Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Duas dificuldades
• As equações que descrevem o movimento dos fluidos são demasiado
complexas para serem facilmente aplicadas a geometrias complexas
• =⇒ as equações têm de ser resolvidas numericamente nesses casos usando
dinâmica de fluidos computacional (CFD)
• A viscosidade dos fluidos pode provocar o fenómeno caótico da turbulência:
ainda um dos grandes problemas da física moderna.
Conceito de fluido
• Na mecânica de fluidos só há dois estados: sólidos e fluidos
• A distinção entre os dois prende-se com a sua resistência a tensões de corte, τ
Conceito de fluido
• Na mecânica de fluidos só há dois estados: sólidos e fluidos
• A distinção entre os dois prende-se com a sua resistência a tensões de corte, τ
• Um sólido pode ter uma deformação estática
Conceito de fluido
• Na mecânica de fluidos só há dois estados: sólidos e fluidos
• A distinção entre os dois prende-se com a sua resistência a tensões de corte, τ
• Um sólido pode ter uma deformação estática
• Um fluido entra em movimento
• =⇒ quando um fluido se encontra em repouso, τ = 0
Líquidos e Gases
• Há 2 tipos de fluidos: líquidos e gases
• A diferença entre eles prende-se com as forças de coesão entre as moléculas.
• Um líquido tem forças de coesão maiores e as moléculas, mais próximas umas
das outras formam superfícies livres quando sujeitas a um campo gravitacional
Líquidos e Gases
• Há 2 tipos de fluidos: líquidos e gases
• A diferença entre eles prende-se com as forças de coesão entre as moléculas.
• Um líquido tem forças de coesão maiores e as moléculas, mais próximas umas
das outras formam superfícies livres quando sujeitas a um campo gravitacional
• Os gases têm moléculas mais espaçadas e expandem-se até atingir uma parede
sólida que os retenha ⇐⇒ não têm volume definido, nem formam uma
superfície livre.
Líquidos e Gases
• Para efeitos da Engenharia, os fluidos podem ser considerados meio contínuos,
onde todas as “quantidades” variam suavemente no espaço (figura a) -
podemos usar cálculo diferencial no estudo dos fluidos.
Líquidos e Gases
• Para efeitos da Engenharia, os fluidos podem ser considerados meio contínuos,
onde todas as “quantidades” variam suavemente no espaço (figura a) -
podemos usar cálculo diferencial no estudo dos fluidos.
• A nível molecular essas variações não são tão suaves, mas o volume limite em
que as propriedades atingem valores médios suaves são muito pequenos
quando comparados com aplicações de engenharia (figura b)
Escoamento
• Por escoamento designamos o movimento do fluido. Assim, quantidades como
caudal, rotação ou vorticidade são propriedades do escoamento, enquanto que
temperatura, viscosidade ou massa volúmica são propriedades do fluido.
Campo de velocidade
• O campo de velocidade de um escoamento é, na maioria dos casos, a
informação mais importante de um escoamento que se quer descobrir.
A partir do campo de velocidade muita informação pode ser derivada.
z, w
x, u
Caudal volúmico
• O caudal volúmico (ou volumétrico) que passa através de uma superfície S , é
calculado integrando as velocidades normais à superfície, ao longo da área S ,
Z
Q= (V · n) dA (1.5)
S
Caudal volúmico
• O caudal volúmico (ou volumétrico) que passa através de uma superfície S , é
calculado integrando as velocidades normais à superfície, ao longo da área S ,
Z
Q= (V · n) dA (1.5)
S
Propriedades termodinâmicas
• pressão, p
• massa volúmica, ρ
• temperatura, T
• energia interna, û
• entalpia, h = û + p/ρ
• peso específico,
Propriedades termodinâmicas γ = ρg
• pressão, p
• massa volúmica, ρ • gravidade específica,
• temperatura, T Gases:
ρ
S Ggás =
• energia interna, û ρar
• entalpia, h = û + p/ρ Líquidos:
ρ
S Glíq =
ρágua
• peso específico,
Propriedades termodinâmicas γ = ρg
• pressão, p
• massa volúmica, ρ • gravidade específica,
• temperatura, T Gases:
ρ
S Ggás =
• energia interna, û ρar
• entalpia, h = û + p/ρ Líquidos:
ρ
S Glíq =
ρágua
Propriedades de transporte
• viscosidade dinâmica, µ
• condutividade térmica, k
Pressão, p
• Pressão é a tensão de compressão a que uma parcela de fluido está sujeita.
