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Universidade Federal de Uberlândia

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica


Turbulência nos Fluidos

Monografia 05

Equações para Turbulência e o


Problema de Fechamento

André Rezende Dessimoni Carvalho

Professor: Dr. Aristeu da Silveira Neto

Uberlândia
1º semestre de 2019
Conteúdo

1 Introdução 2

2 Modelo Matemática para Simulação Numérica Direta (DNS) 4

3 Equações Médias de Reynolds-Boussinesq 7


3.1 O operador média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.2 Aplicação do operador média sobre as equações . . . . . . . . . 7

4 Equações Filtradas 12
4.1 O operador filtro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.2 Aplicando o operador filtro sobre as equações . . . . . . . . . . 15

5 Comparação entre metodologias 20

6 Conclusões 23

1
1. Introdução

A maioria dos escoamentos práticos são turbulentos, ou ao menos, em parte


turbulentos, sendo dotados de uma riqueza impressionante de detalhes e infor-
mações, como exemplificado pelas figuras 1 e 2. No entanto, a completa solução
de tais escoamentos são frequentemente inviáveis devido ao custo computacio-
nal.
O melhor modelo de turbulência disponível atualmente, a nível do contínuo,
é constituído pelas equações de Navier-Stokes, da energia térmica e da conti-
nuidade. No entanto, como dito, para problemas práticos (escoamentos a altos
números de Reynolds) a solução direta, DNS, é inviável. Dessa forma são apresen-
tadas no presente trabalho as metodologias LES e RANS que objetivam resolver
escoamentos práticas por meio de filtragem das equações. São abordadas as con-
sequências de tal artificio - necessidade de fechamento de novos termos físicos -,
bem como os ganhos em termos de custo computacional.

2
Figura 1: Exemplo de riqueza de detalhes em escoamento turbulento sobre trem
de pouso. Fonte: Center for Turbulence Research (2019).

Figura 2: Exemplo de riqueza de detalhes em escoamento em transição à turbu-


lência sobre placa plana. Fonte: NASA (2017).

3
2. Modelo Matemática para
Simulação Numérica Direta (DNS)

A nível do contínuo, o melhor modelo de turbulência disponível são o con-


junto de equações compostas pela equação da continuidade (Eq. 1), as Equações
de Navier-Stokes (Eq. 2), e a equação da energia térmica (Eq. 3). As equações ci-
tadas foram escritas na forma incompressível, considerando propriedades físicas
constantes, e fluidos newtonianos.

∂ui
=0 (1)
∂xi
  
∂ui ∂ 1 ∂p ∂ ∂ui ∂uj fi
+ (ui uj ) = − + ν + + (2)
∂t ∂xj ρ0 ∂xi ∂xj ∂xj ∂xi ρ0

 
∂T ∂ ∂ ∂T
+ (uj T ) = α + φ/ (ρ0 Cp0 ) (3)
∂t ∂xj ∂xj ∂xj

 h  i
∂uj
O termo difusivo ∂
∂xj
∂ui
ν ∂x j
+ ∂xi
foi apresentado como proposta de
fechamento das equações de Cauchy, a fim de se modelar os efeitos moleculares
a nível do contínuo.
A solução desse sistema de equações faz uso de métodos numérico-computacionais.
Para o uso das equações na forma como exposta, é necessário resolver todo o es-
pectro de energia, abrangendo todas as escalas presentes no domínio. Tal neces-
sidade é uma restrição para sua aplicação em escoamentos práticos atualmente,
uma vez que quanto maior o número de Reynolds, menores são as escalas de Kol-

4
mogorov, o que resulta em uma malha computacional extremamente refinada,
com altíssimo custo computacional.
Uma forma de contornar tal limitação, é a aplicação de médias, ou filtros em
um contexto mais genérico, o que elimina a necessidade de resolver todas as es-
calas do espectro, mas dá origem a novas variáveis, deixando o sistema de equa-
ções aberto. Daí surge o problema de fechamento da turbulência. Os métodos de
médias e filtragem serão abordados nas seções seguintes.
A Figura 3 compara os resultados experimentais com os obtidos por DNS para
um escoamento em baixo número de Reynolds. Como pode ser visto, o método
DNS foi capaz de resolver todas as escalas do escoamento.

