Você está na página 1de 6

Tabela Periódica

A Tabela Periódica é um modelo que agrupa todos os elementos químicos conhecidos e


suas propriedades. Eles estão organizados em ordem crescente de número atômico (número de
prótons). No total, a nova Tabela Periódica possui 118 elementos químicos (92 naturais e 26
artificiais). Cada quadrado especifica o nome do elemento químico, seu símbolo e seu número
atômico.

Organização da Tabela Periódica

Os chamados períodos são as linhas horizontais numeradas, que apresentam


elementos com o mesmo número de camadas eletrônicas, totalizando sete períodos.

 1º Período: 2 elementos
 2º Período: 8 elementos
 3º Período: 8 elementos
 4º Período: 18 elementos
 5º Período: 18 elementos
 6º Período: 32 elementos
 7º Período: 32 elementos

Com a organização dos períodos da tabela, algumas linhas horizontais se tornariam muito
extensas, por isso, é comum representar a série dos lantanídeos e a série dos actinídeos à
parte dos demais.
Os grupos, anteriormente chamados de famílias, são as colunas verticais, onde os
elementos possuem o mesmo número de elétrons na camada mais externa, ou seja,
na camada de valência.

Ao todo, 18 grupos formam a Tabela Periódica. Muitos elementos destes grupos estão


relacionados de acordo com suas propriedades químicas.

 Grupo 1 (Família 1A): Metais Alcalinos (lítio, sódio, potássio, rubídio, césio e frâncio).
 Grupo 2 (Família 2A): Metais Alcalinoterrosos (berílio, magnésio, cálcio, estrôncio, bário e
rádio).
 Grupo 13 (Família 3A): Família do Boro (boro, alumínio, gálio, índio, tálio e nihônio).
 Grupo 14 (Família 4A): Família do Carbono (carbono, silício, germânio, estanho, chumbo e
fleróvio).
 Grupo 15 (Família 5A): Família do Nitrogênio (nitrogênio, fósforo, arsênio, antimônio, bismuto
e moscóvio).
 Grupo 16 (Família 6A): Calcogênios (oxigênio, enxofre, selênio, telúrio, polônio, livermório).
 Grupo 17 (Família 7A): Halogênios (flúor, cloro, bromo, iodo, astato e tenessino).
 Grupo 18 (Família 8A): Gases Nobres (hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio, radônio e
oganessônio).

Os elementos de transição, também chamados de metais de transição, ocupam a parte


central da tabela:

 Grupo 11 (Família 1B): cobre, prata, ouro e roentgênio.


 Grupo 12 (Família 2B): zinco, cádmio, mercúrio e copernício.
 Grupo 3 (Família 3B): escândio, ítrio, sério de lantanídeos* e actinídeos**.
 Grupo 4 (Família 4B): titânio, zircônio, háfnio e rutherfórdio.
 Grupo 5 (Família 5B): vanádio, nióbio, tântalo e dúbnio.
 Grupo 6 (Família 6B): cromo, molibdênio, tungstênio e seabórgio.
 Grupo 7 (Família 7B): manganês, tecnécio, rênio e bóhrio.
 Grupo 8 (Família 8B): ferro, rutênio, ósmio e hássio.
 Grupo 9 (Família 8B):cobalto, ródio, irídio e meitnério.
 Grupo 10 (Família 8B): níquel, paládio, platina, darmstádio.

*A série de lantanídeos é formada por lantânio, cério, praseodímio, neodímio, promécio,


samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio e lutécio.
**A série de actinídeos contém os elementos actínio, tório, protactínio, urânio, netúnio,
plutônio, amerício, cúrio, berquélio, califórnio, einstéinio, férmio, mendelévio, nobélio e
laurêncio
Por determinação da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC), os grupos
são organizados em números de 1 a 18, embora ainda seja comum encontrarmos as famílias
descritas por letras e números, como mostrado anteriormente.
Uma importante diferença que o novo sistema apresentado pela IUPAC gerou é que a
família 8B corresponde aos grupos 8, 9 e 10 na tabela periódica.
Vale lembrar também que o elemento hidrogênio está posicionado acima dos metais
alcalinos apenas devido à sua configuração eletrônica, mas que não pertence a esse grupo.

Teoria atômica de Bour


O modelo atômico de Bohr, proposto em 1913 por Niels Bohr, apresenta os elétrons
distribuídos em camadas ao redor de um núcleo. Semelhante à órbita de um planeta, mostra que
os elétrons movem-se em sentidos circulares, mas que as órbitas possuem energias definidas. 

