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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG

ENGENHARIA CIVÍL

ENSAIO TATÍL VISUAL PARA ANÁLISE


GRANULOMÉTRICA DO SOLO – MEMORIAL DISCRITIVO

CHRISLEY JOHNSON MATIDONE BUENO MARTINS


JESSICA MARTINS
JOHN ADAM EGIDIO DE SOUZA
SUELEN SILVA FARIA

Atividade apresentada ao prof.


Tiago M. F. Novais, para a
disciplina de Mecânica dos
Solos I do 5º período de
Engenharia Civil, para
obtenção parcial de créditos

DIVINOPOLIS - MG
JULHO 2022
INTRODUÇÃO

Trabalho Integralizador Multidisciplinar – TIM, é uma proposta do curso de


Engenharia Civil da Universidade do Estado de Minas Gerais, unidade de
Divinópolis – MG. A finalidade imposta pelo TIM é o trabalho de conclusão de
curso, proporcionando aos discentes o desenvolvimento de projetos de
engenharia em toda sua fase, para uma situação real à medida que evoluem
na sua formação.

Como os conhecimentos adquiridos em Mecânica dos Solos I, o presente


estudo, tem como objetivo iniciar o processo de caracterização do solo do
terreno proposto para o projeto TIM. Sendo o mesmo situado no bairro
Belvedere no município de Divinópolis - MG entre as ruas Sebastião Gonçalves
Coelho, Prof Dilza Nery Faria, Maria do Possidônio e Alceu Amoroso Lima.

Conhecer os tipos de solo é de primordial importância quando o assunto é


construção, afinal, os diferentes tipos de solo são fatores determinantes para o
projeto e execução das fundações, estruturas e o tipo de edificação a ser
erguida em determinado local. A falta de conhecimento referente ao solo, pode
acarretar em severas patologias nas edificações ou até mesmo o seu colapso
estrutural.

O trabalho desenvolvido foi com base nas normas da ABNT - Associação


Brasileira de Normas Técnicas, utilizando o laboratório e o conhecimentos
adquiridos na disciplina de Mecânica dos Solos I. O principal objetivo é
classificar e determinar as características e propriedades do solo através das
amostras coletadas no terreno do empreendimento e dar seguimento ao
trabalho TIM dos períodos subsequentes.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A necessidade do homem trabalhar com os solos, encontra sua origem nos


tempos mais remotos, podendo-se mesmo afirmar ser tão antiga quanto a
civilização. Recordem-se, entre outros, os problemas de fundações e de obras
de terra que terão surgido quando das grandes construções representadas
pelas pirâmides do Egito, os templos da Babilônia, a Grande Muralha da China,
os aquedutos e as estradas do Império Romano. (CAPUTO, 2006)

A Mecânica dos Solos desempenha um importante papel em vários ramos da


Engenharia e hoje figura no elenco de vários cursos de graduação, até porque
muitos processos mecânicos que ocorrem nos solos, e que são objetos de
estudo da Mecânica dos Solos, fazem parte de assuntos científicos e de
problemas relacionados com a segurança e qualidade de vida do homem.
Processos específicos de grande interesse e importância incluem a
estabilidade de fundações, de encostas, de aterros sanitários, contaminação de
solos, entre outros. Basicamente a mecânica dos solos consiste em uma das
disciplinas do curso de engenharia civil, sanitária e ambiental que busca prever
o comportamento de terrosos maciços quando estão sujeitos a esforços
provocados a obras de engenharia (FERNANDES, 2001).

A origem dos solos consiste na decomposição das rochas que formavam


inicialmente a crosta terrestre. Esta decomposição acontece devido a agentes
químicos e físicos conhecidos como agentes de intemperismo. Os principais
agentes que fazem a transformação da rocha matriz em solo são: variações
de temperatura, a água ao congelar e degelar, o vento ao variar a umidade do
solo, e a presença da flora e fauna (BOSCOV, 2008).

