GRANULOMETRIA DOS SOLOS

Aula 03 | Eng. Ronaldo Paulo Sergio | 11/03/2024

INTRODUÇÃO
Todos os solos, em sua fase sólida, contêm partículas de diferentes tamanhos
em proporções as mais variadas. A determinação do tamanho das partículas e
suas respectivas percentagens de ocorrência permitem obter a função
distribuição de partículas do solo e que é denominada distribuição
granulométrica.
Granulometria é a medida da distribuição das dimensões das partículas em
um material, geralmente em relação ao tamanho das partículas sólidas. É uma
característica importante para diversos materiais, incluindo solos, sedimentos,
pós, grãos, minerais e outros materiais granulares. A análise granulométrica
fornece informações sobre a textura e as propriedades físicas do material.
INTRODUÇÃO
A granulometria é frequentemente expressa em termos de percentagens de
diferentes faixas de tamanho de partícula, como areia, silte e argila em solos.
Para realizar a análise granulométrica, são utilizadas técnicas específicas,
como peneiramento, sedimentação, difracção a laser, entre outras,
dependendo do tipo de material e dos requisitos da análise.

A importância da granulometria varia de acordo com o contexto. Na

engenharia civil, a granulometria é crucial para determinar as propriedades
mecânicas e hidráulicas do solo, afectando o design de fundações, estradas e
estruturas.
NORMALIZAÇÃO
A norma NP EN ISO 17892-4:2016-en especifica um método para a
determinação da distribuição granulométrica dos solos usando a técnica de
peneiramento. Portanto, o processo descrito na norma envolve o uso de
peneiras com aberturas graduadas para separar as partículas do solo com base
em seus tamanhos.
PROCEDIMENTOS
O procedimento para realizar a granulometria dos solos geralmente envolve
as seguintes etapas:

a) Preparação da Amostra
 Colecta da amostra representativa do solo, garantindo que a amostra seja
representativa da área de interesse;
 Remoção de materiais orgânicos, pedras e outros detritos da amostra;
 Homogeneização da amostra para garantir uma distribuição uniforme das
partículas.
PROCEDIMENTOS
b) Peneiramento
 Pesaruma quantidade específica da amostra, conforme especificado na
norma;
 Utilizaruma série de peneiras com aberturas graduadas, dispostas em
ordem crescente de tamanho de abertura;
 Agitar a amostra nas peneiras por um tempo específico para permitir que
as partículas passem pelos diferentes tamanhos de abertura das peneiras;
PROCEDIMENTOS
c) Pesagem das Fracções Retidas e Passantes
 Após o processo de peneiramento, pesar as fracções retidas em cada
peneira;
 Registrar o peso das fracções passantes através das peneiras.
PROCEDIMENTOS
d) Cálculos
 Calcular a percentagem acumulada de material retido em cada peneira em
relação à massa total inicial da amostra.
 Representar os resultados graficamente para obter a curva
granulométrica.
PROCEDIMENTOS
e) Interpretação dos Resultados
 Analisar a curva granulométrica para determinar a distribuição das
partículas no solo;
 Classificar a textura do solo com base nas proporções de areia, silte e
argila.
PROCEDIMENTOS
f) Relatório

Preparar um relatório detalhado, incluindo todos os dados colectados,

procedimentos seguidos e resultados obtidos.

É fundamental seguir rigorosamente os procedimentos descritos na norma

para garantir a precisão e a consistência dos resultados. Além disso, é
aconselhável contar com pessoal qualificado e utilizar equipamentos
calibrados para realizar os ensaios de granulometria dos solos.
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS BASEADOS
EM CRITÉRIOS GRANULOMÉTRICOS
Os solos recebem designações segundo as dimensões das partículas
compreendidas entre determinados limites convencionais, conforme Tabela
3.1. Nesta tabela estão representadas as classificações adoptadas pela
A.S.T.M (American Society for Testing Materials), A.A.S.H.T.O. (American
Association for State Highway and Transportation Officials), ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e M.I.T (Massachusetts Institute
of Technology).
Tabela 2 - Escalas granulométricas adotadas pela A.S.T.M., A.A.S.H.T.O, M.I.T. e ABNT.
Figura 3.2 - Série de peneiras de abertura de malhas conhecidas