Postulados
Durante a conclusão dos experimentos, o modelo atômico de Bohr trouxe as seguintes
premissas:

 Princípio da quantização da energia atômica, ou seja, os elétrons circulam em órbitas que


correspondem à sua quantidade de energia. Sendo assim, não há a possibilidade de orbitar
entre dois níveis com intensidades parecidas. 
 Cada elétron move-se em uma órbita, chamada de estado estacionário. Ao absorver energia,
salta para um nível mais energético. Já ao retornar a posição original, libera a mesma
quantidade adquirida na passagem. Esse processo ocorre na forma de luz. 
 Existem apenas 7 níveis de energia ou camadas eletrônicas, que são representados pelas
letras K (1º), L (2º), M (3º), N (4º), O (5º), P (6º) e Q (7º). Quando mais longe do núcleo, maior é
a energia dos elétrons localizados. 

Outros Modelos atômicos


Além do modelo atômico de Bohr,
diversos cientistas trouxeram contribuições
que foram aceitas e são estudadas pela
Química nos dias atuais. Em relação a
estrutura e formação dos átomos, as
principais teorias foram:

 Modelo atômico de Dalton – Conhecido


como bola de bilhar, já considerava a ideia
de que o átomo é a menor parte de uma
matéria e não pode ser subdivido. 
 Modelo atômico de Thomson – O primeiro
a falar da possibilidade de divisão atômica.
Chamado de pudim de passas, também o
descrevia como esferas compostas por
cargas positivas e elétrons presentes em
todas as partes. 
 Modelo atômico de Rutherford –
Baseando-se no sistema planetário, chegou
a constatação de que o átomo não é
maciço, sua massa encontra-se em maior
proporção no centro e possui um grande
espaço vazio. 

Distribuição eletrônica
A distribuição eletrônica ou configuração eletrônica a forma como os elementos
químicos são ordenados considerando o número de elétrons que eles possuem e a sua
proximidade do núcleo atômico.
Após terem surgido vários modelos atômicos, o modelo de Bohr sugeriu a
organização da eletrosfera em órbitas.
Os elétrons se organizam e distribuem-se pelas camadas eletrônicas, estando uns
mais próximos do núcleo e outros mais distantes.
Então, surgiram as 7 camadas eletrônicas (K, L, M, N, O, P e Q), as quais são
representadas pelas linhas horizontais numeradas de 1 a 7 na tabela periódica.
Os elementos que constam nas mesmas linhas apresentam o mesmo número
máximo de elétrons e também os mesmos níveis de energia.
Com isso, é possível observar que os elétrons encontram-se em níveis e sub-níveis
de energia. Assim, cada um possui uma determinada quantidade de energia.

Em cada camada ou nível de energia, os elétrons se distribuem em subcamadas ou


subníveis de energia, representados pelas letras s,p,d,f, em ordem crescente de energia.

O número máximo de elétrons que cabe em cada subcamada, ou subnivel de energia,


também foi determinado experimentalmente:"
O número de subníveis que constituem cada nível de energia depende do número máximo
de elétrons que cabe em cada nível. Assim, como no 1ºnível cabem no máximo 2 elétrons,
esse nível apresenta apenas um subnível s, no qual cabem os 2 elétrons. O subnível s do 1º
nível de energia é representado por 1s.
Como no 2º nível cabem no máximo 8 elétrons, o 2º nível é constituído de um subnível s,
no qual cabem no máximo 2 elétrons, e um subnível p, no qual cabem no máximo 6 elétrons.
Desse modo, o 2º nível é formado de dois subníveis, representados por 2s e 2p, e assim por
diante.
A camada de valência é a última camada eletrônica, ou seja, a camada mais externa do
átomo. Segundo a Regra do Octeto, os átomos possuem a tendência de se estabilizarem e
ficarem neutros. Isso acontece quando eles apresentam a mesma quantidade de prótons e
nêutrons, com oito elétrons na última camada eletrônica.
"Linus Carl Pauling (1901-1994), químico americano, elaborou um dispositivo prático que
permite colocar todos os subníveis de energia conhecidos em ordem crescente de energia. É o
processo das diagonais, denominado diagrama de Pauling, representado a seguir. A ordem
crescente de energia dos subníveis é a ordem na sequência das diagonais.

Acompanhe os exemplos de distribuição eletrônica:

1 - Distribuir os elétrons do átomo normal de manganês (Z=25) em ordem de camada.

Solução:

O símbolo "Z" corresponde ao número atômico, que é a quantidade de prótons que o


átomo possui em seu núcleo. Quando o átomo está no estado fundamental, a
quantidade de prótons é igual à quantidade de elétrons. Assim, se Z=25, isto significa
que no átomo normal de manganês há 25 elétrons. Aplicando o diagrama de Pauling,
teremos:

K - 1s2
L - 2s2 2p6
M - 3s2 3p6 3d5
N - 4s2 4p 4d 4f
O - 5s 5p 5d 5f
P - 6s 6p 6d
Q - 7s 7p
Resposta: K=2; L=8; M=13; N=2"

Você também pode gostar