Os ensaios realizados em laboratório forneceram os dados necessários para


compreender melhor o comportamento do solo em que se pretende construir.
Mesmo com a divisão básica em três tipos de solo, arenoso, siltoso ou argiloso,
ela não pode ser considerada exata. Isto acontece, pois na natureza é
justamente a mistura de diversos materiais que forma a crosta terrestre. Deste
modo, é incorreto dizer que o solo arenoso é composto completamente por
areia ou o argiloso somente por argila, ele é constituído basicamente por
partículas que podem ser agrupadas de acordo com as dimensões dos grãos.
Cada grupo, Jou faixa de dimensões, apresenta características próprias, que
indicam seu comportamento como material de construção. As partículas
contidas em determinada faixa são classificadas como pedregulho, areia, silte e
argila, sendo que a areia também pode ser subdividida e qualificada como
grossa, média e fina (NEVES, et. al. 2009).

A classificação dos solos pela origem é um complemento importante para o


conhecimento das ocorrências e para a transmissão de conhecimentos
acumulados. Algumas vezes, a indicação da origem do solo é tão ou mais útil
do que a classificação sob o ponto de vista da constituição física. Os solos
podem ser classificados em dois grandes grupos: solos residuais e solos
transportados. (PINTO, 2006)

Na mecânica dos solos aplicam-se as leis da mecânica e da hidráulica nos


diversos problemas de Engenharia referentes com sedimentos e outros
depósitos não consolidados de partículas sólidas geradas por meio da
desintegração química ou mecânica das rochas, prescindindo ou não
elementos constituídos por substâncias orgânicas. Os problemas que se
apresentam no projeto e execução das fundações e obras de terra divergem-se
em dois tipos fundamentais: os que referem-se à deformação do solo e os que
consideram a ruptura de uma massa de solo.(CEARÁ, S.A)

Os solos são constituídos por um conjunto de partículas com água (ou outro
líquido) e ar nos espaços intermediários. As partículas, de maneira geral,
encontram-se livres para deslocar entre si. Em alguns casos, uma pequena
cimentação pode ocorrer entre elas, mas num grau extremamente mais baixo
do que nos cristais de uma rocha ou de ou metal, ou os agregados de um
concreto. O comportamento dos solos depende do movimento das partículas
sólidas entre si e isto faz com que ele se afaste do mecanismo dos sólidos
idealizados na Mecânicas dos Solos Deformáveis, na qual se fundamenta a
Mecânica das Estruturas, de uso corrente na Engenhara Civil. (PINTO, 2006).
De acordo com Boscov (2008), Karl Von Terzaghi é mundialmente reconhecido
como o criador da mecânica dos solos, pois seus estudos e trabalhos sobre
adensamento de solos é considerado o marco inicial deste novo ramo
da ciência na engenharia. Segundo Homero, o trabalho de Karl Von Terzaghi
tem sido verdadeiramente extraordinário, com contribuições de quase todas as
partes do mundo, inclusive do Brasil.

Segundo Rocha (2019), as diversas obras de engenharia são essenciais para o


desenvolvimento do Brasil. Onde, toda obra seja de engenharia ou não, esta
apoiada no solo. Existindo também, as obras que utilizam o solo como insumo
principal em sua construção, como por exemplo os aterros de estradas,
barragens, entre outros. Sabendo disso, observa-se a importância dos estudos
a respeito do importante tema em questão, uma vez, que deve-se buscar a
formação de engenheiros que conheçam estes conceitos e comportamento dos
solos e das fundações a fim de elaborar e executar projetos seguros, eficientes
e econômicos.

O engenheiro deve ter sempre presente que está tratando com um material (o
terreno) extremamente complexo, que varia de lugar para lugar e que, em
geral, não pode ser observado em sua totalidade, mas, tão-somente, através
de amostras (ainda assim suscetíveis a alterações quando de sua extração do
maciço) ou de ensaios in loco. Mais ainda, o seu comportamento é função das
pressões com que é solicitado, bem como depende do tempo e do meio físico,
não possuindo uma definida relação tensão-deformação.(CAPUTO, 2006)

