio, estresse e saúde (Broom & Molento, 2004). O
canibalismo é uma alteração do padrão comportamental em aves e é bem
relatada em criações de aves de postura (Tablante et al., 1999). Na avicultura,
o canibalismo é precedido pelo arrancamento das penas (Blokhuis e
Wiepkema, 1998), o que corrobora com o histórico do caso. Não foram
encontrados relatos de canibalismo entre periquitos australianos na literatura
pesquisada. Periquitos australianos que passam o dia sem nenhuma distração
podem começar a arrancar as penas e se automutilar (Matthew, 1992). Os
animais em questão passavam o dia todo trancados em uma gaiola metálica
pequena, sem nenhuma atividade lúdica ou física importante. A síndrome de
bicamento e arranchamento de penas é bem descrita em psitacídeos de várias
espécies e é relatada como origem física ou psicogênica e praticada como
automutilação (Cubas, 2006), mas a mutilação e pratica de canibalismo com
ingestão de fragmentos de outro individuo, são pouco descritas. Alterações
comportamentais são relatadas como indicadores da qualidade de bem-estar
dos animais, que pode ser mensurável pela expressão atitudinal do indivíduo
(Broom & Molento, 2004). É importante oferecer melhor qualidade de vida ás
aves cativas, providenciando amplitude de espaço, aves para companhia e
reprodução, ambientes limpos, iluminados e arejados, realizar o
enriquecimento ambiental e reduzir fatores estressantes (Cubas, 2006).
CONCLUSÃO
O canibalismo na espécie Melopsittacus undulatus é pouco relatada na
literatura. É provável que o estresse crônico e subnutrição sofrido pela fêmea
ao longo da vida tenham sido os fatores responsáveis pelo ato, como
geralmente ocorre na avicultura comercial e a consideração de alteração
comportamental advinda de um bem-estar inadequado possa ser referida e
prevenida com adequações nutricionais, ambientais e lúdicas nas aves de
gaiola.
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REFERÊNCIAS
BLOKHUIS, H. J.; WIEKPEMA, P. R. Studies of feather pecking in poultry. The
Veterinary Quarterly, v.20, n.1, p.6-9, 1998.
MATTHEW, M. The New Australian Parakeet Handbook. Hauppauge: Barron’s ,
1992. 145 p.
TABLANTE, N. L.; VAILLANCOURT, J. P.; MARTIN, S. W. et al. Spatial
Distribution of Cannibalism Mortalities in Commercial Laying Hens. Poultry
Science, v.79, n.5, p.705-708, 2000.
CUBAS, Z. S. Tratado de animais Selvagens. 1ª ed. São Paulo: Roca, 2006.
BROOM, D.M.; MOLENTO, C.F.M. Bem-estar animal: conceito e questões
relacionadas – revisão. Archives of Veterinary Science v. 9, n. 2, p. 1-11, 2004.
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INTRODUÇÃO
A cascavel é uma serpente da família Viperidae, com ampla distribuição
geográfica e o gênero Crotalus é a única representante no Brasil conforme
Campbell e Lamar (1989). O estudo de seu perfil bioquímico pode fornecer
informações importantes sobre as condições metabólicas gerais desses
animais, auxiliando na manutenção das populações em cativeiro e no
diagnóstico de várias enfermidades. Dessa forma, o presente estudo teve como
objetivo verificar as variações fisiológicas e influência do sexo nas
concentrações plasmáticas das proteínas e metabólitos em cascavéis mantidas
em cativeiro.
MATERIAL E MÉTODOS:
Foram analisadas amostras de sangue de 120 cascavéis (Crotalus
durissus collilineatus) adultas, 60 machos e 60 fêmeas mantidas em cativeiro.
Foram coletadas em cada serpente 2 mL de sangue por punção do seio
venoso paravertebral cervical, em seringas heparinizadas. Após centrifugação
do sangue a 720 g, determinou-se em cada amostra as concentrações
plasmáticas das proteínas e metabólitos em analisador automático de
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados os seguintes valores: proteínas totais 5,41±0,93
g/dL, albumina 1,19±0,26 g/dL, globulinas 4,23±0,82 g/dL, relação A: G
0,29±0,08, ácido úrico 1,58±0,82 mg/dL, creatinina 0,55±0,23 mg/dL, ureia
6,29±6,46 mg/dL, colesterol total 196,65±60,73 mg/dL, HDL-C 27, 17±15,95
mg/dL e triglicérides 53,35±50,85 mg/dL. Confrontados os valores entre
machos e fêmeas, verificaram-se valores superiores para colesterol total, HDL-
C e triglicérides nas cascavéis fêmeas. Atribui as maiores concentrações
plasmáticas destes elementos nas fêmeas ao estado reprodutivo e
vitelogênese. Campbell (2006) afirma que as concentrações plasmáticas de
colesterol e triglicérides são significativamente maiores em iguanas fêmeas.
Lamirande et al. (1999) associa os maiores valores de colesterol nas fêmeas
com a vitelogênese.
CONCLUSÃO
Esses resultados reforçam a importância de se considerar o sexo na
interpretação dos valores de proteínas e metabólitos plasmáticos em
cascavéis.
REFERÊNCIAS
CAMPBELL, J. A.; LAMAR, W. W. The Venomous Reptiles of Latin America.
Ithaca: Cornell University Press, 1989. 425 p.
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irregularis). Journal of Zoo and Wildlife Medicine, v. 30, n. 4, p. 516-520, 1999.
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INTRODUÇÃO
Os procedimentos cirúrgicos em animais selvagens de médio e grande
porte representam um grande desafio na rotina do médico veterinário, devido à
ausência de condicionamento na maioria dos indivíduos cativos e em
praticamente todos os animais de vida livre. Isso significa que ao menor
contato humano os animais apresentam inevitáveis reações de estresse com
prejuízos à homeostase. Processos de automutilação podem interferir na
cicatrização de feridas cirúrgicas, e PACHALY et al. (2000, 2001, 2005)
indicam o uso de fármacos neurolépticos como moduladores comportamentais
nessas situações. A remoção cirúrgica do bulbo ocular altera a anatomia e a
fisiologia da órbita, levando a deformidades em consequência da perda de
volume, com mobilização dos tecidos da cavidade orbitária (NARIKAWA et al.,
2011). PACHALY e VOLTARELLI-PACHALY (2014) mencionam o emprego de
gelatina comestível sem sabor associada à gentamicina para preenchimento de
cavidades alveolares em procedimentos de exodontia realizados em várias
espécies de animais selvagens.
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RELATO DE CASO
Um puma (Puma concolor) macho adulto proveniente da natureza, com
massa corporal de 41,0 Kg, foi avaliado clinicamente, com diagnóstico de
atrofia do olho esquerdo e indicação de cirurgia de exenteração do bulbo ocular
afetado. Para o procedimento cirúrgico, o animal foi contido
farmacologicamente pela associação de zolazepam + tiletamina (Zoletil-100®,
detomidina (Dormiun-V®), haloperidol (Haldol® 0,5%) e atropina 1%. Para
preparo da combinação adiciona-se ao conteúdo desidratado de um frasco de
Zoletil-100® 0,50 mL de atropina 1%, 0,53 mL de Dormiun-V®, 1,4 mL de
haloperidol 0,5% e 0,15 mL de água destilada. Com essa combinação se
obtém um volume final de exatamente 3,0 mL no frasco. O método de preparo
da solução anestésica concentrada seguiu as indicações gerais de PACHALY e
VOLTARELLI-PACHALY (2011) para obtenção da combinação denominada
“ZAD”. Para captura e contenção do paciente a dose de 0,77 mL da mistura foi
administrada por via intramuscular (IM) por meio de um dardo, representando
3,12 mg/kg de zolazepam + tiletamina, 0,033 mg/kg de detomidina, 0,058
mg/kg de haloperidol e 0,031 mg/kg de atropina. A manutenção da anestesia
foi feita com isoflurano 100% (Isoforine®) em sistema fechado. O procedimento
cirúrgico foi realizado conforme preconizado por SLATTER (2005), iniciando
por uma incisão transpalpebral seguida por dissecção das conjuntivas, glândula
lacrimal e desinserção de todos os músculos extraoculares, rotação medial do
bulbo ocular, transfixação e seccionamento do nervo óptico, com remoção do
bulbo e seus anexos. A seguir, para preencher a cavidade anoftálmica foram
empregadas 24,0 g de gelatina comestível sem sabor incolor em pó (Dr.
Oetker®) como material para o curativo. A gelatina granulada foi retirada
diretamente da embalagem comercial, diluída e homogeneizada em 10,0 mL de
sangue que foi colhido do próprio animal e 6,0 mL de gentamicina a 4,0 %
(Gentatec®), e a mistura foi aplicada à ferida cirúrgica até total preenchimento
da cavidade.
Terminada a intervenção e antes da recuperação anestésica plena,
administrou-se por via IM a dose de 2,44 mg/kg de decanoato de haloperidol
(Haldol Decanoato®), como modulador comportamental, com a finalidade de
reduzir a possibilidade de complicações pós-operatórias devidas ao estresse.
Como antibiótico administrou-se enrofloxacina (Baytril 10%® por via IM, na
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dose de 10,0 mg/kg durante cinco dias), e como antiinflamatório foi usado
cetoprofeno (Ketofen® por via IM, na dose de 2,0 mg/kg durante três dias). No
período pós-operatório o paciente foi cuidadosamente avaliado, e não interferiu
de forma alguma na ferida suturada, mantendo comportamento bastante
tranqüilo para um animal de vida livre recém-capturado. Não se observou
secreção ou qualquer sinal de inflamação, e as suturas foram removidas 10
dias após cirurgia, com alta médica e alocação do animal em um recinto
adequado.
DISCUSSÃO
O procedimento cirúrgico foi executado da maneira preconizada por
SLATTER (2005), e o emprego de gelatina comestível associada à gentamicina
para preenchimento da cavidade anoftálmica foi bem sucedido, como
observado por PACHALY e VOLTARELLI-PACHALY (2014) que usaram o
método para preenchimento de cavidades alveolares após extrações dentais. O
paciente não interferiu na sutura, o que sugere a possibilidade da ação
preventiva do decanoato de haloperidol sobre processos de automutilação que
podem ser observados em carnívoros domésticos e selvagens (PACHALY et
al., 2000, 2001, 2005).
CONCLUSÃO
A técnica apresentada teve resultado positivo e este caso indica seu
potencial para ser empregada rotineiramente para reposição do volume da
cavidade anoftálmica em pumas e outras espécies selvagens e domésticas,
enfatizando-se o baixo custo dos materiais empregados.
REFERÊNCIAS
NARIKAWA, S. et al. Enxerto dermoadiposo em cavidades anoftálmicas
secundárias – estudo retrospectivo e revisão de literatura. Revista brasileira de
oftalmologia, v. 70, n.6, p. 411-415, 2011.
PACHALY, J.R. et al. Neurolepsia prolongada com decanoato de haloperidol no
tratamento de dermatite psicogênica em lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) –
Relato de caso. Revista brasileira de ciência veterinária, v.7, (supl.), p. 226,
2000.
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INTRODUÇÃO
O guará (Eudocimus ruber) já é considerado extinto em algumas regiões
do Brasil (Ebird, 2015). Sendo assim, a criação artificial dessa espécie pode ser
uma ferramenta importante para a conservação. A obtenção de parâmetros na
avaliação do desenvolvimento dos filhotes é importante na criação artificial
como auxílio ao diagnóstico de restrição de crescimento, o qual pode ocorrer
por fatores nutricionais ou ambientais (Pelicano et al., 2005). Portanto, o
objetivo foi elaborar equações para determinar a idade e avaliar o crescimento
de filhotes de guarás criados artificialmente, por meio de pesagens e biometrias
do rádio.
MATERIAL E MÉTODOS
A cada sete dias, quinze filhotes de guará foram pesados com balança
digital, e as medidas do rádio foram obtidas com um paquímetro. As análises
de regressão linear, polinomial do 2º grau, exponencial e logarítmica foram
utilizadas para mostrar a relação da idade com o peso e o comprimento do
rádio. Os resultados foram considerados significativos quando o P<0,05.
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RESULTADOS
Nas regressões linear, polinomial e logarítmica, o peso e o comprimento
do rádio iniciais foram subestimados e os coeficientes não foram significativos.
Nas regressões logarítmicas os coeficientes de determinação foram baixos.
Portanto, as curvas de regressão para o peso e o rádio foram mais bem
expressas pelo modelo exponencial, apresentando todos os coeficientes
significativos, bem como coeficientes de determinação altos.
DISCUSSÃO
A falta de estudos sobre curvas de crescimento para guarás e aves
silvestres em geral, dificultam a comparação entre as equações. Em frangos de
corte, o crescimento foi melhor expresso igualmente pelos modelos não
lineares e os piores resultados foram obtidos com a linear, pois o peso inicial
também foi subestimado (Freitas et al., 1984).
CONCLUSÃO
Foi possível elaborar curvas de crescimento para filhotes de guará e o
modelo exponencial foi o mais adequado para avaliar o desenvolvimento e
estimar a idade dos filhotes.
REFERÊNCIAS
EBIRD. Eudocimus ruber. Disponível em: <www.ebird.org>. Acesso em: 09 jul
2015.
FREITAS, A. R.; ALBINO, L. F. T.; MICHELAN FILHO, T. et al. Modelos de
curvas de crescimento em frangos de corte. Pesquisa Agropecuária Brasileira,
v. 19, n. 9, p. 1057-1064, 1984.
PELICANO, E. R. L.; BERNAL, F. E. M.; FURLAN, R. L. et al. Efeito da
temperatura ambiente e da restrição alimentar protéica ou energética sobre o
ganho de peso e crescimento ósseo de frangos de corte. Arquivo Brasileiro de
Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 57, n. 3, jun 2005.
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INTRODUÇÃO
A curicaca é uma ave da Ordem Ciconiiformes e família
Threskiornithidae que possui pernas altas e asas largas de coloração clara, e
marcas pretas na região perioftálmica (SICK, 1997). Possui distribuição sul-
americana e mesmo sendo uma espécie com grande adaptabilidade a
ambientes antropizados apresenta características anatômicas ainda não
descritas. O objetivo deste estudo foi o de obter mensurações em crânios de
curicacas visando contribuir para a anatomia da espécie bem como para a
anatomia veterinária comparada.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram analisados os aspectos craniométricos de 6 curicacas adultas
que vieram a óbito por causas naturais e foram doadas para estudos
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RESULTADOS
O valor médio para comprimento máximo do crânio foi de 194,4 mm (sd:
±7,9 mm); o valor médio para largura máxima do crânio foi de 34,5 mm (sd:
±0,9 mm); valor médio da altura máxima foi de 28,4 mm (sd: ±1,4 mm); valor
médio da largura caudal máxima foi de 29,1 mm (sd: ±0,6 mm); o valor médio
da distância entre o rostro maxilar e o processo pós orbitário foi de 175,9 mm
(sd: ±7,2 mm); valor médio da distância entre o rostro maxilar e a região mais
alta do crânio foi de 183,4 mm (sd: ±0,93 mm); a distância entre o rostro
maxilar e a porção basilar do rostro para-esfenoide foi de 159 mm (sd: ±17,8
mm); valor médio da distância dos processos para-occipitais entre si foi de 24,9
mm (sd: ±0,6 mm); e valor médio do comprimento e largura do forame magno
foi respectivamente 7,9 mm (sd: ±1 mm) e 7,9 mm (sd: ±0,2 mm).
