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8º CONGRESSO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA MECANICA

Cusco, 23 a 25 de Outubro de 2007

MODELAGEM NUMÉRICA DO MECANISMO DE TRANSFERÊNCIA


DE MASSA EM PROCESSOS DE FILTRAÇÃO TANGENCIAL

Silva, J. M.a*, Ferreira, V. G.b, Venezuela, L. A.c, Fontes, S. R.d

a, c, d
Escola de Engenharia de São Carlos, Departamento de Engenharia Mecânica – Universidade de São Paulo, Av.
Trabalhador São Carlense, 400, C.P. 359, 13566-590, São Carlos-SP, Brasil, b Instituto de Ciências Matemáticas e
de Computação, Departamento de Matemática Aplicada e Estatística, Universidade de São Paulo, Av. Trabalhador
São Carlense, 400, C.P. 668, 13251-900, São Carlos-SP, Brasil.
*e-mail: jmaria02@yahoo.com.br

RESUMO

Um dos maiores problemas associado ao processo de filtração tangencial é o declínio do fluxo de permeado, que
ocorre devido à concentração de polarização na superfície da membrana. Esse trabalho apresenta uma modelagem
matemática para a análise da transferência de massa ao longo de membranas tubulares, durante o processo de
filtração tangencial. O escoamento considerado é o de um fluido não-newtoniano em regime laminar. Um modelo
matemático em coordenadas cilíndricas, formado pelas equações de conservação de massa, de quantidade de
movimento e das espécies químicas, é proposto e implementado. Os efeitos dos termos convectivos não lineares são
investigados, por meio de três esquemas convectivos, e comparados com dados da literatura.

Palavras-chave: Modelagem numérica; Transferência de massa; Membranas tubulares; Não-Newtoniano


INTRODUÇÃO

O processo de filtração tangencial com membranas tubulares tem sido largamente adotado por diferentes
indústrias, principalmente nas indústrias de alimentos, as quais utilizam a filtração tangencial para a clarificação de
vinhos, sucos de frutas e vinagre, remoção de levedura de cerveja, separação de bactérias e gorduras do leite, entre
outros. Muitos sucos de frutas e produtos alimentícios são não-newtonianos, por isso o modelo power-law é a
reologia mais comum para esse processo.
Na filtração tangencial, o solvente é forçado a fluir através da membrana por pressão transmembrana. Assim, as
partículas do fluxo de alimentação são convectivamente conduzidas para a superfície da membrana, onde se
acumulam até o equilíbrio entre os fluxos convectivos e difusivos, veja a Fig. 1. O acúmulo de partículas junto à
superfície da membrana favorece a formação da camada de polarização decorrente de fenômenos físicos químicos. A
concentração de polarização provoca o declínio do fluxo de permeado e torna-se um problema relevante no
desempenho do processo de filtração tangencial. Assim, um estudo intenso do fenômeno de transporte é necessário
para um melhor entendimento no mecanismo de transferência de massa durante o processo de filtração tangencial.
Existem muitos autores que se dedicaram a estudar numericamente esse processo. Como [1,2], que investigaram
numericamente o depósito de partículas na superfície da membrana tubular. O desenvolvimento de uma expressão
para determinar o coeficiente de transferência de massa para fluidos não-newtoninos foi proposto por [3]. E outros,
como, por exemplo, [4, 5], que também trabalharam com a formulação de transferência de massa para estudo do
declínio do fluxo de permeado.

Concentração z
membrana na Fonteira
vw Fluxo Convectivo

Fluxo de cw
Permeado
c0

D∂c/∂r Fluxo Difusivo


r

Fig. 1: Esquema do fenômeno de concentração de polarização durante a filtração tangencial.

O presente trabalho tem como objetivo desenvolver um modelo matemático para análise da transferência de massa
durante o processo de filtração tangencial, em membranas tubulares de fluidos não-newtonianos em regime laminar.
Para tanto, as equações de conservação de massa, de quantidade de movimento e de espécies químicas são
discretizadas/implementadas pela técnica de diferenças finitas. Os efeitos da discretização dos termos convectivos
não lineares no processo de transferência de massa na superfície da membrana tubular são investigados.

