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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CAMPUS ANGICOS
ENGENHARIA CIVIL

EDSON XAVIER DE SOUZA


JAINNY STHEFANNY MENDONÇA
WILSON SILAS CUNHA

CARACTERIZAÇÃO DO SOLO A PARTIR DE ENSAIOS DE GRANULOMETRIA E


TEOR DE UMIDADE

ANGICOS/RN
2023
EDSON XAVIER DE SOUZA
JAINNY STHEFANNY MENDONÇA
WILSON SILAS CUNHA

CARACTERIZAÇÃO DO SOLO A PARTIR DE ENSAIOS DE GRANULOMETRIA E


TEOR DE UMIDADE

Relatório de caracterização do solo a partir


de ensaios de granulometria e teor de
humidade realizados no laboratório da
Universidade Federal Rural do Semi-Árido,
Campus Angicos, solicitado pela disciplina
de Mecânica dos Solos I.

ANGICOS/RN
2023
RESUMO

O ensaio granulométrico é uma análise laboratorial realizada para determinar a


distribuição do tamanho das partículas presentes em um material sólido, como
solos, agregados, areias, grãos e sedimentos. Esse tipo de ensaio é fundamental
em diversas áreas, incluindo engenharia civil, geologia, ciências ambientais e
indústria de mineração, pois o tamanho das partículas influencia diretamente as
propriedades e comportamento desses materiais. O procedimento básico do ensaio
granulométrico consiste na passagem da amostra por um conjunto de peneiras com
aberturas de tamanhos diferentes. A amostra é colocada sobre a peneira de
abertura maior e submetida a um processo de agitação controlada. As partículas
ficam retidas nas peneiras de acordo com seu tamanho, sendo classificadas em
frações granulométricas. Após o peneiramento, as partículas retidas em cada
peneira são pesadas, e os resultados são registrados em uma tabela. Com base nas
massas retidas, é possível calcular o percentual retido em cada peneira em relação
à massa total da amostra, o que permite determinar a distribuição granulométrica.
Os resultados do ensaio granulométrico fornecem informações importantes, como o
tamanho máximo e mínimo das partículas, a porcentagem de material fino e grosso,
a distribuição granulométrica acumulada, entre outras características. Essas
informações são cruciais para a seleção adequada de materiais em projetos de
construção civil, dimensionamento de pavimentos, análise de solos em obras
geotécnicas e no controle de qualidade de agregados para produção de concreto e
argamassa. É essencial seguir normas e padrões técnicos estabelecidos para
garantir a precisão e a confiabilidade dos resultados do ensaio granulométrico. Com
base nessas informações, profissionais e pesquisadores podem tomar decisões
embasadas na caracterização das propriedades granulométricas dos materiais,
garantindo a eficiência e segurança nas suas aplicações.

Palavras chave: Ensaio Granulométrico. Amostra. Construção Civil


LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Local de extração da amostra………………………………………………09


Figura 02 - Extração da amostra…………………………………………………………11
Figura 03 - Medição do maior grão………………………………………………………11
Figura 04 - Quarteamento…………………………………………………………………11
Figura 05 - Peneiramento malha
10……………………………………………………...11
Figura 06 - Peso da areia grossa após estufa………………………………………….12
Figura 07 - Peso da areia fina após estufa……………………………………………...12
Figura 08 - Série de peneiras para peneiramento grosso……………………………..12
Figura 09 - Material retido na malha ⅜…………………………………………………..13
Figura 10 - Material retido na malha 4…………………………………………………...13
Figura 11 - Material retido na malha 10………………………………………………….13
Figura 12 - material do peneiramento grosso…………………………………………..13
Figura 13 - Série de peneiras para peneiramento fino…………………………………14
Figura 14 - Material retido na malha 16………………………………………………….14
Figura 15 - Material retido na malha 30………………………………………………….14
Figura 16 - Material retido na malha 40………………………………………………….14
Figura 17 - Material retido na malha 50…………………………………………………15
Figura 18 - Material retido na malha 100………………………………………………..15
Figura 19 - Material retido na malha 200………………………………………………..15
Figura 20 - Material do peneiramento fino………………………………………………15
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 - Curva Granulométrica………………………………………………………17


LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Análise do teor de umidade do solo…………………………………....


