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Estudo das equações de Schwinger-Dyson

Gildário Dias Lima


Universidade Federal Fluminense

10 de dezembro de 2010

Este trabalho é requisito para aprovação na disciplina de introdução a teoria quântica de campos da
Universidade Federal Fluminense-UFF do ano de 2010 segundo perı́odo, o mesmo segue um roteiro
baseado nas notas de aula do Professor Luis E. Oxman, professor da disciplina. No capı́tulo de
derivação das equações de Schwinger-Dyson, usaremos como roteiro a referência [19].
Resumo
A equação de Dyson-Schwinger ou também equações de Schwinger-Dyson, em homenagem
a Julian Schwinger e Freeman Dyson , são as relações gerais entre as funções de Green em
teoria quântica de campos. Elas também são referidas como equações de Euler-Lagrange para
as teorias quântica de campos, já que são as equações de movimentos da função de Green
correspondente. Elas formam um conjunto de um número infinito de equações diferenciais
funcionais, todas acopladas umas as outras, as vezes referido como a torre infinita de Schwinger-
Dyson. Em seu famoso artigo “A S-Matrix em eletrodinâmica quântica” [1] Dyson deriva
as relações entre os diferentes elementos da S-Matrix , ou mais especı́ficas, “ A função de
Green de uma partı́cula”, em eletrodinâmica quântica , somando-se um número infinito de
diagramas de Feynman , assim, trabalhando em uma abordagem perturbativa. A partir de
seu princı́pio variacional , Schwinger as deriva a partir de um conjunto de equações de forma
perturbativa [2], que generalizam as equações de Dyson às equações de Schwinger-Dyson para as
funções de Green da teoria quântica de campos . Hoje, elas também fornecem uma abordagem
não-perturbativa das teorias quânticas de campos e muitas aplicações podem ser encontradas
em muitos campos da fı́sica teórica, como na fı́sica do estado sólido e fı́sica das partı́culas
elementares.

Palavras Chaves: Schwinger-Dyson, Derivada Funcional, Funcional Geradora, Potencial Efetivo

Sumário
1 Integrais Funcionais em Mecânica Quântica 2

2 Função Correlação 4
2.1 Introduzindo uma fonte externa J . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Calculo do propagador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

3 Potencial Efetivo 7
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.2 Expansão em loop para o potencial efetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

4 Equações de Schwinger-Dyson 10
4.1 Forma Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.2 Derivação da equação mestra de Schwinger-Dyson . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.3 Construindo os Diagramas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5 Conclusão 15

6 Bibliografia 16

1 Integrais Funcionais em Mecânica Quântica


Em teoria clássica a evolução é dada pelas equações de Euller-Lagrange com condições de extremos
fixos q(ti ) e q(tf ). A ideia de Feynman é analisar a propagação entre dois pontos, como sendo a
interferência de infinitas fendas entre a fonte e anteparo, ou seja, a amplitude de interferência.
X
Amp (qf , tf ; qi , ti ) = Aparciais
mp (q(t)). (1)
q(t)

A forma correspondente para equação [1] pode ser expressada em termos da ação S
X iS[q]
Amp (qf , tf ; qi , ti ) = e ~ , (2)
q(t)

isso implica que no limite de ~ −→ 0 (fora do regime quântico) à amplitude de probabilidade será
dada pelo caminho clássico, aquele que possuir uma ação mı́nima. Porém em mecânica quântica
as amplitudes de probabilidade são dadas por

K = hqf , tf |qi , ti i = hqf |U (tf , ti )|qi i, (3)

onde K é o propagador. Para verificar que essas amplitudes são iguais a amplitude em termos da
ação S, iremos subdividir os intervalos de evolução do sistemas em M intervalos com (m + 1) =
tf −ti
tf − ti e ∆ = M +1 . Então em termos de cada sub-intervalo à amplitude será

hqf , tf |qi , ti i = hqf |U (tn+1 , tn )...U (t2 , t1 )U (t1 , t0 )|qi i, (4)

lembrando que
H(tl−1 −tl )
U (tl+1 , tl ) = e−i ~ , (5)
no limite de ∆ −→ 0 temos !
~
iH∆
−i H∆ ∼
e ~ = I~ − , (6)
~

introduzindo uma identidade (completeza) entre cada operador evolução teremos


Z
K = dq1 ...dqM hqM +1 |U (tM +1 , tM )|qM ihqM |U (tM , tM −1 )...hq2 |U (t2 , t1 )|q1 ihq1 |U (t1 , t0 )|q0 i, (7)

