Modelo atômico de John Dalton Em 1807, John Dalton, durante seus estudos fundamentados nos pressupostos de Leucipo e Demócrito, associou os átomos a esferas extremamente pequenas, indivisíveis, maciças e indestrutíveis. Seu modelo atômico é simbolizado por uma "bola de bilhar". Modelo atômico de J. J. Thomson O modelo atômico proposto por Dalton deixava algumas lacunas. Ele não explicava, por exemplo, determinadas propriedades dos materiais e alguns fenômenos elétricos. Então, em 1897, ele foi substituído pelo modelo atômico proposto por J. J. Thomson , o qual trouxe importantes contribuições para as ciências ao considerar o elétron na constituição da estrutura atômica. Modelo atômico de Rutherford Em 1911, durante um de seus experimentos, o químico e físico neozelandês Ernest Rutherford utilizou partículas alfa ( α ), emitidas pelo elemento polônio armazenado em um bloco de chumbo, para bombardear uma fina lâmina de ouro. Modelo atômico de Niels Bohr O modelo atômico de Rutherford foi extremamente importante; entretanto, segundo sua teoria, o elétron carregado negativamente, movimentando-se na eletrosfera ao redor de um núcleo atômico positivo, tenderia a perder energia e a colidir com o núcleo. Para solucionar essa contradição, Bohr postulou que os elétrons orbitam ao redor do núcleo em camadas, ou níveis de energia específicos, as quais são representadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q. Segundo esse raciocínio, a camada K é mais interna e a Q é mais externa. Esta última pode conter até oito elétrons, e a quantidade máxima de elétrons por camadas é: Modelos atômicos de Sommerfeld a Schrödinger Sommerfeld, ao analisar as teorias de Bohr, propôs que as camadas eletrosféricas são compostas de orbitais elípticos, e não circulares, e que os níveis de energia estariam em regiões denominadas subníveis de energia, simbolizados pelas letras s, p, d, f. Desde Dalton, as teorias atômicas passaram por significativos desenvolvimentos até chegar ao modelo atômico aceito atualmente. O modelo atômico atual é caracterizado por modelos matemáticos representados pelos princípios da: Incerteza, formulado por Heisenberg, Dualidade onda-partícula, proposta por Louis de Broglie Caracterização do átomo Cada um dos átomos conhecidos possuem uma quantidade específica de prótons, nêutrons e elétrons. Essas quantidades determinarão algumas de suas características, como o número atômico e a massa. Número atômico (Z ou p): está relacionado à quantidade de prótons no interior do núcleo atômico. Por exemplo, o oxigênio (O) possui 8 prótons em seu núcleo; logo, seu Z é 8. O número atômico aparece abaixo do símbolo do elemento: 8O. Número de massa (A): está relacionado à soma de prótons e nêutrons no interior do núcleo atômico. Caracterização do átomo O número atômico (Z) está associado à identificação do átomo, ou seja, cada um possui seu número atômico, não existindo dois átomos de elementos químicos diferentes com o mesmo Z. Entretanto, podem ocorrer casos em que diferentes elementos apresentam, por exemplo, mesmo número de prótons, nêutrons e massa ou mesmo número de elétrons. Esses elementos são classificados como isótopos , isóbaros, isótonos e isoeletrônicos. Classificação dos átomos e íons O átomo neutro apresenta a mesma quantidade de elétrons e prótons. Como os elétrons possuem carga negativa e os prótons apresentam carga positiva, a soma entre prótons e elétrons resulta em uma carga neutra (igual a zero). Entretanto, os átomos podem perder ou ganhar elétrons para formar algumas substâncias. Números quânticos Número quântico principal (representado pela letra n): descreve as sete camadas eletrônicas e, portanto, assume os números de 1 a 7. As camadas também podem ser representadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q. Observe a seguir a relação entre o número quântico principal e a camada. Números quânticos Número quântico secundário (ℓ)ou momento angular ou azimutal: descreve os subníveis de energia, ou seja, a forma da região no espaço em que existe a maior probabilidade de se encontrar o elétron. Observe a seguir a relação entre o número e o subnível. Números quânticos Número quântico magnético (m ou m ℓ ): representa um orbital específico dentro do subnível, ou seja, a orientação espacial do orbital em que está o elétron. A imagem a seguir representa a orientação espacial para os orbitais s, p e d. Números quânticos Número quântico de spin (s ou ms): representa o sentido de rotação do elétron ao redor do próprio eixo em um orbital atômico. Logo, apenas dois sentidos são admitidos. Por convenção adotou-se a seguinte representação: Distribuição eletrônica Distribuição eletrônica de um átomo neutro Alguns elementos não se comportam da mesma forma e apresentam configuração elet rônica diferente da esperada. Os principais são Cr (Z = 24), Cu (Z = 29), Ag (Z = 47) e Au (Z = 79). Nesses casos, um dos elétrons do subnível s de maior energia passa para o subnível d, ou seja, esses elementos apresentam distribuição s¹d⁵ em vez de s²d⁴ ou, ainda, distribuição s¹d¹⁰ em vez de s²d⁹. Distribuição eletrônica no cerne dos gases nobres A distribuição eletrônica no cerne dos gases nobres é usada para simplificar a distribuição eletrônica de elementos, inclusive daqueles que possuem muitos elétrons. Os gases nobres são o He (Z =2), Ne(Z = 10), Ar (Z = 18), Kr (Z = 36), X(Z = 54) e Rn (Z = 86).. Nesse caso, os orbitais mais internos completos são representados com o símbolo do gás nobre (entre colchetes) e com número atômico anterior ao elemento em questão. O restante dos orbitais é escrito normalmente. Distribuição eletrônica para os cátions O átomo neutro apresenta o número de elétrons igual ao de prótons. Entretanto, se esse átomo perder elétron, apresentará menor quantidade de cargas negativas (elétrons) em relação às positivas (prótons), formando os cátions . Distribuição eletrônica para os ânions Quando o átomo neutro recebe elétron(s), apresenta maior quantidade de cargas negativas (elétrons) em relação às positivas (prótons), formando os ânions .