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AVALIAÇÃO DE ENDOPARASITAS EM ASININOS RESIDENTES NO CENTRO DE

CONTROLE DE ZOONOSES DE JUAZEIRO DO NORTE

Rodrigues, A. G. L1 ; Bitu, B. P. C1 ; Marco, P. A1; Santos, D. S1; Palácio, G. M1 ; Matos Lins,


R. M1 ; Pinheiro Paz, W.2

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Discentes do curso de medicina veterinária, UNILEÃO Centro Universitário Dr. Leão Sampaio. E-
mail: gabrielrodrigue432@gmail.com
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Docente do curso de medicina veterinária, UNILEÃO Centro universitário Dr. Leão Sampaio.

RESUMO

Os endoparasitas têm grande importância, podendo apresentar caráter zoonótico devido


ao íntimo contato de animais com os humanos e devem ser tratados como problema de saúde
pública. O presente trabalho tem o objetivo avaliar a ocorrência de endoparasitas em animais
resgatados após sofrerem maus tratos, eles foram realocados para o centro de controle de
zoonoses de Juazeiro do Norte – CE, onde residem até hoje. Foi coletado amostra de fezes dos
10 asininos escolhidos para o trabalho, para posterior realização de pesquisa de endoparasitas,
as mesmas foram levadas para o laboratório de parasitologia no hospital veterinário da
UNILEÃO, onde foi realizado o teste de OPG. Foi verificada a presença de ovos em 4
amostras. Contudo, os resultados indicam que alguns dos animais apresentaram-se positivos
para endoparasitas.

Palavras-chave: OPG; Mc Master; Parasitos.

INTRODUÇÃO

As doenças gastrointestinais causadas por endoparasitas são bastante comuns na rotina


clínica de grandes animais e a resistência aos antiparasitários já se tornou realidade devido à
falta de orientação para os proprietários de grandes animais e ao alto número de animais

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abandonados. Atualmente existem várias espécies de parasitos gastrintestinais descritos na
literatura, entre eles os Parascaris equorum, Anoplocephala perfoliata, Oxyuris equi,
Cyathostomum spp. e Strongylus spp. Aparecem com alta importância para ser estudado
(MOLENTO, 2005)

Diferentes estratégias, quando combinadas, podem auxiliar no controle satisfatório dos


parasitos e possivelmente retardar o processo de resistência parasitária. Exames de
monitoramento, como o OPG (Ovos por grama de fezes) para a identificação dos parasitos,
podem ser feitos em datas estipuladas para controlar a frequência dos tratamentos. Em equinos,
para que o processo de seleção seja reduzido consideravelmente, recomenda-se o uso de três ou
quatro tratamentos com determinada base química e o último com diferente base química e
mecanismo de ação do primeiro.

A combinação de antiparasitários constitui-se em boa alternativa, pois quando há o


aparecimento de parasitas resistentes, há a ampliação do espectro de ação do produto final. Para
otimizar a eficácia da combinação, é recomendável que cada composto apresente eficácia acima
de 95%. Além disso, manejos da propriedade também devem ser feitos para manter a pastagem
sempre limpa (MOLENTO, 2005).

O presente trabalho buscou avaliar o nível de parasitemia dos animais resgatados pelo
centro de controle de zoonoses. Com o intuito de realizar posterior vermifugação de maneira
assertiva.

MATERIAIS E MÉTODOS

Para realização do exame foi desenvolvida a técnica de Mc Master, aplicada


principalmente em exames de ruminantes e equinos, por apresentar uma grande facilidade de
diagnóstico, ser uma técnica rápida e de baixo custo. Ela é realizada da seguinte forma: pesar 4
g de fezes em um recipiente, adicionar 56 ml de solução saturada de sal, açúcar ou sulfato de
zinco, homogeneizar e filtrar para remoção das maiores partículas. Após isso, com auxílio de
uma pipeta, deve-se transferir uma amostra da mistura para a câmara de Mc Master e realizar
visualização microscópica com aumento de 100 vezes, enchendo os dois lados da câmara. Na
realização da contagem, deve-se contar o número total de ovos em todas as colunas da câmara e
multiplicar o valor achado por 100. É importante que se registre os diferentes gêneros
encontrados.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

As avaliações laboratoriais revelaram que apenas 40% dos animais do estudo


apresentaram resultados positivos para presença de endoparasitas, porém, nenhuma das
amostras apresentava níveis consideráveis de ovos por grama de fezes.

Foi encontrado somente um tipo de ovo nas fezes desses animais, eles pertenciam a
família strongylidae do gênero vulgaris.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com esse estudo, foi possível observar que o acompanhamento através de exames periódicos é
essencial para se evitar a infestação exacerbada de endoparasitas, visto a sua alta morbidade. A
utilização de endoparasiticidas de maneira inadequada é a principal responsável pelos altos
índices de resistência parasitária, portanto, entende-se que ela deve ser a última medida a ser
tomada, tendo em vista que existem outros métodos de controle, que garantem maior segurança
e tenha um melhor custo-beneficio.

REFERÊNCIAS

ACAD; CIÊNC. ISSN 0103-989X Licenciado sob uma Licença Creative Commons.
INCIDÊNCIA DE ENDOPARASITAS E ECTOPARASITAS EM EQUINOS DO
MUNICÍPIO DE CURITIBA -PR TÍTULO Incidence of endoparasites and ectoparasites in
equines from the city of Curitiba -Parana. Agrár. Ambient, n. 3, p. 281–287, [s.d.].

MOLENTO, M.B. Resistência parasitária em helmintos de eqüídeos e propostas de


manejo. Ciência Rural, v.35, p. 1465- 1477, 2005.

MONTEIRO, Parasitologia na medicina veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: roca, 2017. 370p.

NASCIMENTO, ANA GABRIELA CR et al. Ocorrência de nematóides em equídeos na região


norte do estado do tocantins, Brasil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 17, n.
1, p. 178-181, 2008.

SANAVRIA. A. Parasitoses de equídeos - Doenças Parasitárias. UFRRJ. 2009. Disponível


em: http://r1.ufrrj.br/adivaldofonseca/wp-content/uploads/2014/06/04_1 Helmintoses-dos-
equideos-Sanavria.pdf

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SARTORI FILHO, R.; AMARANTE, A.F.T.; OLIVEIRA, M.R. Efeitos de medicação
antihelmintica com ivermectinae fenbendazole em eqüinos: Exame coprológico e
hematológico. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 1993.

VERA J.H.S., Resistência anti-helmíntica em equinos na região oeste do estado de São


Paulo. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Engenharia de
Ilha Solteira. Ilha Solteira. 2014.

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