com K sendo expressado em termos de um produtório de l = 0 até l = M


 
∼ H∆
hql+1 |U (tl+1 , tl )|ql i = hql+1 | I − i |ql i, (8)
~

com a relação de completeza em P temos


Z  
∼ H∆
Kl = dPl hql+1 |Pl ihPl | I − i |ql i, (9)
~

2
porém
hPl |H|ql i = H(ql , Pl )hPl |ql i
e
Pl2
H(ql , Pl ) = + U (ql ),
2m
portanto Z  
H(ql , Pl )∆
Kl ∼
= dPl hql+1 |Pl ihPl |ql i 1 − i
~
Z
H(ql ,Pl )∆
= dPl hql+1 |Pl ihPl |ql ie−i ~

Z ql+1 Pl ql Pl H(ql ,Pl )∆


= dPl ei ~ e−i ~ e−i ~ , (10)

assim
M Z ql+1 −ql Pl2
Y ∆
K= dq1 ...dqn dP1 ...dPn ei ~
Pl
e−i( 2m +U (ql )) ~ . (11)
l=0

Considerando a identidade
+∞
Z r
2
− au2 +ibu π − b2
du e = e 2a , (12)
−∞ a
podemos simplifica a expressão[11], basta para tanto tornarmos a = i ∆
~ e b = (ql=1 − ql )~ para
termos
Z M r
Y π~ − ql+1 −ql −iU (ql ) ∆
K = dq1 ...dqn e 2i∆~ ~
i∆
l=1

(ql+1 −ql )2
 
  n+1 Z i PM
π~ 2
~ l=0 ∆
−U (ql )∆
= dq1 ...dqn e
i∆
 n+1 ( M
"  #)
1 ql+1 − ql 2
Z  
π~ 2 iX
= dq1 ...dqn exp ∆ − U (ql ) , (13)
i∆ ~ 2 ∆
l=0

no limite de ∆ −→ 0 podemos reescrever


Z   n+1  Z tf  
π~ 2 i 1 2
K= dq1 ...dqn exp dt q̇ − U (ql ) , (14)
i~ ~ t0 2

onde
1
L(q(t)) = q̇ 2 − U (q(t)), (15)
2
é a Lagrageana. Definindo
  n+1
π~ 2
Dq = lim∆−→0 dq1 ...dqn . (16)
i∆
Por fim, podemos reescrever Z
i
K= Dq e ~ S[q(t)] , (17)

com q(ti ) = qi e q(tf ) = qf .

3
2 Função Correlação
A função correlação de n pontos é escrita como
S
n o Dφ φ(x1 )...φ(xn )ei ~
hΩ|T φ̂(x1 )...φ̂(xn ) |Ωi = S , (18)
Dφei ~
R

usando a prescrição m2 −→ m2 − iε, rotação de Wick, podemos reescrever a equação [18] da forma
SE
n o Dφ φ(x1 )...φ(xn )e− ~
hΩ|T φ̂(x1 )...φ̂(xn ) |Ωi = SE , (19)
Dφe− ~
R

com SE = E[φ] e ~ −→ KT , agora {xi } são as variáveis euclidianas. Seja um funcional F [φ] a
variação é dada portanto
X ∂F
δF = δφa , (20)
a
∂φa
com uma variação contı́nua δφa temos agora
Z  
4 δF
δF [φ] = d x δφ(x), (21)
δφ(x)
com Z
δφ(x) = d4 xδ (4) (x − y)δφ(y), (22)

portanto
δφ(x)
= δ (4) (x − y), (23)
δφ(y)
é a derivada funcional. Também podemos escrever a relação
Z
∂µ δφ(x) = δ(∂µx φ(x)) = d4 y(∂µx δ (4) (x − y))δφ(y), (24)

logo
δ∂µ φ(x)
= ∂µx δ (4) (x − y), (25)
δφ(y)
como à ação S −→ S[φ, ∂µ φ], então
Z  
4 ∂L ∂L
δS = d x − ∂µ δφ(x), (26)
∂φ ∂∂µ φ

podemos escrecer a identidade


δS ∂L ∂L
= − ∂µ , (27)
δφ(x) ∂φ ∂∂µ φ
e as equações de movimnto são
δS
=0
δφ(x)
e
δS[q]
=0
δq(t)

