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Universidade Federal do Pará

Cálculo II - Projeto Newton - 2015/4


Professores: Jerônimo e Juaci

6a Lista de exercı́cios para monitoria


dw y
1. Use a Regra da Cadeia para achar sendo w = xe z , x = t2 , y = 1 − t, z = 1 + 2t.
dt
Solução:

Pela Regra da Cadeia, sendo w uma função de x, y e z, como cada um desses parâmetros, uma
dw ∂w dx ∂w dy ∂w dz
função de t, a derivada dt = ∂x dt + ∂y dt + ∂z dt .

y y y
Sendo as derivadas parciais da função w: ∂w
∂x = ez , ∂w
∂y = xz e z e ∂w
∂z = − xy
z2
e z e a derivada de x, y
dx dy dz
e z, em relação a t, dt = 2t, dt = −1 e dt = 2, podemos conlcuir que a derivada de w em relação a t
será:
dw 1−t t2 1−t t2 (1 − t) 1+2t
1−t
= 2te 1+2t − e 1+2t − 2 e
dt 1 + 2t (1 + 2t)2

∂z ∂z
2. Use a Regra da Cadeia para achar e , sendo z = x2 y 3 , x = s cos t e y = s sen t.
∂s ∂t

Solução:

Pela regra da cadeia, como z = f (x(s, t), y(s, t)), a derivadas parcais de z em relação a t e s serão
dadas pelas equações:
∂z ∂z ∂x ∂z ∂y ∂z ∂z ∂x ∂z ∂y
= + e = +
∂t ∂x ∂t ∂y ∂t ∂s ∂x ∂s ∂y ∂s
Prmeiramente achando as derivadas parciais de x em relação a t e a s, temos:
∂x ∂x
= −s sen t e = cos t
∂t ∂s
Agora achando as derivadas parciais de y em relação a t e a s, temos:
∂y ∂y
= s cos t e = sen t
∂t ∂s
Achando as derivadas parciais de z em relação a x e y:
∂z ∂z
= 2xy 3 t e = 3x2 y 2
∂x ∂y
Logo a derivada parcial de z em relação a s e em relação a t serão:
∂z ∂z
= 2xy 3 cos t + 3x2 y 2 sen t e = 2xy 3 (−s sen t) + 3x2 y 2 s cos t
∂s ∂t

1
Agora substituindo as funções x e y pelos seus valores em s e t:
∂z ∂z
= 5s4 cos2 t sen3 t e = −2s5 cos t sen4 t + 3s5 cos3 t sen2 t
∂s ∂t

3. Dada a função w = xy + yz + zx, onde x = r cos θ, rsenθ e z = rθ, utilize a regra da cadeia para
∂w ∂w
determinar as derivadas parciais e quando r = 2 e θ = π/2.
∂r ∂θ

Solução:

Pela regra da cadeia,


∂w ∂w ∂x ∂w ∂y ∂w ∂z
= + +
∂r ∂x ∂r ∂y ∂r ∂z ∂r
= (y + z) cos θ + (x + z)sen θ + (x + y)θ
= (rsen θ + rθ) cos θ + (r cos θ + rθ)sen θ + (r cos θ + rsen θ)θ
= 2r(cos θsen θ + θ(cos θ + sen θ))

Assim, quando r = 2 e θ = π/2, temos

∂w π π π π π π π
(2, ) = 2 · 2(cos sen + (cos + sen )) = 4(0 + (0 + 1)) = 2π.
∂r 2 2 2 2 2 2 2
Analogamnete,
∂w ∂w ∂x ∂w ∂y ∂w ∂z
= + +
∂θ ∂x ∂θ ∂y ∂θ ∂z ∂θ
= (y + z)(−rsen θ) + (x + z) cos θ + (x + y)r
= (rsen θ + rθ)(−rsen θ) + (r cos θ + rθ)r cos θ + (r cos θ + rsen θ)r
= r2 (cos2 θ − sen2 θ + θ(cos θ − sen θ) + cos θ + sen θ)

Logo,
∂w π π π π π π π π
(2, ) = 22 (cos2 − sen2 + (cos − sen ) + cos + sen )
∂θ 2 2 2 2 2 2 2 2
π
= 4(0 − 1 + (0 − 1) + 0 + 1)
2
= −2π

∂P √
4. Utilize a regra da cadeia para determinar a derivada parcial da função P = u2 + v 2 + w2 ,
∂y
quando x = 0 e y = 2, onde u = 3xey , v = −yex e w = exy .
Solução:

2
∂P ∂P ∂u ∂P ∂v ∂P ∂w
= + +
∂y ∂u ∂y ∂v ∂y ∂w ∂y
2u 2v 2w
= √ · 3xey + √ · (−ex ) + √ · xexy
2
2 u +v +w 2 2 2
2 u +v +w 2 2 2 2
2 u +v +w 2
1
= √ · (u3xey − vex + wxexy )
u2 + v 2 + w2
Quando x = 0 e y = 2, temos u = 0, v = −2 e w = 1. Logo
∂P 1
= √ · (u3xey − vex + wxexy )
∂y u2 + v 2 + w2
1
= p · (0 · 3 · 0 · e2 − (−2)e0 + 1 · 0 · e0·2 )
2 2
0 + (−2) + 1 2

1 2 5
= √ ·2=
5 5

5. O raio de um cone circular reto está aumentando em uma taxa de 4,6 cm/s enquanto sua altura
está decrescendo em uma taxa de 6,5 cm/s. Em qual taxa o volume do cone está variando quando o
raio é de 300 cm e a altura é de 350 cm?
Solução:

