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1. Introdução......................................................................................................3
4. Positividade....................................................................................................11
6. Continuidade da Integral..................................................................................14
Continua no verso.
1
17. As funções logaritmo e exponenciais reais. Os números e e π................................34
29. O δ de Dirac.......................................................................................................69
2
e−x dx não é elementar...................................................................72
R
30. A primitiva
Referências.........................................................................................................86
2
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
1. Introdução.
∆ti = ti − ti−1
3
obtemos
∆Q|[ti−1 −ti ] Q(ti ) − Q(ti−1 )
(2) = = Q′ (ti ).
∆ti ti − ti−1
Assim, se tal limite existir, e ele existe se a função Q′ é continua (como provaremos
na seção Integrabilidade das Funções Contı́nuas), temos
Z T
Q(T ) − Q(0) = Q′ (t)dt ♣
0
4
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Prova.
onde
P = {x0 = a < x1 < x2 < · · · < xn−1 < xn = b} é uma partição de [a, b],
E = {c1 , . . . , cn }
5
Pelo TVM para derivadas, existe ci ∈ [xi−1 , xi ] tal que
n
X
= [F (xi ) − F (xi−1 )]
i=1
= F (b) − F (a).
Assim, para toda partição P existe uma escolha E tal que o valor da soma
de Riemann correspondente é F (b) − F (a).
Portanto, como existe o limite para escolhas arbitrárias subordinadas a uma
partição, tal limite é igual ao valor já obtido
F (b) − F (a) ♣
6
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Donde segue
1 + |I|
|f (p)| ≤ + |f (x0 )| + · · · + |f (xj )| + · · · + |f (xn |,
∆
para todo ponto p em [a, b]. Logo, f é limitada ♣
7
3. Propriedades Elementares da Integral.
Prova.
Analogamente, existe um δ2 > 0 tal que para toda partição P2 com norma
|P2 | < δ2 e para toda escolha E2 subordinada à partição P2 temos
Z b
ǫ
S(g, P2 , E2 ) − g(x)dx < .
2
a
Donde segue
Z b Z b
S(f + g, P, E) − f (x)dx + g(x)dx =
a a
Z b Z b
= S(f, P, E) + S(g, P, E) − f (x)dx − g(x)dx
a a
Z b Z b
ǫ ǫ
≤ S(f, P, E) −
f (x)dx+S(g, P, E) −
g(x)dx < + = ǫ.
a a 2 2
A prova da propriedade da soma está completa.
8
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Donde segue
Z b Z b
S(λf, P, E) − λ f (x)dx = λS(f, P, E) − λ
f (x)dx
a a
Z b
= λ S(f, P, E) −
f (x)dx
a
Z b
= |λ| S(f, P, E) −
f (x)dx
a
ǫ
≤ |λ|
|λ| + 1
|λ|
= ǫ
|λ| + 1
≤ ǫ.
(1) Existe uma partição P1 de [a, b], com norma |P1 | < δ, e uma escolha
E1 subordinada à partição P1 tal que
Z b
ǫ
S(f, P1 , E1 ) − f (x)dx < .
2
a
9
(2) Existe uma partição P2 de [b, c], com norma |P2 | < δ, e uma escolha
E2 subordinada à partição P2 tal que
Z c
ǫ
S(f, P2 , E2 ) − f (x)dx < .
b 2
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4. Positividade.
f (x0 )
f (x0 )
2
a x0 − r x0 x0 + r b x
f (x0 )
f (x) > para todo x ∈ [x0 − r , x0 + r].
2
Então, a função ϕ : [a, b] → R (vide figura acima) definida por
0 , se x ∈ [a, x0 − r] ou se x ∈ [x0 + r, b],
ϕ(x) = ϕ(x0 ) = f (x2 0 ) e
linear sobre os segmentos [x − r, x ] e [x + r, b],
0 0 0
é contı́nua e satisfaz f (x) ≥ ϕ(x) para todo ∈ [a, b]. Ainda mais,
Z b Z b
f (x) dx ≥ ϕ(x) dx
a a
Z x0 +r
= ϕ(x) dx
x0 −r
f (x0 )r
= > 0♣
2
11
5. Primeiro TVM para Integrais (versão fina) e Segundo TFC.
f (c)
a c b x
Logo,
b b b
Rb
f (x) dx
Z Z Z
a
m dx < f (x) dx < M dx e m < < M.
a a a b−a
Pelo Teorema do Valor Intermediário, existe c no intervalo aberto de extre-
midades x1 e x2 tal que
Rb
a
f (x) dx
f (c) = ♣
b−a
12
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Prova.