4
2.1 Introduzindo uma fonte externa J
Vamos introduzir agora uma fonte J, a função de partição pode ser definida como
SJ
Dφei
R
~
Z[J] = R S (28)
Dφei ~
com Z
SJ = S + d4 xJ(x)φ(x). (29)

Após a introdução da fonte, estamos interessados em calcular qual a amplitude de probabilidade


do sistema permanecer no estado |Ωi. A função de partição [28] nos permite calcular as funções
geradoras das correlações hΩ|T {φ(x1 ))...φ(xN )} |Ωi. Considerando ~ = 1, calcularemos
δi δSJ iSJ
R
δZ[J] Dφi δJ(x 1)
e
= R
iS
, (30)
δJ(x1 ) Dφe

onde Z Z
δSJ δ
= d4 xJ(x)φ(x) = d4 xδ 4 (x − x1 )φ(x) = φ(x1 ), (31)
δJ(x1 ) δJ(x1 )
então
i Dφ φ(x1 )eiSJ
R
δZ[J]
= R . (32)
δJ(x1 ) DφeiS
De maneira semelhante também podemos mostrar que

δ 2 Z[J] i2 Dφ φ(x1 )φ(x2 )eiSJ


R
= R (33)
δJ(x1 )δJ(x2 ) DφeiS

portanto podemos generalizar esse resultado

δ n Z[J] in Dφ φ(x1 )...φ(xn )eiSJ


R
= R . (34)
δJ(x1 )...δJ(xn ) DφeiS

Para J = 0 temos SJ = 0,

δn
n o
= in hΩ|T φ̂x1 )...φ̂(xn ) |Ωi,

Z[J] (35)
δJ(x1 )...δJ(xn ) J=0

ou seja, Z[J] contêm a mesma fı́sica dos correlatores da mecânica quântica. Na teoria livre
Z   Z
1 1 1
S = d4 x ∂µ φ∂ µ φ − m2 φ2 = − d4 x φ  + m2 φ,

(36)
2 2 2

portanto n R o
Dφ exp − d4 x 12 φÔφ + i d4 xJ(x)φ(x)
R R
Z[J] = n R o (37)
Dφ exp − d4 x 21 φÔφ
R

com
Ô = i( + m2 ). (38)

5
2.2 Calculo do propagador
Considere agora as identidades
Z
1 T M X+ibT X
I= dn X e− 2 X , (39)

calcularemos a integral. Considere as substituições: X = SY e S T M S = D. Essas matrizes são


normalizadas, assim

( π)n − 1 bT M −1 b
Z
n − 12 Y T DY +iY T S T b
I= d Ye =√ e 2 , (40)
derM
com  
1 T −1 1 1  T  2 1  T  2
− b M b=− S b 1 + S b 2 + ... (41)
2 2 d1 d2
e
detM = d1 .d2 .d3 ...dn = detD. (42)
Esse resultado pode ser generalizado para as integrais funcionais, usando
Z +∞
dy f (x)δ(x − y) = f (x) (43)
−∞
e Z +∞ Z +∞
dy f (x)∂µ δ(x − y) = dy ∂µ f (x)δ(x − y) = −∂µ f (x), (44)
−∞ −∞
então Z Z h i
d4 xφ(x)Ôφ(x) = d4 xd4 yφ(x) Ôδ (4) (x − y) φ(y), (45)

definindo h i
K(x, y) = Ôδ (4) (x − y) , (46)

como sendo o kernel (núcleo). Podemos escrever a função de partição da forma

Dφ e{− 2 d xd yφ(x)K(x,y)φ(y)+i d xJ(x)φ(x)}


1
R R 4 4 R 4

Z[J] = (47)
Dφ e{− 2 d xd yφ(x)K(x,y)φ(y)}
1
R
R 4 4

temos então uma correpondência com a equação


X Z
Xi Mij Xj −→ d4 x d4 y φ(x)K(x, y)φ(y) (48)
ij

e Z
X
bi Xi −→ d4 xJ(x)φ(x), (49)
i
portanto
1 P P
dn X e− 2 ij Xi Mi X)j+i j bj Xj
R
− 12 ij bi M −1 ) bj
P
1 P = e ij . (50)
dn X e− 2 ij Xi Mi Xj
R

Usando a correpondência M −1 , teremos


X Z
−1
d4 y Ôδ (0) (x − y)Qyz = δ (0) (x − z),

Mij M jk
= δik −→ (51)
j

6
então
ÔQyz = i(y + m2 )Qyz = δ (0) (x − z), (52)
logo com essa propriedade temos

d4 k
Z  
1 1
Qxy = e−ik(x−y) , (53)
i (2π)4 −k + m2 − i
2

que por meio de um cut-off rededefiniremos a equação [53] como

d4 k
Z  
1 1
−iGF = e−ik(x−y) , (54)
i ΛF (2π)4 −k 2 + m2

conhecido como propagador de Feynman. Usando o fato de que

x + m2 GF = δ (0) ,

(55)

podemos escrever a função de partição em função do propagador


 Z 
i 4 4
Z[J] = exp d x d y J(x)GG (x − y)J(y) . (56)
2

Partindo da equação [56] vamos recalcular as equações [32] e [33].