Observserve que o raio r e a altura h são dadas em função do tempo t, logo volume V também o
é. Pela regra da cadeia, sua taxa de variação com relação ao tempo é
dV ∂V dr ∂V dr
= · + ·
dt ∂r dt ∂r dt
2πrh dr πr2 dh
= · + ·
3 dt 3 dt
2π · 300 · 350 π3002
= · 4, 6 + · (−6, 5)
3 3
= 70000π · 4, 6 − 30000π · 6, 5
= 127000π cm3 /s

6. Determine uma equação do plano tangente à superfı́cie z = ln(x − 2y) no ponto (3, 1, 0).
Solução:

1 −2
z = f (x, y) ⇒ fx (x, y) = e fy (x, y) = . Como a equação do plano tangente a uma
x − 2y x − 2y
superfı́cie z = f (x, y) no ponto (x0 , y0 , z0 ) é dada por

z − z0 = fx (x0 , y0 )(x − x0 ) + fy (x0 , y0 )(y − y0 ),

3
então a equação do plano tangente a z = ln(x − 2y) no ponto (3, 1, 0) é

z = fx (3, 1)(x − 3) + fy (3, 1)(y − 1) ⇒ z = 1(x − 3) − 2(y − 1)

⇒ z = x − 2y − 1.


7. Determine uma equação do plano tangente à superfı́cie z = xy no ponto (1, 1, 1).
Solução:

Para determinar o plano tangente a z = f (x, y) no ponto (1, 1, 1) precisamos primeiramente das
derivadas parciais fx (1, 1) e fy (1, 1). Sendo fx (x, y) = √y e fy (x, y) = √x 1
2 xy 2 xy , temos fx (1, 1) = 2
1
e fy (1, 1) = 2. A equação do plano tangente será z = fx (1, 1)(x − 1) + fy (1, 1)(y − 1) + f (1, 1).
Substituindo os valores, teremos a equação:

2z = x + y

8. O elipsoide 4x2 + 2y 2 + z 2 = 16 intercepta o plano y = 2 em uma elipse. Determine as equações


paramétricas da reta tangente a essa elipse no ponto (1, 2, 2).
Solução:

Segue da interpretação geométrica das derivadas parciais que a inclinação da reta tangente é dada
por fx (1, 2). Derivando implicitamente a equação 4x2 + 2y 2 + z 2 = 16, obtemos 8x + 2z(∂z/∂x) = 0 ⇒
∂z/∂x = −4x/z. Logo, quando x = 1 e z = 2, obtemos ∂z/∂x = −2. Assim, a inclinação é dada por
fx (1, 2) = −2. Portanto a equação da reta tangente é dada por z − 2 = −2(x − 1), y = 2. Tomando
t = x − 1 como parâmetro, obtemos a seguinte equação paramétrica para esta reta: x = t + 1, y = 2
e z = 2 − 2t.

9. Suponha que você precisa saber uma equação do plano tangente à superfı́cie S no ponto P =
(2, 1, 3). Você não tem uma equação para S, mas sabe que as curvas

r1 (t) = (2 + 3t, 1 − t2 , 3 − 4t + t2 )
r2 (u) = (1 + u2 , 2u3 − 1, 2u + 1)

ambas estão em S. Encontre uma equação para o plano tangente em P .


Solução:
Como as curvas r1 (t) e r2 (t) estão em S, os vetores tangentes a estas curvas no ponto P = (2, 1, 3)
estão contidos no plano tangente a S em P . Como r1 (0) = r2 (1) = (2, 1, 3) e

r10 (t) = (3, −2t, −4 + 2t)


r20 (s) = (2s, 6s2 , 2)

4
Os vetores tangentes a S em P são

~u = r10 (0) = (3, 0, −4) e ~v = r20 (1) = (1, 6, 2).

Como estes vetores são linearmente independentes, o vetor diretor do plano tangente é obtido encon-
trando um vetor perpendicular a ~u e ~v simultâneamente. Fazendo o produto vetorial,

3 0 -4
1 6 2 = 18i − 4j + 24i − 6j = 24i − 10j + 18k = 2 · (12, −5, 9). (1)
i j k

obtemos o vetor diretor. Assim, a equação do plano tangente a S passando por P é dada por

12(x − 2) − 5(y − 1) + 9(z − 3) = 0 ⇒ 12x − 5y + 9z − 37 = 0.

10. Em qual ponto a reta normal ao parabolóide z = x2 + y 2 no ponto (1, 1, 2) intercepta o parabo-
loide uma segunda vez?
Solução:

Seja F (x, y, z) = x2 + y 2 − z. Então o paraboloide é a superfı́cie de nı́vel F (x, y, z) = 0. Como


∇F (x, y, z) = (2x, 2y, −1), então ∇F (1, 1, 2) = (2, 2, −1) é um vetor normal à superfı́cie no ponto
(1, 1, 2). A equação paramétrica da reta normal neste ponto é, então, dada por

(x, y, z) = (2t + 1, 2t + 1, −t + 2).

Substituindo na equação do parabolóide, obtemos

2 − t = (1 + 2t)2 + (1 + 2t)2 ⇔ 2 − t = 2 + 8t + 8t2 ⇔ 8t2 + 9t = 0 ⇔ t(8t + 9) = 0.

Portanto, a reta intersecta o parabolide quando t = 0, correspondendo ao ponto dado (1, 1, 2), e quado
t = −9/8, correspondendo ao ponto (−5/4, −5/4, 25/8).

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