DISCUSSÃO
Como base, foi utilizado para a realização deste trabalho, o relato de
craniometria com pinguins de Magalhães realizado por Machado et al. (2006),
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uma vez que, trabalhos como estes no segmento de aves ainda não abrangem
todas as suas ordens. Com relação às medidas, foi aferido 121,14 mm para o
comprimento máximo do crânio de pinguins, sendo que este valor em curicacas
foi superior 23,3 mm, quanto a largura máxima do crânio, esta foi maior em
pinguins, totalizando um valor médio de 46,86mm para a 34,5mm em
curicacas, O valor médio da altura máxima foi de 28,4 mm em curicacas,
apresentando variação de mais 2,4 mm em pinguins. Machado et al. (2006)
encontrou o valor de 45,84 mm para a largura caudal máxima do crânio de
pinguins, enquanto em curicacas o valor médio foi de 29,1 mm. A distância
entre o rostro maxilar e o processo pós-orbitário em pinguins teve média de
97,05 mm, a média das medidas entre esses acidentes ósseos nas curicacas
deste trabalho, foi encontrado um valor de 175,59 mm. Curicacas apresentam
uma diferença de 74,35 mm em relação aos pinguins no valor médio da
distância entre o rostro maxilar e a região mais alta do crânio. A distância entre
o rostro maxilar e a porção basilar do rostro para-esfenoide em pinguins foi de
100,55mm, em curicacas o valor foi 58,45 mm maior. Com relação ao valor
médio da distância dos processos para-occipitais entre si foi de 24,9mm nas
curicacas e de 37,33mm em pinguins. Sendo uma característica das curicacas,
apesar do menor valor em comparação aos pinguins, àquelas apresentam
processos para-occipitais bem desenvolvidos (Ferreira e Donatelli, 2005). O
comprimento e a largura do forame magno ora encontrados foram menores em
relação aos mesmos valores em pinguins, os quais abarcaram 10,05mm e
10,75mm, respectivamente (Machado et al., 2005).
CONCLUSÃO
Os dados obtidos nesta pesquisa elucidam a craniometria da curicaca
(Theristicus caudatus), servindo de subsídio para estudos de anatomia
comparada bem como para conhecimento acerca da morfologia de tal espécie
aviária.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, C. D.; DONATELLI, R. J. Osteologia craniana de Platalea Ajaja
(Linnaeus) (Aves, Ciconiiformes), comparada a outras espécies de
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INTRODUÇÃO
O monitoramento endócrino pela mensuração de metabólitos de
hormônios esteroides em fezes e urina tem sido uma alternativa viável na
investigação da fisiologia reprodutiva em uma grande variedade de aves e
mamíferos (Pereira, 2007). A detecção dos andrógenos em extratos fecais
permite verificar se as alterações esperadas de níveis hormonais, pela
aplicação de análogo de GnRH, estão ocorrendo, pela estimulação exógena e
se os testes empregados são capazes de detecta-las. Neste trabalho buscou-
se a validação biológica de dois testes para detecção de metabólitos de
testosterona em gatos-maracajá e que estejam disponíveis comercialmente no
Brasil.
MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho teve autorização SISBIO nº 38908-1 e CEUA 26/2010
Palotina. Foram utilizados machos de Leopardus wiedii (n=3), adultos,
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RESULTADOS
Em L. wiedii a estimulação com análogo de GnRH apresentou uma
resposta fisiológica em todos os animais, com aumento de excreção de
andrógenos fecais em dias subsequentes, que foi detectado pelos métodos de
CLIA-testosterona e EIA-testosterona. Houve forte correlação (r=0,9299 com
p<0,0001) entre os métodos EIA e CLIA para detecção de andrógenos fecais
em L. wiedii, embora, as médias de valores na CLIA tenham sido em média
42,16% menores (p=0,0066), mas as curvas gráficas foram similares, figuras 1
e 2.
Nas diluições seriadas de (1:2 a 1:64) de extrato fecal, para mensuração
de andrógenos fecais, houve forte correlação entre os valores encontrados e
diluições propostas nos métodos CLIA (r=0,998 e p<0,001) e EIA (r=0,989 e
p<0,001), caracterizando a linearidade do teste nos dois ensaios.
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DISCUSSÃO
Os dois testes empregados detectaram alterações endócrinas sofridas
pelos animais, quando estimulados com hormônios exógenos. Os valores
numéricos das concentrações de metabólitos fecais podem variar conforme a
espécie, técnica de extração ou teste empregado, mas as oscilações
endócrinas devem ser identificadas. Também para a validação de ensaios
endócrinos uma das etapas é a verificação do paralelismo com a curva padrão.
A curva padrão indica a sensibilidade do ensaio, com isso verifica-se a
correlação entre quantidade de hormônio detectada e a diluição correta da
amostra (Paz et al., 2009), conforme apresentado nos resultados deste
trabalho.
CONCLUSÃO
Os Kits EIA-1559 e CLIA-33560 foram eficazes na detecção alteração
dos níveis de andrógenos fecais de L. wiedii. Houve boa correlação (r=0,9299
com p<0,0001) entre os testes. Os kits utilizados apresentaram boa linearidade
em diluições seriadas. Agradecimento à ITAIPU Binacional e Fundação
Araucária.
BIBLIOGRAFIA
PEREIRA, R.J.G; Métodos não-invasivos para análises hormonais aplicadas
aos estudos de ecologia e etologia. R. Bras. Zootec., v.36, Suplemento
especial, p.71-76, 2007
PAZ, R. D., ADANIA, C. H., OLIVEIRA, C. D., et al. Progesterone and estradiol
commercial kits validation in serum of ocelots (Leopardus pardalis) and tigrina
(Leopardus tigrinus). Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal.
Science, v. 46, n. 3, p. 237-244, 2009.
SCHWARZEMBERGER, F. et al. Concentration of progestagens and
oestragens in the faeces of pregnant Lipizzan, Trotter and Thoroughbred
mares. Journal of Reproduction and Fertility, v. 44, p. 489-499, 1991.
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MATERIAL E MÉTODOS
Foram coletadas amostras sanguíneas de cinco Cerdocyon thous, dois
Speothos venaticus, dois Crisocyon brachyurus e um Pseudalopex vetulus
cativos entre 2007 e 2014. Os testes sorológicos foram realizados partir da
técnica da Soroneutralização Viral (SN) descrita por Appel e Robson (1973). O
presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais e
Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade sob os números
23108.029695/14-8 e 42303-1, respectivamente.
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RESULTADOS
Quatro C.thous (4/5), dois C.brachyurus (2/2), dois S.venaticus (2/2) e
um P.vetulus (1/1) mostraram-se reagentes para o CDV e os títulos variaram
de 8-64.
DISCUSSÃO
A ocorrência de anticorpos em canídeos cativos já foi previamente
demonstrada. Maia e Gouveia (2002) relataram 9% da mortalidade causada
pelo CDV em C.brachyurus provenientes de diferentes zoológicos do Brasil.
Thalwitzer et al. (2010) descrevem o maior potencial de disseminação de CDV
em animais de Zoológico, podendo justificar o elevado número de animais
reagentes. Observa-se ao redor do Zoo-UFMT bairros residenciais com
presença de cães domésticos. Além disso, apesar da entrada de animais
domésticos não ser permitida, é comum observar cães errantes ou mesmo
junto aos seus proprietários na pista de caminhada localizada no entorno do
zoológico. Esta interação tem sido sugerida como determinante para a
transmissão, (van de Bildt et al. 2002; Megid et al. 2010) indicando ser um forte
indício de fonte de infecção aos canídeos selvagens do Zoo-UFMT. Dentre as
espécies reagentes, este estudo demonstra o primeiro relato de anticorpos em
Pseudalopex vetulus (Curi et al. 2010; Hayashi et al. 2013).
CONCLUSÃO
Estudos sorológicos podem contribuir no monitoramento e controle do
CDV em populações cativas.
REFERÊNCIAS
APPEL, M.; ROBSON, D.S. A microneutralization test for canine distemper
virus. American Journal of Veterinary Research, v.34, n.11, p.1459-1463, 1973.
BILDT, M.W.G.; KUIKEN, T.; VISEE, A.M. et al. Distemper outbreak and its
effect on African Wild Dog conservation. Emerging Infectious Diseases, v.8, n.2,
p.211-213, 2002.
CURI, N.H.A.; ARAÚJO, A.S.; CAMPOS, F.S. et al. Wild canids, domestic dogs
and their pathogens in Southeast Brazil: disease threats for canid conservation.
Biodiversity and Conservation, v.19, p.3513-3524, 2010.
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INTRODUÇÃO
Os psitacídeos são aves que ocupam todo o globo terrestre, desde
áreas tropicais até regiões frias. Existem cerca de 78 gêneros e 332 espécies
de psitacídeos. Cerca de 100 espécies estão na América do Sul e 80 no Brasil
(Allgayer e Cziulik, 2007). De acordo com Tortora et al. (2000), o conhecimento
da microbiota que compõe as diferentes áreas do organismo é de importância
reconhecida para a compreensão de doenças infecciosas que podem acometer
os animais. A manutenção da microbiota está sujeita à mudanças físicas,
químicas, imunológicas, bem como muitos fatores microbiológicos que são
pouco compreendidos. O resultado de interações entre o hospedeiro e o
microrganismo consiste em ecossistema composto por inúmeros nichos, cada
qual habitado por microrganismos mais adaptados àquela região anatômica.
Alterações em um desses elementos do ecossistema podem favorecer a
multiplicação de um microrganismo presente na microbiota, levando ao
desencadeamento de uma doença. Tendo em vista a importância do estudo da
microbiota que compõe as diferentes áreas do organismo de psitacídeos tem
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MATERIAL E MÉTODOS
Foram coletadas amostras de 11 araras, sem distinção de sexo e idade,
em região orofaríngea e cloacal. Realizou-se semeaduras em Ágar McConkey,
posteriormente as placas foram incubadas a 37ºC, por até 30 dias, com leituras
diárias. Foram realizados testes bioquímicos utilizando os meios: TSI, MILi e
Citrato de Simons.
RESULTADOS
Os gêneros bacterianos isolados em região de orofaringe e cloaca de
araras canindé (Ara ararauna) mantidas em cativeiro na região oeste do
Paraná, estão descritos na Tabela 1.
Tabela 1 - Resultado do teste bioquímico para confirmar presença de
microrganismos em região de orofaringe e cloaca de araras canindé (Ara
ararauna, Linnaeus, 1758) mantidas em cativeiro na região oeste do Paraná.
DISCUSSÃO
Bactérias do gênero Staphylococcus spp. foram isoladas em 27,3% das
amostras de região orofaríngea de araras canindés. Esse gênero é comumente
isolado da microbiota fecal de aves segundo Andrersen (2003), com diferentes
percentuais de isolamento.
Outro grupo de bactérias isoladas foi o gênero Streptococcus, com
percentual de isolamento de 9,09%. Apesar de a importância dos
estreptococos já estar bem estabelecida em diversas espécies de animais
domésticos, poucos são os dados na literatura que descrevem e apontam a
importância desse gênero em espécies de aves silvestres. Brittingham et al.
(1988) identificaram estreptococos em 18% das amostras fecais de aves
silvestres, e comentaram que podem existir diferenças significativas entre
espécies de passeriformes e pica-paus, inclusive em relação ao tipo de
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CONCLUSÃO
Os microrganismos isolados foram: Staphylococcus spp., Streptococcus
spp., Escherichia coli, Salmonella sp., Klebsiella sp.
REFERÊNCIAS
ALLGAYER MC, CZIULIK M. Reprodução de psitacídeos em cativeiro. Rev
Bras Reprod Anim, v.31, p.344-350, 2007. Disponível em:
www.cbra.org.br/publicacoes/rbra.do
ANDERSEN, A. A.; VANROMPAY, D. Avian chlamydiosis (psittacosis,
ornithosis). In: Saif YM, Barnes HJ, Fadly AM, Glisson JR, McDougald LR,
Swayne D.E. Diseases of poultry, 11th ed. Ames (IA):Iowa State University
Press; p. 863–79, 2003.
BRITTINGHAM M.C.; TEMPLE S.A.; DUNCAN R.M. A survey of the prevalence
of selected bacteria in wild birds. Journal os wildlife diseases, v. 24, p. 299-307,
1988.
GANAPATHY K., SALEHA A.A., JAGANATHAN M., TAN C.G., CHONG C.T.,
TANG S.C., IDERIS A., DARE C.M. & BRADBURY J.M. Survey
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Sergipe
2Docente do curso de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Sergipe
3Graduando (a) em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Sergipe
INTRODUÇÃO
A doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP), conhecida como Necrose
Asséptica da Cabeça Femoral (NACF), é uma necrose não inflamatória da
cabeça e colo femorais, sendo mais comum em cães de pequeno porte e
animais jovens (Fossum, 2008; Tien, 2012). A doença resulta do colapso da
epífise femoral, em virtude de uma interrupção do fluxo sanguíneo, com causa
não estabelecida e teorias multifatoriais como traumas, interferência hormonal,
fatores hereditários, conformação anatômica, pressão intracapsular e o infarto
da cabeça do fêmur (Fossum, 2008).
A DLCP não apresenta predisposição por sexo, e ocorre geralmente de
forma unilateral, com uma freqüência de apenas 10 a 15% de incidência
bilateral (Nunamaker, 1985). Os animais acometidos exibem atrofia muscular,
encurtamento do membro, dor articular, claudicação, limitação na locomoção e,
em casos avançados, crepitação do acetábulo (Levine et al., 2008). O exame
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RELATO DO CASO
Um hamster sírio (Mesocricetus auratus), macho, de três anos de idade,
foi atendido apresentando histórico de claudicação em membro posterior
esquerdo que evoluiu gradualmente para paresia bilateral dentro de seis
meses.
Ao exame radiográfico ventro-dorsal foram evidenciadas áreas de lise
óssea na cabeça do fêmur, dispostas de forma bilateral, condizente com o
diagnóstico de DLCP.
Devido ao estado geral e condição física do animal a cirurgia foi
considerada de alto risco. A proprietária optou pela realização da eutanásia.
DISCUSSÃO
Em hamsters sírios (Mesocricetus auratus) idosos, com expectativa de
vida de 3 anos, as enfermidades traumáticas são as mais observadas na
clínica, como fraturas de tíbia, de coluna e subluxações vertebrais, devido ao
comportamento de escalar o alto da gaiola e caírem (Cubas et al, 2014; Tanno
et al, 2014). Sendo assim, a doença de Legg-Calvé- Perthes, comumente
relatada em cães de pequeno porte e animais jovens (Fossum, 2008), torna-se
rara para a espécie descrita. Mesmo sendo uma afecção geralmente de
apresentação unilateral, 10 a 15 % dos casos ocorrem de forma bilateral
(Nunamaker, 1985), assim como observado no animal deste relato. Devido ao
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CONCLUSÃO
A doença de Legg-Calvé-Perthes é geralmente relatada em cães,
tornando-se incomum em hamster sírio (Mesocricetus auratus), sendo um caso
raro relatado na literatura nesta espécie.
REFERÊNCIAS
CUBAS, Z. S; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de animais
selvagens, 2. Ed., São Paulo: Roca, 2014, v.1, p.1169-1205.
FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais, Tradução da 3. Ed., Rio de
Janeiro: Elsevier, 2008, p. 1252-1255.
LEVINE, D.; MILLIS, D. L.; MARCELLIN-LITTLE, D. J. et al. Introdução à
reabilitação física em veterinária. In: LEVINE, D. et al.; MILLIS, D. L.;
MARCELLIN-LITTLE, D. J. Reabilitação e fisioterapia na prática de pequenos
animais. São Paulo: Roca, 2008, Cap. 1, p. 1-8.
