Definição da Integral Dupla

Teorema de Fubini
Mudança de Variável

Cálculo IV

Teófilo Nascimento

Universidade do Estado da Bahia

14 de junho de 2021

Lição 01
 Definição da Integral Dupla
Teorema de Fubini
Mudança de Variável

Índice

1 Definição da Integral Dupla

2 Teorema de Fubini

3 Mudança de Variável

Lição 01
 Definição da Integral Dupla
Teorema de Fubini
Mudança de Variável

Partição de um retângulo
Seja R = [a, b] × [c, d] ⊂ R2 um retângulo. Sejam

Px = {x1 = a < x2 < · · · < xn = b}

e
Py = {y1 = c < y2 < · · · < ym = d} ,
partições dos intervalos [a, b] e [c, b], respectivamente. O conjunto
P = Px × Py define uma partição do retângulo R em subretângulos

Rij = [xi , xi+1 ] × [yj , yj+1 ]

onde i ∈ {1, · · · , n} e j ∈ {1, · · · , m}.

Definiremos a norma da partição por |P| = max{|Px |, |Py |} onde
|Px | = max {xi+1 − xi } e |Py | = max {yj+1 − yj }.
i∈{1,··· ,n−1} j∈{1,··· ,m−1}

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Mudança de Variável

Soma de Riemann

Dada uma função f : [a, b] × [c, d] → R, definimos a soma de

Riemann de f como sendo
n−1 m−1
X X
lim f (xi , yj )dxi dyj
|P|→0
i=1 j=1

onde dxi = xi+1 − xi e dyj = yj+1 − yj . Quando tal limite existe

dizemos que f é integrável em R = [a, b] × [c, d] e denotaremos a
sua soma de Riemann por
ZZ
f (x, y )ds.
R

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Mudança de Variável

Soma de Riemann em regiões limitadas

Seja f : K ⊂ R2 → R, onde K é um conjunto limitado. Isto é,

existe um retângulo R = [a, b] × [c, d] tal que K ⊂ R. Podemos
definir F : R ⊂ R2 → R por

f (x, y ), se (x, y ) ∈ K
F (x, y ) =
0, se (x, y ) ∈ R − K

Se F é integrável em R = [a, b] × [c, d], definiremos a soma de

Riemann de f em K por:
ZZ ZZ
f (x, y )ds := F (x, y )ds.
K R

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Mudança de Variável

Teorema de Fubini em retângulos

Teorema (Fubini)
Seja f (x, y ) integrável no retângulo R = [a, b] × [c, d]. Suponha
Z b
ainda que existam f (x, y0 )dx para todo y0 ∈ [c, d] e
Z d a

f (x0 , y )dy , para todo x0 ∈ [a, b]. Então

c
ZZ Z d Z b  Z b Z d 
f (x, y )ds = f (x, y )dx dy = f (x, y )dy dx.
R c a a c

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Mudança de Variável

Regiões limitadas por funções na variável x

Sejam c : [a, b] → R e d : [a, b] → R contı́nuas tais que

c(x) ≤ d(x) para todo x ∈ [a, b]. Seja ainda

K = {(x, y ) ∈ R2 ; c(x) ≤ y ≤ d(x), ∀x ∈ [a, b]}.

Se f (x, y ) é contı́nua em K então

ZZ Z "Z b d(x)
#
f (x, y )ds = f (x, y )dy dx.
K a c(x)

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Mudança de Variável

Regiões limitadas por funções na variável y

Sejam a : [c, d] → R e b : [c, d] → R contı́nuas tais que

a(y ) ≤ b(y ) para todo y ∈ [c, d]. Seja ainda

K = {(x, y ) ∈ R2 ; a(y ) ≤ x ≤ b(y ), ∀y ∈ [c, d]}.

Se f (x, y ) é contı́nua em K então

ZZ Z "Z d b(y )
#
f (x, y )ds = f (x, y )dx dy .
K c a(y )

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Jacobiano de uma Aplicação no R2

Definição
Dada uma aplicação φ : Ω ⊂ R2 → R2 diferenciável, onde
φ(u, v ) = (x(u, v ), y (u, v )). Definimos o jacobiano de φ no ponto
(u, v ) ∈ Ω por:
 
 ∂x ∂x 
 ∂u (u, v ) (u, v )
 
∂v 
Jφ(u, v ) = 
 

 ∂y ∂y 
 (u, v ) (u, v ) 
∂u ∂v


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Mudança de coordenadas polares

(x − x0 ) 2 (x − y0 ) 2
Dada a elipse + = 1, podemos através da
a2 b2
mudança de coordena
x − x0 y − y0
u= ev= ,
a b
transformar a elipse na circunferência u 2 + v 2 = 1. Aplicando
agora a mudança de coordenada polar

u = ρcos(θ) e v = ρsen(θ),

transformamos circunferências em retângulos.

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Mudança de Variável

Teorema da Mudança de Variável

Teorema
Seja φ : Ω ⊂ R2 → R2 de classe C 1 no aberto Ω, tal que φ restrito
a Kuv ⊂ Ω é uma bijeção onde φ(Kuv ) = K . Dada f : R2 → R
integrável em K , temos que
ZZ ZZ
f (x, y )ds = f (φ(u, v ))|Jφ(u, v )|ds
K Kuv

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