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PME/EP/USP
2◦ Semestre de 2016
PME 3230 - Mecânica dos Fluidos I (EP-PME) Análise Diferencial 2◦ Semestre de 2016 1 / 71
Conteúdo da Aula
1 Introdução
5 Equações de Navier-Stokes
7 Exercı́cios
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Introdução
Nos tópicos anteriores foi desenvolvida a análise integral para as três leis de
conservação: massa, energia e quantidade de movimento. Este tipo de
análise é interessante quando o interesse é genérico sobre o campo de
escoamento e quando se deseja apenas conhecer os efeitos deste campo
sobre algum dispositivo.
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Cinemática dos Elementos Fluidos
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Cinemática dos Elementos Fluidos
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Cinemática dos Elementos Fluidos
Deformações Linear e Volumétrica: na deformação linear, a forma dos vértices do
elemento fluido permanece imutável. Haverá mudança do comprimento do elemento
na direção x somente se ∂u /∂x 6= 0 (análogo para as direções y e z). Assim, essas
derivadas parciais representam as componentes das taxas longitudinais de
deformação nas três direções x, y e z. As variações no comprimento dos lados
podem causar alterações no volume do elemento. A taxa de dilatação volumétrica
local, instantânea, vale:
∂u ∂v ∂w ~ ~
Taxa de dilatação volumétrica = + + = ∇•V (3)
∂x ∂y ∂z
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Cinemática dos Elementos Fluidos
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Cinemática dos Elementos Fluidos
As velocidades angulares dos segmentos OA e OB são dadas por:
δα δβ
ωOA = lim ; ωOB = lim
δt →0 δ t δt →0 δt
Analogamente,
1 ∂u ∂w
ωy = · − (5)
2 ∂z ∂x
1 ∂w ∂v
ωx = · − (6)
2 ∂y ∂z
Logo,
1
~ω = ωx ~.i + ωy ~.j + ωz .~k = · ~∇ × ~V (7)
2
Define-se o vetor vorticidade de um escoamento, ~ξ, como sendo o dobro do
vetor rotação:
~ξ = 2.~ω = ~∇ × ~V (8)
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Cinemática dos Elementos Fluidos
Em coordenadas cilı́ndricas:
~ξ = 1 · ∂Vz − ∂Vθ ·~er + ∂Vr − ∂Vz ·~eθ + 1 · ∂(r .Vθ ) − ∂Vr ·~ez (9)
r ∂θ ∂z ∂z ∂r r ∂r ∂θ
Exemplos:
1. Considere o campo de escoamento bidimensional em r e θ dado por:
Vr = 0 e Vθ = ω.r . Este escoamento é rotacional?
2
~ξ = 1 · ∂(r .Vθ ) − ∂Vr ·~ez = 1 · ∂(ω.r ) − 0 ·~ez = 2.ω.~ez 6= 0 ∴ SIM!
r ∂r ∂θ r ∂r
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Cinemática dos Elementos Fluidos
Note que as derivadas ∂u /∂y e ∂v /∂x não induzem só rotação no elemento,
mas também podem provocar sua deformação angular. Chama-se δγ o
ângulo final, ou também deformação por cisalhamento, provocado pelas
variações δα e δβ: δγ = δα + δβ. A deformação por cisalhamento é positiva
quando o ângulo formado pela intesecção das linhas OA0 e OB 0 é menor que
aquela formada pelas linhas OA e OB.
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Cinemática dos Elementos Fluidos
Generalizando:
∂Vi ∂Vj
γ̇ij = + (10)
∂xj ∂xi
Atenção: a definição da Eq. (10) é a fornecida pelo livro texto (Munson). Na
apostila de exercı́cios resolvidos ela é definida como:
1 ∂Vi ∂Vj
εij = · +
2 ∂xj ∂xi
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Equação da Continuidade na Forma Diferencial
Considere o volume de controle infinitesimal (dx , dy , dz ) da figura abaixo.