 Z    Z 
δZ[J] i 4 i
= d y d4 xδ(x − x1 )GF (x − y) J(y) eexpo + d4 xJ(x) d4 yGF (x − y)δ(x − y) eexpo
δJ(x1 ) 2 2
   
δZ[J] i 4 expo i 4
= d yGF (x1 − y)J(y) e + d xJ(x)GF (x − x1 ) eexpo (57)
δJ(x1 ) 2 2
com
 i R o 4fato4 de termos que tomarmos
o limite de j = 0, isso implica que eexpo = 1, onde expo =
2 d x d y J(x)GG (x − y)J(y) . Então na teoria de Klein-Gordon o fato de termos a simetria
S[φ] = S[−φ], implica que os correlatores impares são nulos, portanto

δZ[J]
=0 (58)
δJ(x1 ) J=0

Seguindo o mesmo caminho, com o fato de GF (x1 − x2 ) = GF (x2 − x1 ) a temos

δ 2 Z[J]

i i
= (x1 − x2 ) + GF (x2 − x1 ) = iGF (x1 − x2 ) (59)
δJ(x1 )δJ(x2 ) J=0 G F
2

3 Potencial Efetivo
3.1 Introdução
O potencial efetivo é uma importante ferramenta para o estudo da quebra espontânea de simetria,
determinação da energia do vácuo (energia de Casimir [3, 4]), na renormalização da massa e da
constante de acoplamento, etc. Ele é uma generaliza cão quântica do potencial clássico, sendo
que o vácuo quântico pode ser obtido do mı́nimo daquele potencial. O potencial efetivo pode
ser expresso como uma expansão em loop (que coincide com uma expansão em potências de
~), de modo que ele é dado por uma soma do termo clássico com correcões que representam o
efeito da interação do campo com o vácuo quântico. Devido a sua interpretação como energia,

7
o potencial efetivo deve necessariamente ser uma função real e convexa. Entretanto, quando a
teoria apresenta, a “tree level”, quebra espontânea de simetria, uma ingênua aplicação da expansão
em “loop” para a determinação do potencial efetivo, até a primeira ordem em ~ , conduz a um
resultado equivocado, isto é, uma função que não é o potencial efetivo. A fim de determinarmos
o (verdadeiro ou correto) potencial efetivo, um emprego cuidadoso do procedimento usado para
sua obtenção deve ser realizado. Mostraremos como determinar o potencial efetivo a partir do
funcional gerador das funções de Green e demonstrando sua convexidade. Uma teoria quântica de
campos pode ser definida a partir do chamado funcional gerador das funções de Green ou função
de correlação, Z[J], também conhecido como amplitude de persistência do vácuo sob a influência
de fontes de campos externos, J(x). Esta abordagem usa o conceito de integrais de trajetória,
originalmente introduzido por Feynman, que mostrou que o formalismo de integrais de trajetórias
podia ser visto como uma alternativa aos formalismos tradicionais de Heisenberg e Shcroedinger
da mecânica quântica [3, 4]. O funcional gerador das funções de Green é a solução da equação
de Schwinger-Dyson e pode ser escrito como uma expansão funcional das funções de Green de
n-pontos. Através de uma transformação funcional de Legendre encontramos o funcional gerador
das funções irredutı́veis de uma partı́cula (1-PI), G[φc ], que é, então, expandido em potências de ~.
Tal funcional é chamado de ação efetiva, pois ele contém, além da ação clássica, todas as correções
quânticas. Uma expansão alternativa do funcional gerador 1-PI em potências das derivadas do
campo clássico, φc (x), nos fornece o potencial efetivo com o qual podemos obter o vácuo da teoria.
Tal como a ação efetiva, o potencial efetivo contém, além do potencial clássico, todas as correções
quânticas.

