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31/05/2023

MECÂNICA DOS SOLOS


TENSÕES NO SOLO

Tensão total em um meio contínuo:


Forças transmitidas à placa; que podem
ser normais e tangenciais. Por uma
simplicidade sua ação é substituída pelo
conceito de tensões.

Área de contato dos grãos - desprezível

Fonte: Prof. João Guilherme Rassi Almeida

MECÂNICA DOS SOLOS


TENSÕES GEOSTÁTICAS

Esforços devido ao peso próprio

Caso particular - terreno horizontal e plano, com constância horizontal


nas camadas e ausência de cargas externas.

Solo estratificado → camadas uniformes de espessuras z1 , z2, ..., com


pesos específicos γ1, γ2, ... 
sat1
sat2
V= 1 . Z1+ 2 . Z2+ ...+ n . Zn

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TENSÕES GEOSTÁTICAS

Esforços devido ao peso próprio

• Lembre-se que  é o peso de tudo (solo e água) por unidade de volume.


• Como z ou v advém do peso total do solo ele é conhecido como
tensão total;
• Existem também as tensões horizontais h, mas não existe uma relação
simples entre z (ou v) e h .
Fonte: Prof. João Guilherme Rassi Almeida

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TENSÕES GEOSTÁTICAS

• No solo a tensão vertical em uma determinada profundidade é devida


ao peso de tudo que se encontra acima. Ou seja, grãos de solo, água,
fundações.
• Desta forma, a tensão aumenta com a profundidade
Nível d’água

zw q

z z z z z
z

h h

z = .z z = .z + w.zw z = .z + q


 = peso específico do solo
Fonte: Prof. João Guilherme Rassi Almeida
z ou v

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TENSÕES GEOSTÁTICAS

Exemplo de Cálculo

V1= 16. 3 = 48 kN/m2


V2= 21. 2 = 42 kN/m2
VT= V1 + V2 = 90 kN/m2

   .h Σ (efeito das camadas)

Fonte: Prof. João Guilherme Rassi Almeida

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TENSÕES GEOSTÁTICAS

Exercício 1 – Calcule a tensão total a 15m de profundidade.

   .h

 = 15*4 + 19*3 + 17*8 = 253 kN/m² ou kPa


Fonte: Prof. João Guilherme Rassi Almeida

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TENSÕES GEOSTÁTICAS

Exercício 1

Diagrama de tensões
0m
argila orgânica mole preta
 = 15 kN/m3
-4 m
areia fina argilosa medianamente compacta
 = 19 kN/m3
-7 m

argila siltosa mole cinza escuro


 = 17 kN/m3

-15 m
solo de alteração de rocha 0 50 100 150 200 250 300

kPa

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TENSÕES GEOSTÁTICAS

Terzaghi → Estabeleceu que abaixo do NA a tensão normal total em um


plano qualquer → soma de duas parcelas:

• Tensão transmitida pelos contatos entre as partículas → tensão


efetiva (σ’) - extremamente difícil mensuração;

• Pressão na água dos poros (u)

Num caso mais genérico (solo não saturado):


• Pressão no ar dos poros (ua )

   'u
Pressão neutra (ou poropressão) – u ou uw
• A água nos poros de um solo saturado possui uma pressão conhecida
como pressão de poro ou pressão neutra.

• Independe dos vazios do solo. u   w .z w


zw= altura da coluna d’água.

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TENSÕES GEOSTÁTICAS

Pressão neutra (ou poropressão) – u ou uw

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TENSÕES NOS SOLOS

Princípio das Tensões Efetivas (grão a grão)

• O Princípio das Tensões Efetivas se aplica somente à solos totalmente


saturados
1) A tensão efetiva (solos saturados) pode ser expressa por:

σ’ = σ − u
2) Todos os efeitos mensuráveis das variações de tensões (deformações e
resistência ao cisalhamento) são devido a variações na tensão efetiva -
associados ao deslocamento relativo das partículas de solo.

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TENSÕES GEOSTÁTICAS

Exercício 2 – Calcule a Tensão total e a pressão neutra a


15m. (nível da água em 0,0 m)

VT= 15 * 4 + 19 * 3 + 17 * 8 = 253 kN/m2


u = 10 * 15 = 150 kN/m2

Tensões Geostáticas
 Exercício 3 : Considere o perfil abaixo. Trace o gráfico da
variação de σ, u e σ’, a 0m ; 4m ; 7m e 15m.
NA
Diagrama de tensões
0m
argila orgânica mole preta
 = 15 kN/m3
-4 m Tensão Efetiva
areia fina argilosa medianamente compacta
 = 19 kN/m3
-7 m
Tensão Total

argila siltosa mole cinza escuro


 = 17 kN/m3 Poropressão

-15 m
solo de alteração de rocha
0 50 100 150 200 250 300

kPa
 Exemplo cota de 7 m.

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EXERCÍCIOS

Exercício 1 Calcule as tensões total, neutra e efetiva para os pontos


assinalados (tensões verticais). Faça um gráfico da variação da tensão por
profundidade.

v = . z
u = w . zw
’v = v - u

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EXERCÍCIOS

Exercício 1

Solução:

Ponto Prof. v u ’v


(m) (kN/m2) (kN/m2) (kN/m2)

A 0 0 0 0
B 2,8 47,0 0 47,0
C 7,0 135,2 42,0 93,2
D 9,5 177,7 67,0 110,7

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EXERCÍCIOS

Exercícios 1

Solução

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Capilaridade

Nos solos, por efeito da tensão superficial entre a água e a superfície das
partículas → a água consegue subir acima do nível freático a uma altura
maior quanto menor forem os vazios.

0,306 𝐶
ℎ = ( 𝑑 𝑒𝑚 𝑐𝑚) ℎ =
𝑑 𝑒. 𝑑
d10 = diâmetro efetivo; e = índice de vazios e
C uma cte que varia de 0,1 cm2 a 0,5 cm2. 16

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Capilaridade

Exemplo 1:
Calcular a altura capilar máxima em um tubo com 0,1 mm de diâmetro.

Exemplo 2:
O diâmetro efetivo de uma areia é 0,065, e o índice de vazios, 0,60. Estimar,
usando a fórmula de Hazen, a altura de ascenção capilar, considerando C=0,1
cm2.

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Capilaridade

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Capilaridade

Exemplos da importância no estudo da capilaridade

– Construção de aterros e pavimentos - a água que sobe por


capilaridade tende a comprometer a durabilidade de pavimentos.

– Sifonamento capilar em barragens - a água pode, por capilaridade,


ultrapassar barreiras impermeáveis e gerar por efeito de sifonamento
percolação através do corpo da barragem.

– Coesão aparente - parcela de resistência gerada pelos meniscos


capilares presentes em solos não saturados.

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