Com intuito de agrupar os diversos tipos de solos em grupos com as mesmas


propriedades de interesse da engenharia, surgiram diversos sistemas de
classificações do solo. Onde, nos dias atuais estes sistemas são utilizados
principalmente por geólogos que trabalham em barragens de terra. De acordo
com Souza Pinto, os solos podem ser classificados em Pedregulho, Areia,
Silte, Argila, Solo Orgânico, Bem Graduado, Mal Graduado, Alta
Compressibilidade, Baixa Compressibilidade e Turfas.
Sendo que, existem diferentes tipos de solo que geralmente são classificados
pelo tamanho do grão, determinado pela passagem do solo por meio de uma
série de peneiras para separar os diferentes tamanhos de grão, chama de
análise granulométrica (DNER, 1996).

Segundo as dimensões das suas partículas e dentro de determinados limites


convencionais, as "frações constituintes" dos solos recebem designações
próprias que se identificam com as acepções usuais dos termos. Essas
frações, de acordo com a escala granulométrica brasileira (ABNT), são:
pedregulho - conjunto de partículas cujas dimensões (diâmetros equivalentes)
estão compreendidas entre 76 e 4 ,8 mm; areia, entre 4,8 e 0,05 mm; silte,
entre 0,05 e 0,005 mm; argila, inferiores a 0,005 mm.(CAPUTO, 2006)

Para os solos finos, isto é, com dimensões menores que 0,074 mm, já não
podemos usar o processo do peneiramento, utilizando-se, então, o método de
sedimentação contínua em meio líquido. (CAPUTO, 2006)

A forma das partículas dos solos tem grande influência sobre suas
propriedades.
Distinguem-se, principalmente, as seguintes formas: partículas arredondadas
ou, mais exatamente, com forma poliédrica. São as que predominam nos
pedregulhos, areias e siltes; partículas lamelares, isto é, semelhantes a lamelas
ou escamas. São as que se encontram nas argilas. Esta forma das partículas
das argilas responde por algumas de suas propriedades, como, por exemplo, a
compressibilidade e a plasticidade, esta última, uma das suas características
mais importantes. As areias que contêm uma porcentagem acentuada de mica
tornam-se, por isso, muito elásticas; partículas fibrilares, característica dos
solos turfosos. (CAPUTO, 2006)

Partículas de diversos tamanhos são encontradas no solo e a identificação do


tipo de partícula é muito difícil a olho nú visto eu um grão de areia por exemplo
pode ser envolto por partículas argilosas. Quando as mesmas partículas estão
úmidas, elas possuem particularidade de fácil identificação em um teste tato-
visual. A FIGURA 1 mostra um exemplo da porcentagem que passa em cada
peneira.

FIGURA 1 – Curva de Distribuição Granulométrica do Solo

Fonte: PINTO,2006
MATERIAS E MÉTODOS
Os procedimentos utilizados para a caracterização do solo através de uma
amostra e realizações de ensaios, devem seguir normas e parâmetros para
que se possa garantir a validade dos resultados. Tanto para a retirada de uma
amostra quanto para a realização dos ensaios. Desta forma, todos os ensaios
descritos posteriormente foram orientados através das seguintes normativas:

 NBR 9604/2016 – Coleta de Amostras Indeformadas;


 NBR 9820/1991 – Coleta de Amostras Deformadas;
 NBR 6457/2016 – Preparo de Amostra;
 NBR 16097/2012 – Umidade;
 NBR 7181/2016 – Granulometria;
 NBR 6459/2016 – Limite de Liquidez;
 NBR 7180/2016 – Limite de Plasticidade;
 DNER ME – 093/1994 - Solos – Determinação da Densidade Real.

Baseando na normativa de coleta de amostra, inicia-se o estudo do solo.