5
Figura 3: Espectro de energia cinética Turbulenta. Comparação entre DNS e
resultados experimentais a baixos números de Reynolds. Fonte: Mansour e Wray
(1994).

6
3. Equações Médias de Reynolds-
Boussinesq

O primeiro modelo de filtragem das equações abordado será o de Equações


médias de Reynolds-Boussinesq (RANS) que usa do operador ”Média Temporal“
para realizar a filtragem. Esse operador é representado pelos símbolos h i.

3.1 O operador média

Antes da aplicação do operador sobre as equações, é útil expor suas proprie-


dades, em termo de uma variável qualquer fi :

hfi i = cte (4)

hfi0 i = hfi i − hhfi ii = hfi i − hfi i = 0 (5)

hhfj i hfj ii = hfj i hfj i (6)

(7)

0
fi hfj i + hfi i fj0 = hfi0 hfj ii + hfi i fj0 = hfi0 i hfj i + fj0 hfi i = 0


3.2 Aplicação do operador média sobre


as equações

3.2.1 Equação da continuidade

Utilizando da propriedade da Eq. 4, temos diretamente que a equação da


continuidade toma a forma:

7
∂ hui i
=0 (8)
∂xi

3.2.2 Equações de Navier-Stokes

A aplica do operador média será aplicado sobre a velocidade e a pressão nas


Equações de Navier-Stokes:
1 3 4 5 6
  
z}|{ 2 z}|{ z}|{ z}|{ z}|{
∂ hui i ∂ z }| { 1 ∂ hpi ∂ ν  ∂ hui i + ∂ huj i  + hfi i
 
+ (hui uj i) = − +
∂t ∂xj ρ0 ∂xi ∂xj   ∂xj ∂xi  ρ0

(9)

Termo 1:

Como o termo 1 é a derivada em relação ao tempo de uma média

temporal, que conforme a Eq. 4 é uma constante:

∂hui i
=0 (10)
∂t

Embora matematicamente esse termo seja nulo, em alguns mo-

delos numéricos, ele é empregado para fins de estabilidade e con-

vergência numérica.

Termo 2:

Utilizando da propriedade da Eq. 7, o termo toma a forma:


hui i huj i + u0i u0j (11)


∂xj

8
O tensor u0i u0j é conhecido como Tensor de Reynolds, sendo

constituído por nove momentos de segunda ordem originados pela

combinação da flutuação da velocidade em cada uma das direções.

Essas novas variáveis modelam toda a troca de quantidade de movi-

mento linear entre a parte média e a parte flutuante do escoamento

turbulento.

Termos 3, 4, 5 e 6:

Os termos 3 a 5 continuam na forma original:


  
1 ∂hpi ∂ ∂ hui i ∂ huj i hfi i
− + ν + + (12)
ρ0 ∂xi ∂xj ∂xj ∂xi ρ0

3.2.3 Equação da energia térmica

De forma análoga à derivação das equações anteriores, obtém-se

a equação média para a energia térmica:


 
∂ ∂ ∂hT i
+ hφi/ (ρ0 Cp0 ) (13)

0 0 
huj i hT i + uj T = α
∂xj ∂xj ∂xj

O novo vetor u0j T indica o fluxo turbulento de energia térmica,



modelando as trocas de energia entre a parte méddia e a parte flu-

tuante do escoamento turbulento.

9
3.2.4 Problema do fechamento

Nas equações anteriores, surgiram nove novas incógnita: seis

componentes do tensor de Reynolds (uma vez que o tensor é simé-

trico), e três componentes do vetor de fluxo turbulento de energia

térmica. Modelar ou encontrar equações de transporte dessas va-

riáveis constitui o problema de fechamento da turbulência.