13
R x+h
f (t) dt x
=
h
f (c)h
= = f (c),
h
para algum c = c(h) entre x e x + h. Se h → 0, então c → x e devido à
continuidade de f segue que
F (x + h) − F (x)
lim = lim f c(h) = f (x) ,
h→0 h h→0
F′ = f ♣
6. Continuidade da Integral.
⋄ Fixemos x ∈ [a, b]. Seja h tal que x + h pertence a [a, b]. Então, temos
Z x+h Z x
F (x + h) − F (x) = f (t)dt − f (t)dt
a a
Z x Z x+h Z x
= f (t)dt + f (t)dt − f (t)dt
a x a
Z x+h
= f (t)dt.
x
Como f é integrável, por hipótese f é limitada. Seja M tal que |f (t)| ≤ M
para todo t ∈ [a, b]. Então, temos −M ≤ f (t) ≤ M para todo t ∈ [a, b].
Donde então segue
x+h
Z
|F (x + h) − F (x)| = f (t)dt ≤ M |h|.
x
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Prova.
f g ′ = (f g)′ − f ′ g ,
Prova.
Eliminando Z b
(f g)′ (x) dx
a
das duas equações acima obtidas concluı́mos a prova ♣
15
8. Teorema da Mudança de Variável.
f : I −→ R.
ϕ : J −→ I, onde J é um intervalo,
então temos
f (x) dx = F ϕ−1 (x) + k.
R
Prova.
= f ϕ ϕ−1 (x) · ϕ′ ϕ−1 (x) · (ϕ−1 )′ (x)
= f (x) · 1
= f (x) ♣
16
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f : I −→ R
Prova.
dy
y = g(x) e então dx
= g ′ (x) ou dy = g ′ (x)dx.
Logo,
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Teorema da Substituição de Variável na Integral Definida. Consideremos
uma função f : I → R contı́nua, I um intervalo e a e b arbitrários em I . Seja
ϕ : [c, d] → I tal que ϕ′ é contı́nua e ϕ(c) = a e ϕ(d) = b. Então,
Z b Z d
f ϕ(y) ϕ′ (y) dy.
f (x) dx =
a c
Atenção. Não é necessário a < b. Não é necessário que ϕ seja inversı́vel. Não é
necessário ϕ([c, d]) = [a, b]. É permitido que ϕ([c, d]) inclua propriamente [a, b].
Prova.
= F (b) − F (a)
Z b
= f (x) dx ♣
a
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onde P = {x0 = a < x1 < x2 < · · · < xn−1 < xn = b} é uma partição de [a, b],
n
X
S(f, P) = Mi ∆xi , Mi = sup{ f (x) : x ∈ [xi−1 , xi ] }.
i=1
1
Estes conceitos foram introduzidos pelo matemático francês G. Darboux (1842-1917)
19
Notação. Dado A ⊂ [a, b], definimos
Prova.
(a) Trivial.
(c) Evidente♣
20
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e, ainda, temos α ≤ β.
Prova. Segue imediatamente da observação prévia, item (b)♣
21
A notação para a integral de Darboux é igual à dada para a integral de
Riemann. O próximo teorema mostra que uma função f é Riemann integrável se
e somente se f é Darboux integrável e que tais integrais são iguais. Logo, não há
ambiguidade ao indicarmos tais integrais com um mesmo sı́mbolo.
(1) A função f é Riemann-integrável se, e somente se, para todo ǫ > 0 existe
uma partição P de [a, b] tal que
Prova.
(1) (⇐) Sob tal hipótese, claramente as integrais inferior e superior (de Dar-
boux) são iguais a um número real D. No fim da prova utilizaremos D.
Dado ǫ > 0, fixemos uma partição P = {x0 = a < x1 < · · · < xn = b} como
na hipótese . Seja M tal que |f (x)| ≤ M para todo x ∈ [a, b].
Seja Q uma partição arbitrária de [a, b]. Consideremos então a partição
Q′ = Q ∪ P. Todo sub-intervalo determinado por Q′ coincide com um sub-
intervalo determinado por Q, exceto no caso em que o determinado por Q′
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0 ≤ S(f, Q)−s(f, Q) < ǫ+[S(f, Q′ )−s(f, Q′ )] < ǫ+[S(f, P)−s(f, P)] < 2ǫ.
Logo,
|S(f, Q, E) − D| < 2ǫ.
Por hipótese, existe uma partição P = {x0 = a < x1 < · · · < xn = b} tal
que
R − ǫ < S(f, P, E) < R + ǫ,
23
Fixemos c2 , c3 , . . . , cn . Variando c1 em [x0 , x1 ] obtemos
n
X n
X
R−ǫ ≤ m1 ∆x1 + f (ci )∆xi ≤ S(f, P, E) ≤ M1 ∆x1 + f (ci )∆xi ≤ R+ǫ.
i=2 i=2
Iterando encontramos
R − ǫ ≤ s(f, P) ≤ S(f, P) ≤ R + ǫ.
(2) Pela última linha em destaque, acima, segue que o valor D da integral de
Darboux satisfaz
Logo, R = D
(3) Dado ǫ > 0, existe δ > 0 tal que para toda partição P, com norma |P| < δ,
e toda escolha E subordinada à partição P, temos
Z b Z b
f dx − ǫ ≤ S(f, P, E) ≤ f dx + ǫ.
a a
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Comentários.