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Equação da Continuidade na Forma Diferencial
Introduzindo a Eq. (12) mais aquelas acima tabeladas na Eq. (11), resulta:
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Equação da Continuidade na Forma Diferencial
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Equação da Continuidade na Forma Diferencial
Portanto,
∂ρ ~ ~
+ ∇ • ρ.V = 0 (15)
∂t
No sistema de coordendas cilindricas:
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Equação da Continuidade na Forma Diferencial
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Equação da Continuidade na Forma Diferencial
∂u ∂v ∂w
Coord. Cartesianas: ~∇ • ~V = 0 ⇒ + + =0 (19)
∂x ∂y ∂z
1 ∂(r .Vr ) 1 ∂Vθ ∂Vz
Coord. Cilı́ndricas: · + · + =0 (20)
r ∂r r ∂θ ∂z
As Eqs. (19) e (20) são EDO’s e uma ampla variedade de soluções são
conhecidas para elas. Grandes são os casos práticos de engenharia onde os
escoamentos podem ser considerados incompressı́veis. Para gases,
particularmente, pode-se considerar incompressı́veis, com um erro menor que
5% quando M < 0, 3. Ex.: No ar, escoamentos com velocidades menores que
100 m/s podem tratados como incompressı́veis.
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Conservação da Quantidade de Movimento na Forma
Diferencial
Da 2a Lei de Newton,
D~V
ρ· = ~Fc + ~Fs (22)
Dt
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Conservação da Quantidade de Movimento na Forma
Diferencial
D~V ∂~V ~ ~ ~
= + V • ∇ .V
Dt ∂t
∂u ∂u ∂u ∂u
= +u· +v · +w · +
∂t ∂x ∂y ∂z
∂v ∂v ∂v ∂v
+u· +v · +w · +
∂t ∂x ∂y ∂z
∂w ∂w ∂w ∂w
+u· +v · +w · (23)
∂t ∂x ∂y ∂z
A seguir, a figura ilustra o sistema geral de tensões num elemento de fluido
deformável.
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Conservação da Quantidade de Movimento na Forma
Diferencial
z σzz T z + ( o T z / o z ) dz
y
τ zy
x
τ zx
τ xy T + ( o T / o x ) dx
τ xz x x
τ yz σxx
dz
τ yx dy
σyy
origem dx
O elemento possui volume d V = dx .dy .dz. Em cada plano existe uma tensão
resultante, T , dada pela soma vetorial de uma tensão normal, σ, e duas
tensões de cisalhamento, τ. Na figura T é representada apenas em dois
planos, a tı́tulo de exemplo.
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Conservação da Quantidade de Movimento na Forma
Diferencial
~ ~ ~
~Fs = ∂Tx + ∂Ty + ∂Tz
∂x ∂y ∂z
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Conservação da Quantidade de Movimento na Forma
Diferencial
onde,
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Conservação da Quantidade de Movimento na Forma
Diferencial
σxx τxy τxz
π = τxy σyy τyz (26)
τxz τyz σzz
Assim, a força de superfı́cie, por unidade de volume, fica:
~Fs = ∂σxx ∂τxy ∂τxz ~
+ + ·i +
∂x ∂y ∂z
∂τxy ∂σyy ∂τyz ~
+ + ·j +
∂x ∂y ∂z
∂τxz ∂τyz ∂σzz ~
+ + ·k (27)
∂x ∂y ∂z
∂u ∂u ∂u ∂u ∂σxx ∂τxy ∂τxz
ρ· +u· +v · +w · = ρ.gx + + +
∂t ∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z
∂v ∂v ∂v ∂v ∂τxy ∂σyy ∂τyz
ρ· +u· +v · +w · = ρ.gy + + +
∂t ∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z
∂w ∂w ∂w ∂w ∂τxz ∂τyz ∂σzz
ρ· +u· +v · +w · = ρ.gz + + +
∂t ∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z
(28)
1
· (σxx + σyy + σzz ) = −p (29)
3
O próximo passo é escrever as tensões normais e de cisalhamento, na
equação da conservação da quantidade de movimento, em termos de
gradientes de velocidade de pressão. O resultado é o que se costumou
chamar de Equações de Navier-Stokes.