Para auxiliar no problema do fechamento, ainda que essas novas

incógnitas sejam originalmente de natureza advectiva, eles são con-

siderados como processos difusivos, em analogia com o processo

difusivo molecular. No entanto, em vez de difusão de quantidade

de movimento linear de moléculas, essa hipótese sugere que haja

difusão de quantidade de movimento linear entre estruturas turbi-

lhonares, como ilustra a Figura 4. Essa hipótese é conhecida como

hipótese de Boussinesq, e dá origem ao conceito de viscosidade tur-

bulenta.

10
Figura 4: Ilustração do fluxo líquido de quantidade de movimento linear sobre um
plano imaginário: (a) fluxo devido à movimentação molecular e (b) fluxo devido
à movimentação de estruturas turbilhonares. Fonte: Silveira-Neto (2019).

As equações de Navier-Stokes e da Energia térmica, podem en-

tão ser escritas na forma:

   
∂ 1 ∂hpi ∂ ∂ hui i ∂ huj i
0 0 hfi i
(hui i huj i) = − + ν + − ui uj +
∂xj ρ0 ∂xi ∂xj ∂xj ∂xi ρ0
(14)
 
∂ ∂ ∂hT i
0 0
(huj i hT i) = α − uj T + hφi/ (ρ0 Cp0 ) (15)
∂xj ∂xj ∂xj

11
4. Equações Filtradas

Apesar de a metodologia RANS ter permitido a simulação de

alguns problemas de engenharia, não são todos os casos em que

a metodologia é apropriada, sobretudo para fenômenos altamente

transientes, tais como esteiras, descolamentos, e interação fluido-

estrutura. A lógica de decomposição do escoamento em uma parte

média e uma flutuante não funciona para nesses casos.

A fim de simular tais escoamentos, Smagorinsky propôs em 1963

a metodologia de filtragem das equações, também conhecida como

LES (Large Eddy Scale Simulations). Essa metodologia têm como

premissa, simular parte do espectro e modelar a interação entre as

estruturas resolvidas e as estruturas menores que a malha compu-

tacional. Ou seja, apenas parte do espectro de energia por freqência

é simulado, como ilustrado na Figura 5.

4.1 O operador filtro

A Figura 6 ilustra um sinal φ(~x, t) obtido por experimento ma-

terial ou DNS, onde todas as frequências estão presentes; e o seu

12
Figura 5: Ilustração dos espectros de energia resolvido e modelado na metodolo-
gia LES. Fonte: Fule e Hernadi (2013).

sinal filtrado, φ(~x, t), (o operador filtro é definido pelo símbolo “ ”)

a partir de uma dada frequência de corte, fc . A diferença entre o

sinal completo e o filtrado fornece a parte flutuante da informação:

φ(~x, t) = φ(~x, t) + φ0 (~x, t) (16)

Matematicamente, a variável filtrada é dada por uma integral de

convolução entre uma função de filtragem e a função a ser filtrada:


Z
φ(~x, t) = g (t0 ) φ (~x, t − t0 ) dt0 (17)
∆t

Na equação acima, g(t) é a função de filtragem e ∆t é o tempo

de integração, o que determina fc = 2π/∆t.

Para integração espacial, a função filtro é dada por:


Z
φ(~x, t) = h (~x0 ) φ (~x − ~x0 , t) d~x0 , (18)
∆V

13
Figura 6: Distribuição temporal de uma informação φ(~x, t) oriunda de resultados
experimentais ou de DNS; e sinal filtrado φ(~x, t). Fonte: Silveira-Neto (2019).

em que h(~x) é a é a função filtro, e ∆V é o volume de integração, que

determina o número de corte do processo de filtragem: k~c = 2π/~x.