25
11. A Desigualdade Triangular para Integrais.
26
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Prova.
Donde segue Z b Z b
f (x)dx ≤
|f (x)|dx ♣
a a
Isto é, n
X X n
yi ≤ |yi |.
i=1 i=1
27
12. Integrabilidade do Produto de Funções.
n
X
= (Mi − mi )(Mi + mi )∆xi
i=1
n
X
≤ 2M (Mi − mi )∆xi .
i=1
Isto é,
0 ≤ S(f 2 , P) − s(f 2 , P) ≤ 2M [S(f, P) − s(f, P)].
(f + g)2 − (f − g)2
fg = ♣
4
28
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Seja P = {x0 = a < x1 < · · · < xn = b} uma partição de [a, b]. Considere-
mos as somas superior e inferior de Darboux
n
X n
X
S(f, P) = Mi ∆xi e s(f, P) = mi ∆xi ,
i=1 i=1
Donde encontramos
1 1 S(f, P) − s(f, P)
0≤S ,P − s ,P ≤ .
f f m2
29
14. Integrabilidade das Funções Monótonas.
Temos então
X X
S(f, P) − s(f, P) = f (xi )∆xi − f (xi−1 )∆xi
X
= [f (xi ) − f (xi−1 )]∆xi
ǫ X
≤ [f (xi ) − f (xi−1 )]
f (b) − f (a)
ǫ[f (b) − f (a)]
=
f (b) − f (a)
= ǫ.
30
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√
15. Integrabilidade de f.
Proposição. Seja f : [a, b] → (0, +∞) integrável. Suponhamos que existe uma
constante m > 0 satisfazendo f (x) ≥ m > 0 para todo x ∈ [a, b]. Então, a função
p
f : [a, b] → (0, +∞)
é integrável.
Prova.
√
Verifiquemos que a função 1/ f é limitada. De fato, temos
1 1
p ≤ √ , para todo x ∈ [a, b].
f (x) m
Encontramos então
p p X p √ X Mi − m i
S f, P − s f, P = Mi − mi ∆xi = √ √ ∆xi
Mi + m i
X Mi − m i
≤ ∆xi
2m
S(f, P) − s(f, P)
= .
2m
Isto mostra, utilizando duas vezes o teorema de Darboux e Du Bois-Reymond,
que a função 1/f é integrável em [a, b]. Cheque ♣
31
16. A Aditividade da Integral sobre Intervalos, Revisitada.
Prova.
Logo,
0 ≤ S(f, P ′ ) − s(f, P ′ ) < ǫ.
32
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33
17. As Funções Logaritmo e Exponencial Reais
Definição. A função logaritmo real, ln : (0, +∞) → (−∞, +∞), é dada por
Z x
1
ln(x) = dt.
1 t
1
0
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
1
1 0
1
1111111
0000000000000
111111
0
1 000000
111111
0
1 000000
111111
0
1 000000
111111 1
0
1 000000
111111y=
1 0
1 000000
111111
1111111111111
00000000000000
1 x
x 0
1 000000
1111110
1
0
1 000000
1111110
1
0
1 000000
1111110
1
0
1 000000
1111110
1
0
1 000000
1111110
1
0
1 000000
1111110
1
0
1 000000
111111
0
1 0000001
1111110
1 x
ln(xr ) = r ln(x).
34
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Prova.
(a) É claro que ln(1) = 0 e que ln(x) > 0 se x > 1. Se 0 < x < 1, temos
Z x Z 1
1 1
ln(x) = dt = − dt < 0.
1 t x t
(c) A primeira derivada é trivial. A fórmula geral segue por indução (cheque).
(d) Temos,
xy x xy xy
1 1 1 1
Z Z Z Z
ln(xy) = dt = dt + dt = log(x) + dt.
1 t 1 t x t x t
Nesta última integral, a mudança de variável de t para s, onde
dt
t = sx e = t′ (s) = x,
ds
acarreta
xy y y y
dt 1 ′ x 1
Z Z Z Z
= t (s)ds = ds = ds = ln(y).
x t 1 t(s) 1 sx 1 s
A prova de ln xy = ln x + ln y está completa. A seguir, temos
1 1 1
0 = ln(1) = ln y = ln(y) + ln e então ln = − ln y.
y y y
Logo,
x 1
ln = ln x + ln = ln x − ln y.
y y
(e) Pela propriedade ln(xy) = ln x + ln y, a afirmação (e) vale se r = n ∈ N.
Ainda mais, escrevendo 0 = ln 1 = ln(xn x−n ) = ln(xn ) + ln(x−n ) obtemos
ln(x−n ) = − ln(xn ) = −n ln x. Logo, (e) vale se r = −n e n ∈ N.
Se r = p/q, com p ∈ Z∗ e q ∈ Z∗ , temos as três seguintes identidades:
p p
p ln x = ln xp = ln (x q )q = q ln x q . Donde segue,
p p
ln x q = ln (x) ♣
q
35
Corolário. A função ln : (0, +∞) → R é inversı́vel e a inversa é contı́nua.