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Equações de Navier-Stokes
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Equações de Navier-Stokes
Na a matriz de tensões, Eq. (26), seus componentes, para fluidos
newtonianos incompressı́veis, são dados por:
∂u
σxx = −p + 2 · µ · (30)
∂x
∂v
σyy = −p + 2 · µ · (31)
∂y
∂w
σzz = −p + 2 · µ · (32)
∂z
∂v ∂u
τxy = µ · + (33)
∂x ∂y
∂w ∂v
τyz = µ · + (34)
∂y ∂z
∂w ∂u
τxz = µ · + (35)
∂x ∂z
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Equações de Navier-Stokes
Inserindo as Eqs. (30) a (35) na Eq. (28), chega-se a (apresentando desenvolvimento
apenas para a direção x):
∂u ∂u ∂u ∂u ∂σxx ∂τxy ∂τxz
ρ· +u· +v · +w · = ρ.gx + + +
∂t ∂x ∂y ∂z |{z} ∂x ∂y ∂z
| {z } Fc ,x | {z }
ρ· Du Fs,x
Dt
∂ ∂u ∂ ∂v ∂u ∂ ∂w ∂u
Fs,x = −p + 2 · µ · + µ· + + µ· +
∂x ∂x ∂y ∂x ∂y ∂z ∂x ∂z
2 2 2 2 2
∂p ∂ u ∂ v ∂ u ∂ w ∂ u
= − +2·µ· 2 +µ· +µ· 2 +µ· +µ· 2
∂x ∂x ∂y .∂x ∂y ∂z .∂x ∂z
2 2 2 2 2
∂p ∂ u ∂ u ∂ u ∂ u ∂ v ∂2 w
= − +µ· 2 +µ· 2 +µ· 2 +µ· 2 +µ· +µ·
∂x ∂x ∂x ∂y ∂z ∂y .∂x ∂z .∂x
∂p ∂ ∂u ∂v ∂w ∂p ∂ ~ ~
= − + µ.∇2 .u + µ · + + = − + µ.∇2 .u + µ · ∇•V
∂x ∂x ∂x ∂y ∂z ∂x ∂x
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Equações de Navier-Stokes
∂p
Fs,x = − + µ.∇2 .u (36)
∂x
Fazendo o mesmo para as direções y e z cherga-se ao conjunto de equações
conhecidas como Equações de Navier-Stokes (no caso, para escoamento de fluido
incompressı́vel e newtoniano).
2
∂ u ∂2 u ∂2 u
∂u ∂u ∂u ∂u ∂p
ρ· +u· +v · +w · = ρ.gx − +µ· + + (37)
∂t ∂x ∂y ∂z ∂x ∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
2
∂ v ∂2 v ∂2 v
∂v ∂v ∂v ∂v ∂p
ρ· +u· +v · +w · +µ· = ρ.gy −
+ + (38)
∂t ∂x ∂y ∂z ∂y ∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
2
∂ w ∂2 w ∂2 w
∂w ∂w ∂w ∂w ∂p
ρ· +u· +v · +w · = ρ.gz − + µ · + 2 + 2 (39)
∂t ∂x ∂y ∂z ∂z ∂x 2 ∂y ∂z
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Equações de Navier-Stokes
Em notação vetorial:
" #
∂~V ~ ~ ~
ρ· + V • ∇ .V = ρ.~g − ~∇.p + µ.∇2 .~V (40)
∂t
| {z }
D~V
Dt
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Equações de Navier-Stokes
!
∂Vr ∂Vr Vθ ∂Vr Vθ2 ∂Vr
ρ· + Vr · + · − + Vz · =
∂t ∂r r ∂θ r ∂z
1 ∂2 Vr ∂2 Vr
∂p 1 ∂ ∂Vr Vr 2 ∂Vθ
− + ρ.gr + µ · · r· − 2+ 2· − · + (41)
∂r r ∂r ∂r r r ∂θ2 r 2 ∂θ ∂z 2
∂Vθ ∂V V ∂V Vr .Vθ ∂V
+ Vr · θ + θ · θ +
ρ· + Vz · θ =
∂t ∂r r ∂θ r ∂z
1 ∂2 Vθ ∂2 Vθ
1 ∂p 1 ∂ ∂Vθ Vθ 2 ∂Vr
− · + ρ.gθ + µ · · r· − 2 + 2· + 2· + (42)
r ∂θ r ∂r ∂r r r ∂θ2 r ∂θ ∂z 2
∂Vz ∂Vz Vθ ∂Vz ∂Vz
ρ· + Vr · + · + Vz · =
∂t ∂r r ∂θ ∂z
1 ∂2 Vz ∂2 Vz
∂p 1 ∂ ∂Vz
− + ρ.gz + µ · · r· + 2· + (43)
∂z r ∂r ∂r r ∂θ2 ∂z 2
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Soluções Exatas das Equações de Navier-Stokes
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Escoamento Viscoso Entre Placas Planas
U
1111111111111111111111
0000000000000000000000 hipóteses: (1) esc. plena/e desenvol. e plano
(2) esc. laminar
(3) esc. isotérmico
a (4) so/e grav. como força de campo
y (5) viscosidade constante
1111111111111111111111
0000000000000000000000
x
0000000000000000000000fixa
1111111111111111111111
(6) fluido incompressível
(7) esc. em reg. perman.