DESCRIÇÃO DO MODELO MATEMÁTICO

Formulação Matemática

Considera-se um escoamento não-desenvolvido, incompressível, isotérmico e com simetria radial em um tubo


cilíndrico com paredes porosas. O sistema de coordenadas tem origem na entrada, o eixo z está na linha central, o
eixo r é normal à linha central, o raio do tubo é R e o comprimento é L, como ilustrado na Fig. 2.

Fig. 2: Representação do domínio do problema.


Na filtração tangencial, após um breve período transiente, o fluxo de permeado permanece quase constante,
ou seja, em um estado pseudo-estacionário. Nesse estudo é analisada a condição estacionária, porém, uma
formulação pseudo-transiente [6] é utilizada. Assim, o modelo matemático para o regime laminar é descrito pelas
seguintes equações na forma conservativa e adimensional:
ƒ conservação de massa:

∂u 1 ∂ (r v ) (1)
+ =0
∂z r ∂r

ƒ conservação da quantidade de movimento:

∂u ∂p 2 n  ∂  ∂u  η  ∂u ∂v  ∂   ∂u ∂v   (2)
=− − CONVu +   2η +  + + η  ∂r + ∂z  
∂t ∂z Re  ∂z  ∂z  r  ∂r ∂z  ∂r    

∂v ∂p 2 n  ∂  ∂v  2η ∂v v ∂   ∂u ∂v    (3)
=− − CONVv +   2η + − 2η 2 + η  +  
∂t ∂r Re  ∂r  ∂r  r ∂r r ∂z   ∂r ∂z   

ƒ conservação das espécies químicas:

∂c 2  ∂ 2 c ∂ 2 c 1 ∂c  (4)
= −CONVc + + +
∂t Pe  ∂r 2 ∂z 2 r ∂r 

em que

∂ (u u ) 1 ∂ ( r u v ) , ∂ (u v ) 1 ∂ (r v v ) , ∂ (uc) 1 ∂ ( rvc) ,
CONVu = + CONVv = + CONVc = +
∂z r ∂r ∂z r ∂r ∂z r ∂r
n −1

ρu 2 − n ( 2 R ) n  4 n  ,
n
u0 2R ,   ∂u  2  ∂v  2  v  2   ∂u ∂v  2  2
Re = 0 n−1   Pe = η = 2   +   +    +  +   .
m8  3n + 1  D   ∂z   ∂r   r    ∂r ∂z  

As variáveis adimensionais utilizadas são:

z, r u , v , p , tu c .
z= r= , u= v= p= t = 0, c= (5)
R R u0 u0 ρu 0
2
R c0

Condições de contorno

Devido à simetria do problema, somente a região entre a parede ( r = 1) e a linha central do tubo ( r = 0) foi
numericamente considerada (como pode ser observado na Fig. 2). Assim, as condições de contorno na forma
adimensional utilizadas são:

z =0, 0 ≤ r ≤1, u = 1, v = 0, c = 1, (6)

L, ∂u ∂v ∂c
z= 0 ≤ r ≤ 1, = 0, =0, =0, (7)
R ∂z ∂z ∂z

L, ∂u r ∂c
r = 0, 0≤ z ≤ = 0, v =0, =0, (8)
R ∂r ∂r

r = 1, L, u = 0, v = vw , Pevw c ∂c , (9)
0≤ z ≤ =
R 2 ∂r r =R
em que v w é a velocidade de permeabilidade local, a qual na forma dimensional é definida pelo modelo de
resistência em série (ver [1,2]):

∆p . (10)
vw =
Rm + R p

Método numérico

As equações de (1) a (4) associadas com as condições de contorno de (6) a (9) são aproximadas por diferenças
finitas em malha deslocada, na qual as células têm dimensões ∆z por ∆r, em que as variáveis pressão (p),
concentração (c) e viscosidade aparente (η) estão definidas no centro da célula, enquanto as componentes de
velocidade u e v estão posicionadas nas faces laterais, que distam do centro ± ∆r / 2 e ± ∆z / 2 , respectivamente. As
aproximações para as derivadas temporais são feitas utilizando-se diferenças avançadas (Euler explícito), os
gradientes de pressão, bem como a equação de conservação de massa e os outros termos das equações da quantidade
de movimento e conservação das espécies, com exceção dos termos convectivos, são aproximados por diferenças
centrais. Os termos convectivos são aproximados por três esquemas convectivos consagrados na literatura: WACEB
[7], CUBISTA [8], QUICKEST ADAPTATIVO [9]. Os campos pressão e velocidade são calculados pelo método
Sola [6, 10], o qual é caracterizado por um esquema de correções de velocidade e pressão em cada passo de tempo.