Sendo assim, a coleta da amostra de solo foi em dois pontos destintos e
distante entre eles no lote destinado ao empreendimento do TIM. Os
procedimentos usados para a retirado da amostra foram os seguintes. Nos
pontos escolhidos para coleta, é feita inicialmente uma limpeza na área com
auxílio de uma enxada, retirando a vegetação superficial, raízes e qualquer
outra matéria presente. Em seguida, com o auxílio do trado holandês é iniciada
a perfuração do solo, onde as primeiras amostras coletadas pelo mesmo foram
descartas pois ainda continha presença de matéria orgânica. Foi necessário
perfurar 1m de profundidade para iniciar a reservarão da amostra de solo,
profundidade na qual não apresenta conter matéria orgânica. Coletou-se uma
amostra de 3kg sendo colocada em um saco de plástico e, em seguida, levada
para o laboratório. De posse da amostra, iniciou-se os ensaios no laboratório.
1 Densidade Real dos Grãos

O ensaio foi realizado com base na norma DNER ME – 093/94, que descreve a
seguinte aparelhagem:

 Repartidor de amostra de 1,3 cm de abertura;


 Peneira 2,0 mm;
 Balança de capacidade de 200 kg, sensível a 0,01g;
 Estufa capaz d manter a temperatura entre 105ºC e 110ºC;
 Picnômetro com capacidade de 50ml;
 Termômetro graduado entre 0,5ºC, de 0ºC a 60ºC;
 Bico de gás ou outra fonte de calor;
 Capsula de porcelana de 6cm de diâmetro;
 Dessecador;
 Funil de 5 cm de diâmetro;
 Pegador de madeira.

Seca-se a amostra até um peso constante em estufa entre 105ºC – 110ºC, e


esfria-se no dessecador. Pesa-se o picnômetro vazio, seco e limpo ( P1 ¿,
coloca-se a amostra no picnômetro e pesa-se ( P2 ¿. Coloca-se a água destilado
no picnômetro até cobrir a amostra. Aquece-se o picnômetro deixando fervendo
por pelo menos 15 minutos para expulsar todo o ar existente entre as partículas
do solo, agitando-o para evitar o superaquecimento. Deixa-se o picnômetro
esfriar ao ambiente.

Enche-se completamente o picnômetro com água destilada, coloca-se em um


banho de água a temperatura ambiente, durante 15 minutos, coloca-se a rolha
perfurada de modo que aflore a sua parte superior e anota-se a temperatura do
banho (t), retira-se do banho e enxuga-o com um pano limpo e seco. Pesa-se o
picnômetro e conteúdo ( P3 ¿.

Retira-se todo do material de dentro do pinômetro, lava-se e enche-o


completamente com água destilada, coloca-o no banho de água a temperatura
ambiente, durante 15 minutos, coloca-se a rolha perfurada, de modo que a
água aflore a sua parte superior e anota-se a temperatura do banho (t), retira-
se o picnômetro do banho, enxuga-o com um pano limpo e seco e pesa-se a
seguir ( P4 ¿.

A densidade real do solo a temperatura (t) é dada da seguinte equação1 :

P 2−P1
Dt =
[ ( P4 −P 1) −( P3−P 2) ]
Equação 1

Dt -densidade real do solo a temperatura t

P1-Peso do picnômetro vazio e seco, em grama

P2-Peso do picnômetro mais amostra, em grama

P3-Peso do picnômetro mais amostra, mais agua, em grama

P4-Peso do picnômetro vazio e seco, em grama

O resultado final é expresso em número admissional e com aproximação de


centésimos. Valor da densidade deverá ser referido à agua a temperatura de
20ºC, como segue a equação 2.

D 20=K 20 X Dt
Equação 2

D 20 – Densidade real do solo a 20ºC;

K 20 – Razão entre a densidade relativa da água a temperatura (t) e densidade


relativa da água a 20ºC, obtida através do Quadro 1;

D t – Densidade real do Solo a temperatura (t).