∂p ∂2 u
0=− +µ· 2 (44)
∂x ∂y
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Escoamento Viscoso Entre Placas Planas
a2
u (y ) y
∂p y y
= − · · · 1− (46)
U a 2.µ.U ∂x a a
a2 ∂p
O livro texto designa por P = − 2.µ. U
· ∂x , assim:
u (y ) y y y
= +P · · 1− (47)
U a a a
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Escoamento Viscoso Entre Placas Planas
A figura abaixo ilustra os perfis de velocidade, dados pela Eq. (37) tendo P
como parâmetro. Dois casos são mais importantes e serão discutidos adiante:
(a) quando ∂p/∂x = 0 e U 6= 0; e (b) quando ∂p/∂x = Cte e U = 0.
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Escoamento Viscoso Entre Placas Planas
Neste escoamento especı́fico, como v = w = 0 e u = u (y ), a única tensão de
cisalhamento presente será:
∂v ∂u ∂u
τxy = µ · + = µ·
∂x ∂y ∂y
Como a Eq. (44) integrada só uma vez dá:
∂u ∂p
µ· = · y + C1
∂y ∂x
pode-se escrever, portanto, que,
∂p
τxy = · y + C1
∂x
Das condições de contorno:
µ.U ∂p 1
C1 = − ·a·
a 2 ∂x
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Escoamento Viscoso Entre Placas Planas
Finalmente,
µ.U ∂p a
τxy = + · y− (48)
a ∂x 2
A vazão por unidade largura, b, será:
a2
Z y =a Z y =a
Q U .y ∂p y y
= u (y ).dy = − · · · 1− · dy
b y =0 y =0 a 2.µ ∂x a a
a3
Q U .a ∂p
= − · (49)
b 2 12.µ ∂x
E a velocidade média na direção do escoamento, u, é dada por:
a2
Q Q ∂p U
u= = = − · (50)
A b.a 2 12.µ ∂x
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Escoamento de Couette Plano
U
τxy = µ · (52)
a
Q U .a
= (53)
b 2
U
u= (54)
2
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Escoamento de Couette Plano
U
Vr = · (ro − r ) (55)
b
µ.U
τr = (56)
b
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Escoamento de Poiseuille
0000000000000000000000fixa
1111111111111111111111
y
x
a
1111111111111111111111
0000000000000000000000
0000000000000000000000fixa
1111111111111111111111
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Escoamento de Poiseuille
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Escoamento Viscoso em Tubos
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Escoamento Viscoso em Tubos
Neste escoamento Vr = 0 e Vθ = 0. Assim, aplicando a equação da
conservação da massa, resulta: ∂Vz /∂z = 0 ⇒ Vz é independente de z, logo
Vz = Vz (r , θ). Porém, levando em consideração que o escoamento é
axissimétrico, Vz = Vz (r ) somente.
As ENS para a direção de interesse, i.e., direção z é:
∂p 1 ∂ ∂Vz
0=− +µ· · r· (62)
∂z r ∂r ∂r
Finalmente,
∂p
1
Vz (r ) = · · (r 2 − R 2 ) (64)
4.µ ∂z
A vazão é determinada por dQ = Vz (r ).2.π.r .dr , logo,
π.R 4
R
∂p
Z
Q = 2.π. Vz (r ).r .dr ⇒ Q = − · (65)
0 8.µ ∂z
Considerando uma perda de carga finita entre 2 pontos fixos no duto, ∆p,
separados por uma distância L, segue-se que −∂p/∂z = ∆p/L (para
∆p = pmontante − pjusante ). Assim,
π.R 4 .∆p
Q=
8.µ.L
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Escoamento Viscoso em Tubos
R 2 .∆p
Vz = (66)
8.µ.L
Velocidade máxima:
R 2 .∆p
Vz ,max = (67)
4.µ.L
Observe que Vz ,max = 2.Vz . Assim,
r 2
Vz = Vz ,max · 1 − (68)
R
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Escoamento Viscoso em Espaço Anular
Escoamento
importante para
trocadores de calor. As
condições de
escoamento nesta
configuração são:
Vz = 0 tanto para r = ri como para r = ro . A Eq. (63) também se aplica aqui
como solução do campo de velocidades na direção z. Utilizando as novas
condições de contorno:
ri2 − ro2
∂p
1 2 2 r
Vz (r ) = · · r − ro + · ln (69)
4.µ ∂z ln(ro /ri ) ro
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Escoamento Viscoso em Espaço Anular
(ro2 − ri2 )2
π ∂p 4 4
Q=− · · ro − ri − (70)
8.µ ∂z ln(ro /ri )
(ro2 − ri2 )2
π.∆p 4 4
Q= · ro − ri − (71)
8.µ.L ln(ro /ri )
1010 δ
∂2 u
10 µ·
∂y 2
= −ρ.g
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Escoamento Viscoso em Superfı́cies Verticais
Integrando,
ρ.g y 2
u=− · + C1 .y + C2
µ 2
Condições de contorno: y = 0 ⇒ u = 0; e y = δ ⇒ ∂u /∂y = 0 (desprezando
a resistência do ar).