NUNAMAKER, D. M. Fractures and dislocations of the hip joint. In: NEWTON,
C. D.; NUNAMAKER, D. M. Textbook of small animal orthopaedics. 1. ed.
Philadelphia: Lippincott, 1985, p.403-415.
TANNO, D. R; COUTO, E. P; CARVALHO M. P. N. et al. Levantamento das
principais afecções em pequenos mamíferos de companhia em clínica
veterinária de São Paulo, Brasil. In: XVII Congresso e XXIII Encontro da
Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens, 2014. Anais...
Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens, 2014, p.80.
TIEN, G. Estudo retrospectivo das radiografias de necrose asséptica da cabeça
femoral em cães. 2012. São Paulo, 76f. Dissertação (Mestrado em Ciências
Veterinárias) – Programa em Clínica Cirúrgica Veterinária, Faculdade de
Medicina e Zootecnia da Universidade de São Paulo.
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INTRODUÇÃO
A atividade piscícola brasileira vem crescendo significativamente na
última década e inúmeros estudos buscam avaliar estratégias para manejo
sanitário das piscigranjas (SAKABE et al., 2013; PÁDUA et al., 2014a). De
acordo com BELO et al. (2014), o elevado adensamento populacional, o
excesso de manejo e o uso de rações com qualidade questionável resultam em
condições de estresse que favorecem a ocorrência de surtos de enfermidades
nos plantéis. O uso de antiparasitários representa uma alternativa para
controlar o surto de parasitoses nas pisciculturas. Estudos recentes
demonstram a importância do parasitismo na saúde dos peixes teleósteos
(BELO et al., 2013; PÁDUA et al., 2014b; MANRIQUE et al., 2015), porém
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MATERIAL E MÉTODOS
A parte experimental foi conduzida no Município de Rolim de Moura/ RO.
70 tambaquis (± 150g) foram distribuidos em 10 caixa d’água de polietileno de
100L cada, recebendo renovação de água de poço artesiano e sistema de
aeração contínua, controle de condutividade elétrica, oxigênio dissolvido,
temperatura e pH. Os peixes receberam doses 50,0; 100 e 150,0 mg de
ivermectina.kg-1 de ração, dissolvidos em 2% de óleo de peixe para incorporar
a ração.
Os animais forão alimentados duas vezes ao dia, pela manhã ração
comercial com 36% PB sem o principio farmacológico somente incorporado o
óleo e a tarde a mesma ração com o princípio farmacológico incorporado a
ração.
Os peixes foram amostrados nos dias 0, 2, 4 e 8 após o início do
tratamento, para coleta de sangue e realização do estudo bioquímico de
proteína total, albumina e globulinas conforme descrito por BELO et al. (2012).
Os resultados foram analisados em delineamento inteiramente casualizado em
um Split Plot Design, utilizando procedimento GLM do programa SAS (2001),
comparação de médias pelo TesteTukey (P<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os valores séricos de observados no estudo da proteína sérica de
tambaquis tratados com invermcetina estão expressos na Tabela1. Tambaquis
alimentados com ração contendo 50 mg de ivermectina/kg não apresentaram
alterações significativas (p>0,05) para proteína total e globulinas em todo o
experimento, somente no quarto dia de tratamento os peixes apresentaram
aumento nos valores séricos de albumina. Peixes alimentados com 100 e 150
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CONCLUSÃO
Os resultados observados no estudo da ivermectina demonstraram
segurança clínica na dose terapêutica de 50 mg/Kg e aumento transitório nos
valores séricos de proteína total, albumina e globulinas em peixes alimentados
com ração medicada com 100 e 150 mg/kg no quarto dia após o inicio do
tratamento, sugerindo a ocorrência de hemocentração neste período do
tratamento.
REFERÊNCIA
Belo, M. A. A. et al. Hepatoprotective treatment attenuates oxidative damages
induced by carbon tetrachloride in rats. Experimental and Toxicologic
Pathology, v.64, p. 155-165, 2012.
Belo,M.A.A. et al. Haematological response of curimbas Prochilodus
lineatus ,naturally infected with Neoechinorhynchus curemai. Journal of Fish
Biology, v. 82, p. 1403-1410, 2013.
Belo, M.A.A. et al. Deleterious effects of low level of vitamin E and high stocking
density on the hematology response of pacus, during chronic inflammatory
reaction. Aquaculture, v.422-423, p.124-128, 2014.
Manrique, W.G. et al. First report of Myxobolus sp. infection in the skeletal
muscle of Neotropical freshwater fish Piaractus mesopotamicus. Parasitology
Research, v. 114, p. 2041-2044, 2015.
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Padua, S. B. et al. Nutritional additive increases the survival rate and decreases
parasitism in tilapia during the masculinization. Aqua Culture Asia Pacific, v. 10,
p. 24-27, 2014a.
Padua, S. B. et al. Parasitological assessment and host-parasite relationship in
farmed cachara catfish fingerlings Pseudoplatystoma reticulatum (Eigenmann &
Eigenmann 1889). Neotropical Helminthology, v. 8, p. 37-45, 2014b.
Sakabe, R. et al. Kinects of chronic inflammation in Nile tilapia supplemented
with essential fatty acids n-3 and n-6. Pesquisa Agropecuaria Brasileira, v.48,
p.313-319, 2013.
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INTRODUÇÃO
O Dermanyssus gallinae é um pequeno ácaro hematófago que parasita,
principalmente, aves. Encontra-se no hospedeiro apenas quando está se
alimentando, o que dificulta sua visualização (Collgros, 2013). Vários estudos já
mostram a importância do ácaro vermelho das aves como um potencial vetor
de doenças como a Salmonelose, Espiroquetose Intestinal Aviária e Erisipela
(de Luna, 2009), além disso, a infestação por este ácaro causará prurido,
erupções cutâneas, danos na plumagem, anemia e até alterações
comportamentais (Pereira, 2011).
MATERIAL E MÉTODOS
Foram necropsiados três filhotes de Rosela (Platycercus eximius)
provenientes de um criatório comercial, os parasitos coletados e identificados
em microscópio.
RESULTADOS
O estado nutricional era regular e havia infestação severa por ácaros
Dermanyssus gallinae por todo o corpo dos animais, mais concentrados na
região dorsal. Ao exame interno foi observada palidez da musculatura do peito
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DISCUSSÃO:
Nos recintos das aves os ácaros podem estar nos ninhos, frestas entre
outros locais, podendo chegar carreados pelo próprio pessoal que trabalha no
local ou em gaiolas e caixas de transporte contaminadas (Hamidi et al.,
2011). A suspeita é que os ácaros entraram na criação a partir de aves recém-
adquiridas de outro criatório. A introdução por aves silvestres foi descartada,
pois os animais que sofreram a infestação ficavam em uma sala sem contato
com aves de vida livre.
CONCLUSÃO
Concluiu-se que se tratava de um caso de infestação maciça pelo ácaro
Dermanyssus gallinae a qual resultou em anemia parasitária, levando os
filhotes ao óbito. É importante chamar a atenção dos criadores para realização
de quarentena quando da aquisição de animais para o plantel.
REFERÊNCIAS
Collgros H., Iglesias-Sancho M., Aldunce M.J. et al. Dermanyssus gallinae
(chicken mite): an underdiagnosed environmental infestation. Clinical and
Experimental Dermatology, v. 38, n. 4 p. 374–377, 2013.
De Luna C.J., Arkle S., Harrington D. et al. The poultry red mite (Dermanyssus
gallinae): a potential vector of pathogenic agents, Experimental and Applied
Acarology, v 48, n 1-2, p. 93-104, 2009.
Hamidi A., Sherifi K., Muji, S. et al. Dermanyssus gallinae in layer farms in
Kosovo: A high risk for Salmonella prevalence. Parasites & vectors, 2011.
Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21762497>, Acesso em:
12/03/2015.
Pereira, D. M. C. Dermanyssus gallinae em galinhas poedeiras em bateria:
carga parasitária, acção vectorial e ensaio de campo de um biopesticida. 2011.
Lisboa, 83f. Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina Veterinária) -
Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Técnica de Lisboa.
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INTRODUÇÃO
Um grande problema em relação à conservação de espécies de animais
selvagens é o impacto das rodovias na fragmentação do habitat o que leva ao
atropelamento desses animais (Silva et al., 2011). Segundo Silva (2011) o
Tamanduá-mirim é uma das espécies com maior mortalidade devido a
atropelamento em rodovias.
Os Acanthocephala caracterizam-se pela presença de uma probóscida
reversível, munida de espinhos que serve para fixá-los ao intestino do
hospedeiro (Urquhart, 1996). Entre os Acanthocephala relatados em
Tamanduá-mirim estão: Gigantorhynchus echinodiscus (Ferreira et al. 1989;
Souza, 2013), M. hirudinaceus e Oligacanthorhynchus carinii (Souza, 2013).
DESCRIÇÃO DO RELATO
No dia 15 de fevereiro de 2011 foi coletado o conteúdo intestinal de um
Tamanduá-mirim atropelado as margens da Rodovia Olívio Nóbrega (BR 280)
no Km 11. O conteúdo foi avaliado macroscopicamente com a intenção de
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após minuciosa inspeção, foram encontrados nove exemplares de
helmintos identificados através de microscopia como pertencentes a espécie M.
hirudinaceus. Em exame microscópico foram observadas características
específicas que caracterizaram os exemplares como pertencentes à espécie
M. hirudinaceus, sendo elas: corpo alongado, simetria bilateral, probóscida
reversível com presença de espinhos e cutícula provida de pregas transversais.
Os helmintos encontrados variaram em tamanho de 2,8 cm a 32,8 cm. Foram
encontrados ovos no interior do útero de uma das fêmeas e estes se
apresentaram com aspecto fusiforme e casca espessa, aspecto típico dos ovos
desta espécie.
CONCLUSÃO
A identificação morfológica dos exemplares certamente contribuirá para
enriquecer os conhecimentos relacionados ao parasitismo em animais
selvagens em vida livre dentro do seu habitat de origem. Estas informações
são importantes para o conhecimento da epidemiologia e orientação de
tratamento para animais desta família mantidos em cativeiro, uma vez que são
escassas as informações nesta área. Vale salientar também a importância de
estudos com animais selvagens para aumentar o acervo e bibliografia para
auxiliar futuros estudos.
REFERÊNCIAS
FERREIRA L.F.; ARAÚJO A.; CONFALONIERI U.; CHAME M. Acanthocefalan
Eggs in Animal Coprolites from Archaeological Sites from Brazil. Memorias
Instituto Oswaldo Cruz v.84, p.201-203, 1989.
SILVA, M.R.; BORBA, C.H.O.; LEÃO, V.P.C. et al. O impacto das rodovias
sobre a fauna de vertebrados silvestres no cerrado mineiro. Enciclopédia
biosfera, Centro Científico Conhecer. Goiânia, v.7, n.12, p.1-9, 2011.
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INTRODUÇÃO
A curicaca (Theristicus caudatus) é uma ave pertencente à ordem
Ciconiiformes e família Threskiornithidae, possuindo um bico (ranfoteca) longo,
estreito e curvo que enterra no solo em busca de alimento (Sick, 1997). Possui
distribuição sul-americana e mesmo sendo uma espécie com grande
adaptabilidade a ambientes antropizados apresenta características anatômicas
ainda não descritas. Este trabalho buscou como objetivo descrever as
características macroscópicas da cavidade orofaríngea da curicaca.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizadas 7 aves, 5 machos e 2 fêmeas, que morreram por
causas naturais. As aves foram fixadas com solução de formaldeído 10% por
via intracelomática para a posterior efetuação das descrições morfológicas e
morfométricas da cavidade orofaríngea. As mensurações analisadas foram o
comprimento, largura da base, do corpo e do ápice da língua e o comprimento
da coana e da fissura infundibular. Todas efetuadas com a utilização de um
paquímetro analógico. Os resultados obtidos foram submetidos à média
aritmética e desvio padrão (sd).
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RESULTADOS:
O comprimento médio da língua, em formato triangular curto, foi de 0,86
cm (sd: ±0,05 cm) (Figuras 1A e 1B). Possuía extremidade livre em formato
afilado e estava inserida por sua base pelo frênulo lingual. Os valores médios
para as larguras da base, do corpo e do ápice da língua foram
respectivamente: 0,77 cm (sd: ±0,11 cm), 0,44 cm (sd: ±0,08 cm) e 0,44 cm
(sd: ±0,08 cm) (Figura 1B). Papilas linguais não foram visualizadas
macroscopicamente. Caudalmente à língua observou-se a eminência da laringe
a qual circundava a glote (Figuras 1A e 1B). A coana e fissura infundibular,
fendas medianas no teto da cavidade, estavam separadas por fina membrana
(Figura 2B). O comprimento médio da coana foi 1,65 cm (sd: ±0,23 cm) e da
fissura infundibular 0,70 cm (sd: ±0,12 cm) (Figuras 2A e 2B). Diversas papilas
mecânicas se encontravam tanto no assoalho, direcionadas caudodorsalmente,
quanto no teto da cavidade orofaríngea, direcionadas caudoventralmente em
todos os animais analisadosras.
DISCUSSÃO
O formato triangular da língua da curicaca corrobora com descrições em
tratados clássicos (Getty, 1986) bem como com a descrição de Rossi et al
(2005) e de Silva et al (2010). O comprimento total médio da língua foi
ligeiramente menor ao encontrado para perdizes (Rossi et al., 2005) e
significativamente menor ao relatado em garças-brancas-grandes (Silva et al.,
2010). A presença da coana foi também observada em perdizes e garças-
brancas-grandes (Rossi et al., 2005; Silva et al., 2010). Porém para perdizes as
papilas mecânicas ora observadas na coana dos animais não foram
observadas segundo Rossi et al (2005). A existência da fissura infundibular
também foi relatada para garças-brancas-grandes (Rossi et al., 2005).
CONCLUSÃO:
Os dados obtidos neste estudo elucidam os aspectos macroscópicos da
cavidade orofaríngea da curicaca (Theristicus caudatus), servindo de subsídio
para a anatomia comparada e de conhecimento acerca desta espécie aviária.
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REFERÊNCIAS
GETTY, R. Anatomia dos animais domésticos. Vol. 2. 5.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1986. 2000p.
ROSSI, J.R.; BARALDI-ARTONI, S.M.; OLIVEIRA, D. et al. Morphology of beak
and tongue of partrigde Rhynchotus rufescens. Ciência Rural, v.35, n.5, p.1098-
1102, 2005.
SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997, 912p.
SILVA, F.F.; QUAGLIO, L.G.; SENOS, R. et al. Morfometria macroscópica do
sistema digestório da garça branca grande (Casmerodius albus). In:
CONFERÊNCIA SUL-AMERICANA DE MEDICINA VETERINÁRIA, X., 2010,
Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 2010.
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INTRODUÇÃO:
Em aves de estimação a postura é indesejada devido à grande frequência de
doenças e alterações do trato reprodutivo (Echols, 2002), decorrentes da
iluminação artificial excessiva, que interfere no ciclo hormonal (Bowles, 2002).
A modulação do fotoperíodo pode reduzir estas desordens reprodutivas
interferindo no tamanho dos órgãos reprodutivos, porém inexistem dados
referentes ao tempo necessário para a eficiência deste processo (Rosen,
2012).