É uma das variáveis mais importantes a seguir à velocidade.
• Numa parcela de um fluido em repouso atua em todas as direcções com a
mesma magnitude, em superfícies sólidas actua na perpendicular à superfície.
• símbolo: p
• unidades: Pa (pascal),
Pa=N·m−2
• pressão atmosférica,
pa ≈ 101325 Pa
Pressão, p
• Pressão é a tensão de compressão a que uma parcela de fluido está sujeita.
É uma das variáveis mais importantes a seguir à velocidade.
• Numa parcela de um fluido em repouso atua em todas as direcções com a
mesma magnitude, em superfícies sólidas actua na perpendicular à superfície.
• símbolo: p
• unidades: Pa (pascal),
Pa=N·m−2
• pressão atmosférica,
pa ≈ 101325 Pa
• As diferenças (gradientes) de pressão são frequentemente causadoras de
escoamentos de fluido. Está-se muitas vezes interessado em diferenças de
pressão e não em valores absolutos. Estes últimos são relevantes quando:
• se quer calcular forças de fluidos sobre sólidos
• em líquidos, a pressão é de tal forma baixa que leva à formação de bolhas de vapor
(cavitação)
• há escoamentos de gases (compressíveis) a altas velocidades
Massa volúmica, ρ
• Massa volúmica (por vezes designada de densidade) é a massa do fluido por
unidade de volume.
• No caso de líquidos, este valor é aproximadamente constante e estes fluidos
são tratados como incompressíveis. Por exemplo, a massa volúmica da água só
aumenta 1% se multiplicarmos a pressão atmosférica por 220.
• No caso de gases, há maiores variações, mas em muitos problemas de
engenharia que não envolvam velocidades ou pressões muito elevadas, o uso
de uma massa volúmica constante é uma boa aproximação.
Massa volúmica, ρ
• Massa volúmica (por vezes designada de densidade) é a massa do fluido por
unidade de volume.
• No caso de líquidos, este valor é aproximadamente constante e estes fluidos
são tratados como incompressíveis. Por exemplo, a massa volúmica da água só
aumenta 1% se multiplicarmos a pressão atmosférica por 220.
• No caso de gases, há maiores variações, mas em muitos problemas de
engenharia que não envolvam velocidades ou pressões muito elevadas, o uso
de uma massa volúmica constante é uma boa aproximação.
• símbolo: ρ [’ró’]
• unidades: kg·m−3
• massa volúmica da água,
ρ = 998 kg·m−3
• massa volúmica do ar,
ρ ≈ 1.225 kg·m−3 ao nível
do mar
Massa volúmica, ρ
• Massa volúmica (por vezes designada de densidade) é a massa do fluido por
unidade de volume.
• No caso de líquidos, este valor é aproximadamente constante e estes fluidos
são tratados como incompressíveis. Por exemplo, a massa volúmica da água só
aumenta 1% se multiplicarmos a pressão atmosférica por 220.
• No caso de gases, há maiores variações, mas em muitos problemas de
engenharia que não envolvam velocidades ou pressões muito elevadas, o uso
de uma massa volúmica constante é uma boa aproximação.
• símbolo: ρ [’ró’]
• às vezes também se usa o
• unidades: kg·m−3
peso específico, γ [’gama’]
• massa volúmica da água,
• i.e. peso por unidade de
ρ = 998 kg·m−3 volume
• massa volúmica do ar,
• unidades: N·m−3
ρ ≈ 1.225 kg·m−3 ao nível
do mar • =⇒ γ = ρ · g
δuδt
tan δθ =
δy
limδθ→0 tan δθ = δθ
dθ du
τ=µ =µ
dt dy
du
é a taxa de deformação
dy
Tensão de corte
• símbolo: τ [’tau’]
• unidades: N·m−2
Viscosidade dinâmica
• símbolo: µ [’mú’]
• unidades: kg·m−1 ·s−1 ≡ N·s·m−2
δuδt
tan δθ =
δy
limδθ→0 tan δθ = δθ
dθ du
τ=µ =µ
dt dy
du
é a taxa de deformação
dy
Tensão de corte
• símbolo: τ [’tau’]
• unidades: N·m−2
Viscosidade dinâmica
• símbolo: µ [’mú’]
• unidades: kg·m−1 ·s−1 ≡ N·s·m−2
δuδt
tan δθ =
δy µ
limδθ→0 tan δθ = δθ Viscosidade cinemática ν =
dθ du
ρ
τ=µ
dt
=µ
dy • símbolo: ν [’nú’]
du • unidades: m2 ·s−1
é a taxa de deformação
dy
• Se o fluido é Newtoniano,
∂u ∂u τ
τ=µ ⇐⇒ = (1.9)
∂y ∂y µ
• Se o fluido é Newtoniano,
∂u ∂u τ
τ=µ ⇐⇒ = (1.9)
∂y ∂y µ
Exemplo 1
Uma placa fina é separada de duas placas fixas por líquidos com viscosidades altas
µ1 e µ2 , como mostra a figura. As distâncias entre as placas, h1 e h2 , não são iguais.
