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PRESSÕES E
TENSÕES NO SOLO
Eng.º Ronaldo Paulo Sérgio
1. INTRODUÇÃO
Em grande parte dos problemas de engenharia de solos, é necessário o
conhecimento do estado de tensões em pontos do subsolo, antes e depois da
construção de uma estrutura qualquer. As tensões na massa de solo são causadas
por cargas externas ou pelo próprio peso do solo.
As considerações acerca dos esforços introduzidos por um carregamento externo
são bastante complexas e seu tratamento, normalmente se dá, a partir das
hipóteses formuladas pela teoria da elasticidade.
Onde:
W = γ . V (peso do prisma)
V = b2 . z (volume do prisma)
A = b2 (área do prisma)
γ = peso específico natural do solo
Quando o peso específico da camada não for constante e se conhecer a sua lei de
variação com a profundidade, a tensão poderá ser calculada:
u0 = γw . zw
Onde:
u0 = pressão neutra ou poro-pressão
γw = peso específico da água, tomado igual a 10 kN/m3 = 1g/cm3
zw = profundidade em relação ao nível da água.
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2.1. ÁGUA NO SOLO
Considerando um elemento de solo (A) a uma profundidade (Z), como está
ilustrado no perfil geotécnico da figura 2, a tensão normal vertical inicial (σ vo)
neste ponto (A) pode ser determinada considerando o peso do solo saturado
acima do ponto (A), dividido pela área. Portanto, temos:
σvo = γsat . z
σvo = γ . Z1 + γ sat . Z2
E a pressão neutra no mesmo ponto é:
uo = γw . zw
σ = σ’ + u
Onde:
σ = tensão total;
σ’ = tensão efectiva;
u = pressão neutra.
O valor de χ, além de ser muito influenciado pelo grau de saturação do solo, sofre
influência também da estrutura, do ciclo de inundação-secamento e de alterações
havidas no estado de tensões.
Devido ao peso próprio ocorrem também tensões horizontais, que são uma
parcela da tensão vertical actuante:
A água subirá até uma “altura de ascensão capilar”, tanto maior esta altura
quanto menor o diâmetro do tubo, tal que a componente vertical da força capilar
(Fc = 2.π.r.Ts) seja igual ao peso da coluna d’água suspensa.
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Exemplo 6: Determine os acréscimos de tensão vertical e horizontal nos pontos
assinalados da figura abaixo.
Para efeitos práticos, considera-se que valores menores que (0,1 p0) não têm
efeito na deformabilidade do solo de fundação. E, portanto, a isóbara (Δσ‘v = σz
= 0,1 p0) como que limitaria a zona do solo sujeita às deformações. A figura
formada por essa isóbara denomina-se bulbo de pressões.