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como descrevendo o escoamento de um fluido. O desenho do campo nos dá então uma ideia de como
se comporta o fluxo de tal fluido. É importante assim destacar aqui que, embora sigamos a notação
do Guidorizzi que usa F⃗ = P⃗i + Q⃗j + R⃗k, a notação adotada em mecânica dos fluidos faz referência
aos mesmos cálculos que trabalhamos aqui, por isso nesta parte de rotacional e divergente adotarei
tal notação.
Rotacional
⃗ : Ω → R3 tal que
Dado Ω ⊂ R3 aberto e V
⃗ (x, y, z) = u(x, y, z)⃗i + v(x, y, z)⃗j + w(x, y, z)⃗k
V
⃗,
em que u, v e w são funções com imagem em R e possuem derivadas parciais, o rotacional de V
denotado por rotV⃗ é dado por
⃗ =( ∂w ∂v ⃗ ∂u ∂w ⃗ ∂v ∂u ⃗
rotV − )i + ( − )j + ( − )k
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Observações:
⃗ é chamado irrotacional se rotV
(1) V ⃗ = 0;
(2) temos
⃗i ⃗j ⃗k
⃗ = ”∇ ∧ V
rotV ⃗”= ∂ ∂ ∂
∂x ∂y ∂z
u v w
⃗ (x, y) = (u(x, y), v(x, y)), então
(3) Se Ω ⊂ R2 e V
⃗i ⃗j ⃗k
⃗ =
rotV ∂ ∂ ∂
∂x ∂y ∂z
u v 0
⃗i ⃗j ⃗k
⃗ =
rotV ∂ ∂ ∂
∂x ∂y ∂z
xy yz 2 xyz
Divergente
1
∂V1 ∂V2 ∂Vn
X 7→ (X) + (X) + · · · (X).
∂x1 ∂x2 ∂xn
Observação: temos
⃗ = ”∇ V
⃗”=( ∂ ∂
div V ,··· , ) (V1 , · · · , Vn ).
∂x1 ∂xn
∂φ ∂φ
Exemplo: Dada φ : Ω ⊂ Rn → R, tomando o campo vetorial ∇φ = ( ∂x 1
, · · · , ∂x n
), o laplaciano
de φ é a função
∂2φ ∂2φ
∇2 φ = div∇φ = 2 + ··· + 2 .
∂x1 ∂xn
Por exemplo, para φ(x, y) = x2 y, sendo ∇φ = (2xy, x2 ), temos div∇φ = ∇2 φ = 2y + 0 = 2y.
⃗ em R3 de classe C 2 , temos div(rotV
Note que, para V ⃗ ) = 0.
Integral de linha
⃗
F
θ
γ(a) / γ(b)
Suponha inicialmente que F⃗ seja constante e que o deslocamento entre γ(a) e γ(b) seja um
segmento. Neste caso, o trabalho realizado por tal força é dado pelo produto escalar:
Vejamos agora como descrever o trabalho realizado por um campo de forças contı́nuo F⃗ (não
necessariamente constante), sobre uma partı́cula com função posição dada por γ uma curva de
extremos γ(a) e γ(b) de classe C 1 . Para isso, tomemos o intervalo [a, b], e consideremos uma
partição
P : t0 = a < t1 < t2 < · · · < tn−1 < tn = b
deste intervalo, com ∆i o comprimento de [ti−1 , ti ]. Podemos então aproximar o trabalho realizado
por F⃗ pela soma
Xn
F⃗ (γ(ti−1 )) · [γ(ti ) − γ(ti−1 )] (1)
i=1
(note que, em cada parcela deste somatório, a força está constante e atuando sobre um segmento,
sendo portanto dada pelo produto escalar descrito inicialmente). Tal aproximação torna-se melhor
à medida que reduzimos o comprimento ∆ti dos intervalos. Do teorema do valor médio, sabemos
que existe um ponto c entre ti−1 e ti tal que
e assim, podemos considerar a aproximação (que torna-se melhor à medida que reduzo ∆ti ):
2
que nos dá então em (1)
n
τ∼
X
= F⃗ (γ(ti−1 )) · γ ′ (ti−1 )∆ti .
i=1
Sendo a composta F⃗ (γ(t)) · γ ′ (t) contı́nua, e portanto integrável, segue da definição de integral que
n
X Z b
lim F⃗ (γ(ti−1 )) · γ ′ (ti−1 )∆ti = F⃗ (γ(t)) · γ ′ (t)dt
máx∆ti →0 i=1 a
Em particular, quando n = 3, e
bem como
γ(t) = (x(t), y(y), z(t)),
como F⃗ (γ(t)) · γ ′ (t) é igual a
dx dy dz
(P (x(t), y(t), z(t)), Q(x(t), y(t), z(t)), R(x(t), y(t), z(t))) · , , ,
dt dt dt
então podemos usar a notação
Z Z
F⃗ dγ = P dx + Qdy + Rdz.
γ γ
sobre γ.