Prova.
Sobre o conjunto imagem ln (0, +∞) , a função ln( . ) é obviamente sobreje-
tora. Já mostramos que a função ln( . ) é estritamente crescente, e portanto
injetora, e contı́nua. Pelo teorema do valor intermediário, a imagem de um
intervalo por uma função contı́nua é um intervalo.
Assim, a imagem ln (0, +∞) é um intervalo. Como ln( . ) é estritamente
crescente, a imagem ln (0, +∞) é um intervalo aberto (a, b).
É então fácil ver que (a, b) = (−∞, +∞) pois, para n ∈ N, temos
h i
±n
lim ln 2 = lim ± n ln 2 = ±∞.
n→+∞ n→+∞
ln e = 1.
Teorema. A função exponencial real é uma bijeção crescente de R sobre (0, +∞),
com as seguintes propriedades.
36
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Prova.
exp(x + h) − exp(x)
, com h 6= 0.
h
Sejam y = exp(x) e k = exp(x + h) − exp(x). Notemos que k 6= 0, pois
a função exponencial é bijetora. Evidentemente, y 6= 0. Temos também
x = ln y, exp(x + h) = y + k, x + h = ln(y + k) e h = ln(y + k) − ln(y).
Logo,
exp(x + h) − exp(x) k 1
= = ln(y+k)−ln(y)
.
h ln(y + k) − ln(y)
k
Se h → 0, então k → 0. Ainda,
ln(y + k) − ln(y) 1
lim = ln′ (y) =
k→0 k y
Assim,
exp(x + h) − exp(x)
lim = y = exp(x) e exp′ (x) = exp(x).
h→0 h
ax = ex ln a .
37
Proposição. Seja x um número real arbitrário. Temos,
x2 xn
ex = 1 + x + + ··· + + ··· .
2! n!
Prova.
Podemos supor que x ∈ [−R, R], com R > 0 e fixo. Neste caso, temos
x̄ ∈ [−R, R], com f (j) (x) = ex , f (j) (0) = 1, f (n+1) (x̄) = ex̄ e
(n+1) n+1 n+1
f (x̄) n+1 x̄ R R R
(n + 1)! x ≤ e ≤ e .
(n + 1)! (n + 1)!
Para a n-ésima soma parcial
x2 xn
Sn (x) = 1 + x + + ··· +
2! n!
obtemos
Rn+1
| ex − Sn (x)| ≤ eR , para todo | x| ≤ R.
(n + 1)!
Nesta condições (i.e., para x ∈ [−R, R]), vale (cheque)
Rn+1
lim eR = 0.
n→+∞ (n + 1)!
lim Sn (x) = ex .
n→+∞
2
O inglês B. Taylor (1685-1731) a publicou em 1715. Porém, já era conhecida pelo escocês
J. Gregory (1638-1675) e, na Índia, antes de 1550.
38
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Assim,
1
1 y
lim (1 + y) y = lim eln(1+y) = e1 = e.
y→0 y→0
39
Verificando que 0 < e − s7 < 10−4 , obtemos as primeiras três casas decimais
de
e = 2, 718 . . . .
y
1
0 y = ex
00000000
11111111
0
1
00000000
11111111
0
1
00000000
11111111
0
1
00000000
11111111 y = ln x
0
1
00000000
11111111
0
1
00000000
11111111
0
1
00000000
11111111
0
1
00000000
11111111
1
0
1
00000000
11111111
0
1
00000000
11111111
0
1
00000000
11111111
0
1
00000000
11111111
0
1
00000000
11111111
000000
111111
0
1
00000000
11111111
000000
111111
0
1
x
000000
111111
0
1
000000
111111
0
1
000000
111111
1
0
1
000000
111111
0
1
000000
111111
0
1
000000
111111
0
1
000000
111111
0
1
000000
111111
0
1
000000
111111
0
1
000000
111111
0
1
000000
111111
Figura 7: Gráficos de y = ex e y = ln x
40
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Comentários sobre e e π.
(Extraı́do, na maior parte, de Spivak “Calculus”).
√
Os números e e π são mais sofisticados que o outrora desafiador irracional 2,
o qual satisfaz x2 − 2 = 0. São chamados algébricos os números x que satisfazem
uma equação polinomial da forma,
Por exemplo,
√ √
q
7 3 5
4 + 5 + 11
é algébrico mas não provaremos este fato aqui. Números não algébricos são cha-
mados transcendentes e e e π são dois exemplos. O número π surgiu na antigui-
dade, como a razão entre o comprimento de uma circunferência e seu diâmetro.
O número e é “recente”, sendo o escocês John Neper (1550-1617) e Jacques Ber-
noulli, citado na introdução deste capı́tulo, dois dos principais nomes ligados a
sua origem.