3.2 Expansão em loop para o potencial efetivo


O potencial efetivo pode ser obtido por métodos funcionais, usando-se o formalismo de integrais
de trajetórias [6 - 18]. O funcional gerador das funções de Green conexas F[J] é dado por

h0+ |0− iJ
Z[J] = eiF = , (60)
h0+ |0− i
com
F [J] = −i~ lnZn [J], (61)
+ −
onde h0h0+|0|0−iiJ é a amplitude de transição vácuo-vácuo na presença de uma fonte externa J(x)
e Z[J] é o funcional gerador das funções de Green (conexas e desconexas). No formalismo de
integrais de trajetória, a expressão acima é representada por
Z
F [J] 1
R 4
e ~ = N Dφe− ~ [iS− d xJ(x)φ(x)] , (62)

para qual Z  
4 1 µ
S = S(φ) = d x ∂µ φ(x)∂ φ(x) + V (φ(x))
2
ou de outra forma, inicialmente consideraremos V (φ(x)) = 0, temos
Z
Sj = S(φ, J) = S + d4 xφ(x)J(x) (63)

é a ação clássica, N é um fator de normalização, e D formalmente indica integração sobre um


espaço de funções dos campos φ(x) de dimensão infinita, isto é, a medida de volume funcional. O

8
campo clássico φc (x) é definido como o valor esperado do vácuo na presença de uma fonte externa
J(x) e é definido por
δF [J]
φc (x) = (64)
δJ(x)
de forma que
δF [J] δ 1 δZ[J]
= (−i~ lnZ[J]) = −i~
δJ(x) δJ(x) Z[J] δJ(x)
como Z Z
δZ δ iSj i δ iSj
= Dφe ~ = Dφ e ~
δJ(x) δJ(x) ~ δJ(x)
Z Z  iS Z
i j i iSj
Dφ d4 x0 δ(x0 − x)J(x0 ) e ~ = Dφ φ(x)e ~ .
~ ~
então a derivada funcional de F [J] em relação a fonte J(x) para J = 0 pode ser dada por
R iSJ
δF [J] Dφ φ(x)e ~
= iSJ = ~hφiJ , (65)
δJ(x) R
Dφe ~
que como mencionado antes, é o valor esparado de φ(x).
O funcional gerador das funções de Green 1-PI (irredutı́veis de uma partı́cula) é um funcional
de φc , e não de J(x), e pode ser obtido a partir de uma transformada funcional de Legendre como
Z
Γ[φ] = F [J] − d4 xJ(x)φc (x) (66)

calculando a derivada funcional em relação a φ, temos


δΓ[φc ]
=0
δφc (x)
satisfazendo ao princı́pio da mı́nima ação, semelhante ao caso clássico,
Z
δΓ[φc ] δF δ
= − ~ d4 x0 (φc (x0 )J(x0 ))
δφc (x) δφc (x) δφc (x)
δF
Z 0 Z
δJ(x0 )
4 0 δφc (x )
= −~ d x J(x ) − ~ d4 x0 φc (x)
0
δφc (x) δφ(x) δφ(x)
δJ(x0 )
Z Z
δF
= − ~ d4 x0 δ(x − x0 )J(x0 ) − ~ d4 x0 φc (x) . (67)
φ(x) δ phic (x)
Calculando separadamente o primeiro termo da equação anterior usando regra da cadeia
δF
Z 0 Z
δJ(x0 )
4 0 δF δJ(x ) 4 0
= d x = ~ d x φ c (x)
φ(x) δJ(x0 ) δφ(x) δφc (x)
que substituindo na equação [67] se anula com ultimo termo, tornando a equação da forma
δΓ
= −~J(x) (68)
δφc (x)
Perceba que Γ tem a mesma forma que à ação da teoria clássica, onde
Z
SJ = S + ~ d4 xJ(x)φ(x)

9
considerando o mesmo raciocı́nio,
δS
=0
δφ(x)
φ(x0 )
Z Z
δSJ δS 4 0 0 δS
= +~ d x J(x ) = +~ d4 x0 J(x0 )δ(x − x0 ) = 0
δφ(x) δφ(x) δφ(x) δφ(x)
portanto
δS
+ ~J(x) = 0, (69)
δφ(x)
que é semelhante a equação [68].
Quando fazemos o limite de ~ indo a 0, em outras palavras, tornar as dimensões do sistema
muito maiores que ~ , á ação efetiva será à ação clássica e teremos φ0 como solução da teoria
classica de campos. Dessa forma, a solução quântica pode ser escrita como uma expansão da fora