A área de contacto entre a placa central e cada fluido é A.
h1 µ1
F, V
h2 µ2
Exemplo 2
Pretende-se determinar a viscosidade dinâ-
mica de um fluido através de um viscosímetro, Tubo
que consiste num eixo em rotação dentro de estacionário
um tubo estacionário, ambos com L = 40 cm
de comprimento, como mostra a figura. O eixo
tem raio R = 6 cm enquanto que o espaça- ℓ
mento entre eixo e a parede interior do tubo R
é ℓ = 1.5 mm. É aplicado um binário de 1.8 N·m
ao eixo para o manter a rodar a uma velocidade N = 300 rpm
N = 300 rpm. Eixo
∂u
τ=µ (1.12)
∂y
∂u
τ=µ (1.12)
∂y
Resistência à deformação
aumenta com o aumento
da tensão de corte
Resistência à deformação
aumenta com o aumento
da tensão de corte
Resistência à deformação
diminui com o aumento da
tensão de corte
Tensão superficial
Tensão superficial
Tensão superficial
• símbolo: Υ [’úpsilon’]
• unidades: N·m−1
Tensão superficial
• Se for efetuado um corte de dimensão dL em uma interface, vai ser exposta
nesse corte uma força de magnitude:
F = Υ dL (1.14)
• Valores de tensão superficial para interfaces comuns:
• Υ = 0.073 N·m−1 , interface água-ar
• Υ = 0.480 N·m−1 , interface mercúrio-ar
Tensão superficial
• Se for efetuado um corte de dimensão dL em uma interface, vai ser exposta
nesse corte uma força de magnitude:
F = Υ dL (1.14)
• Valores de tensão superficial para interfaces comuns:
Υ ≡ σs
• Υ = 0.073 N·m−1 , interface água-ar
• Υ = 0.480 N·m−1 , interface mercúrio-ar
Gota de água:
2Υ
2πR · Υ = ∆p · πR2 =⇒ ∆p =
R
Tensão superficial
• Se for efetuado um corte de dimensão dL em uma interface, vai ser exposta
nesse corte uma força de magnitude:
F = Υ dL (1.14)
• Valores de tensão superficial para interfaces comuns:
Υ ≡ σs
• Υ = 0.073 N·m−1 , interface água-ar
• Υ = 0.480 N·m−1 , interface mercúrio-ar
2Υ cos θ
∴h=
ρgR
Análise idêntica deve ser feita se h for
negativo, balanceando a força da tensão
superficial com o peso do fluido ausente
dentro do tubo.
Exemplo 3
Cavitação
• A pressão de vapor de um líquido,pv , é a pressão a que o líquido começa a
ferver para uma dada temperatura.
• Por exemplo, ao nível do mar, à pressão atmosférica pa ≈ 101300 Pa, a água ferve
a 100◦ porque a essa temperatura pv = 101300 Pa. No topo do Evereste (8848 m
de altitude), a pressão atmosférica é apenas pa ≈ 31480 Pa, pelo que a água
ferve a 70◦ , quando pv = pa .
• Num escoamento, a formação de bolhas de vapor pode ocorrer se o
número de cavitação,
p − pv
Ca = (1.15)
2 ρV
1 2
Cavitação
• Número de cavitação,
p − pv
Ca =
2 ρV
1 2
LATEX was unable to guess the total number of pages correctly. As there w
some unprocessed data that should have been added to the final page t
extra page has been added to receive it.
If you rerun the document (without altering it) this surplus page will go
away, because LATEX now knows how many pages to expect for this docume