MATERIAL E MÉTODOS:
Foram realizadas celioscopias em 12 codornas-japonesas (Coturnix coturnix
japonica) em postura para aferir os ovários antes da restrição luminosa. Após
anestesia geral inalatória, a ave era posicionada em decúbito lateral direito com
asas fixadas dorsalmente e a perna esquerda retraída caudalmente. Foi
realizada incisão da pele de até 7 mm entre a última costela e o músculo
iliotibial cranial a 1,5 cm do ílio e rebatidos os músculos. Procedeu-se então a
inserção do endoscópio rígido de 4 mm de diâmetro e 30o de ângulo visual e,
pela mesma incisão, foi rompido o saco aéreo com uma pinça laparoscópica
Mixter 2.8 mm de diâmetro e 20 cm de comprimento. Uma régua milimétrica de
aço inox de 2 mm de largura e ponta curvada foi posicionada paralelamente ao
ovário, obtendo-se imagens para avaliação com o software imageJ (Figura 1).
A musculatura e a pele foram suturadas separadamente com poliglactina 910
em padrãointerrompido simples. As medidas aferidas com o software ImageJ
foram: comprimento, largura, área e perímetro ovarianos. As aves receberam
cetoprofeno (2mg/Kg I.M. s.i.d.) por 3 dias (Hueza, 2008) e iodopovidona tópica
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RESULTADOS:
Quando comparadas às mensurações em necropsia, a celioscopia gerou
medidas de comprimento e largura inferiores em 66,7% e 58,3% das aves,
respectivamente.
DISCUSSÃO:
Apesar da fácil identificação de estruturas e trauma mínimo, a celioscopia não
permitiu a visualização completa do ovário em um único campo visual em todas
nas aves quando um dos folículos estava muito grande, não sendo possível
comparar de maneira adequada as medidas ovarianas das mesmas aves antes
e após a restrição luminosa. Aqueles animais nos quais o ovário foi
completamente visualizado dão indícios de mensuração compatível com
valores próximos dos reais.
CONCLUSÃO:
Considerando-se codornas-japonesas, a celioscopia não foi eficiente na
mensuração do ovário com folículos plenamente desenvolvidos, porém pode
ser utilizada para estruturas menores que o campo visual do endoscópio,
inclusive o ovário com pouco desenvolvimento folicular. Sugerem-se estudos
para adequação da técnica cirúrgica, visto as inúmeras vantagens de uma
cirurgia minimamente invasiva para aves.
NOTA:
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais do Setor de
Ciências Agrárias da UFPR sob protocolo 010/2014.
AGRADECIMENTOS:
Ao CNPQ, PRPPG-UFPR e ao Laboratório de Coturnicultura da UFPR.
REFERÊNCIAS:
BOWLES, H.L. Reproductive diseases of pet bird species. The veterinary clinics
of North America. Exotic animal practice, v.5, n.3, p.489-506, 2002.
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ECHOLS, M.S. Surgery of the Avian Reproductive Tract. Seminars in Avian and
Exotic Pet Medicine, v.11, n.4, p.177-195, 2002.
HUEZA, I.M. Avian pharmacology: employing anti-inflammatory drugs in wild
birds. ARS Veterinaria, v.24, n.1, p.15-24, 2008.
ROSEN, L.B. Avian Reproductive Disorders. Journal of Exotic Pet Medicine,
v.21, n.2, p.124-131, 2012.
30. MIOPATIA SECUNDÁRIA A DECÚBITO PROLONGADO EM RHEA
AMERICANA - RELATO DE CASO
KAREN RAMOS RIBEIRO1, STÉPHANIE FERGUSON MOTHEO1, MATHEUS
ROBERTO CARVALHO1, HEITOR JOSÉ BENTO1, SANDRA HELENA
RAMIRO CORRÊA2, THAIS OLIVEIRA MORGADO3
1Graduanda (o) de Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária
e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, MT.
2 Docente do Departamento de Clínica Médica Veterinária (CLIMEV) da
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT), Cuiabá, MT.
3 Médica Veterinária do Zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso
(UFMT), Cuiabá, MT.
RESUMO:
A miopatia por decúbito prolongado ocorre em animais pesados e pode ser
resultante da pressão exercida pela grande massa muscular e esquelética e
por hipóxia do tecido muscular. O objetivo deste relato foi descrever o quadro
de miopatia secundária a decúbito prolongado em Rhea americana. O
tratamento instituído consistiu na suplementação vitamínica suporte, uso de
anti-inflamatório não-esteroidal sistêmico, e sessões diárias de fisioterapia e
mostrou-se efetivo no tratamento desta afecção.
INTRODUÇÃO:
A ema (Rhea americana) é um representante do grupo das ratitas e oriunda da
América do Sul. É considerada a maior ave das Américas, medindo até 1,80m
de altura e pesando em média 45 kg. A ema possui hábito gregário, ocupando
locais campestres, cerrados e áreas de pastagens, podendo ser facilmente
encontrada em grande parte do território brasileiro (Hosken, 2003).
Afecções musculares em ratitas são comumente descritas em animais abaixo
de 6 meses de idade (Stewart, 1994). As miopatias podem ser hereditárias ou
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RESUMO:
O presente relato descreve o isolamento de bactérias multirresistentes
oportunistas em secreção nasal e de ferida de um “Mão Pelada” (Procyon
cancrivorus (Cuvier, 1798)) atendido após atropelamento. A média de múltipla
resistência antimicrobiana (MRA) das cepas foi de 0,92. As cepas isoladas
demonstraram-se resistentes aos antimicrobianos Amoxicilina com ácido
Clavulânico e Enrofloxacina utilizados na terapêutica. Devido insucesso do
tratamento, iniciou-se a terapia com Cefovecina sódica, embora não foi
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INTRODUÇÃO:
O Procyon cancrivorus, (Cuvier, 1798) denominado popularmente mão-peladaé
um animal solitário de hábitos noturnos, que se alimenta de insetos, sementes
e frutas (Hidalgo e Ambrosio, 2007). Animais silvestres são importantes na
disseminação de doenças com potencial zoonótico e contribuem para a
manutenção de genes de resistência bacteriana no ambiente (Azambuja et al.,
2011). Dessa maneira o uso criterioso de antimicrobianos utilizados nas
diversas espécies animais, pelo contato próximo desses com o homem é fator
indispensável (Andrade, 2008).
DESCRIÇÃO DO RELATO:
Foi encaminhado pela Polícia Militar Ambiental, para atendimento no Hospital
Veterinário, um exemplar fêmea, da espécie Procyon cancrivorus,
apresentando fraturas decorrentes de atropelamento. Após intervenções
cirúrgicas e tratamento pós-cirúrgico com Enrofloxacina, o animal manifestou
uma lesão erosiva supurativa de aproximadamente 2 – 3 cm de diâmetro,
localizadas na comissura do globo ocular direito, estendendo-se para a
pálpebra inferior e, secreção nasal purulenta decorrente de uma sinusite
ocasionada por uma fenda palatina traumática. O animal foi medicado com
Amoxicilina com ácido Clavulânico e, devido insucesso do tratamento utilizou-
se Cefovecina sódica. As cepas bacterianas isoladas demonstraram resistência
à Amoxicilina com Ácido Clavulânico e Enrofloxacina. Embora não foi realizado
teste de sensibilidade à Cefovecina sódica o animal apresentou regressão da
ferida, cessação da secreção nasal e consolidação da fenda palatina.
MATERIAIS E MÉTODOS:
Os isolados bacterianos foram identificados por observação das características
culturais, morfológicas, tintoriais e bioquímicas, conforme Anvisa (2013), e
submetidos a teste de sensibilidade antimicrobiana (TSA) por teste Disco-
Difusão (CLSI, 2008). Os antimicrobianos testados foram Ampicilina (10µg),
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RESULTADOS:
As cepas de Staphylococcus sp., Shigella sp. Salmonella arizonae
apresentaram resistência a todos os fármacos testados (n=12/12); Serratia sp.
apresentou sensibilidade somente à Cefepima e Ceftriaxona; Escherichia coli
apresentou sensibilidade somente à Cefepima, Ceftriaxona e Norfloxacina; e
Enterobacter sp.apresentou sensibilidade somente a Levofloxacina.
DISCUSSÃO:
Destacam-se os altos índices de múltipla resistência nas cepas isoladas, com
média de MRA de 0,92. Fator preocupante na terapêutica antimicrobiana
devido à ineficiência dos tratamentos utilizados na clínica veterinária. A
Cefovecina sódica é uma nova possibilidade de tratamento terapêutico na
clínica veterinária, por ser uma cefalosporina semissintética de terceira
geração, de amplo espectro e resistente a várias betalactamases (Spinosa et
al., 2014).
CONCLUSÃO:
Os altos índices de MRA nas cepas isoladas demonstram a importância do uso
coerente de antimicrobianos aliados aos testes de sensibilidade na terapêutica
clínica, bem como despertam para a necessidade de estudos que determinem
a origem destas cepas resistentes isoladas nesta espécie silvestre.
REFERÊNCIAS:
ANDRADE, S.F. Manual de terapêutica veterinária. 3 ed. São Paulo: Roca,
2008.
ANVISA. Manual de microbiologia clínica para o controle de infecção
relacionada à assistência à saúde. 2ª Ed. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, Brasília: ANVISA, 2013.
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INTRODUÇÃO:
A obstrução gastrintestinal é um quadro comum em coelhos, tendo como
potencial complicação a ruptura gástrica ou intestinal, que leva os animais a
óbito. Foi realizado um estudo comparativo com 91 coelhos com obstrução
gastrintestinal de origem natural, tratados com dois protocolos terapêuticos
diferentes. Conclui-se que o tratamento deve ser baseado em analgesia
adequada, uso de fluidoterapia enteral e estimulação da motilidade
gastrintestinal, evitando o uso de suco de abacaxi e lactulose, comumente
utilizados para esta afecção.
A principal causa para obstrução gastrintestinal em coelhos é alimentar, com o
uso inapropriado de cereais, açúcar e falta de fibras na dieta, com retardo do
esvaziamento gástrico e podendo levar à obstrução do trato gastrintestinal. A
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menos que seja reconhecida e tratada rapidamente, esta condição tende a ser
fatal (Davies, 2006). As informações disponíveis dificultam medidas
terapêuticas eficazes. Este trabalho objetivou demonstrar duas diferentes
terapias comumente utilizadas para tratar obstrução gastrintestinal
naturalmente adquirida em coelhos.
RESUMO:
Contracaecum pelagicum é um nematoide pertencente à ordem Ascaridida,
sendo que os hospedeiros definitivos das espécies de Contracaecum spp. são
aves e mamíferos piscívoros. O presente trabalho tem por objetivo relatar a
ocorrência de Contracaecum spp. em atobá-pardo (Sula leucogaster). Foram
coletadas 10 amostras de fezes, sendo duas positivas para ascarídeos. Em
uma das aves foi coletado um parasito adulto identificado como pertencente ao
gênero Contracaecum sp.
INTRODUÇÃO:
Contracaecum pelagicum é um nematoide pertencente à ordem Ascaridida,
tendo como hospedeiro intermediário e paratênico os invertebrados aquáticos e
peixes, respectivamente (EDERLI et al., 2009). Os hospedeiros definitivos das
espécies do gênero Contracaecum são aves e mamíferos piscívoros
(ANDERSON, 2000). C. pelagicum já foi registrado parasitando atobá-pardo
(Sula leucogaster) (SILVA, 2005), albatroz (Thalassarche melanophris) e
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DESCRIÇÃO DO CASO:
Foram coletadas durante o mês de maio de 2015 amostras de fezes de 10
atobás-pardos resgatados pelo Centro de Estudos Marinhos no Balneário de
Pontal do Sul, Município de Pontal do Paraná, PR. As amostras foram
analisadas por exame coproparasitológico através da técnica de flutuação de
Willis (1921) para pesquisa e identificação de ovos de parasitas. Além das
coletas todas as aves passaram por exame clínico e inspeção traqueal com
auxílio de laringoscópio para busca de parasitas traqueais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Das 10 amostras processadas, duas foram positivas para ovos de ascarídeos
(Figura 1), característicos com o gênero Contracaecum (EDERLI et al., 2009).
Durante a inspeção traqueal apenas em 1 animal foi encontrado o parasito, que
foi analisado por microscopia e identificado como pertencente ao gênero
Contracaecum através de auxílio de chave taxonômica de Vicente & Pinto
(1999). A ocorrência de parasitos do gênero Contracaecum foi relatada
anteriormente em atobás-pardos em apenas um estudo (SILVA, 2005),
demonstrando sua importância no parasitismo dessas aves.
CONCLUSÃO:
O relato de parasitos em animais selvagens é de suma importância,
especialmente as aves marinhas, pois os estudos nesse grupo de indivíduos é
escasso ou inexistente. No caso dos atobás-pardos existem apenas um único
relato na América do Sul de infecção por Contracaecum spp., sendo este
trabalho o segundo relato sul-americano desse parasitismo e o primeiro relato
do estado do Paraná.
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Referências
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transmission. 2.ed. Wallingford, UK: CAB International, 2000. 650p.
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leucogaster (Pelecaniformes: Sulidae) no Arquipélago de Moleques do Sul,
Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Ornitologia, v.18, n.3, p.222-227,
2010.
EDERLI, N.B.; OLIVEIRA, F.C.R.; MONTEIRO, C.M. et al. Ocorrência de
Contracaecum pelagicum Johnston & Mawson, 1942 (Nematoda, Anisakidae),
em pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus Forster, 1781) (Aves,
Spheniscidae) no litoral do Espírito Santo. Arquivo Brasileiro de Medicina
Veterinária e Zootecnia, v.61, n.4, p.1006-1008, 2009.
GARBIN, L.E.; NAVONE, G.T.; DIAZ, J.I. et al. Further study of Contracaecum
pelagicum (Nematoda: Anisakidae) in Spheniscus magellanicus (Aves:
Spheniscidae) from Argentinean coasts. Journal of Parasitology, v.93, p.143-
150, 2007.
SILVA, R.J.; RASO, T.F.; FARIAS, P.J. et al. Occurrence of Contracaecum
pelagicum Johnston & Mawson 1942 (Nematoda, Anisakidae) in Sula
leucogaster Boddaert 1783 (Pelecaniformes, Sulidae). Arquivo Brasileiro de
Medicina Veterinária e Zootecnia, v.57, n.4, p.565-567, 2005
VICENTE J.J.; PINTO, R.M. Nematóides do Brasil: Nematóides de peixes.
Atualização: 1985-1998. Revista Brasileira de Zoologia, v.16, p.561-610, 1999.
WILLIS, I.I. A simple levitation method for the detection of hookworm ova.
Medical Journal of Australia, v.8, n.1, p.375-376, 1921
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MATERIAL E MÉTODOS:
As capturas ocorreram no período de novembro de 2013 a maio de 2014,
sendo utilizados espécimes de Philander opossum. A captura dos espécimes
foi realiza por meio de armadilhas do tipo Tomahank e Sherman, com posterior
contenção física e sedação segundo a metodologia de Cubas et al. (2007),
utilizando ketamina (0,2 mL/Kg) associada a xilazina (0,15 mL/Kg) via
intramuscular.
Em seguida coletou-se sangue da veia lateral caudal ou jugular, e foram
armazenados em tubos com EDTA em tubos previamente identificados. As
amostras de sangue foram refrigeradas para o teste molecular. As gotas de
sangue periférico da ponta da cauda foram utilizados para a confecção de
esfregaços sanguíneos para a análise microscópica de hemoparasitas,
utilizando Panótico Rápido (Laborclin®).