…..16

Tabela 02 - Análise Granulométrica por


Peneiramento……………………………......17

Tabela 03 - Análise dos percentuais da curva……………………………………….


…..18

Tabela 04 - Análise do CNU e


CC……………………………………………………......19
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO………...…………………………………………………………………08
2 OBJETIVO………………………………………………………………………………..08
3 MATERIAL UTILIZADO………………………………………………………………....08
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL………………………………………………….08
4.1 Coleta da Amostra…………………………………………………………………….08
4.2 Teor de Umidade………………………………………………………………………09
4.2.1 Separação de amostra……………………………………………………………..09
4.3 Granulometria………………………………………………………………………….09
4.3.1 Preparação da amostra…………………………………………………………….10
4.3.2 Peneiramento Grosso………………………………………………………………12
4.3.3 Peneiramento Fino………………………………………………………………….13
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES………………………………………………………15
6 CONCLUSÃO……………………………………………………………………………18
7 REFERÊNCIAS………………………………………………………………………….19
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1. INTRODUÇÃO

A granulometria ou análise granulométrica dos solos é um estudo da


distribuição das dimensões dos grãos de um solo. Ou seja, é a determinação das
dimensões das partículas do agregado e de suas respectivas porcentagens de
ocorrência, em massa.
Para a elaboração do presente relatório, foi realizado o processo de
peneiramento. Os solos grossos (areias e pedregulhos), possuindo pouca ou
nenhuma quantidade de finos, podem ter a sua curva granulométrica inteiramente
determinada utilizando-se somente o peneiramento. Em solos que contém
quantidades significativas de finos, torna-se necessário uma análise mais detalhada
conjunta, que engloba as fases de peneiramento.
Essa análise é essencial em diversas áreas, como engenharia civil, geologia,
ciências ambientais, indústria de mineração e construção, uma vez que o tamanho
das partículas influencia diretamente as propriedades e comportamento desses
materiais.

2. OBJETIVO

O principal objetivo é conhecer a distribuição granulométrica do agregado e


seu teor de umidade, representando esses dados através de um gráfico,
possibilitando assim a determinação de suas características físicas. Todo o
processo experimental foi realizado de acordo com a norma vigente NBR 7181/84 –
Solo – Análise Granulométrica.

3. MATERIAL UTILIZADO

- Solo previamente selecionado ao lado da UFERSA.


- Picareta, pá e recipiente para coleta do solo.
- Cápsulas para guardar amostras de solo.
- Estufa
- Almofariz em porcelana
- Peneiras
- Balança de precisão
9

- Recipientes plásticos para fazer a pesagem

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. Coleta da Amostra

O solo utilizado nos ensaios foi coletado nas proximidades da Ufersa. Ao


identificar o local exato de interesse, escavou-se cerca de 30cm para iniciar o
recolhimento do material. A figura 01 mostra a localização do ponto de coleta no
Google Maps.
Figura 01. Local de extração da amostra.

Fonte: Google Maps.

4.2. Teor de Umidade

● Coletar o solo;
● Separar 5 amostras de solo para o experimento;
● Pesar o solo de cada cápsula;
● Levar as 5 amostras de solo para a estufa;
● Retirar da estufa após 24h;
● Pesar as amostras após secagem;
● Determinar a umidade do solo através dos resultados obtidos no laboratório e
dos cálculos necessários.

4.2.1. Separação de amostras

Para o ensaio de teor de umidade, foi necessário a retirada de 5 amostras do


solo. As amostras foram separadas e pesadas, seguinte a isso, ficaram 24h na
10

estufa. Após as 24h, realizou-se novamente a pesagem das amostras para


determinar o quanto o volume do solo havia reduzido, com isso, definir o teor de
umidade do solo.

