Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índices Ímpares
Reginaldo J. Santos
Departamento de Matemática-ICEx
Universidade Federal de Minas Gerais
http://www.mat.ufmg.br/~regi
26 de setembro de 2010
2
então (verifique!)
Z 2L
h(t)dt = 0.
0
então (verifique!)
Z 2L Z L
h(t)dt = 2 h(t)dt.
0 0
y y
t L 2L
L 2L
Já vimos que se uma função f : [0, 2L] → R é contı́nua por partes com derivada
f 0 também contı́nua por partes, então pelo Corolário 5.2 ela pode ser representada por
sua série de Fourier de senos
∞
nπt
f (t) = ∑ bn sen 2L
.
n =1
3
y y
t t
2L L 2L
y y
t t
nπt
Figura 2: sen , para n = 1, 2, 3, 4
2L
E assim
∞
(2k + 1)πt
f (t) = ∑ b2k+1 sen 2L
, para t ∈ (0, 2L)
k =0
f ( t ), se 0 ≤ t < L
f˜(t) = é simétrica em relação à reta t = L
f (2L − t), se L ≤ t < 2L
Corolário 1. Seja L um número real maior que zero. Para toda função f : [0, L] → R contı́nua
por partes tal que a sua derivada f 0 também seja contı́nua por partes. A série de Fourier de
senos de ı́ndice ı́mpar de f
∞
(2k + 1)πt
∑ b2k+1 sen 2L ,
k =0
em que
Z L
2 (2k + 1)πt
b2k+1 = f (t) sen dt para k = 0, 1, 2, . . .
L 0 2L
converge para f nos pontos do intervalo (0, L) em que f é contı́nua. Ou seja, podemos repre-
sentar f por sua série de senos de Fourier de ı́ndice ı́mpar:
∞
(2k + 1)πt
f (t) = ∑ b2k+1 sen 2L
, para t ∈ (0, L).
k =0
y y
t t
L 2L L/2 3L/2 2L
y y
t t
nπt
Figura 3: cos , para n = 1, 2, 3, 4
2L
Já vimos que se uma função f : [0, 2L] → R é contı́nua por partes com derivada
f0também contı́nua por partes, então pelo Corolário 5.2 ela pode ser representada por
sua série de Fourier de cossenos
∞
nπt
f (t) = ∑ bn cos 2L
.
n =1
a2k = 0
2 L (2k + 1)πt
Z
a2k+1 = f (t) cos dt para k = 0, 1, 2, . . .
L 0 2L
E assim
∞
(2k + 1)πt
f (t) = ∑ a2k+1 cos 2L
, para t ∈ (0, 2L)
k =0
Ou seja, se uma função f : [0, 2L] → R é simétrica em relação ao ponto ( L, 0), a sua
série de Fourier de cossenos tem somente os termos de ı́ndice ı́mpar.
Para as funções f que são definidas apenas em [0, L] podemos prolongá-las ao in-
tervalo [0, 2L] de forma que elas sejam simétricas em relação ao ponto ( L, 0):
f ( t ), se 0 ≤ t < L
f˜(t) = simétrica em relação ao ponto ( L, 0).
− f (2L − t), se L ≤ t < 2L
Corolário 2. Seja L um número real maior que zero. Para toda função f : [0, L] → R contı́nua
por partes tal que a sua derivada f 0 também seja contı́nua por partes. A série de Fourier de
cossenos de ı́ndice ı́mpar de f
∞
(2k + 1)πt
∑ a2k+1 cos 2L
,
k =0
em que
Z L
2 (2k + 1)πt
a2k+1 = f (t) cos dt para k = 0, 1, 2, . . .
L 0 2L
converge para f nos pontos do intervalo (0, L) em que f é contı́nua. Ou seja, podemos repre-
sentar f por sua série de cossenos de Fourier de ı́ndice ı́mpar:
∞
(2k + 1)πt
f (t) = ∑ a2k+1 cos 2L
, para t ∈ (0, L).
k =0
7
Exercı́cios
1. (a) Mostre que se uma função h : [0, 2L] → R é simétrica em relação ao ponto
(t, y) = ( L, 0), ou seja, se
então Z 2L
h(t) dt = 0.