Para a detecção molecular da presença do T. cruzi foi otimizado protocolo
estabelecido por Freitas et al. (2011).Para a amplificação do DNA das
microfilárias, foram seguidas o protocolo previamente descritos e estabelecido
por Rishniw et al. (2006).
Os dados obtidos foram tabulados e analisados através da frequência relativa e
absoluta dos parasitas encontrados.
RESULTADOS:
Foi realizado o esfregaço sanguíneo em todos os animais capturados e 28,57%
(4/14) apresentaram-se infectados por microfilárias e 14,28% (2/14) exibiram
positividade para Trypanosoma cruzi, além de uma variação no grau de
infecção identificado.
DISCUSSÃO:
As informações sobre dirofilariose animal e humana ainda são muito escassas,
principalmente na América do Sul. No que refere à transmissibilidade, Dantas-
Torres e Otranto (2013) comentaram que existem poucos trabalhos sobre as
espécies de mosquitos que agem como vetores potenciais, assim como da
diversidade de culicídeos que são capazes de transmitir Dirofilaria nesta região
e que os dados atuais estão subestimados.
Através da análise dos esfregaços sanguíneos foi observada a presença de
Trypanosoma sp. apenas no indivíduo 5. Entretanto, o teste de PCR confirmou
a infecção por T. cruzi neste animal e também no animal 11. Esses resultados
corroboram com Freitas et al. (2011) que afirmaram que o teste de PCR é mais
sensível na identificação de T. cruzi do que outros métodos, como por exemplo
a hemocultura.
Além disso, no Estado do Pará já foi confirmado que a maioria dos casos
agudos da doença de Chagas são causados por surtos que ocorrem por
transmissão oral devido à preparação inadequada do suco de açaí (XAVIER et
al., 2014).
CONCLUSÕES:
Marsupiais da espécie Philander opossum são acometidos por hemoparasitas,
ocorrendo infecção por Dirofilária immitis, Dirofilária spp. e Trypanosoma cruzi.
REFERÊNCIAS:
CANESTRI TROTTI, G.; PAMPIGLIONE, S.; RIVASI, F. The species of the
genus Dirofilaria, Railliet & Henry, 1911, Parasitologia, v. 39, p. 369–374, 1997.
CUBAS, Z.S.; SILVA, J.C.R.; CATÃO-DIAS, J.L. Tratado de animais selvagens.
São Paulo: Roca, 2007.
DANTAS-TORRES, F.; OTRANTO, D. Dirofilariosis in the Americas: a more
virulent Dirofilaria immitis? Parasites & Vectors, v6, n.288, 2013.
FREITAS, V. L. T.; DA SILVA, S. C. V.; SARTORI, A. M.; BEZERRA, R. C.;
WESTPHALEN, E. V. N.; MOLINA, T. D.; TEIXEIRA, A. R. L.; IBRAHIM, K. Y.;
SHIKANAI-YASUDA, M. A. Real-Time PCR in HIV/Trypanosoma
cruzi Coinfection with and without Chagas Disease Reactivation: Association
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with HIV Viral Load and CD4+ Level. PLoS Neglected Tropical Diseases, v.5,
n.8, p.1277, 2011.
PATTON, J. L.; DA SILVA, M. N. F.; MALCOLM, J. R. Mammals of the Rio
Juruá and the Evolutionary and Ecological Diversification of Amazonia. Bulletin
of the American Museum of Natural History, n.244, p.1-306, 2000.
PINTO, A. Y. N.; VALENTE, S. A.; VALENTE, V. C.; JUNIOR, A. G. F.;
COURA, J. R. Fase aguda da doença de Chagas na Amazônia brasileira.
Estudo de 233 casos do Pará, Amapá e Maranhão observados entre 1988 e
2005. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 41, n. 6, p. 602-
614, 2008.
RISHNIW, M.; BARR, S. C.; SIMPSON, K. W.; FRONGILLO, M. F.; FRANZ, M.;
ALPIZAR, J. L. D. Discrimination Between Six Species of Canine Microfiláriae
by a Single Polimerase Chain Reaction. Veterinary Parasitology, v.135, p.303-
314, 2006.
TRAVI, B. L.; JARAMILLO, C., MONTOYA, J.; SEGURA, I.; ZEA, A.;
GONÇALVES, A.; VELEZ, I. D. Didelphis marsupialis, An Important Reservoir
of Trypanosoma (Schizotrypanum) cruzi and Leishmania (Leishmania) chagasi
in Colombia. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v.50, p.
557 – 561, 1994.
XAVIER, S. C. C.; ROQUE, A. L. R.; BILAC, D.; ARAÚJO, V. A. L.; COSTA
NETO, S. F.; LOROSA, E. S.; SILVA, L. F. C. F.; JANSEN, A. M. Distantiae
Transmission of Trypanosoma cruzi: A New Epidemiological Feature of Acute
Chagas Disease in Brazil. PLoS Negl Trop Dis, v.8, p.5, 2014.
RESUMO:
Fenômenos não lineares são pouco estudados em vocalizações, mas pode
representar um papel importante na comunicação. O objetivo do estudo é
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INTRODUÇÃO:
A bioacústica do boto-cinza (Sotalia guianensis) já foi bem descrita na Baía de
Sepetiba (Eber & Simão, 2004; Figueiredo & Simão, 2009). Entretanto, nenhum
trabalho estudou as vocalizações não lineares.
Os fenômenos não lineares podem ser divididos em sub-harmônico,
harmônico, banda lateral, bifonação, pulos de frequência e caos determinístico.
Esses fenômenos podem ser associados a má formações no parelho fonador,
desenvolvimento imaturo em indivíduos juvenis, patogenias e produção
intencional (Digby & Teal, 2014). Nos cetáceos os assovios tonais têm como
principais funções a comunicação, coesão do grupo familiar e identificação do
papel dos mesmos no grupo.
O objetivo do estudo foi reportar a ocorrência de assovios não lineares
produzidos pelo boto-cinza.
MATERIAIS E MÉTODOS:
No presente trabalho foram usadas gravações feitas em 1998. Durante a
gravação, a embarcação manteve-se com o motor desligado a cerda de 20m
dos golfinhos. As vocalizações foram gravadas com hidrofone (Celesco - LC
10), a profundidade de 3 metros, acoplado a um gravador (Sony - WM D3) com
taxa de amostragem de 44kHz (16 bits).
O software Raven Pro 1.4 foi utilizado para produção dos espectrogramas. Os
espectrogramas foram analisados para identificação visual dos fenômenos não
lineares por meio dos métodos propostos por Wilden et al., 1998.
RESULTADOS:
Ao analisar 78 min de gravações, foram encontrados 3 tipos de fenômenos não
lineares. Foram identificadas duas formas principais de bifonação: duas
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DISCUSSÃO:
As não linearidades foram encontradas em vários pontos da gravação e de
forma repetitiva, demonstrando que são fenômenos comuns em meio aos
repertórios dos botos. Como as não linearidades reportadas foram frequentes e
mantiveram o mesmo padrão nas amostras, é possível que desempenhem um
papel importante na comunicação, podendo ser usadas como sinal de
reconhecimento individual (Papale et al., 2015).
CONCLUSÃO:
Com base da análise parcial dos dados, as não linearidades podem ser
intencionais e uteis para a comunicação destes animais. Entretanto, são
necessários mais estudos que visem entender a variação dos fenômenos não
lineares nos indivíduos desta população.
BIBLIOGRAFIA:
Digby, A., Bell, B. D., & Teal, P. D.. Non-linear phenomena in little spotted kiwi
calls. Bioacoustics, 23(2), 113-128. 2014.
Erber, C. & Simao, S. M. Analysis of whistles produced by the tucuxi dolphin.
Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 76, n.2, p. 381-
385, 2004.
Figueiredo, L. D. & Simão, S. M. Possible occurrence of signature whistles in a
population of Sotalia guianensis (Cetacea, Delphinidae) living in Sepetiba Bay,
Brazil. The Journal of the Acoustical Society of America, v. 126, n. 3, p.1563–
1569. 2009.
Papale, E.; Buffa, G.; Filiciotto, F.; Maccarrone, V.; Mazzola, S.; Ceraulo, M.;
Giacoma, C.; Buscaino, G. Biphonic calls as signature whistles in a free-ranging
bottlenose dolphin. Bioacoustics, n. ahead-of-print, p. 1-9. 2015.
Wilden, I., Herzel, H., Peters, G., & Tembrock, G. (1998). Subharmonics,
biphonation, and deterministic chaos in mammal vocalization. Bioacoustics,
9(3), 171-196. 1998.
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RESUMO:
Ungulados mantidos em cativeiro podem sofrer situações estressantes que
vêm a causar uma baixa na imunidade do animal, favorecendo a ocorrência de
infecções parasitárias. Através de exame coproparasitológico e coprocultura de
pool de amostras fecais de aproximadamente 60 animais da espécie Antilope
cervicapra mantidos em cativeiro no Paraná, foi diagnosticado a infecção por
Haemonchus sp.. A realização de exames a fim de mensurar a ocorrência de
parasitoses em animais de cativeiro é essencial para a saúde dos mesmos. As
técnicas coproparasitológicas mostram-se eficazes e com bom custo-benefício
para este fim.
INTRODUÇÃO:
O cativeiro de ungulados selvagens torna-se uma importante ferramenta de
conservação, estudo e exibição dessas espécies, especialmente quando as
populações naturais estão em declínio (GOOSSENS et al., 2005).
O estresse causado pelo cativeiro gera uma diminuição na imunidade do
animal, o que pode predispor a ocorrência de infecções parasitárias (MULLER
et al., 2005). Em vida livre, os animais conseguem adaptar-se às cargas
parasitárias obtidas por consequência de seus hábitos alimentares ou ambiente
natural, porém, quando estes animais estão em um ambiente onde a
alimentação fornecida é obtida principalmente através da intervenção humana,
a infecção parasitária pode ser grave (YOUNG et al, 2000).
Segundo Thorton et al. (1973), o conhecimento sobre a fauna parasitária capaz
de infectar antílopes indianos (Antilope cervicapra) mantidos em cativeiro é
essencial para o manejo dos mesmos, uma vez que é uma das principais
espécies de animal exótico mantido em cativeiro no Texas, Estados Unidos, no
Brasil,
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A infecção por Haemonchus sp. é caracterizada por uma anemia que, caso a
produção eritrocitária do hospedeiro não for capaz de compensar as perdas, o
curso da doença pode ser considerado grave. O estresse é um dos motivos
que levam à incompetência hematopoiética (BOWMAN, 2010).
O presente trabalho tem por objetivo relatar o diagnóstico de infecção por
Haemonchus sp. em animais da espécie A. cervicapra, exóticos a fauna
brasileira, mantidos em cativeiro na região de Tibagi (PR).
MATERIAIS E MÉTODOS:
As amostras de fezes obtidas para a realização deste trabalho são
provenientes de animais legalmente mantidos em cativeiro em um criatório
comercial localizado no município de Tibagi, Paraná. Os animais são mantidos
em uma área de aproximadamente 60 hectares, dividida em piquetes
destinados ao alojamento de ruminantes exóticos e domésticos.
Realizou-se um pool de amostras fecais recolhidas no local onde permaneciam
cerca de 60 animais da espécie A. cervicapra. As amostras foram levadas no
mesmo dia para Guarapuava (PR) onde foram analisadas pelos métodos de
flutuação (técnica de Willis-Mollay) e sedimentação simples (técnica de
Hoffman, Pons & Janer ou Lutz) e visualizadas em microscópio. Após a
identificação de ovos, as amostras positivas para ovos do tipo estrongilídeos
foram submetidas à coprocultura para identificação das larvas.
A coprocultura das larvas é realizada através da formação de um ambiente
ideal para o crescimento das larvas mediante a mistura das amostras positivas
à vermiculina e água e mantendo as amostras em estufa à temperatura de
27°C durante sete dias, com controle diário de umidade nas amostras para que
haja o desenvolvimento das larvas até o seu estágio de identificação.
RESULTADOS:
Na técnica de Willis-Molley, foi observada a presença de ovos do tipo
estrongilídeos. Após a coprocultura das amostras de fezes, foram observadas
larvas infectantes filariformes, com cauda de tamanho médio terminada em
chicote e cabeça estreita e arredondada, sendo estas identificadas como
Haemonchus sp.
DISCUSSÃO:
A presença de Haemonchus nas fezes de antílopes corroboram com os
resultados relatados por Thorton et al. (1973), onde animais da espécie
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REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, A.P. Pesquisa de Rickettsia, Ehelichia, Anaplasma, Babesia,
Hepatozoon e Leishmania em Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) de vida
livre do Estado do Espírito Santo. 2011.60f. São Paulo. Dissertação (Pós-
graduação em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses da
Faculdade de Medicina Veterinária). Universidade de São Paulo.
ARAGÃO DE SOUZA, S.K.S. Ocorrência de Mycoplasma spp. e alterações
hematológicas em gatos domésticos (Felis catus) naturalmente infectados,
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RESUMO:
O Rhinoclemmys punctularia, reptil amazônico possui hábitos onívoros. As
moscas buscam substratos para realização da sua ovipostura, a fim de que a
sua prole possa se desenvolver. O presente trabalho objetivou registrar a
presença de larvas calliphorides na porção intestinal de perema. O animal
submetido à necropsia não apresentava lesões e incisuras. No seu exame
interno, o intestino apresentou 35 larvas. Os espécimes possuíam doze
segmentos, espinhos, pseudocéfalo estreito, cristas orais, dentes suprabucais,
esqueleto cefalofaringeano que se estende até o terceiro segmento. Este
registro sugere possível miíase intestinal, ou, mosca em busca de ambiente
rico em nutrientes para sua ovipostura.
INTRODUÇÃO:
A Rhinoclemmys punctularia, conhecida como perema possui distribuição na
América do Sul, no Brasil já foi registrada nos estados do Pará, Maranhão,
Manaus, Amapá, Roraima, Tocantins e Rio grande do Norte (SILVA et al.,
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DESCRIÇÃO DO RELATO:
Um indivíduo da espécie Rhinoclemmys punctularia, veio a óbito, o animal se
apresentava caquético, não verificando lesões e incisuras. No exame interno
ao se realizar na abertura do intestino foi constatada a presença de
invertebrados. Estes 35 espécimes foram coletados, triados e armazenados em
álcool 70% em frascos previamente identificados. Posteriormente, as larvas
foram identificadas consoante chave taxonômica.
RESULTADOS:
Todos os espécimes de insetos foram identificados como de primeiro estágio
larval, sendo da família Calliphoridae com comprimento médio de 3,5mm, corpo
composto por doze segmentos separados por fileiras de numerosos espinhos
diferentes em forma, tamanho e posição, localizados nas extremidades dos
segmentos. Além de apresentarem o pseudocéfalo estreito em direção das
antenas e aos palpos maxilares, presença de cristas orais, dentes suprabucais
e esqueleto cefalofaringeano que se estende até o terceiro segmento.
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DISCUSSÃO:
Segundo Monteiro (2011), as larvas calliphorides apresentam aspecto
vermiforme, com espinhos quitinosos em todos os segmentos do corpo, parte
anterior o aparelho bucal com esqueleto cefálico e com peritema com estigmas
alongados.
Hanski (1987), afirma que as moscas-varejeiras fazem as posturas de seus
ovos em qualquer substrato que sirva para alimentar as suas larvas, já que
ingerem alimentos para que possam realizar a pupação, podendo observar
competição alimentar.