φj = φ0 + O(~) (70)

4 Equações de Schwinger-Dyson
4.1 Forma Geral
De maneira geral a quação de Schwinger-Dyson (S.D) é o analogo quântico das equações clássicas
de movimento. Começamos inicialmente raciocinando de maneira mais geral. Suponha uma
função F(φ) da variável de campo φ, um polinômio por exemplo. O valor esperado no vácuo para
essa função pode ser dado por
Z
h0|T {F(φ)}|0i = DφF(φ)eiS[φ] , (71)

onde T é o ordenamento temporal e S é à ação. Se calcularmos a derivada funcional do valor


esprado podemos propor que
δ
h0|T {F(φ)}|0i = 0, (72)
δφ(x)
calculando Z Z
δ δ 
iS[φ]

DφF(φ)e F(φ)eiS[φ]
= Dφ
δφ(x) δφ(x)
Z  
δF(φ) δS
= Dφ +i F eiS[φ] .
δφ(x) δφ(x)
Escrevendo a equação anterior da forma

δF(φ) δS[φ]
h0| |0i) + ih0|F |0i, (73)
δφ(x) δφ(x)

se fizermos F = 1 temos
δS[φ]
h0| |0i = 0, (74)
δφ(x)
que é o analogo das equações clássicas de movimento. Aplicando o mesmo raciocı́nio agora para
a função geradora Z[J] temos
δZ[J]
=0 (75)
δφ(x)

10
0
Z Z  Z 
δ  iS+R d4 x0 J(x0 )φ(x0 )  δS 4 0 0 δφ(x )
R 4 0 0 0
Dφ e = Dφ i + d x J(x ) eiS+ d x J(x )φ(x )
δφ(x) δφ(x) φ(x)
Z  
δS R 4
Dφ i + J(x) eiS+ d xJ(x)φ(x) . (76)
δφ(x)
Usando a propriedade: Z  Z
ax d
f (x)e dx = f eax dx, (77)
da
podemos escrever  Z
δS R 4
i + J(x) DφeiS+ d xJ(x)φ(x) ,
δφ(x)
que por fim  
S δ
+ J(x) Z[J] = 0. (78)
δφ(x) iδJ(x)
Se expandirmos a equação [78] numa série de Taylor, temos todo o conjunto de equações de
Schwinger-Dyson.

4.2 Derivação da equação mestra de Schwinger-Dyson


Estamos interessados em expressar as equações de Schwinger-Dyson em termos da função geradora
de gráfico conectados Γ[φ]a equação
Z
Γ[φ] = −iF [J] − d4 xJ(x)φc (x), (79)

é obtida a partir de uma transformada de Legendre (Ver derivação do potencial efetivo). Con-
tinuando com a derivação da equação mestra, iremos precisar de algumas relações. Partindo da
equação [78] podemos rescrevê-la da forma
 
δ δ
Z[J] = −J(x)Z[J], (80)
δφc (x) iδJ(x)
substituindo Z[J] pela equação [60], temos
 
δ δ iF [J] iF [J]
e ~ = −J(x)e ~ ,
δφc (x) iδJ(x)
que é igual a  
iF [J] δS δ iF [J]
e− ~ e ~ = −J(x). (81)
δφc (x) iδJ(x)
Embora viável, a equação [81] é problemática porque preferimos trabalhar com funções irre-
dutı́veis de n pontos, o que significa eliminar todas as referências para F [J]. Em geral, isso é
muito trabalhoso. Felizmente existe um truque simples que elimina as referências de F [J] (ver
apêndice). A equação anterior pode ser reescrita da foma:
 
δS δ δF [J]
+ (82)
δφc (x) iδJ(x) δJ(x)
A partir de uma transformada de Legendre e usando regra da cadeia, definiremos uma equação
para a derivada da fonte Z
δ δφ(z) δ
= d4 x . , (83)
iδJ(x) iδJ(z) δφc (z)

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derivando agora φc (x) e aplicando a definição [64] teremos
 
δφc (z) δ δ
= F [J]
δJ(z) δJ(z) δJ(x)
δ 2 F [J] δφc (x)
= . (84)
δJ(z)δJ(x) δJ(x)
Precisamos obter uma expressão para a segunda derivada de F [J] em termos da ação efetiva
Γ[J] (gerador de gráficos conectados), portanto partindo da definição de derivada funcional e regra
da cadeia (ver seção),considere a equação
Z
δφc (x) φc (x) J(y)
δ(x − z) = = d4 y . , (85)
δφc (z) δJ(y) δφc (z)

note que partindo da equação [68] com o fato de ~ = 1

J(x) δ 2 F [J]
=− . (86)
δφc (x) δφ(z)δφc (x)
Substituindo as equações [84] e [86] na equação [85] temos