0
(b) Mostre que se uma função h : [0, 2L] → R é simétrica em relação à reta t = L,
ou seja, se
h(2L − t) = h(t), para t ∈ [0, L],
então Z 2L Z L
h(t) dt = 2 h(t) dt.
0 0
(c) Mostre que se f : [0, 2L] → R é simétrica em relação à reta t = L, ou seja, tal
que
f (t) = f (2L − t), para t ∈ [0, L],
então os coeficientes de ı́ndice par da série de senos de Fourier são nulos, ou
seja, b2k = 0, para k = 1, 2, 3 . . . e os coeficientes de ı́ndice ı́mpar são dados
por
Z L
2 (2k + 1)πt
b2k+1 = f (t) sen dt para k = 0, 1, 2, . . .
L 0 2L
y y y
t t t
y y y
t t t
y y y
t t t
y y y
t t t
Figura 5: A função f : [0, L] → R definida por f (t) = L/2 − t, se t ∈ [0, L/2] e f (t) = 0,
caso contrário e as somas parciais da sua série de Fourier de senos de ı́ndices ı́mpares,
para N = 1, 2, 3, 4, 5, 6.
obtemos
Z 2L Z L Z 2L
h(t) dt = h(t) dt + h(t) dt
0 0 L
Z L Z 0
= h(t) dt + h(2L − s) (−ds)
0 L
Z L Z 0
= h(t) dt + h(s) ds = 0
0 L
(b) Dividindo a integral em duas partes, fazendo a mudança de variáveis t = 2L − s na segunda parte e usando o fato
de que
h(2L − t) = h(t), para t ∈ [0, L]
11
obtemos
Z 2L Z L Z 2L
h(t) dt = h(t) dt + h(t) dt
0 0 L
Z L Z 0
= h(t) dt + h(2L − s) (−ds)
0 L
Z L Z 0 Z L
= h(t) dt − h(s) ds = 2 h(t) dt
0 L 0
2kπt
(c) Para h(t) = f (t) sen 2L temos que
2kπ (2L − t)
2kπt 2kπt
h(2L − t) = f (2L − t) sen = f (t) sen 2kπ − = f (t) sen −
2L 2L 2L
2kπt
= − f (t) sen = −h(t)
2L
Z L
2 (2k + 1)πt
b2k+1 = f (t) sen dt para k = 0, 1, 2, . . .
L 0 2L
2kπt
(d) Para h(t) = f (t) cos 2L temos que
2kπ (2L − t)
2kπt 2kπt
h(2L − t) = f (2L − t) cos = − f (t) cos 2kπ − = − f (t) cos −
2L 2L 2L
2kπt
= − f (t) cos = −h(t)
2L
Z L
2 (2k + 1)πt
a2k+1 = f (t) cos dt para k = 0, 1, 2, . . .
L 0 2L
12
L (0) (1)
a2k+1 = a ( f ) − a2k+1 ( f 1 )
2 2k+1 0, 41 0, 4
L 1 (2k+1)π 2L (2k+1)π
4 4
= ·4· sen s −4· 2 2
(s sen s + cos s)
2 (2k + 1)π 0 (2k + 1) π 0
(2k + 1)π
8L
= 1 − cos
(2k + 1)2 π 2 4
∞ (2k+1)π
8L 1 − cos 4 (2k + 1)πt
f (t) =
π2 ∑ (2k + 1)2
cos
2L
k =0
L (0) (1)
b2k+1 = b ( f ) − b2k+1 ( f 1 )
2 2k+1 0, 41 0, 4
L −1 (2k+1)π 2L (2k+1)π
4 4
= ·4· cos s −4· 2 2
(−s cos s + sen s)
2 (2k + 1)π 0 ( 2k + 1 ) π 0
(2k + 1)π
2L
= (2k + 1)π − 4 sen
(2k + 1)2 π 2 4
∞ (2k+1)π
2L (2k + 1)π − 4 sen 4 (2k + 1)πt
f (t) =
π2 ∑ (2k + 1)2
sen
2L
k =0