Neper objetivava simplificar operações com grandes números. Para manter
próximos os termos numa progressão de potências inteiras de um número dado
é mister toma-lo próximo de 1. Neper escolheu 1 − 10−7 = 0, 9999999 e, para
simplificar, multiplicou cada potência por 107 . Então, se
N = 107 (1 − 10−7 )L ,
41
Em 1882 o matemático alemão C. Lindemann (1852-1939) mostrou que π é
transcendente e consequentemente não construtı́vel e irracional.
A prova acima de que e é irracional é bem mais simples que a “elementar”
da irracionalidade de π [vide Spivak, “Calculus”]. Existe uma prova simples
de que π é transcendente, porém tal prova requer métodos avançados em álgebra
(Teoria de Galois 3 ). Isto não deve causar surpresa pois é comum que argumentos
“elementares” sejam mais difı́ceis que os argumentos “avançados”.
3
Évariste Galois (1811-1832), jovem francês, escreveu parte de suas descobertas na noite
anterior à sua morte em duelo por motivo passional. Liouville as publicou em 1846.
42
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Prova.
Utilizemos a desigualdade xy ≤ (x2 + y 2 )/2 (cheque). Temos então,
n
! n !
X X X
(a1 b1 + · · · + an bn )2 = ai b i aj b j = ai b j aj b i
i=1 j=1 i,j
43
19. Primeiro TVM para Integrais, Generalizado. (Versão fina.)
44
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Então, a função f , ponderada pelo peso p, assume em algum ponto c a sua média
ponderada. Isto é, temos
Rb
a
f (x)p(x)dx
Rb = f (c).
a
p(x)dx
Comentário.
Pelo primeiro TVM para integrais, generalizado, segue que existe um ponto
c tal que Rb
a
1.f (x)dx
f (c) = Rb .
a
1dx
Donde então segue a identidade
Rb
a
f (x)dx
f (c) = ♣
b−a
45
20. Funções Degrau (Escada) e Degrau Suave, e Aproximação.
46
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Prova.
⋄ A função e = e(x) é de classe C 1 . É trivial ver que e′+ (0) = 0 e e′− (1) = 0.
É óbvio que e′− (0) = 0 e e′+ (1) = 0. Logo, a função e′ (x) é contı́nua.
47
Dizemos que E : [a, b] → R é uma função escada (ou degrau) se existe uma
partição {x0 = a < · · · < xn = b} tal que E = E(x) é constante em cada sub-
intervalo aberto (xi−1 , xi ). Isto é, dado i = 1, . . . , n existe um real ci satisfazendo
48
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Prova.
49
Vejamos como aproximar funções monótonas descontı́nuas. Os casos monótona
crescente e monótona decrescente são análogos.
Corolário 3. Seja ϕ : [a, b] → R uma função crescente. Então, dado ǫ > 0 existe
uma função escada suave (de classe C 1 ) e crescente, e : [a, b] → R, satisfazendo
Z b
|ϕ(x) − e(x)|dx < ǫ e Imagem(e) = ϕ(a), ϕ(b) .
a
Figura 13: Exemplo para a função escada E, com [a, b] = [−4, 4].
50
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Encontramos então
Z b Z b
≤ 1.
ϕ(x)dx − E(x)dx N
a a
1
≤ + 4M ∆xn
N
1 4
≤ + .
N N
O Lema, o Corolário 1 e o Corolário 2, todos nesta seção, garantem existir
uma função degrau e definida em [a, b] e tal que
(
e = e(x) é crescente e de classe C 1 ,
e(a) = E(a) = ϕ(a) e e(b) = E(b) = ϕ(b),
e, ainda,
b
1
Z
|E(x) − e(x)|dx < .
a N
Por fim, a desigualdade triangular para números mostra
Z b Z b Z b
5 1
|ϕ(x) − e(x)|dx ≤ |ϕ − E|dx + |E − e|dx ≤ + .
a a a N N
Isto mostra que basta escolhermos um natural N tal que
6
< ǫ♣
N
51
21. Segundo TVM para Integrais.
⋄ Já vimos que toda função monótona e definida em [a, b] é integrável e que
o produto de integráveis é integrável. Logo, f p é integrável.
Donde segue
Z b Z λ Z b
f (x)p(x)dx = p(a) f (x)dx + p(b) f (x)dx.
a a λ
52
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
53
22. O TVM de Bonnet.
Prova.
Logo, Z b
f (x)p(x)dx = F (b)p(b) + F (c1 ) p(a) − p(b) .
a
Donde segue
Z b
1 p(b) p(b) p(b)
f (x)p(x)dx = F (b) + F (c1 ) 1 − , com 0 < < 1.
p(a) a p(a) p(a) p(a)
54
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
N →+∞
λN −−−−→ λ ∈ [a, b].
55
23. Lema de Riemann-Lebesgue.
Prova.
Segue de
Z b
cos(ωx) b cos(aω) − cos(bω)
lim sin(ωx)dx = lim − = lim = 0♣
ω→±∞ a ω→±±∞ ω a ω→±∞ ω
56
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Prova.