Quadro 1 – Razão entre densidade relativa da água a uma temperatura (t) e densidade relativa
da água a 20ºC

Fonte: Norma DNER ME – 093/94


2 Análise Granulométrica

Um solo pode ser considerado como um conjunto formado por partículas de


diversos tamanhos. A medida do tamanho das partículas constituintes de um
solo é feita por meio da granulometria e para representação dessa medida
costuma-se utilizar uma curva de distribuição granulométrica. O ensaio de
análise granulométrica consiste na determinação das porcentagens, em peso,
das diferentes frações que constituem o solo, os solos com grãos maiores do
que a peneira de nº 200 (areias e pedregulhos) a granulometria tem vários
usos importantes. Por exemplo, os solos bem graduados, ou seja, com uma
ampla gama de tamanho de partículas, apresentam melhor comportamento em
termos de resistência e compressibilidade que os solos granulométricos
uniformes (todas as partículas têm o mesmo tamanho). Outra finalidade da
curva granulométrica é na estimativa do coeficiente de permeabilidade de solos
de granulação grossa, especialmente no dimensionamento de filtros. O material
fino atua como ligante dos solos.

A medida do tamanho das partículas constituintes de um solo é feita por meio


da granulometria e para representação dessa medida costuma-se utilizar uma
curva de distribuição granulométrica. De acordo com seu tamanho, as
partículas de um solo podem ser classificadas como: Pedregulho - 4,80 mm <
Ø < 76,0 mm; Areia – 0,05 mm < Ø < 4,80 mm; Silte - 0, 005 mm < Ø < 0, 05
mm; Argila - Ø < 0, 005 mm.

Podemos identificar várias formas de classificação os solos, como pela origem,


pela sua evolução, pela presença ou não de matéria orgânica, pela estrutura,
pelo preenchimento dos vazios. Temos que considerar que outras
classificações, que levam em consideração, a origem do solo e sua evolução
natural, são muito uteis, como informações complementares que em certos
casos, são bastantes relevantes é de fundamental importância na Engenharia
Civil.

Para realizar a análise granulométrica do solo utilizou-se como referência a


NBR 7181:2018 que prescreve o método para a análise granulométrica de
solos, realizada por peneiramento ou por uma combinação de sedimentação e
peneiramento. Na aplicação desta norma também foi necessário consultar as
NBR 5734:1989 (Peneiras para ensaio - Especificação), NBR 6457:2016
(Preparação de amostras de solo para ensaio normal de compactação e
ensaios de caracterização – Método de ensaio) e NBR 6508:1984 (Grãos de
solos que passam na peneira de 4,8 mm – Determinação da massa específica
– Método de ensaio)

A aparelhagem utilizada para a execução do ensaio foi:

 Estufa capaz de manter a temperatura entre 60° C e 65° C e entre


105°C e 110°C;
 Balanças que permitam pesar nominalmente 200g, 1,5kg, 5kg e 10kg,
com resoluções de 0,01g, 0,1g, e 1g, respectivamente, e sensibilidades
compatíveis;
 Recipientes adequados, tais como dissecadores, que permitam guardar
amostras sem variação de umidade;
 Aparelho de dispersão, com hélices substituíveis e copo munido de
chicanas; a rotação da hélice do aparelho não deve ser inferior a
9000rpm;
 Proveta de vidro, com cerca de 450mm de altura e 65mm de diâmetro,
com traço de referência indicando 1,000 cm³ a 20°C;
 Densímetro de bulbo simétrico, calibrado a 20°c e com resolução de
0,001, graduado de 0,995 a 1,050;
 Termômetro graduado em 0,1°C, de 0°C a 50°C;
 Cronometro;
 Béquer de vidro, com capacidade de 250 cm³;
 Proveta de vidro, com capacidade de 250 cm³ e resolução de 2 cm³;
 Peneiras de 1,3/8,4,10,40,80,200 mm, de acordo com a NBR 5734:1989;
 Escova com cerdas metálicas;
 Agitador mecânico de peneiras, com dispositivo para fixação de até seis
peneiras, inclusive tampa e fundo;
 Baguete de vidro;
 Bisnaga.
2.1 – Peneiramento

O ensaio de peneiramento não foi realizado, pois a amostra ficou mais do que
72 horas em ambiente fechado, com umidade relativamente baixa. Porém, a
maneira de realizá-lo será descrita abaixo.

A preparação da amostra deve ser realizada seguindo as recomendações da


NBR 6457:2016. Passa-se o material na peneira de 2,0 mm, tomando-se a
precaução de desmanchar no almofariz todos os torrões eventualmente ainda
existentes, de modo a assegurar a retenção na peneira somente dos grãos
maiores que a abertura da malha.

