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Reginaldo J. Santos
Departamento de Matemática-ICEx
Universidade Federal de Minas Gerais
http://www.mat.ufmg.br/~regi
5 de outubro de 2010
2
ξ = x + at, η = x − at
∂2 u 2
2∂ u
= a .
∂t2 ∂x2
Ou seja, se u( x, t) = v(ξ ( x, t), η ( x, t)), então
∂v ∂v ∂ξ ∂v ∂η ∂v ∂v
= + =a − .
∂t ∂ξ ∂t ∂η ∂t ∂ξ ∂η
∂2 v
2
∂2 v ∂2 v
∂ ∂v ∂ξ ∂ ∂v ∂η 2 ∂ v
= + =a −2 + .
∂t2 ∂ξ ∂t ∂t ∂η ∂t ∂t ∂ξ 2 ∂ξ∂η ∂η 2
∂v ∂v ∂ξ ∂v ∂η ∂v ∂v
= + = + .
∂x ∂ξ ∂x ∂η ∂x ∂ξ ∂η
∂2 v
2
∂2 v ∂2 v
∂ ∂v ∂ξ ∂ ∂v ∂η ∂ v
= + = +2 + .
∂x2 ∂ξ ∂x ∂x ∂η ∂x ∂x ∂ξ 2 ∂ξ∂η ∂η 2
Assim
∂2 v 2
2∂ v
2
2 ∂ v
− a = − 4a = 0.
∂t2 ∂x2 ∂ξ∂η
Logo a equação da corda elástica é equivalente a equação
∂2 v
= 0,
∂ξ∂η
ou equivalentemente
∂ ∂v
= 0.
∂ξ ∂η
∂v
Mas se v(ξ, η ) satisfaz esta equação então não depende de ξ, ou seja,
∂η
∂v
= φ̃(η ).
∂η
E assim Z
v(ξ, η ) = φ̃(η )dη + ψ(ξ ) = φ(η ) + ψ(ξ ).
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que representa duas ondas viajando em sentidos opostos com velocidade igual a a.
Esta é a solução de d’Alembert da equação da corda elástica.
Vamos determinar o deslocamento vertical em função da posição e do tempo,
u( x, t), de cada ponto de uma corda elástica infinita, sabendo-se que o deslocamento
inicial de cada ponto da corda é dado por f ( x ), e que a velocidade inicial de cada ponto
da corda é dada por g( x ), ou seja, vamos resolver o problema de valor inicial
2 2
∂ u 2∂ u
= a
∂t2 ∂x2
u( x, 0) = f ( x ), ∂u ( x, 0) = g( x ), x ∈ R
∂t
Substituindo-se t = 0 na solução de D’Alembert (1) e na sua derivada obtemos
φ( x ) + ψ( x ) = f ( x ) (2)
− aφ ( x ) + aψ0 ( x ) = g( x ).
0
(3)
u( x, t) = φ( x − at) + ψ( x + at)
1 1 x+at
Z
= ( f ( x − at) + f ( x + at)) + g(y)dy.
2 2a x−at
Esta solução é chamada solução de d’Alembert do problema de valor inicial.
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Deixamos como exercı́cio para o leitor verificar que se f é contı́nua por partes com
as suas derivadas, f 0 e f 00 , também contı́nua por partes, então para ( x, t) tal que f 00 é
contı́nua em x − at e x + at temos que u( x, t) dado pela solução de d’Alembert satisfaz
∂u
a equação da onda, u( x, 0) = f ( x ), ( x, 0) = g( x ) para todo x ∈ R.
∂t
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Exercı́cios
1. Resolva o problema de valor inicial
2 2u
∂ u ∂ ∂u ∂u
= 2 +2 +
∂t2 ∂x ∂t ∂x
u( x, 0) = f ( x ), ∂u ( x, 0) = g( x ), x ∈ R
∂t
Sugestão: faça a mudança de variáveis ξ = x + t, η = x − t.
∂2 v
2
∂2 v ∂2 v
∂ ∂v ∂ξ ∂η
∂ ∂ v ∂v
= + = − 2 + .
∂t2 ∂ξ ∂t ∂t ∂η
∂t ∂ξ 2 ∂t∂ξ∂η ∂η 2
∂v ∂v ∂ξ ∂v ∂η ∂v ∂v
= + = + .
∂x ∂ξ ∂x ∂η ∂x ∂ξ ∂η
∂2 v
2
∂2 v ∂2 v
∂ ∂v ∂ξ ∂ ∂v ∂η ∂ v
= + = + 2 + .
∂x2 ∂ξ ∂x ∂x ∂η ∂x ∂x ∂ξ 2 ∂ξ∂η ∂η 2
Assim
∂2 u ∂2 u ∂2 v
∂u ∂u ∂v
2
− 2 −2 + = −4 −4 = 0.
∂t ∂x ∂t ∂x ∂ξ∂η ∂ξ
Logo a equação diferencial é equivalente a equação
∂2 v ∂v
+ =0
∂ξ∂η ∂ξ
ou equivalentemente
∂ ∂v
+v =0
∂ξ ∂η
Mas se v(ξ, η ) satisfaz esta equação então
∂v
+ v = φ̃(η ).
∂η
Esta é uma equação linear de 1a. ordem que tem solução
Z
v(ξ, η ) = e−η eη φ̃(η )dη + ψ(ξ )e−η = φ(η ) + ψ(ξ )e−η .
1 0 1
ψ0 ( x )e− x = f ( x ) + g ( x ),
2 2
1 0 1
ψ0 ( x ) = f ( x )e x + g( x )e x , (9)
2 2
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φ( x ) = f ( x ) − ψ( x )e− x
e− x
Z x Z x
= − e − x ψ (0) + f ( x ) e x + f (0) + f (y)ey dy − ey g(y)dy .
2 0 0
u( x, t) = φ( x − t) + ψ( x + t)e−( x−t)
1 e−( x−t) Z x+t
= f ( x − t) + f ( x + t)e2t + ey ( g(y) − f (y))dy.
2 2 x −t
2. A solução deste problema é a soma da solução do problema em que g( x ) = 0 com a solução do problema em que f ( x ) = 0.
O primeiro problema tem solução
1 ˜
f ( x − at) + f˜( x + at) ,
u( x, t) =
2
em que f˜ é uma extensão de f . Substituindo-se x = 0, obtemos que
Logo f˜ deve ser uma função ı́mpar. O segundo problema tem como solução
Z x+ at
1
u( x, t) = g̃(y)dy
2a x − at
Z at
g̃(y)dy = 0, para todo t > 0.
− at
Z x+ at
1 ˜ 1
f ( x − at) + f˜( x + at) +
u( x, t) = g̃(y)dy,
2 2a x − at
em que
f (x) se x ≥ 0
f˜( x ) =
f (− x ) se x < 0.
g( x ) se x ≥ 0
g̃( x ) =
g(− x ) se x < 0.