Estabilidade numérica

A forma explícita do cálculo de u, v e c impõem restrições severas aos valores permitidos de ∆t. Para a
estabilidade numérica, a cada ciclo computacional, o tamanho do passo no tempo é obtido segundo a restrição [6,11]:

 ∆x ∆y Re ∆z 2 ∆r 2 Pe ∆z 2 ∆r 2 
∆t < min , , n+1 , (11)
u 4 ∆x 2 + ∆r 2 
 max v max 2 η max ∆x + ∆r
2 2

em que η max = max{η i , j } .

DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE SHERWOOD

No estudo de transferência de massa, o coeficiente de transferência de massa é um parâmetro importante.


Localmente ele é definido por:

∂c (12)
κ local (cw − c0 ) = − D
∂r r = R

Esse coeficiente é geralmente calculado por meio do número de Sherwood local,

∂c ∂c
− 2R −2
2κ local R ∂r r = R ∂r r =1 . (13)
Shlocal = = =
D (cw − c0 ) (cw − 1)

Por conveniência, algumas vezes é utilizado nesse trabalho o número de Sherwood médio, o qual é definido pela
seguinte forma:

L
1
L ∫0
Sh = Shlocal dz (14)

TRATAMENTO DOS TERMOS CONVECTIVOS


Em estudos numéricos de equações diferenciais parciais, a discretização adequada dos termos convectivos não
lineares é de extrema importância para a qualidade da solução numérica. Assim, houve o interesse em se fazer um
estudo numérico da influência de esquemas “upwind” de alta ordem, na precisão dos resultados da análise de
transferência de massa no processo de filtração tangencial em membranas tubulares. Em particular, foram
implementados os esquemas WACEB [7], CUBISTA [8] e QUICKEST ADAPTATIVO [9]. Em resumo, esses
esquemas são como segue:

WACEB CUBISTA

 φU se φˆU ∉ [0,1]
 φU se φˆU ∉ [0,1]  1

2φU − φR se 0 ≤ φˆU < 3 / 10 ,  (7φU − 3φR ) se 0 ≤ φˆU < 3 / 8
  4
φ f = 1 φ f = 1
 8 (3φD + 6φU − φR ) se 3 / 10 ≤ φˆU ≤ 5 / 6  8 (3φD + 6φU − φR ) se 3 / 8 ≤ φˆU ≤ 3 / 4
  1
 φD se 5 / 6 < φˆU ≤ 1  (3φD + φU ) se 3 / 4 < φˆU ≤ 1
 4

QUICKEST ADAPTATIVO

 φU se φˆU ∉ [0,1]

 (2 − θ )φU − (1 − θ )φ R se 0 ≤ φˆU < a
φ f = 1
( ) 1
( ) 1
( )
 6 5 + 3 | θ | −2θ φU + 6 2 − 3 | θ | +θ φ D + 6 − 1 + θ φ R
2 2 2
se a ≤ φˆU ≤ b

 (1 − θ )φ D + θφU se b < φˆU ≤ 1

com
∆t , 2 − 3 | θ | +θ 2 , b = − 4 + 6θ − 3 | θ | +θ , φˆU = φU − φR .
2
θ = vf a=
∆s 7 − 6θ − 3 | θ | +2θ 2 − 5 + 6θ − 3 | θ | +2θ 2 φD − φ R

Os detalhes desses esquemas “upwind” podem ser encontrados na referência [9].