Dado ǫ > 0, existe uma partição {x0 = a < · · · < xn = b} tal que
X Z b
0≤ Mi ∆xi − f (x)dx < ǫ,
a
onde Mi é o sup de f no sub-intervalo [xi−1 , xi ]. Seja E(x) = Mi , para
quaisquer x ∈ (xi−1 , xi ) e i ∈ {1, . . . , n}. É trivial ver que
Z b X
E(x)dx = Mi ∆xi .
a
Pelo exemplo acima, existe N ∈ N tal que temos
Z b
E(x) sin(ωx)dx < ǫ para todo |ω| > N.
a
Concluı́mos esta prova observando que para todo |ω| > N temos
Z b Z b Z b Z b
f (x) sin(ωx)dx ≤ f (x) sin(ωx)dx − E(x) sin(ωx)dx+ E(x) sin(ωx)dx
a a a a
Z b Z b
≤ |E(x) − f (x)|dx + ǫ = [E(x) − f (x)]dx + ǫ ≤ ǫ + ǫ ♣
a a
57
24. Continuidade Uniforme. Integrabilidade das Funções Contı́nuas.
(b) Se P1 e P2 são partições de [a, b] então, ordenando P1 ∪P2 temos que P1 ∪P2
é também uma partição de [a, b].
58
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
e, ainda, temos α ≤ β.
Prova.
Já provamos uma proposição mais forte, para funções limitadas, na seção
Somas de Darboux e o teorema de Darboux - Du Bois-Reymond. Obser-
vemos que o teorema de Weierstrass estabelece que toda função contı́nua
f : [a, b] → R é limitada ♣
Dado um arbitrário ǫ > 0, por hipótese existe algum δ > 0 garantindo que
temos |f (x) − f (x0 )| < ǫ se |x − x0 | < δ e x ∈ X. Como
lim xn = x0 ,
n→+∞
segue que existe n0 ∈ N tal que temos |xn − x0 | < ǫ se n ≥ n0 . Sendo assim,
temos
|f (xn ) − f (x0 )| < ǫ para todo n ≥ n0 ♣
59
Teorema (Heine, 1872).4 Se f : [a, b] → R é contı́nua, então f é uniformemente
contı́nua.
Prova. Por contradição.
Suponhamos que existe ǫ0 > 0 tal que para todo δ = 1/n, onde n ∈ N,
existem xn e yn em [a, b] tais que
1
|xn − yn | < e |f (xn ) − f (yn )| ≥ ǫ0 .
n
Sendo limitada, (xn ) admite subsequência convergente (xnk ) e reenume-
rando esta, se necessário, podemos supor sem perda de generalidade que
(xn ) converge a x. Notemos que como temos a ≤ xn ≤ b, para todo n ∈ N,
então segue x ∈ [a, b]. Ainda mais, como
1
|xn − yn | < , para todo n ∈ N,
n
temos que a sequência (yn ) também converge a x. Concluı́mos então que
4
Heinrich Eduard Heine (1821-1881), matemático alemão.
60
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Então, pelo que já provamos até aqui, a função f é integrável em [a, b] se e
somente f é integrável em cada um destes sub-intervalos.
61
A função f : R → R dada por
1
f (x) = sin , se x 6= 0,
x
tem descontinuidade de segunda espécie em x = 0, não importa o valor que se
atribua a f (0). Vide gráfico abaixo.
62
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Como f é integrável, existe uma partição {x0 = a < · · · < xn = b} tal que
X
(Mi − mi )∆xi < ǫδ,
63
27. Teorema da Substituição-Mudança de Variável Generalizado.
para alguma g integrável em [α, β]. Destaquemos que a identidade G′ (t) = g(t) é
válida nos pontos de continuidade de g mas não é assegurada nos demais pontos.
A primeira prova da versão geral deve-se a H. Kestelman (1961). Na mesma
revista, no mesmo número, R. Davies, simplifica a prova de Kestelman. Desde
então, muitos artigos foram e tem sido publicados sobre esta versão geral.
64
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
X = {a = x0 ≤ · · · ≤ xn = b},
com pontos repetidos. Vários autores (Knapp, Lang, Rudin, Spivak, etc.) as-
sim procedem. Uma vantagem destas é que a integral de uma função sobre um
só ponto é automaticamente zero. Quanto a investigar a existência e o valor
da integral de uma dada função, tanto faz que a partição tenha ou não pontos
repetidos.
Prova.
⋄ A hipótese ϕ contı́nua é supérflua. Dado t ∈ [a, b], seja x = ϕ(t) ∈ [α, β].
Sejam x′ e x′′ tais que x ∈ [x′ , x′′ ] ⊂ [α, β]. Como ϕ é sobrejetora e crescente,
existem t′ e t′′ , ambos em [a, b] e t′ ≤ t′′ , tais que ϕ(t′ ) = x′ e ϕ(t′′ ) = x′′ .