Estes calliphorides, podem ser ingeridos acidentalmente, ocasionando em uma
miíase intestinal.(NEVES, 2005). Vale ressaltar, que a perema não possui
seleção alimentar. Assim animais cativos devem ser manejados
adequadamente.
Os dois comportamentos, quanto de busca por nutrientes para a sobrevivência
de sua prole, quanto à ingestão de larvas podem estar relacionadas com sua
presença na porção intestinal de Rhinoclemmys punctularia.
CONCLUSÃO:
Conclui-se que o comportamento do Rhinoclemmys punctularia e da mosca
adulta podem ter determinado a presença de larvas da família Callipohoridae
na porção intestinal.
REFERÊNCIAS:
ERNST, C.H.; BARBOUR, R.W. Turtles of the world. Smithsonian Institutuion.
Washington.p. 313.1989.
HANSKI, I. Carrion fly community dynamics: patchness, seasonality and
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NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11 ° ed. São Paulo. Editora
Atheneu. 494p. 2005.
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Testidines, Geomydidae, Rhinoclemys punctularia (Daundin, 1801): Distribution
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RESUMO:
O Ring Neck (Psittacula krameri) pertence à família Psittacidae na qual já foram
identificados os herpesvírus dos psitacídeos (PsHV) tipos 1 e 2 e, mais
recentemente, o tipo (PsHV-3). Neste relato objetivou-se descrever a
ocorrência de um surto de doença respiratória causada por um herpesvírus no
Rio Grande do Sul (RS).
INTRODUÇÃO:
O Ring Neck (Psittacula krameri), também conhecido como Periquito-de-colar,
pertence à família Psittacidae. Entre as aves desta família já foram
identificadas três espécies distintas de herpesvírus: herpesvírus dos
psitacídeos (PsHV) tipos 1 e 2 (Styles et al., 2005), bem como um tipo a pouco
tempo detectado e denominado por Gabor et al (2013) de herpesvírus dos
psitacídeos tipo 3 (PsHV-3). Este trabalho é a primeira possível evidência da
presença desse vírus no Brasil.
MATERIAL E MÉTODOS:
Após realização de exame externo, quatro aves foram necropsiadas. Amostras
de pulmão e fígado foram coletadas e enviadas para análise histopatológica.
Posteriormente, foram remetidas amostras para microscopia eletrônica de
transmissão e para análise por Reação da Polimerase em Cadeia (PCR).
RESULTADOS:
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DISCUSSÃO:
A broncopneumonia e parabronquite necrosante vistas nestes casos estavam
associadas à presença de células sinciciais, a maioria contendo corpúsculos de
inclusão viral intranucleares. Lesões pulmonares semelhantes às observadas
neste caso têm sido descritas e associadas a um “herpesvírus respiratório de
periquitos” (Tatjana et al., 2008). O resultado da PCR deverá confirmar a
suspeita.
CONCLUSÃO:
Concluiu-se que se tratava de um caso de doença causada por um herpesvírus
respiratório de psitacídeos, talvez introduzido no criatório por aves importadas.
REFERÊNCIAS:
Gabor, M., Gabor, L.J., Peacock, L. et al. Psittacid Herpesvirus 3 Infection in
the Eclectus Parrot (Eclectus roratus) in Australia. Veterinary Pathology Online,
2013. Disponível em:
<http://vet.sagepub.com/content/early/2013/05/22/0300985813490753>,
Acesso em: 19/09/2013.
Styles, D.K., Tomaszewski, E.K, Phalen, D.N. A novel psittacid
herpesvirus found in African grey parrots (Psittacus erithacus
erithacus). Avian Pathology, v. 34, p.150–154, 2005.
Tatjana et al. Respiratory herpesvirus infection in two Indian Ringneck
parakeets. J. Vet. Diagn. Invest., v. 20, p. 235-238, 2008.
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RESUMO:
A videocirurgia é uma valiosa alternativa à celiotomia padrão. A esterilização de
aves fêmeas, caracterizada pela ovidectomia, atua no controle populacional de
espécies invasoras e no tratamento de desordens reprodutivas. A paciente em
questão foi submetida à ovidectomia laparoscópica por acesso único (LESS),
totalizando cinco minutos de procedimento cirúrgico. A cicatrização ocorreu em
cinco dias e com 15 dias de pós operatório o animal encontrava-se bem e sem
evidências de postura ou retenção de ovos. Esta técnica se mostrou uma
excelente opção em aves por ser minimamente invasiva e rápida.
INTRODUÇÃO:
A remoção cirúrgica do oviduto chama-se ovidectomia e caracteriza-se pela
esterilização de aves fêmeas (ECHOLS, 2002). Este procedimento atua no
controle populacional de espécies invasoras e no tratamento de desordens
reprodutivas como a produção excessiva de ovos, visto que nem sempre são
responsivas a tratamento medicamentoso e manejo ambiental (ROSEN, 2012).
A videocirurgia é uma alternativa diagnóstica e cirúrgica na medicina
veterinária, particularmente da trato urogenital, eliminando a necessidade de
celiotomia mais invasiva, o que causaria maior trauma cirúrgico. A técnica de
LESS tem sido extremamente efetiva para visualização de estruturas e biópsia
em aves (HERNANDEZ-DIVERS, 2007), porém não há relatos do seu uso
durante a ovidectomia, por esta razão, este relato tem o objetivo de
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DESCRIÇÃO DO RELATO:
A referida codorna foi submetida a ovidectomia pela técnica de LESS. Após
medicação pré-anestésica com cetamina, a paciente foi induzida em máscara
com isoflurano até o efeito desejado. A seguir foi posicionada em decúbito
lateral direito, com tração de membro pélvido direito ventralmente, e membro
pélvico esquerdo caudalmente, possibilitando melhor visualização da região do
flanco e os espaços intercostais caudais. O acesso à cavidade celomática se
deu através de uma incisão de aproximadamente 5mm de diâmetro no último
espaço intercostal, um centímetro abaixo da junção costovertebral. Com um
artroscópio de 4mm e 0° foi identificado o saco aéreo e realizada sua ruptura
com pinça Kelly laparoscópica de 2mm de diâmetro, permitindo a visualização
do ovário e oviduto. Com a mesma pinça foi realizada a cauterização e secção
do oviduto em sua curvatura cranial ao rim esquerdo, através de eletrocirurgia
monopolar em modo de coagulação. A síntese da musculatura intercostal e
pele foi realizada em padrão de sutura Sultan utilizando fio ácido poliglicólico 5-
0. O tempo cirúrgico totalizou cinco minutos. O pós-operatório consistiu de
administração de cetoprofeno, uma vez por dia, durante três dias. A
cicatrização completa foi evidenciada com 5 dias de pós-operatório, e após 15
dias do procedimento a paciente encontrou-se clinicamente bem e sem
evidências de postura ou retenção de ovos.
DISCUSSÃO:
Em aves, a esterilização cirúrgica é pouco utilizada por estar associada a um
grande risco devido a hipoglicemia e hipotermia causadas pela alta taxa
metabólica desta espécie (RITCHIE et al, 1994). É comumente realizada por
laparotomia paramediana ou ventral esquerda associada a ressecção de duas
ou três costelas. Segundo Ferreira (2009), a implementação de técnicas
cirúrgicas minimamente invasivas é uma alternativa para diversos
procedimentos cirúrgicos realizados por técnica convencional, tendo como
objetivo minimizar as complicações pós-operatórias. Atualmente, vem sendo
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CONCLUSÃO:
A técnica de LESS permite a realização de esterilização em aves, sendo
realizada em curto período de tempo, trauma mínimo e sem complicações pós-
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REFERÊNCIAS:
1 - ECHOLS, M. S. Surgery of the Avian Reproductive Tract. In: Seminars in
Avian and Exotic Pet Medicine, Orlando, v. 11, n.4, p. 177-195, out. 2002.
2 - FERREIRA, G. S. Ovariectomia por videocirurgia em cadelas e gatas. Jornal
Brasileiro de Ciência Animal, v. 2, n. 4, 2009.
3 - HERNANDEZ-DIVERS, S. J. et al. In: Endoscopic orchidectomy and
salpingohysterectomy of pigeons (Columba livia): An avian model for minimally
invasive endosurgery. Journal of Avian Medicine and Surgery, Teaneck, v. 21,
n.1, 2007. p. 22-37.
4 - PYE, G. W. et al. Endoscopic Salpingohysterectomy of Juvenile Cockatiels
(Nymphicus hollandicus). Journal of Avian Medicine and Surgery, Teaneck, v.
15, n.2, p.90-94, jun. 2001.
5 - RITCHIE, B. W.; HARRISON, G. J.; HARRISON, L. R. Avian Medicine:
Principles and Application. Lake Worth: Wingers Publishing, 1994.
6 - ROSEN, L. B. Avian reproductive disorders. In: Journal of Exotic Pet
Medicine, Orlando, v. 21, p. 124–131, abr. 2012.
RESUMO:
A piometra é uma enfermidade que oferece risco potencial a vida do paciente.
Os estudos sobre esta doença em animais selvagens são escassos, deste
modo, o presente relato expõe o caso de uma tigresa de 15 anos proveniente
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REVISÃO DE LITERATURA:
A piometra é uma doença bastante vivenciada na rotina clínica de animais
domésticos, porém pouco se sabe sobre sua manifestação em animais
selvagens. Por este motivo, buscou-se abordar o tema por meio do relato
envolvendo uma tigresa de 15 anos proveniente do Zoológico Municipal de
Curitiba. Piometra é o acúmulo de material purulento dentro do útero associada
à hiperplasia endometrial cística durante o diestro, podendo apresentar
corrimento vaginal ou não dependendo a abertura da cervix segundo Slatter
(1998). A etiopatogenia resulta de complexos fatores como a quantidade de
ciclos estrais, a virulência das infecções bacterianas, idade e capacidade
individual de combater as infecções segundo Murer (2015). O diagnóstico
pode ser feito através da análise dos sinais clínicos, exame físico, resultados
laboratoriais e exames de imagem (ETTINGER & FELDMAN, 2008). Apesar da
ovariohisterectomia ser o tratamento de escolha em casos de piometra
(BIRCHARD & SHERDING, 2008) pode-se tentar o tratamento clínico visando
o futuro reprodutivo do animal (ETTINGER & FELDMAN, 2008). A causa mais
comum de óbito é a sepse (BIRCHARD & SHERDING, 2008). Os
microorganismos isolados em cultivos de material uterino de felinos com
piometra foram: Escherichia coli, Staphylococcus, Streptococcus, Pausterella e
Klebsiella (SLATTER, 1998). Sabe-se que tigres (Panthera tigres), leoas
(Panthera leo) e onças-pintadas (Panthera onca) podem desenvolver a doença
(MURER, et al. 2015). No Brasil, são raros os casos relatados de piometra em
grandes felídeos (FORNAZARI, et al. 2011). Tendo isso em vista, o objetivo do
presente estudo foi relatar a ocorrência de piometra em tigresa (Panthera
tigres).
RELATO DE CASO:
Foi atendida uma tigresa de 15 anos, (Zoológico Municipal de Curitiba – PR),
peso estimado em 200 kg, apresentando apatia, desidratação de 5%, anorexia,
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DISCUSSÃO:
O grande desafio da Medicina Veterinária é a dificuldade de manejo do animal
selvagem de forma eficiente e a captação de recursos para realização dos
procedimentos clínico cirúrgicos. Exames realizados rotineiramente como
hemograma e perfil bioquímico tornam-se secundários, principalmente quando
o animal não permite o manejo seguro. Portanto o diagnóstico de piometra
baseado apenas nos sinais clínicos, exame físico e ultrassonografia abdominal
é possível segundo Souza, et al. (2006). No presente caso não foram
realizados outros exames como histopatologia uterina e cultura e antibiograma
devido viabilidade financeira do Zoológico Municipal. Optou-se por utilizar a
enrofloxacina por ser uma antibiótico de amplo espectro, capaz de atuar de
forma eficiente nas principais bactérias que foram relatas em casos de
piometras em felinos como citado por Slatter (1998). A perda de diferenciação
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CONCLUSÃO:
A dificuldade de manejo em grandes felinos torna o diagnóstico e tratamento
grandes desafios. A piometra pode ser diagnosticada através do exame físico
associado ao exame ultrassonográfico porem a identificação de agente
etiológicos nem sempre é viável economicamente. A agilidade diagnóstico
permite o tratamento adequado evitando um prognóstico ruim.
REFERÊNCIAS:
BIRCHARD, S. J.; SHERDING, R. G. The Cat: Diseases and Clinical
Management. In: (Ed.): ROCA, 2008.
ECHARTE, G. V. Principales enfermedades presentadas en los felinos
silvestres en cautiverio en el Parque Zoológico Nacional de Cuba. Revista
CUBAZOO, n. 26. p. 30-34, 2014.
ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de Medicina Interna Veterinária. 5
ed. São Paulo: Manole, 2008.
FORNAZARI, et al. Pyometra in a famale lion (Panthera leo): report of case.
Vet. e Zootec. p. 371-373, 2011.
FOSSUM, T. W. Cirurgia dos Sistemas Reprodutivo e Genital. In: (Ed.). Cirurgia
de Pequenos Animais. 1. São Paulo: ROCA LTDA, cap. 23, p.602 - 607, 2002.
Mesa – Cruz, J. Patologías relacionadas con el tracto reproductivo en
herbívoros, carnívoros y primates. Mem. Conf. Interna med. Aprovech. Fauna
silv. Exót. Conv. 2010.
MURER, L. et al. Piometra em uma leoa (Panthera leo): relato de caso. Arq.
Bras. Med. Vet. Zootec. vol. 67, n.3, p. 727-731, ISSN 1678-4162, 2015.
SLATTER, D. Manual de Cirurgia de Pequenos Animais. Manole, 1998, 2830p.
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RESUMO:
O Amblyomma geayi é um carrapato da família Ixodidae encontrado
principalmente em mamíferos e aves silvestres de regiões tropicais da América
do Sul. Descreve-se a ocorrência de um carrapato ixodídeo da espécie A. geayi
encontrado em uma preguiça (Bradypus variegatus) proveniente do Parque
Zoobotânico da Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Acre, Amazônia
Ocidental.
INTRODUÇÃO:
O estado do Acre está inserido em uma das regiões mais ricas, em termos de
biodiversidade, na Amazônia Ocidental (Calouro, 1999). Para que esta
biodiversidade seja mantida, é necessário o conhecimento de possíveis fatores
que possam causar enfermidades nestes animais, incluindo a presença de
ectoparasitas que, além da espoliação sanguínea, podem servir de vetores
para diversas doenças.
RESUMO:
O furão pequeno (Galictis cuja) é uma espécie de mustelídeo que habita o
sudeste do Peru, Bolívia ocidental e do sul, região central do Chile, Paraguai,
Uruguai, Argentina e de leste a sudeste do Brasil. A literatura sobre a biologia
desta espécie é ainda escassa, principalmente no que se diz respeito as suas
espécies de parasitas. Este trabalho teve por objetivo relatar o primeiro caso no
estado de Santa Catarina, sul do Brasil, de parasitismo por Crenosoma sp.em
bronquíolos de um G. cuja morto por atropelamento. O achado reforça a
necessidade de estudos à respeito desta espécie hospedeira e de seus
parasitas.