Estudo da influência dos esquemas convectivos

Essa secção tem como objetivo verificar a influência dos termos convectivos nos resultados numéricos, em
especial, para o caso de transferência de massa. Por isso, além das simulações com fluidos não-newtonianos, foram
feitas também simulações com fluidos newtonianos. Utilizaram-se 100×40 células computacionais, números de
Reynolds entre 100 e 300, difusividade (D) 5 × 10−8 m2s-1, resistência da membrana (Rm) 0,25 × 109 kg m-2s-1 e pressão
transmembrana inicial (∆pi) 1 × 10 −5 Pa, em membranas tubulares de diâmetro 0,015 m.
Na Fig. 4 estão comparados os resultados numéricos com o analítico [12], para índice das leis de potência (n)
igual a um (fluido newtoniano). Essa figura representa o perfil de concentração, próximo à superfície da membrana,
em função da coordenada axial, para os três esquemas convectivos. Observa-se a partir dessa figura que o esquema
QUICKEST ADAPTATIVO produziu resultados melhores. Pode-se observar também, por essa mesma figura, uma
diferença entre os resultados numéricos e o analítico. Acredita-se que essa diferença se deve ao fato de na
modelagem analítica a equação de conservação das espécies químicas ser simplificada, ao contrário do presente
modelo numérico que possui uma modelagem completa. O mesmo pode ser observado na Fig. 5.
1,5 1,30
A.L. Venezuela, S.R. Fontes [12] A.L. Venezuela, S.R. Fontes [12]
QUICKEST ADAPTATIVO [9] QUICKEST ADAPTATIVO [9]
1,25
1,4 CUBISTA [8] CUBISTA [8]
WACEB [7] WACEB [7]
1,20
1,3

1,15

c/c0
c/c0

1,2
1,10

1,1
1,05

Re = 100 Re = 300
1,0 1,00
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

z/R z/R

Fig. 4: Comparação dos esquemas convectivos para a concentração próxima a superfície da membrana em função da
coordenada axial z, para número de Reynolds 100 e 300.

A Fig. 5 mostra também comparações dos resultados numéricos, produzidos pelos esquemas convectivos, com
resultados analíticos [3], porém, agora para o número de Sherwood médio em função do índice das leis de potência
(índice powe-law) para número de Reynolds 150 e 300. Novamente, observa-se que o esquema QUICKEST
ADAPTATIVO produziu melhores resultados.
Com as observações feitas nos resultados representados nas Fig. 4 e 5, pode-se concluir que os esquemas
convectivos produzem influências nos resultados numéricos, principalmente para o estudo em questão que é a
transferência de massa. Portanto, para os casos estudados, tem-se que o esquema QUICKEST ADAPTATIVO é o
mais indicado para o estudo numérico do problema de transferência de massa no processo de filtração tangencial,
assim esse esquema será adotado nas próximas simulações.

100 100

90
R. Ranjan, S. DasGupta e S. De [3] 90
QUICKEST ADAPTADO [9]
80 CUBISTA [8] 80
WACEB [7]
70 70

60 60
Sh
Sh

50 50
R. Ranjan, S. DasGupta e S. De [3]
QUICKEST ADAPTATIVO [9]
40 40
CUBISTA [8]
30 30 WACEB [7]
Re = 150 Re = 300
20 20
0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00

Índice das leis de potência (n) Índice da leis de potência (n)

Fig. 5: Comparação dos esquemas convectivos para o número de Sherwood médio em função de n, para
número de Reynolds 150 e 300.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nos resultados das simulações numéricas, que serão apresentados a seguir, foram utilizadas membranas tubulares
de diâmetro 0,0063 m, 100×20 células computacionais, números de Reynolds entre 50 e 500, resistência da
membrana (Rm) 0,25 × 10 7 kg m-2s-1, pressão transmembrana inicial (∆pi) 1 × 10 −5 Pa, difusividade (D) 8,3 × 10 −8 m2s-1
e índice das leis de potência (n) 0,87, que são propriedades de uma solução de goma Guar [13].
Observa-se na Fig. 6 que quando o número de Reynolds aumenta, a concentração local próxima da superfície da
membrana diminui, pois para altos Reynolds, têm-se altas velocidades axiais, o que impede o acúmulo de solutos na
superfície da parede porosa e, conseqüentemente, obtém-se aumento do coeficiente de transferência de massa, como
pode ser observado na Fig. 7, a qual apresenta um gráfico do número de Sherwood local em função da coordenada
axial.

100
1,030 Re = 50 90 Re = 50
Re = 100 Re = 100
80
1,025 Re = 500 Re = 500
70
1,020
60

Shlocal
cw/c0

50
1,015
40

1,010 30

20
1,005
10

1,000 0
0 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
z/R z/R

Fig. 6: Concentração local próxima à superfície da Fig. 7: Número de Sherwood local como função da
membrana como função da coordenada axial. coordenada axial.