4.3. Granulometria

● Coletar o solo;
● Medir o maior grão;
● Deixar secar naturalmente
● Destorroar e homogeneizar;
● Separar a quantidade de solo que será trabalhada e que irá ser de acordo
com o tamanho do maior grão;
● Quartear;
● Retirar 2/4 para ser trabalhado no experimento;
● Passar o solo na peneira de malha 10;
● Lavar a areia retida na peneira de malha 10, a areia grossa;
● Após lavagem da areia grossa, levar para estufa;
● Passar o solo passante da peneira de malha 10 na peneira de malha 200;
● Lavar a areia retida na peneira de malha 200, a areia fina;
● Após lavagem da areia fina, levar para estufa;
● Retirar da estufa após 24h;
● Realizar a pesagem da areia grossa após retirar da estufa;
● Realizar a pesagem da areia fina após retirar da estufa;
● Realizar o peneiramento da areia grossa nas devidas malhas (2’’, 1 ½’’, ¾’’,
⅜’’, 4 e 10) e pesagem da areia retida em cada malha;
● Realizar o peneiramento da areia fina nas devidas malhas (16, 30, 40, 50,
100, e 200) e pesagem da areia retida em cada malha;
● Determinar a classificação do solo através dos resultados obtidos no
laboratório e dos cálculos necessários.

4.3.1. Preparação da Amostra

Depois de escolhido o local da coleta, foi feita a escavação do solo, como


mostra a Figura 02 e retirada uma amostra para análise no laboratório. A partir da
figura 03, é possível ver que o tamanho do maior grão é cerca de 17,5mm, assim
definindo que a quantidade mínima de solo a ser trabalhado é de 4kg de acordo com
a Nbr 6457.
11

Figura 02. Extração da amostra. Figura 03. Medição do maior grão.

Fonte: Autoria própria


Fonte: Autoria própria.

Após o processo de destorroamento de todo o solo, foi feito um círculo para


realizar o quarteamento e retirar 2/4 do material para passar pelo peneiramento,
como mostra na figura 4. O peneiramento iniciou-se com a separação de areia
grossa e areia fina. A areia grossa é a que ficou retida na peneira de malha 10,
sendo assim, ela é lavada e levada para a estufa por 24h. A figura 05 mostra a areia
retida na peneira 10 e a areia passante.

Figura 04. Quarteamento. Figura 05. Peneiramento malha 10.

Fonte: Autoria própria.


Fonte: Autoria própria
12

A areia passante na malha 10 foi para o peneiramento na peneira de malha 200, o


solo retido
Figura 06.nessa malha éapós
Areia grossa a areia fina, e assim, Figura
estufa. também 07.foi lavada
Areia finaeapós
levada para a
estufa.
estufa por 24h. Nas figuras 06 e 07 é possível observar os pesos da areia grossa e
fina após a passagem pela estufa.

Fonte: Autoria própria. Fonte: Autoria própria.

4.3.2 Peneiramento Grosso

Em posse do material considerado como grosso por ficar retido na peneira


10, inicia-se o processo de peneiramento grosso. A figura 08 mostra a sequência de
peneiras usadas nessa etapa.

Figura 08. Série de peneiras para peneiramento grosso.

Fonte: Autoria própria.

O solo passou 100% pelas peneiras de malha 2’’, 1 ½’’, 1’’ e ¾’’, ficando
retido retido apenas nas demais peneiras. A quantidade retida nas peneiras do
13

peneiramento grosso está representada nas figuras 09, 10 e 11. A figura 12 mostra
lado a lado os solos retidos nesse processo.

Figura 09. Material Figura 10. Material Figura 11. Material


retido na malha ⅜’’. retido na malha 4. retido na malha 10.