INTRODUÇÃO:
O gênero Crenosoma pertence à família de parasitas Crenosomatidae
(Nematoda: Metastrongylidae) e aloja-se nos seios frontais, brônquios e veias
de mamíferos carnívoros e insetívoros. Até o ano de 2011 conheciam-se 11
espécies do gênero Crenosoma, os quais foram relatados em hospedeiros na
Europa, Ásia e América do Norte (Vieira et al., 2012). No ano seguinte, Vieira et
al. (2012) ao necropsiarem três exemplares de furão pequeno (Galictis cuja)
que haviam sido atropelados em Juiz de Fora, Minas Gerais, identificaram e
relataram em um dos animais, uma nova espécie desse parasita, o Crenosoma
brasiliense, encontrado nos brônquios e bronquíolos. No mesmo ano, houve o
primeiro relato desse gênero em furão pequeno no Estado do Rio Grande do
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Sul, na região Sul do Brasil (Macedo; Bernardon; Müller, 2012). Tais parasitas
apresentam como características gerais uma cutícula com estrias longitudinais
e transversais, sendo as transversais com dobras, conferindo um aspecto
crenado; evidente dimorfismo sexual, com fêmeas maiores que machos; uma
pequena abertura oral circular; anfídeas não evidentes e; esôfago em formato
de clave (Vieira et al., 2012).
Os furões pequenos (Galictis cuja, Molina, 1782) (Carnívora: Mustelidae)
ocorrem no sudeste do Peru, Bolívia ocidental e do sul, região central do Chile,
Paraguai, Uruguai, Argentina e de leste a sudeste do Brasil, compreendendo os
biomas da Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga, Pampas e Cerrado (Reid e
Helgen, 2008; Kasper et al., 2013). São comumente encontrados em áreas
próximas a coleções de água ou em áreas mais abertas e montanhosas com
até 4.200m de altitude. Também podem ocorrer nas áreas agrícolas dos
pampas. Alimentam-se de pequenos e
médios vertebrados e esporadicamente de invertebrados (Reid e Helgen, 2008;
Vieira et al., 2012). Segundo a lista de espécies ameaçacadas de extinção da
União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) são classificados
como pouco preocupante (Reid e Helgen, 2008). Esse trabalho tem o objetivo
de relatar a primeira ocorrência de parasitismo por Crenosomaem
Galictiscujano Estado de Santa Catarina na região Sul do Brasil.
DESCRIÇÃO DO RELATO:
Um exemplar de G. cuja, adulto, fêmea, foi encontrado morto por
atropelamento na rodovia que liga o centro do município de Canoinhas ao
distrito de Marcílio Dias, no Planalto Norte de Santa Catarina, Brasil (latitude
26º6’1,02”S; longitude 50º23’27,26”O). O animal foi encaminhado ao Hospital
Veterinário da Universidade do Contestado – UnC, Campus Canoinhas, por
uma aluna do curso de Medicina Veterinária, para necropsia. Ao exame
macroscópico do pulmão, os lobos apresentaram extensas áreas de
hepatização. Nos bronquíolos foi observada infecção mediana por nematódeos
parasitas de coloração branca. Estes foram removidos, clarificados com ácido
acético 80%, montados em lâminas temporárias, examinados em microscopia
ótica e identificados como pertencentes ao gênero Crenosoma de acordo com
a chave proposta por Vieira et al. (2012).
DISCUSSÃO:
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RESUMO:
Objetivou-se mensurar a produção lacrimal normal de quatis (Nasua nasua)
através de pontas de papel absorventes endodônticas. A produção lacrimal
variou de 8,85 a 16,59 mm/min (13,15 ± 2,52 mm/min) e não houve diferença
entre olhos ou entre sexos (p>0,05). Portanto, essa técnica foi eficaz para
estimar a produção de lágrima em quatis adultos.
INTRODUÇÃO:
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DISCUSSÃO:
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CONCLUSÃO:
Há a circulação de hemoparasitos filarídeos e tripanossomatídeos em harpia
(Harpia harpyja), no norte do país, estudos são necessários para evidenciar
possíveis parasitos carreados por estes animais e riscos de infecção humana
via vetores em comum, como mosquitos.
REFERÊNCIAS:
ALVÁREZ-CORDERO, E. Biology and conservation of the Harpy Eagle in
Venezuela and Panama. , 1996 ,Florida Ph.D thesis, Univ. of Florida,
Gainesville.
CBRO [2010]. Listas das Aves do Brasil. 9a ed. Disponível em
http://www.cbro.org.br.Acesso em 10/01/2015.
LECLERC, A.; CHAVATTE, J.; LANDAU, I.;et al. Morphologic and molecular
study of hemoparasites in wild corvids and evidence of sequence identity with
Pasmodium DNA detected in captive black-footed penguins (Spheniscus
demersus). Journal of Zoo and Wildlife Medicine 45(3): p 577–588, 2014.
LÓPEZ ,C. O. G.; SANTOS, A. S.; QUINTERO, et al. Nuevo registro para
Panamá de Pelecitus helicinus (Molin, 1860) (Nematodas: Filarioidea:
Onchocercidae) como parásito subcutáneo del ave Arremon aurantiirostris
(Passeriformes: Embrerizidae). Tecnociencia, v.13,n.1, p20-25, 2011.
MATTA, N. E.; RODRÍGUEZ, O. A. Hemoparásitos aviares. Acta Biológica
Colombiana, v. 6, n. 1, p. 27, 2001.
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RESUMO:
Corpos estranhos em sistema digestório, são achados comuns na clínica de
répteis, seja por seus hábitos alimentares ou pela baixa capacidade de
seleção. Em muitos casos, a remoção cirúrgica é indicada, no entanto, tal
procedimento pode ser invasivo, apresentar riscos e prolongar o tempo de
recuperação. Desta forma, objetivou-se relatar o caso de ingestão de anzol em
um exemplar de Helicops carinicaudus de vida livre, com posterior remoção por
endoscopia.
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INTRODUÇÃO:
Os colubrídeos do gênero Helicops são popularmente conhecidos como
cobras-d’água. São serpentes não peçonhentas de hábito aquático, com
comprimento corporal entre 50 cm a 1 m (Woehl e Woehl, 2008). A espécie
descrita neste relato, Helicops carinicaudus, é endêmica da Mata Atlântica com
registros de ocorrência na região sul e sudeste do Brasil (Paz et al., 2009;
Martins e Molina, 2008). Forrageia em vegetação aquática em busca de peixes
e pequenos anfíbios, sua principal fonte de alimento (Scartozzoni, 2009).
Répteis de hábitos aquáticos e semiaquáticos são atraídos por iscas usadas
durante a pesca e com certa frequência chegam para atendimento clínico com
anzol em sistema digestório. A endoscopia digestiva tem auxiliado os médicos
veterinários no tratamento e diagnóstico de diversas enfermidades (Tams,
2005).
RELATO DE CASO:
Um espécime de Helicops carinicaudus com histórico de ingestão acidental de
isca de lambari conectada a um anzol, foi encaminhado para atendimento
veterinário. Inicialmente o animal foi submetido ao exame clínico e em seguida
ao exame radiográfico. O comprimento corporal foi marcado a cada 10 cm para
auxiliar na identificação dos órgãos e posicionamento do corpo estranho.
Foram realizadas projeções dorsoventral e laterolateral. Observou-se a
presença de duas estruturas, bem delimitadas, com radiopacidade metálica,
uma com formato linear, visualizada entre 40 cm a 50 cm da boca do animal e
outra na sequência (60 cm) com formato de anzol. Optou-se pela remoção do
corpo estranho através de endoscopia. Para tal procedimento o animal foi
anestesiado com isofluorano, inicialmente em câmara de indução transparente
e em seguida com tubo endotraqueal (cateter intravenoso 18G). Utilizou-se
vídeo-endoscópico flexível (Karl Storz®), comprimento útil de 1800 mm,
introduzido pela cavidade oral e progredindo facilmente através do trato
digestório. O anzol foi removido com auxílio de pinça acessória padrão sem
causar danos, por não estar aderido a mucosa intestinal. Após 30 dias, o
animal recebeu alta e foi solto em uma área alagada em Pontal do Paraná.
DISCUSSÃO:
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CONCLUSÃO:
A medicina de animais selvagens vem sendo aprimorada a cada ano, os
desafios encontrados especialmente na clínica de répteis, incentivam o clínico
a buscar novas técnicas e novos tratamentos. A endoscopia é uma técnica de
importância que deve ser explorada em casos como o deste relato, pois incorre
num procedimento de curta duração, pouco invasivo e com rápida recuperação
do paciente.
REFERÊNCIAS:
FUNK, R. S., Snakes In: MADER, D. R. Reptile medicine and surgery. 2 ed.
Canada: Saunders Elsevier, 2006, Cap. 5., p.48.
GREGO, K. F., ALBUQUERQUE, L.R., KOLESNIKOVAS, C. K. M., Squamata
(Serpentes) In: CUBAS, Z.S. Tratado de Animais Selvagens. 2.ed. São Paulo:
Roca, 2014, Cap.15., p.195.
MARTINS, M. R. C., MOLINA, F.B., Livro Vermelho da Fauna Brasileira
Ameaçada de Extinção. Brasília: Volume II, 2008, p. 332.
O’MALLEY, B., Snakes In: Clinical anatomy and physiology of exotic species.
Estados Unidos: Saunders Elsevier, 2005, Cap.5., p. 88 e 89.
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RESUMO:
A ceratite dos Otariídeos é uma doença de descrição recente, de grande
ocorrência em cativeiro e que necessita de estudos.
INTRODUÇÃO:
Ao cursar a disciplina de oftalmologia veterinária houve interesse pela temática,
surgindo assim, a motivação para buscar na literatura assuntos relacionados.
Percebeu-se que há escassez de estudos nacionais sobre o tema, mostrando
que esse é um campo de estudos que pode ser melhor trabalhado e
desenvolvido. O objetivo desse trabalho é procurar na literatura sobre a ceratite
progressiva e as doenças relacionadas que ocorrem nos olhos de Pinípedes.
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MATERIAIS E MÉTODOS:
Pesquisa na base de dados PubMed com os termos “Pinnipeds or Otariídae”
and “Keratitis”. Dos nove artigos encontrados, apenas seis mostraram ter
relação com o tema da pesquisa.
Resultados: A ceratite dos Otariídeos foi caracterizada e nomeada por Colitz et
al (2010) que descreveram três estágios da doença de acordo com a
severidade dos sinais clínicos e das lesões. Foram estudados 113 animais,
sendo que 64,6% eram afetados pela doença. No estágio 1 e inicial da doença
há opacidade corneal superficial, pode ou não haver úlcera superificial, há
edema perilimbal, epífora e blefaroespasmo, além de debris perioculares. No
estágio 2 há presença de úlcera indolente, infecções secundárias, pode haver
edema difuso e pigmentação cruzando o limbo, e além dos sinais de dor
presentes no estágio 1, há também hiperemia conjuntival. Já no estágio 3, o
mais severo da doença, as úlceras e infecções secundárias são recorrentes, o
epitélio da córnea se solta facilmente pode haver pigmentação difusa e os
sinais de dor são severos. Casos de estágio 1 foram encontrados em animais
mais jovens.
Pinípedes com menos acesso a luz do Sol desenvolveram a doença mais tarde
e apresentaram menos recorrências. Siebert et al (2007) analisaram 355
carcaças de foca-comum (Phoca vitulina), mortas naturalmente ou
eutanasiadas devido à gravidade de suas doenças, e desses animais, apenas
sete (2%) com idade entre zero e 18 meses apresentaram ceratite ulcerativa
e/ou ruptura de córnea. Miller et al (2013) em um estudo histológico em olhos
de Pinípedes encontraram um grau muito maior de doenças oculares,
especialmente de córnea em animais mantidos em cativeiro em relação aos
animais de vida livre. Wright et al (2015) analisaram a presença de
Herpesvírus, Poxvírus, Calicivírus e Adenovírus e encontraram alto grau de
positividade nos olhos dos Pinípedes mas não necessariamente a presença de
lesões oculares. Freeman et al (2011) mostraram que a Doxiciclina pode ser
usada por via oral no tratamento de doenças bacterianas ulcerativas de córnea
e em inflamação da superfície corneal em elefantes-marinhos-do-norte
(Mirounga angustirostris) e possivelmente outros pinípedes. Borkowski et al
(2007) relataram o caso de sucesso no tratamento de ceratite ulcerativa severa
em foca-comum (Phoca vitulina) usando um sistema de lavagem subpalpebral
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DISCUSSÃO:
O estudo de Colitz et al (2010) apontou que a ceratite pode estar diretamente
relacionada ao desenvolvimento de catarata e é uma doença dolorosa que
deve ser tratada agressivamente. Um fator determinante no agravamento dos
sinais da doença é a exposição à luz ultravioleta. Períodos de maior
luminosidade apresentam maior número de casos. O estudo cita o grau de
salinidade da água, sugerindo que há maior número de casos em animais
mantidos em água doce. Mas segundo Gage (2011) há evidências de que
poluentes, excesso de cloro ou ozônio na água, além da exposição à radiação
ultravioleta são fatores mais importantes, e que a salinidade na água pode não
ser relevante. Hanson et al (2009) descreveram observações clínicas em 12
fêmeas de focas-monge-do-havaí (Monachus schauinslandi) em um programa
de reabilitação, mostraram que a 9 delas (75%) apresentaram sinais de
conjuntivite, olhos vermelhos, blefaroespasmos e fotossensibilidade que
evoluiu para opacidade corneal que progrediu ao limbo. Todas as 9 fêmeas
desenvolveram catarata e ficaram cegas após 10 a 15 meses depois dos
primeiros sinais de doença de córnea. Dos 12 filhotes apenas 1 permaneceu
assintomático. Isso mostra que pode sim, haver relação direta entre a doença
de córnea e o desenvolvimento de catarata e consequências graves se a
doença não for tratada corretamente.
CONCLUSÃO:
A ceratite dos Otariídeos é uma doença recente e deve ser estudada para que
se conheçam melhor suas causas, prevenção e tratamento. Os fatores
relacionados ao desenvolvimento da doença então intimamente ligados ao
cativeiro, à qualidade da água e à exposição desses animais à luz. É
importante que o veterinário que trabalha com pinípedes conheça a etiologia da
doença e os conceitos de oftalmologia para que possa preveni-la ou tratá-la
ainda nos estágios iniciais, trazendo conforto e qualidade de vida a esses
animais.
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REFERÊNCIAS:
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COLITZ, C. M. H.; RENNER, M. S.; MANIRE, C. A. et al. Characterization of
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GAGE, L.J. Ocular Disease and Suspected Causes in Captive Pinnipeds. In:
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their association with ocular lesions in pinnipeds in rehabilitation. Vet
Ophthalmol v.18, i.s.1, p.148–159, 2015.
.
INTRODUÇÃO:
A incidência de distúrbios oculares em aves de rapina é elevada, sendo na
maioria das vezes de origem traumática (Labelle et al., 2012). Os achados mais
frequentes são as ceratites ulcerativas, uveíte, fraturas dos ossículos esclerais
e catarata (Cousquer, 2005).
O soro sanguíneo é amplamente utilizado na terapêutica de ceratite ulcerativa
em animais domésticos por possuir diversos fatores que otimizam a
reepitelização corneal. E, o fato de ser autólogo ou xenólogo não altera o
resultado (Brunelli et al., 2003).
REFERÊNCIAS:
BRUNELLI, A.T.J et al.Topical effects of autogenous, allogenous and
xenogenous bllod serum on the healing of alkali burns in the cornea of dogs.
Revista Brasileira de Ciência Veterinária, v. 10, p. 49-54, 2003.
COUSQUER, G. Ophthalmological findings in free-living tawny owls (Strix
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LABELLE, A.L. et al. Clinical utility of a complete diagnostic protocol for the
ocular evaluation of free-living raptors. Veterinary Ophthalmology, v.15, n. 1, p.