δ 2 F [J] δ 2 Γ[J]
Z    
4
δ(x − z) = − d y . . (87)
δJ(x)δJ(y) δφc (x)δφc (z)

Portanto temos a identidade que procuravamos


−1
δ 2 Γ[J] δ 2 F [J]
  
=− . (88)
δφc (x)δφc (z) δJ(x)δJ(y)

A função de Green de dois pontos pode ser dada por:

δ2


Gc (x − y) = hφc (x)φc (y)i = i F [J] , (89)
δJ(x)δJ(y) J=0

portanto também podemos escrever

δ 2 Γ[J]
 
= iG−1
c (x − z), (90)
δφc (x)δφc (z)
usaremos adiante a equação [90].
A relação [88] é a ultima que precisavamos para completar a derivação da equação mestra de
Schwinger-Dyson para uma função de dois pontos. Antes de escrevê-la, primeiro note que quando
a configuração da fonte for nula J = 0 isso também implica que o valor esperado do campo
no vácuo também será nulo φc |J=0 = 0. Substituindo a equação [83] na equação [82] podemos
escrever Z 
δS 4 δφc (z) δ δF [J]
= d z . + = −J(x). (91)
δφc (x) iδJ δφc (z) δJ
Continuando com a derivação, vamos substituir as equações [86] e [88] na equação anterior [91]
"Z −1 #
d4 z δ 2 Γ[J]

δS δ δΓ
− + φ(x, j) = . (92)
δφc (x) i δφc (z)φc (x) z δφc (x) δφc (x)

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Essa é a equação mestra para gerar todas as equações de Schwinger-Dyson para uma teoria de
campo escalar em termos das funções irredutı́veis de n pontos. Para exemplo, usaremos a teoria
φ4 , para isso considere á ação dada por essa teoria
Z  
4 1 µ 2 2
 λ0 2
S[φ] = d x ∂µ φ∂ φ − m φ − φ (x) , (93)
2 4!
calculando a derivada da ação teremos
Z  
δS[φ] δ 4 1 µ 2 2
 λ0 2
= d x ∂µ φ∂ φ − m φ − φ (x)
δφ(y) δφ(y) 2 4!
Z  
λ0
= d4 x δ(x − y)(−∂ 2 φ(x)) − m2 φ(x)δ(x − y) − 4φ3 (x)δ(x − y)
4!
λ0
= −(∂y2 + m2 )φ(y) − φ3 (y). (94)
6
Aplicando agora a equação mestra de Schwinger-Dyson (equação [92]) temos
 3
2 2 λ δ Γ
−(∂ + m )φc (x) − φc (x) + ∆xz = , (95)
6 δφc (z) δφx (x)
com
−1
d4 z δ 2 Γ[J]
Z 
∆xz = i − (96)
i δφc (z)φc (x) z
calculando separadamente o termo ao cubo,

δ 3
 
3 δ δ δ δ δ δ 2
φx + δxz = φ3x + φ2x ∆xa + φx ∆xa φx + φx ∆xa ∆xb + ∆xa φ
δφz δφa δφa δφa δφa δφb δφa x
δ δ δ δ δ δ δ
+∆xa φx ∆xb + ∆xa ∆xb φx + ∆xa ∆xb ∆xc
δφa δφb δφa δφb δφa δφb δφc

δ δ δ δ δ
= φ3x + φ2x ∆xa + φx ∆xx + φx ∆xa ∆xb + ∆xx φx + ∆xx ∆xa + ∆xa ∆xb δ(x − b)
δφa δφa δφb δφa δφb
δ δ δ
+∆xa ∆xb ∆xc . (97)
δφa δφb δφc
Usando a identidade
−1
δΓ2
Z 
δ 4 δ
∆xy = i d z = ∆xa (iΓazb )∆by , (98)
δφc (z) δφc (z) δφδφ xy

com a definição
δ3Γ
Γabc = , (99)
δφ(a)δφ(b)δφ(c)
na equação [97], podemos escrever então a equação [95]
λ0 3
−(∂ 2 + m2 )φx − (φ + 3∆xx φx + ∆xa ∆xb ∆xc iΓabc ), (100)
6 x
que é a equação mestra para teoria φ4 (x).

