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RESUMO
Um cão da raça Yorkshire, fêmea, com 2 anos, foi submetido ao procedimento cirúrgico eletivo de
ovariosalpingohisterectomia. Durante exame físico e exames laboratoriais o paciente se apresentou
estável, com todos os parâmetros dentro da normalidade para a espécie. O exame complementar de
ultrassonografia foi realizado, encontrando-se dentro da normalidade e indicando que o animal estava
em anestro. O procedimento cirúrgico eletivo foi realizado com protocolo anestésico multimodal, que
visa a otimização dos fármacos utilizados, permitindo o uso individual de menores doses, que juntas
promovem a mantença ideal de um plano anestésico, isto é possível pois os fármacos utilizados atuam
em diferentes sítios de ação. O protocolo multimodal promove um retorno anestésico mais rápido,
sendo ideal para procedimentos eletivos em pacientes hígidos.
Palavras-chave: OSH, castração, anestesia multimodal, FLK
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
A OSH descrita neste relato aconteceu no hospital veterinário Animal Clinic, localizado em Curitiba/PR.
O procedimento cirúrgico foi realizado por a médica cirurgiã veterinária Ana Paula Ferreira Castro,
CRMV XXXX, enquanto a anestesia foi conduzida pelo médico veterinário anestesista Bruno Massa de
Viveiros, CRMV XXXX. A paciente se tratava de uma fêmea, de pequeno porte, da raça York Shire e
peso de 4,350kg, idade de 2,1 anos. Foram solicitados exames complementares bioquímicos e de
imagem (ultrassonografia abdominal, hemograma (leucograma, eritrograma e contagem de
plaquetas), albumina, ALT, AST, bilirrubinas, creatina, ureia e glicose). Todos os exames se
encontravam com resultados dentro da normalidade. A paciente, sendo extremamente dócil e calma,
não foi necessário MPA (medicação pré-anestésica). Na indução anestésica, foi utilizado propofol 10%,
por via intravenosa, na dose de 6 mg/kg. Na manutenção anestésica, o médico veterinário anestesista
responsável, forneceu FLK (fentanil, lidocaína e cetamina) em infusão continua na dose de 5ml/kg/hr,
diluídos em bolsa de 500 ml de solução de ringer lactato e composição de 1,5 ml cetamina 10%, 8 ml
lidocaína sem vasoconstritor e 20 ml de fentanil. Como complemento a medicação de mantença
anestésica, foi adicionado o isoflurano 1,8-2%, por via inalatória, durante o período de realização da
cirurgia. O monitoramento transoperatório foi realizado com intervalos de 10 minutos desde o início
do procedimento até o termino deste, conforme tabela 1.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
O procedimento de OSH eletiva é muito comum na rotina veterinária. O manejo anestésico desses
pacientes é muito diversificado, pois depende do histórico do paciente e exame clínico realizado, além
de doenças pré-existentes e do entendimento dessas patologias e limitações que acompanham o
paciente. O protocolo anestésico apresentado é focado na rápida recuperação anestésica, com
bloqueio nociceptivo adequado, reduzindo a chance de efeitos adversos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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lidocaína e cetamina: Revisão bibliográfica - UNICRUZ, RS