Aplicando essas condições, resulta C2 = 0 e C1 = ρ.g .δ/µ. Finalmente,
ρ.g .δ2 y 1 y 2
u (y ) = · − · (73)
µ δ 2 δ
∂u
τxy = µ · = ρ.g .(δ − y ) (74)
∂y
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Escoamento Viscoso em Superfı́cies Verticais
Q ρ.g .δ3
= (75)
b 3.µ
Velocidade média, u:
Q ρ.g .δ2
u= ⇒u= (76)
A 3.µ
TODO EQUACIONAMENTO DAS SOLUÇ ÕES EXATAS ( OU SIMPLES ) DAS
E QUAÇ ÕES DE N AVIER -S TOKES FOI FEITO CONSIDERANDO ESCOAMENTO
LAMINAR COMPLETAMENTE DESENVOLVIDO .
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Exercı́cio de Aula 1
v = x .y + y .z + z 2
z2
w = −3.x .z − +4
2
(a) Determine a taxa de dilatação volumétrica e interprete o resultado;
(b) Determine a expressão do vetor rotação. Este escoamento é irrotacional?
[(MUNSON; YOUNG; OKIISHI, 2004), exercı́cio 6.4]
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Exercı́cio de Aula 2
u = a.y + b.y 2
v =w =0
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Exercı́cio de Aula 3
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Exercı́cio de Aula 4
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Exercı́cio de Aula 5
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Exercı́cio de Aula 6
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Exercı́cio de Aula 7
u = 4.x ; v = −2.y
pede-se: (a) a expressão de ρ(t ) para que o escoamento seja possı́vel; e (b)
a equação das linhas de corrente. [Apostila, exercı́cio 2.35]
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Exercı́cio de Aula 8
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Exercı́cio de Aula 9
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Exercı́cio de Aula 10
D ξz
= ν.∇2 .ξz
Dt
Qual é a interpretação fı́sica desta equação num escoamento invı́scido?
[(MUNSON; YOUNG; OKIISHI, 2004), exercı́cio 6.71]
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Exercı́cio de Aula 11
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Exercı́cio de Aula 12
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Exercı́cio de Aula 13
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Exercı́cio de Aula 14
Enunciado: O arranjo
experimental indicado ao
lado pode ser utilizado para
estudar escoamentos em
regime permanente em
tubos. O lı́quido contido no
reservatório apresenta
viscosidade dinâmica igual
a 0,015 N.s/m2
e massa especı́fica igual a 1200 kg/m3 . O escoamento descarrega para a atmosfera
com velocidade média de 1 m/s. (a) Qual é o regime do escoamento no tubo? (b)
Qual é a leitura no manômetro sabendo que o escoamento é plenamente
desenvolvido no trecho da tubulação localizado a jusante do manômetro. (c) Qual é o
módulo da tensão de cisalhamento na parede do tubo, τrz , na região com escoamento
plenamente desenvolvido? [(MUNSON; YOUNG; OKIISHI, 2004), exercı́cio 6.90]
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Exercı́cio de Aula 15
4.µ.Q
|(τrz )parede | =
π.R 3
onde a vazão do escoamento no tubo é Q. (b) Um fluido com viscosidade
dinâmica igual a 0,003 N.s/m2 escoa num tubo com diâmetro interno igual a 2
mm e velocidade média de 0,1 m/s. Nestas condições, determine o módulo da
tensão de cisalhamento na parede. [(MUNSON; YOUNG; OKIISHI, 2004),
exercı́cio 6.92]
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Exercı́cio de Aula 16
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Exercı́cio de Aula 17
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Exercı́cio de Aula 18
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Referências Bibliográficas
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