5-17, 2012.
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RESUMO:
Toxoplasma gondii é um parasito intracelular obrigatório, causador da
toxoplasmose, uma importante zoonose. O presente estudo objetiva identificar
a presença de T. gondii no tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla).
Realizou-se o Teste de Aglutinação Modificada para detecção de anticorpos
anti T. gondii em 12 amostras, onde 5 foram reagentes. Esses dados são
inéditos para animais dessa espécie da região Noroeste do Estado de São
Paulo
INTRODUÇÃO:
Toxoplasma gondii é um parasito intracelular obrigatório, causador da
toxoplasmose, que pode afetar tanto humanos quanto animais (Dubey et al.,
2012). O presente estudo objetivou identificar a presença de T. gondii nos
tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), um importante animal silvestre
da região Noroeste do Estado de São Paulo.
MATERIAIS E MÉTODOS:
Foram analisadas 12 amostras de soro de M. tridactyla de vida livre da região
Noroeste do estado de São Paulo. O soro foi obtido através da centrifugação
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RESUMO:
O presente estudo relata a anestesia realizada em dois primatas não humanos,
ambos da espécie Sapajus spp., para a coleta de líquor e humor aquoso. Os
animais receberam os anestésicos cetamina, dexmedetomidina e metadona,
por via intramuscular. A dexmedetomidina foi revertida com atipamezol. Levou-
se em consideração a frequência cardíaca e a respiratória, a glicemia, a
temperatura e o tempo de recuperação anestésica após a aplicação do
antagonista.
INTRODUÇÃO:
Primatas não humanos, pela sua disparidade morfológica, são um desafio em
anestesiologia. Por isso a conduta anestésica deve ser baseada no estado do
paciente, na duração do procedimento, no local da intervenção e, por fim, na
escolha do protocolo anestésico.
A cetamina é utilizada como anestésico em primatas, desde a década de 1970,
em razão de possuir grande margem de segurança, gerando catalepsia, que
envolve inconsciência e analgesia somática. (Popilskis e Kohn, 1997). Pela via
intramuscular, a concentração plasmática máxima é obtida rapidamente, entre
5 a 15 minutos após a aplicação, sua biodisponibilidade é alta e a
biotransformação é hepática pela N-desmetilação pelo citocromo P-450
(Valadão, 2011).
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RESUMO:
Na rotina de atendimento clínico cirúrgico de pequenos animais, tem-se
observado uma alta incidência de doenças infecciosas e traumáticas em
coelhos domésticos, elevando a necessidade de atualização de espécies. O
segmento toracolombar constitui o local mais frequente para fraturas e
luxações vertebrais, sendo importante a realização de um exame neurológico
completo para determinar o local exato da fratura, possibilitando definir a
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INTRODUÇÃO:
Os coelhos estão sendo cada vez mais adotados como animais de companhia.
Na rotina de atendimento clínico, tem-se observado uma alta incidência de
doenças infecciosas e traumáticas nestes animais, gerando a necessidade de
exame neurológico (URRUTIA et al, 2007; ROCHA et al, 2013).
Lesões traumáticas na coluna vertebral e medula espinhal ocorrem
frequentemente na medicina veterinária, levando a sequelas, como perda
parcial ou completa das funções motoras, sensoriais e viscerais (LEMOS et al,
2004; BRUCE et al, 2008; JORGE, 2009; MENDES & ARIAS, 2012; ROCHA et
al, 2013). Ocasionalmente, pacientes se apresentam com déficits neurológicos
sutis e são necessários exames físicos cuidadosos para detectar
anormalidades (SEIM III,2008; JORGE, 2009; ROCHA et al, 2013). De acordo
com CHAVES et al (2004), lesões traumáticas representaram 14% dos casos
de doenças neurológicas em cães atendidos no Hospital Veterinário
Universitário da Universidade Federal de Santa Maria entre o período de 2006-
2013.
O segmento toracolombar constitui o local mais frequente para fraturas e
luxações vertebrais, ocorrendo em aproximadamente 50-60% dos pacientes
caninos com traumatismo espinhal contuso (BRUCE et al, 2008; SEIM III, 2008;
ARAÚJO et al, 2013;).
As fraturas e luxações traumáticas são induzidas por forças que resultam em
hiperextensão grave, hiperflexão, compressão axial e rotação, que ocorre com
frequência na conexão de um segmento vertebral móvel e outro mais rígido ou
próximo a este (SEIM III, 2008; WHEELER, 2007). De acordo com Vilaldo
(2007), os coelhos possuem a musculatura desenvolvida das patas traseiras
para chutar e cavar, se a contenção de um coelho for executada de forma
inadequada, ele pode chutar subitamente, resultando em fratura de suas
vértebras lombares.
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RELATO DE CASO:
Foi atendido no Hospital Veterinário FAMEZ, Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, um lagomorfo da espécie Oryctolagus cuniculus, coelho
doméstico, fêmea de dois anos de idade, apresentando paraparesia há um dia,
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DISCUSSÃO:
A cirurgia para descompressão deve ser instituída o mais precoce possível
para prevenir danos graves e irreversíveis à medula, ou ainda a extrusão de
material adicional para dentro do canal, permitindo melhores as chances de
recuperação (LECOUTEUR e CHILD, 1992; OLIVER et al., 1997; SEIM III,
2008).
A instrumentação espinhal segmentar modificada proporciona reparo simples,
versátil e forte de fratura/luxação vertebral. A aplicação de pinos e fios exige a
exposição dos processos espinhosos dorsais e das facetas articulares, o
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CONCLUSÃO:
A técnica de estabilização segmentar modificada para o tratamento de fratura
compressiva de quinta vértebra lombar foi eficaz como conduta ao paciente
permitindo qualidade de vida adequada.
REFERÊNCIAS:
ARAÚJO, B.M.; BONELLI, M.A.; SILVA, A.C.; FIGUEIREDO, M.L.; JÚNIOR,
D.B.;
AMORIM, M.M.A.; TUDURY, E.A.; Achados radiográficos em 37 cães com
fraturas e luxações vertebrais toracolombares. XIII JORNADA DE ENSINO,
PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de
dezembro, 2013.
BRUCE, C.W.; BRISSON, B.A.; GYSELINCK, K. Spinal fracture and luxation in
dogs and cats: a retrospective evaluation
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RESUMO:
O extrato de papaína possui ação anti-inflamatória, bactericida e
bacteriostática, e é amplamente utilizado no tratamento de feridas cutâneas. O
objetivo deste relato foi descrever a utilização do extrato de papaína no
tratamento de ferida auricular em lobo-guará. Após 20 dias, o tratamento
instituído foi efetivo e o extrato de papaína, apesar de sua origem enzimática,
não prejudicou a cicatrização.
INTRODUÇÃO:
O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo da América do Sul e
ocupa principalmente áreas de cerrado (Lopes, 2008). A ocorrência de lesões
traumáticas em animais selvagens de cativeiro podem ser decorrentes de
brigas, ectoparasitas, grades, cercas e entre outros fatores. O extrato de
papaína é um composto de enzimas proteolíticas e peroxidases presentes no
látex do mamão papaia (Carina papaya), sendo amplamente utilizado nas
indústrias alimentícia, cosmética e farmacêutica. Essa substância pode ser
usada principalmente em feridas cutâneas auxiliando na remoção de exsudatos
inflamatórios e tecidos necróticos. Além disso, possui ação anti-inflamatória,
bactericida e bacteriostática (Ferreira et al.,2005). Dessa forma, o objetivo do
presente estudo foi descrever o tratamento utilizando extrato de papaína em
ferida auricular decorrente da ruptura de otohematoma em lobo-guará.
RELATO DE CASO:
Foi atendido um lobo-guará, fêmea, adulta, pesando 23kg, com lesão lacerada
e presença de necrose decorrente de um otohematoma prévio na orelha
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RESUMO:
A captura e contenção física de cervídeos além de ser difícil pode resultar em
problemas adicionais, uma vez que estes são reconhecidamente sensíveis ao
estresse, podendo ocorrer traumas, distúrbios metabólicos graves e até mesmo
óbito dos animais, dessa maneira este trabalho tem como objetivo relatar um
procedimento anestésico utilizando Tiletamina+Zolazepam em uma cerva
Mazama com fratura de pelve, visando futura correção cirúrgica.
INTRODUÇÃO:
Conhecido como veado- catingueiro, Mazama gouazoubira (CICCO, 2010), um
mamífero de pequeno porte, é umas das oito espécies de ruminantes da família
Cervidae que vivem no Brasil. Sua coloração varia de um tom cinza até o
marrom claro, a orelha é grande e é o mais delicado dos Mazama ,o veado
catingueiro é abundante e tem uma ampla distribuição geográfica, que abrange
as regiões Sul, Sudoeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil (REIS,
2006).
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DESCRIÇÃO DE CASO:
Foi atendida uma cerva da espécie Mazama gouazoubira, com histórico de
atropelamento. Verificou-se tratar de uma fêmea jovem em torno de dois anos,
com peso aproximado de 18 kg. Pela avaliação semiológica inicial o animal
apresentava sinais de paralisia dos membros posteriores e através do raio X foi
detectada fratura cominutiva da pelve com deslocamento do fêmur, também foi
realizada ultrassonografia abdominal onde se detectou a presença de um feto
vivo, com idade indeterminada. Após um período de estabilização de dois dias
optou-se pela aplicação de um protocolo anestésico visando avaliação
pormenorizada da fratura e que permitisse uma futura correção cirúrgica.
DISCUSSÃO:
Pinho (2000) cita que a contenção química de cervídeos tem sido o método de
escolha para realização de procedimentos, como colheitas de sangue e
tratamento de afecções que exijam imobilização adequada. Visando a
avaliação pormenorizada da fratura para posterior correção cirúrgica, o
procedimento anestésico iniciou com aplicação intramuscular de um pré-
anestésico sendo utilizado a xilazina a 2%, na dose de 0,25 ml com mais dois
repiques de 0,2 ml também pela via IM e com intervalo de 10 minutos entre
uma aplicação e outra. Após a terceira dose observou-se no animal uma
sedação moderada. Durante o procedimento de sedação o animal foi mantido
com a cabeça encoberta com pano escuro, para facilitar a aplicação do
sedativo e diminuir o grau de estresse.
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Benson (1996) cita que a xilazina promove bom relaxamento muscular quando
utilizada isoladamente, entretanto o manejo de cervídeos pode ser arriscado
com o uso isolado desse fármaco, uma vez que a sedação é varíavel em doses
seguras, existindo possibilidade dos animais reagirem subitamente quando
manipulados, no presente caso o uso de xilazina como sedativo foi associado
ao Cloridrato de Tiletamina+Cloridrato de Zolazepan 50 na dose de 0,9 ml com
aplicação intravenosa, sendo que a indução anestésica em plano profundo foi
imediata.
Segundo PACHALY(1992) as doses para Mazama Sp. são de 4 a 15 mg/kg IV
de tiletamina-zolazepam não associado a outro fármaco e a duração da
anestesia varia de 20 a 90 minutos, já no presente relato associado a xilazina a
2% a duração da anestesia foi de 60 minutos, quando se observou movimentos
de pedalagem e tentativas de levantar. Durante todo o procedimento o animal
manteve-se com os parâmetros cardíacos e respiratórios aceitáveis, sendo a
FC= Min.60 e Max.80; FR= Min.24 e Max. 36. O animal foi mantido com
fluidoterapia a base de solução de Ringer e glicose endovenosa.
CONCLUSÃO:
A aplicação de xilazina a 2% como sedativo e miorrelaxante pela via
intramuscular nas doses descritas, permitiu uma abordagem segura para a
indução anestésica. A utilização de Tiletamina+Zolazepam na dose de 0,9 ml e
pela via IV como anestésico geral, manteve o animal em plano profundo
durante 60 minutos e com os parâmetros cardíaco e pulmonar estáveis.
Conclui-se que a associação destes fármacos permitiu uma boa imobilização, o
que permitirá a execução de cirurgias invasivas de média a longa duração em
cervídeos do gênero Mazama.
REFERÊNCIAS:
BENSON, G. J. Veterinary anesthesia. 3. ed. Baltimore: Williams & Wilkins,
1996. p. 115-147
BORTOLINI, Z.; MATAYOSHI, P.M.; SANTOS, R.; DOICHE, D.P.; MACHADO,
V.; TEIXEIRA, C.R.; VULCANO, L. Casuística dos exames de diagnóstico por
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Medicina Veterinária e Zootecnia. v.65, n.4, p. 1247-1252, 2013.
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cascavéis podem sofrer influência por vários fatores como idade, sexo,
espécie, estado nutricional, sazionalidade e estado fisiológico o que implica na
interpretação dos resultados bioquímicos do sangue desses animais seja
desafiador (Campbell, 2006). Objetivou-se neste estudo verificar as variações
fisiológicas e influência do sexo nas concentrações plasmáticas dos minerais e
enzimas em cascavéis.
MATERIAL E MÉTODOS:
Foram analisadas amostras de sangue de 120 cascavéis (Crotalus durissus
collilineatus) adultas, 60 machos e 60 fêmeas mantidas em cativeiro.
Foram coletadas em cada serpente 2 mL de sangue por punção do seio
venoso paravertebral cervical, em seringas heparinizadas. Após centrifugação
do sangue a 720 g, determinou-se em cada amostra as concentrações
plasmáticas dos minerais e enzimas avaliadoras da função hepática e muscular
em analisador automático de bioquímica Chemwell utilizando kits comerciais da
Labtest Diagnóstica®. Para confrontar os valores entre machos e fêmeas das
variáveis cálcio, relação Ca: P e ferro utilizou-se ANOVA seguido do teste de
Tukey. Os valores de fósforo, AST, ALT, GGT, FAL e LDH foram transformados
em log e posterior aplicação da ANOVA seguido do teste de Tukey. Ambas as
análises utilizou-se nível de significância de 5% e o software SISVAR. Para
magnésio e CK aplicou-se o teste não paramétrico Wilcoxon Mann Whitney,
com 5% de significância, utilizando o Action.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram encontrados os seguintes valores: cálcio 13,45±1,74 mg/dL, fósforo
3,77±1,48 mg/dL, relação Ca: P 3,98±1,35, magnésio 2,67±0,75 mg/dL, ferro
119,35±47,45 µg/dL, AST 28,88±18,03 U/L, ALT 14,05±10,93 U/L, GGT
8,30±6,54 U/L, FAL 66,83±41,59 U/L, CK 401,57±304,54 U/L e LDH
282,45±219,65 U/L. Confrontados os valores entre machos e fêmeas, verificou-
se valores superiores para cálcio total e FAL nas cascavéis fêmeas,
corroborando com outros pesquisadores que também encontraram maiores
concentrações nas serpentes fêmeas (Anderson et al., 1997; Lamirande et al.,
1999). Estes atribuíram as maiores concentrações plasmáticas destes
elementos nas fêmeas ao estado reprodutivo e vitelogênese. Campbell (2006)
afirma que as concentrações plasmáticas de colesterol e triglicérides são
significativamente maiores em iguanas fêmeas.
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CONCLUSÃO:
Esses resultados reforçam a importância de se considerar o sexo na
interpretação dos valores de minerais e enzimas plasmáticas em cascavéis.
COMITÊ DE ÉTICA:
O projeto foi aprovado pelo CEUA, conforme protocolo nº 149/13 e autorização
do ICMBio pelo SISBio nº 42135-1.
REFERÊNCIAS:
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