Como ϕ é crescente, temos ϕ [t′ , t′′ ]) ⊂ [x′ , x′′ ]. Logo, ϕ é contı́nua [notemos
que se x′ < x então t′ < t e, analogamente, se x < x′′ então t < t′′ ].
65
⋄ Seja T = {a = t0 ≤ · · · ≤ tn = b} uma partição arbitrária do intervalo [a, b]
e seja X = {α = x0 ≤ · · · ≤ xn = β} a partição do intervalo [α, β] dada por
X = ϕ(T ). Isto é, suponhamos xi = ϕ(ti ) para cada i = 0, . . . , n.
Pelo TVM, existe ti ∈ [ti−1 , ti ] tal que ∆xi = ϕ(ti ) − ϕ(ti−1 ) = ϕ′ (ti )∆ti .
a ··· ti−1 ti ti b
Figura 17: O ponto ti relaciona comprimentos: ∆xi = ϕ′ (ti )∆ti .
Segue então
X X
f (ϕ(ti ))ϕ′ (ti )∆ti = f (xi )∆xi .
66
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Prova.
⋄ O caso ϕ crescente já está provado. Suponhamos ϕ decrescente. Então,
67
28. Uma Função C ∞ mas não Aproximável via Fórmula de Taylor.
1
Figura 19: Gráfico de Λ(x) = e− x , se x > 0, com Λ(x) = 0 se x ≤ 0.
yPn (y)
= lim
y→+∞ ey
= 0.
Por indução segue que Λ, Λ′ , Λ′′ , Λ(3) , . . . são todas contı́nuas na origem e
portanto contı́nuas na reta. Logo, Λ é infinitamente derivável ♣
68
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
29. O δ de Dirac.
Exemplo. Seja Λ = Λ(x) como no exemplo na seção Uma Função C ∞ mas não
Aproximável via Fórmula de Taylor. Consideremos a função
Φ(x) = Λ(1 − x2 ).
A expressão para Φ é
− 12
e
1−x , se − 1 ≤ x ≤ 1,
Φ(x) =
0,
caso contrário ♣
Definamos a função
Φ(x)
ϕ(x) = .
c
Então, temos Z +1 Z +∞
ϕ(x)dx = 1 = ϕ(x)dx.
−1 −∞
69
Dado um arbitrário ǫ > 0, consideremos a função
ϕ xǫ
ϕǫ (x) = .
ǫ
A função ϕǫ é de classe C ∞ na reta e satisfaz
1
0 ≤ ϕǫ (x) ≤ e supp(ϕǫ )(x) = [−ǫ, ǫ].
ǫ
Ainda mais,
x
ǫ ǫ
ϕ
Z Z
ǫ
ϕǫ (x)dx = dx
−ǫ −ǫ ǫ
1
ϕ(t)
Z
= ǫ dt
−1 ǫ
1
ϕ(t)
Z
= dt
−1 ǫ
= 1.
70
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Prova.
= f (x).
ǫ→0
f (x) −−→ f (0) ♣
δ(f ) = f (0).
{ϕǫ : 0ǫ < 1}
ǫ→0
ϕǫ −−−→ δ.
71
2
e−x dx não é Elementar .
R
30. A Primitiva
2
Figura 22: O gráfico de e−x e a região A entre tal gráfico e o eixo Ox.
Teorema (Liouville). Sejam f (x) e g(x) funções racionais, com g(x) não cons-
tante. Suponhamos que Z
f (x)eg(x) dx
é uma função elementar. Então, existe uma função racional R(x) tal que
Z
f (x)eg(x) dx = R(x)eg(x) .
72
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Corolário. A primitiva Z
2
e−x dx
não é elementar.
Prova.
Q(α) = 0.
(z − α)m divide Q′ .
73
31. Teorema de Caracterização da Integral de Riemann.
A - Continuidade e Oscilação.
A descontinuidade de uma função em um ponto pode ser de primeira espécie,
também dita de tipo “salto” (os limites laterais existem e são distintos), ou de
segunda espécie (ao menos um dos limites laterais não existe). Mostremos que
dada f : [a, b] → R limitada, podemos medir sua continuidade/descontinuidade
em pontos de [a, b].
74
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Prova.
(i) (⇒) Dado ǫ > 0, por hipótese existe δ > 0 tal que |f (x) − f (p)| < ǫ se
x ∈ [p − δ, p + δ] (e x ∈ [a, b]). Logo, M (f, p, δ) − m(f, p, δ) ≤ 2ǫ.
Donde segue, osc (f, p) ≤ 2ǫ para qualquer ǫ > 0. Logo, osc (f, p) = 0.
(⇐) Solicitamos ao leitor.
75
B - Conteúdo Nulo, Compactos e Medida Nula.