13
4.3 Construindo os Diagramas
Podemos expressa-la em termos de diagramas. Vamos considerar que para teooria φ4 (x) a definião
da fonte J igual a zero (J = 0). Isso implica que Γabc = 0. Partindo da equação [100] e derivando
novamente com em relação a φ, poderemos ter uma relção mais direta com o propagador dada
pela equação [90].
δ 2 Γ
 
δ δΓ
= − (∂ 2 + m2 )δ(x − y)
δφx δφy J=0 δφy δφx
 
λ0 2 δ
− 3φx δ(x − y) + 3(∆xx δ(x − y)) − (∆xa ∆xb ∆xc iΓabc ) . (101)
6 δφy
Calculando separadamente o termo entre parênteses usando a identidade [98]
   
δ δ δ
(∆xa ∆xb ∆xc iΓabc ) = ∆xa (∆xb ∆xc iΓabc ) + ∆xa ∆xb (∆xc , iΓabc )
δφy δφy δφy
  
δ δ
+ ∆xb ∆xc iΓabc + ∆xc iΓabc . (102)
δφy δφy
Assumindo o fato de que
δ δ δ
∆xa = ∆xb = ∆xc = ∆xd (iΓdye )∆ea , (103)
δφy δφy δφy

podemos reescrever a equação [102] da forma

δ
(∆xa ∆xb ∆xc iΓabc ) = 3∆xb ∆xc ∆xd iΓabc ∆ea iΓdye + ∆xa ∆xb ∆xc iΓabcy , (104)
δφy

portanto, retornando esse resultado na equação [100] obteremos

δ2Γ λ0
= −(∂ 2 + m2 )δ(x − y) − ∆xx δ(x − y)
δφx δφy 2

λ0 λ0
− ∆xb ∆xc ∆xd iΓabc ∆ea iΓdye − ∆xa ∆xb ∆xc iΓabcy . (105)
2 6
É conveniente reescrever equação [105] em termos de diagramas. Embora seja possı́vel desenvolver
seus termos no espaço-tempo( Espaço das coordenada), é útil usar o espaço de momentos para
tirar vantagem da invariância translacional do do sistema.

Figura 1: Propagados da Equação de Schwinger-Dyson (Refência [19])

Primeiro vamos lembrar que o lado esquerdo da equação é o propagador inverso (equação [90]),
do mesmo modo o primeiro termo do lado direito é o inverso do propagador de ordem mais baixa
(árvore). O segundo termo contém um propagador completo que vai de x em x e um ”esboço”que

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vai de x para y. Da mesma forma, o último termo envolve três propagadores completos que
vão a partir de x para um vértice de quatro pontos, cuja última perna se conecta ao ponto y.
Finalmente, podemos escrever a equação [105], como mostrado na figura 1.
Notamos o seguinte:

1. O diagrama de topologia é especificado pelo seguintes ı́ndices na equação Schwinger-Dyson.

2. Os fatores de i, 1/2, −1 e etc, são absorvidos na definição dos diagramas, exceto como
indicado na figura 1. Isto porque as regras perturbativa de Feynman são suficientes para
determinarmos todos esses fatores de forma explicita.

3. A equação mestra implica que deve haver exatamente um vértice em todas as equações de
Schwinger-Dyson.

4. A equação mestra restringe a forma de diagramas possı́veis que aparecem nas equações de
Schwinger-Dyson.

5 Conclusão
Neste trabalho, estudamos de maneira introdutória as equações de Schwinger-Dyson num formal-
ismo de teoria quântica de campos, descrevendo resumidamente algumas ideias importantes para
compreensão do contexto onde essas equações estão inseridas. Partimos desde as definições de in-
tegrais funcionais em mecânica quântica e revisão de alguns conceitos como função de correlação,
potencial efetivo e algumas operações com cálculo funcional.
O interesse em estudar a equação de Schwinger-Dyson se justifica pelo fato de a mesma ser
um método poderoso para organizar e somar um número infinito de diagramas de Feynman.
Como tal, representa uma das poucas formas de obter informações sobre uma teoria de campos
não perturbativa. A equação mestra pôde ser escrita em função da ação efetiva que tem seu
significado ligado aos diagramas 1P I. Aplicamos a equação mestra para o cálculo do propagador
da teoria φ4 e construı́mos o esboço diagramático. Muitas derivações ainda podem ser feitas para
esta teoria, limitamo-nos a um caso de apresentação introdutória.

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6 Bibliografia

Referências
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