Diversas equações podem ser utilizadas como filtro, entre elas,

a equação filtro tipo caixa e função filtro tipo núcle de Dirac de

suporte compacto. Essas funções servem como uma distribuição de

pesos na integral de convolução. Dessa forma, a amplitude para o

filtro tipo caixa pode ser dada segundo as relações:

1
h(x) = ∆V
(19)
1
g(t) = ∆t

Já os filtros tipo núcleo de Dirac pode ser escrito como:

14




 1 − 1
2 krk − krk2
+ 1
2 krk3 se 0 ≤ krk < 1

h(r) = 1 + 11 2 1 3
se 1 ≤ krk < 2 (20)
 16 krk + krk − 6 krk


se 2 ≤ krk

0

4.2 Aplicando o operador filtro sobre as equações

A apresentação do desenvolvimento do processo de filtragem

será realizado sem a definição de uma função filtro especifico, será

utilizada apenas o operador “ ” para indicar uma variável filtrada,

em vez das equações 17 e 18.

4.2.1 Equação da continuidade

A equação da continuidade toma diretamente a forma:


∂ui
=0 (21)
∂xi

4.2.2 Equações de Navier-Stokes e da energia térmica

Aplicando o operador filtro sobre as equações de Navier-Stokes

e da energia térmica, tem-se:

  
∂ui ∂ 1 ∂p ∂ ∂ui ∂uj f
+ (ui uj ) = − + ν + + i (22)
∂t ∂xj ρ0 ∂xi ∂xj ∂xj ∂xi ρ0
15
 
∂T ∂ ∂ ∂T φ
(23)

+ uj T = α +
∂t ∂xj ∂xj ∂xj ρ0 Cp0

As equações não podem ser diretamente resolvidas devido aos

termos ui uj . Utilizando o processo de decomposição (Eq. 16), os

termos são expandidos:

ui uj = ui uj + u0i u0j + u0i uj + ui u0j (24)


|{z} |{z} |{z} |{z}
1 2 3 4

uj T = uj T + u0j T 0 + u0j T + uj T 0 (25)


|{z} |{z} |{z} |{z}
5 6 7 8

Até aqui, as equações filtradas apresentam os mesmos termos

das equações Médias de Reynolds-Boussinesq, exceto pelo termo

transiente. No entanto, diferentemente do operador média, os mo-

mentos estatísticos de segunda ordem apresentam propriedades di-

ferentes quando sujeitos ao processo de filtragem:

u0i u0j 6= 0, u0i uj 6= 0, ui u0j 6= 0


(26)
u0j T 0 6= 0, u0j T 6= 0, uj T0 6= 0, uj T 6= uj T

Os termos 2 e 6 são chamados tensor de Reynolds sub malha e

fluxo turbulento sub malha . Os termos 3, 4, 7 e 8 são os tensores

cruzados sub malha e fluxo turbulento cruzado sub malha. Para que

16
as equações 22 e 23 sejam fechadas, é necessário que esses termos

sejam modelados, e que os termos 1 e 5 sejam reescritos de forma

a aparecer os termos ui uj e uj T nas equações.

Leonard e Clarck propuseram as seguintes decomposições:

Lij ≡ ui uj − ui uj
(27)
Lqj ≡ uj T + uj T

Cij = uii uj + ui u0j


(28)
Cqj = u0j T + uj T 0

Substituindo as equações 27 e 28 nas equações 22 e 23, e trans-

portando os termos adicionais para os termos difusivos (como feito

para o fechamento das equações RANS), temos:


   
∂ui ∂ 1 ∂p ∂ ∂ui ∂uj f
+ (ui uj ) = − + ν + − u0i u0j − Cij − Lij + i
∂t ∂xj ρ0 ∂xi ∂xj ∂xj ∂xi ρ0
(29)
 
∂T ∂  ∂ ∂T 0 φ
+ uj T = α − uj T 0 − Cqj − Lqj +
∂t ∂xj ∂xj ∂xj ρ0 Cp0
(30)

As equações acima estão abertas, uma vez que apresentam mais

incógnitas que equações. As metodologias para o fechamento fo-

gem do escopo da presente monografia.