◦ D tem conteúdo nulo se, dado ǫ > 0, existe uma coleção finita de interva-
los/retângulos compactos J1 , . . . , Jk tal que D ⊂ J1 ∪ · · · ∪ Jk e
k
X
m(Ji ) < ǫ ,
i=1
◦ D tem medida nula se, dado ǫ > 0, existe uma coleção contável de interva-
los/retângulos compactos J1 , J2 , J3 , . . . tal que D ⊂ J1 ∪ J2 ∪ · · · e
X
m(Ji ) ≤ ǫ [isto é, m(J1 ) + · · · + m(Jk ) ≤ ǫ , para todo k ∈ N].
i∈N
76
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
K ⊂ R1 ∪ R2 ∪ R3 · · · .
Então, tal cobertura admite subcobertura finita. Isto é, existe N ∈ N tal que
K ⊂ R1 ∪ · · · ∪ RN .
Prova.
Suponhamos, por absurdo, que não. Então, para todo n existe um ponto
pn ∈ K \ (R1 ∪ · · · ∪ Rn ).
77
Lema 3. Seja X1 , X2 , . . . , Xj , . . . uma famı́lia contável (enumerável) de conjuntos
de medida nula em R2 . Então, X =
S
Xj tem medida nula.
j∈N
Prova. Seja ǫ > 0.
Como X1 tem medida nula, segue que existe uma coleção contável de
retângulos R11 , R21 , R31 , . . . satisfazendo
X ǫ
X1 ⊂ R11 ∪ R21 ∪ · · · e m(Ri1 ) ≤ .
i
2
ǫ ǫ ǫ
≤ + + ··· + N
2 4 2
1 1 1
=ǫ + + · · · + N < ǫ.
2 4 2
Consequentemente obtemos
X
m(Rij ) ≤ ǫ.
i,j
78
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
C - O Teorema de Lebesgue.
Teorema de Caracterização (Lebesgue). Seja f : [a, b] → R limitada. Seja
D o conjunto dos pontos de descontinuidade de f . Então, f é integrável se e
somente se D tem medida nula.
Prova.
Donde segue
X
m(Ji ) < ǫ.
Ji ∈ C
cuja soma dos comprimentos é menor que ǫ. Logo, D 1 tem medida nula.
n
79
Seja x um ponto arbitrário em [a, b] \ (I1 ∪ · · · ∪ Il ). Temos osc(f, x) < ǫ.
Logo, existe um sub-intervalo aberto Ix centrado em x e tal que a oscilação
de f no conjunto Ix ∩ [a, b] é menor que ǫ. Isto é,
!
sup f − inf f < ǫ.
Ix ∩[a,b] Ix ∩[a,b]
K = [a, b] \ (I1 ∪ · · · ∪ Il ),
l
X X
≤ 2M m(Ij ) + ǫ m(J)
j=1 J∈J2
≤ 2M ǫ + ǫ (b − a) ♣
80
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
Prova.
Logo,
X
m(Ji ) < ǫ.
i∈I
Seja M > 0 tal que |f (x)| ≤ M para todo x ∈ [a, b]. Segue
X X X
(Mi − mi )m(Ji ) = (Mi − mi )m(Ji ) + osc(f, Ji )m(Ji )
i: osc(f,Ji )>ǫ i: osc(f,Ji )≤ǫ
≤ 2M ǫ + ǫ(b − a).
Logo, f é integrável ♣
81
E - Aplicação do Teorema de Lebesgue.
Portanto, f (x0 ) = 0.
(⇐) Seja P uma partição (de pontos distintos) de [a, b]. Indiquemos por Ji
os sub-intervalos determinados por P. Como o conjunto dos pontos de
descontinuidade de f tem medida nula, segue que f não é descontı́nua
em todos os pontos de Ji . Logo, f é contı́nua em ao menos um ponto
de Ji . Devido à hipótese, f é nula em tal ponto. Obtemos então, para
a soma inferior de f em relação a tal partição,
X
s(f, P) = mi m(Ji ) = 0.
i
82
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
+∞ √
2
e−x dx =
R
32. A identidade π.
−∞
R +∞ 2 √
Figura 23: Ilustração para −∞
e−x = π.
2
conseguimos computar a integral de e−x em toda a reta. Notemos que
Assim, existe (como número real positivo ou como o valor +∞) o limite
Z +∞
2
lim g(x) = e−x dx.
x→+∞ 0
2
Como a função positiva e−x é par, temos
Z +∞ Z +∞
−x2 2
I= e dx = 2 e−x dx.
−∞ 0
83
Seja r > 0 e arbitrário. Notemos que
Z r Z r
2 −x2 −y 2
I = I.I = lim e dx e dy
r→+∞ −r r
2 +y 2 )
= lim e−(x dxdy .
r→+∞
[−r,r]×[−r,r]
Donde segue
2 +y 2 )
I 2 = lim e−(x dxdy .
r→+∞
D(0;r)
det J(ρ, θ) = ρ.
84
Oswaldo Rio Branco de Oliveira
y
1
1
Figura 24: Gráfico de f (x) = e− x2 , se x 6= 0, com f (0) = 0.
Sugestão.
85
Referências.
86