Fonte: Autoria própria. Fonte: Autoria própria. Fonte: Autoria própria

Figura 12. Materiais retidos nas malhas ⅜’’, 4, 10 e na bandeja.

Fonte: Autoria própria.

4.3.3 Peneiramento Fino

A partir do material considerado como fino por ficar retido na peneira 200,
inicia-se o processo de peneiramento fino. A figura 13 mostra a sequência de
peneiras usadas nessa etapa.

Figura 13. Série de peneiras para peneiramento fino.


14

Fonte: Autoria própria.

Fez-se o processo de peneiramento fino e pesagem de cada quantidade que


ficava retida nas malhas e as figuras 14, 15, 16, 17, 18 e 19 mostram os esses
valores. A figura 20 mostra lado a lado os solos retidos nesse processo.

Figura 14. Material Figura 15. Material Figura 16. Material


retido na malha 16. retido na malha 30. retido na malha 40.

Fonte: Autoria própria. Fonte: Autoria própria. Fonte: Autoria própria.

Figura 17. Material


retido na malha 50.
15

Figura 18. Material


retido na malha 100.
Figura 19. Material
retido na malha 200.

Fonte: Autoria própria.

Fonte: Autoria própria.

Fonte: Autoria própria

Figura 20. Materiais retidos nas malhas 16, 30, 40, 50, 100 e 200.

Fonte: Autoria própria.


16

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com a tabela 01, podemos definir o teor de umidade do solo


trabalhado, após todo o ensaio e análise dos dados coletados, constatou-se que o
solo possui uma média de 4,66% de teor de umidade.

Tabela 01 - Análise do teor de umidade do solo.

Fonte - Autoria própria.


17

Tabela 02 - Análise Granulométrica por Peneiramento.

Fonte - Autoria própria.

Através do gráfico 01, foi possível identificar os percentuais de cada classe


do solo utilizado, tem-se os valores das que estão presentes no material e são
representados na tabela 03, sendo assim, observou-se que as duas composições de
maiores percentuais são as de areia média e fina. E analisando a tabela 04, é
definido o coeficiente de não-uniformidade e o coeficiente de curvatura, os dados
classificaram o solo como sendo uniforme e com graduação descontínua.
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Gráfico 01 - Curva Granulométrica.

Fonte - Autoria própria.

Tabela 03 - Análise dos percentuais da curva.

Fonte - Autoria própria.


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Tabela 04 - Análise do CNU e CC.

Fonte - Autoria própria.

6. CONCLUSÕES

Após o ensaio dos peneiramentos fino e grosso, com os padrões das normas
NBR 7181/1984 e NBR 6457/1986 e analisando os resultados obtidos, foi feita a
curva granulométrica completa do solo estudado.
Os resultados encontrados podem ter sido influenciados por alguns fatores
como leitura imprecisa dos equipamentos ou insuficiência de tempo disponível para
realização dos ensaios. Apesar das possíveis fontes de erro, a curva granulométrica
encontrada está dentro do esperado, o solo foi identificado e classificado como um
solo arenoso com graduação descontínua.
Podemos observar a grande importância deste experimento para a
Engenharia Civil em si, em que se faz de extrema importância encontrar qual tipo de
solo estamos trabalhando a partir dos ensaios de granulometria.
Ao finalizar o ensaio, compreendemos que a granulometria é um parâmetro
fundamental na caracterização de materiais, desempenhando um papel crucial na
engenharia e na ciência dos materiais. Através de análises granulométricas
precisas, podemos melhorar a qualidade e a eficiência de produtos e processos,
assim como garantir a segurança e sustentabilidade em diversas aplicações.
20

7. BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Amostras


de solo-Preparação para ensaios de compactação e ensaios de
caracterização. 1986.

ABNT. ABNT/NBR 7181: solo-análise granulométrica-procedimento. 1984.

SAMPAIO, João Alves; SILVA, Fernanda Arruda Nogueira Gomes da. Análise
granulométrica por peneiramento.

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