17
A modelagem separa de cada um dos tensores e fluxos não acres-

centa significativamente na qualidade dos resultados, uma vez que

a importância relativa entre tensor de Reynolds sub malha e o ten-

sores cruzado, Cij , e de Leonard, Lij , é muito grande. O mesmo vale

para a importância relativa entre o fluxo turbulento sub malha e os

tensores cruzados, Cqj , e de leonard, Lqj . Além da pouca influência

na qualidade da solução, tais termos aumentam significativamente

o custo computacional.

Devido à pouca praticidade da modelagem separa desses termos,

Germano propôs o uso de um tensor global sub malha τij e um fluxo

global sub malha qj , que englobem os efeitos dos termos adicionais:

τij ≡ ui uj − ui uj
(31)
qj ≡ uj T − uj T

Segundo Silveira-Neto (2019), esses termos medem a diferença

entre toda a atividade não linear que serua calculada se os cam-

pos de velocidade e de temperatura fossem integralmente conheci-

dos (ui uj e uj T ) e a atividade não linear que pode ser obtida com

os campos de velocidade e de temperatura filtrados ui uj e uj T .




Substituindo essas relações na equações filtradas, temos:

18
∂ui
=0 (32)
∂xi
   
∂ui ∂ 1 op ∂ ∂ui ∂uj f
+ (ui uj ) = − + ν + + τij + i
∂t ∂xj ρ0 ∂xi ∂xj ∂xj ∂xi ρ0
(33)
 
∂T ∂ ∂ ∂T φ
(34)

+ uj T = α + qj +
∂t ∂xj ∂xj ∂xj ρ0 Cp0

É importante observar que no processo de solução numéricas

das equações acima, a própria discretização da malha e do passo de

tempo constituem filtros espaciais e temporais.

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5. Comparação entre metodologias

Em relação à parte do espectro simulada, como exposto nos tó-

picos anteriores, as simulações RANS aplicam uma média sobre as

frequências, ou no máximo, obtém uma frequência significativa-

mente baixa, quando utilizada sua versão URANS. As simulações

LES captam parte do espectro, filtrando as estruturas menores que

a malha computacional e as frequências menores que o inverso do

passo de tempo. As simulações DNS por outro lado, são capazes

de simular todo o espectro, calculando inclusive as estruturas de

Kolmogorov. As figuras 7 e 8 esquematizam tais afirmações.

A Figura 9 exemplifica simulações temporais de jato utilizando

a metodologia RANS e LES e as compara com campos de tempera-

Figura 7: Ilustração da região simulada (ciza) e modelada(branca) para o espectro


de turbulência para as três metodologias apresentadas. Fonte: Fock (2014) .

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Figura 8: Ilustração das estruturas simuladas (cinzas) e modeladas (brancas) para
as metologias RANS (a), LES (b), e DNS (c). Fonte: Fock (2014).

tura experimentais. Como pode ser observado, a metodologia LES

retorna informações mais ricas em relação às estruturas turbilho-

nares.

A Figura 10 resume as três metodologias em função do custo

computacional e da física resolvida/modelada.

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Figura 9: Comparação entre contornos de temperatura do desenvolvimento de
temepratura no desenvolvimento de um jato não reativo. Fonte: Som, Seneca e
Pomraning (2012).

Figura 10: Representação esquemática da hierarquia de metodologias para


a modelagem da turbulência em relação à custo computacional e resolu-
ção/modelagem da física do problema. Fonte: Xiao e Cinnella (2018).

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6. Conclusões

Foram expostos três metodologias de solução das equações de

Navier-Stokes, da energia e da continuidade, que constituem o me-

lhor modelo de turbulência disponível na atualidade, a nível do con-

tínuo: DNS, RANS e LES. As vantagens e limitações de cada uma

foram abordadas, levando em consideração aspectos como infor-

mações calculadas e modeladas, bem como custo computacional.

Foi visto que as metodologias RANS e LES necessitam de mode-

lagem para o fechamento dos termos adicionais que surgem quando

os operadores filtro e médias são aplicados sobre as equações. Tais

metodologias de fechamento serão apresentadas nos trabalhos se-

guintes.

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Bibliografia

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