CONCLUSÕES

A investigação de um modelo matemático para o estudo do mecanismo de transferência de massa associado ao


processo de filtração tangencial, apresentado nesse trabalho, revelou a influência da discretização dos termos
convectivos nos resultados numéricos. Observou-se nas Fig. 4 e 5 que o esquema convectivo mais adequado nesse
processo foi o QUICKEST ADAPTATIVO. Com esse esquema, verificou-se que os resultados para o
desenvolvimento da concentração em região próxima a superfície da membrana possuem comportamento
qualitativamente compatível com a literatura. Portanto, pode-se concluir que o modelo numérico proposto se mostrou
adequado para o problema físico estudado.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação


de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo suporte financeiro dessa pesquisa.

REFERÊNCIAS

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2. K. Damak, A. Abdelmoneim, Z. Belkacem e P. Schmitz, Concetration Polarization in Tubular Membranes a
Numerical Approach, Desalination, vol. 171, pp. 139-153, 2004.
3. R. Ranjan, S. DasGupta e S. De, Mass Transfer Coefficient with Suction for Laminar Non-Newtonian Flow in
Application to Membrane Separations, Journal of Food Engineering, vol. 64, pp. 53-61, 2004.
4. Y. Lee e M.M. Clark, A Numerical Model of Steady-State Permeate Flux During Crossflow Ultrafiltration,
Desalination, vol. 109, pp. 241-251, 1997.
5. V. Geraldes, V. Semião e M.N. Pinho, Flow and Mass Transfer Modelling of Nanofiltration, Journal of
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São Paulo, Brasil, 2000.
7. B. Song, G.R. Liu, K.L. Lam e R.S. Amano, On a Higher-Order Bounded Discretization Scheme, International
Journal for Numerical Methods in Fluids, vol. 32, pp. 881-897, 2000.
8. M.A. Alves, P.J. Oliveira e F.T. Pinho, A convergent and Universally Bounded Interpolation Scheme for the
Tratment of Advection, International Journal for Numerical Methods in Fluids, vol. 41, pp. 47-75, 2003.
9. V.G. Ferreira, C.M. Oishi, F.A. Kurokawa, M.K. Kaibara, J.A. Cuminato, A. Castelo, N. Mangiavacchi, M.F.
Tomé e S. McKee, Communications in Numerical Methods in Enginnering, vol. 23, pp. 419-445, 2007.
10. C.W. Hirt, B.D. Nichols e N.C. Romero, Sola – A Numerical Solution Algorithm for Transient Fluid Flows, Los
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11. J.M. Silva, S.R. Fontes, Numerical Modeling of a Newtonian and Non-Newtonian a Fluid Flow in Tubular
Membrane Applied to the Microfiltration and Ultrafiltration Processes, Proceedings COBEM 2005, Ouro Preto
– MG, Brasil, 2005.
12. A.L. Venezuela, S.R. Fontes, Analytical-Numerical Modeling of Convective Laminar Flow in a Permeable Tube
Associated with the Cross-Flow Process – Axial-Convective-Difusive, Proceedings DINCON 2007, 6th
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13. S.R. Fontes, Mass Transfer in Microfiltration with Laminar and Turbulent Flow of Macromolecular Solutions,
Journal of Membrane Science, vol. 249, pp. 207-211, 2005.

NOMENCLATURA

c concentração de soluto (wt. %)


c0 concentração de alimentação (wt. %)
cw concentração na superfície da membrana
(wt. %)
D coeficiênte de difusividade (m2 s-1)
L comprimento da membrana tubular (m)
m coeficiênte de consistência (Pa sn)
n índice das leis de potências (adimensional)
p pressão (Pa)
∆p pressão transmembrana (Pa)
Pe número de Peclet (adimensional)
r coordenada radial (m)
∆r tamanho da célula ao longo da direção r (m)
R raio do tubo (m)
Rm resistência da membrana (kg m-2 s-1)
Rp resistência da camada de concentração de
polarização (kg m-2 s-1)
Re número de Reynolds (adimensional)
Shlocal número de Sherwood local (adimensional)
Sh número de Sherwood médio (adimensional)
t tempo (s)
∆t passo no tempo (s)
u velocidade axial (m s-1)
u0 velocidade axial de entrada (m s-1)
v velocidade radial (m s-1)
vw velocidade de permeação (m s-1)
z coordenada axial (m)
∆z tamanho da célula ao longo da direção z (m)
η Viscosidade aparente (kg m-1 s-1)
κlocal coeficiente de transferência de massa local
(m s-1)

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