A análise por peneiramento tem como limitação a abertura da malha das


peneiras, que não pode ser tão pequena quanto o diâmetro de interesse. A
menor peneira empregada costuma ser a com malha 200, cuja abertura é
0,075mm. A peneiras mais finas são pouco resistentes e por este motivo não
são tão utilizadas e possuem aberturas muito maiores do que as dimensões
das partículas.

Lava-se a parte retida na peneira de 2,0 mm a fim de eliminar o material fino


aderente e seca-se em estufa a 105°C / 110°C, até constância de massa. O
material assim obtido foi usado no peneiramento grosso.

Pesa-se o material que passou na peneira 2,0mm anotou. Separou-se ainda


cerca de 100 g para três determinações da umidade higroscópica (h), de
acordo com a NBR 6457:2016.

Lava-se na peneira de 0,075 mm o material assim obtido, vertendo-se água


potável a baixa pressão.

Para o ensaio de análise granulométrica para frações maiores que 0,075 mm,
fez-se o ensaio de peneiramento na qual se fez passar certa quantidade de
solo por um conjunto padronizado de peneiras de malha quadrada. Pesaram-se
as quantidades retidas em cada peneira e calcou- se as porcentagens
passadas.

O material retido na peneira de 2,0 mm, foi pesado.


Utilizou-se o agitador mecânico, e passou esse material nas peneiras de
1,3/8,4,10,40,80,200 mm obteve as massas retidas acumuladas em cada
peneira.

Seca-se o material retido na peneira de 0,075 mm em estufa, a temperatura de


105°C a 110°C, até constância de massa, e, utilizando-se o agitador mecânico,
passou nas peneiras 1, 3/8, 4, 10, 40, 80, 200 mm. Anota-se com resolução de
0,01 g as massas retidas acumuladas em cada peneira e iniciou os cálculos.

O cálculo da massa total da amostra seca, é expressa na equação 3

M M t− M g
S =¿ ×100+ M g ¿
100+h

Equação 3

Cálculo das porcentagens que passam nas peneiras 0,074 - 0,177 - 0,42 – 2,0 -
4,75 - 9,5 - 25,4 utilizando a expressão na equação 4.

M s −M i
Qs = ×100
Ms
Equação 4

Qg - porcentagem de material passado em cada peneira

Ms - massa total da amostra seca

Mi - massa do material retido acumulado em cada peneira

Com os resultados obtidos no processo de peneiramento construiremos uma


tabela, e portagem do gráfico da curva granulométrica.

Coeficiente De Uniformidade CU

Coeficiente de uniformidade Cu é a razão entre os diâmetros correspondentes


a 60% e 10%, tomados na curva granulométrica, como descrita na equação 5.

D60
C u=
¿
Equação 5
Consideram-se de granulometria muito uniforme os solos com Cu < 5, de
uniformidade média se 5 < Cu < 15, e desuniforme, quando Cu > 15.

Coeficiente De Curvatura CC

O coeficiente de curvatura detecta melhor o formato da curva granulométrica e


permite identificar eventuais descontinuidades ou contração muito elevada de
grãos mais grossos no conjunto, CC será demonstrado na fórmula, considera-
se que o material é bem graduado quando o CC está entre 1 e 3 de acordo
com a equação 6.

D ( 30 )
2
C c=
D 60 × D 10
Equação 6

Onde:

d30 é o diâmetro correspondente a 30%;

d60 é o diâmetro correspondente a 60%;

d10 é o diâmetro correspondente a 10%


2.2 – Sedimentação

O ensaio de sedimentação é empregado quando há interesse do conhecimento


da distribuição granulométrica da porção mais finas dos solos. A lei de Stokes é
utilizada.

Após a secagem completa verificou a massa do material. Em seguida


transferida para um béquer com o auxílio de pisseta contendo água deionizada
adicionando a mistura 125 ml do desfloculante hexametafosfato de sódio. Após
a homogeneização da solução, com o auxílio de água deionizada em uma
bisnaga o conteúdo foi para aparelho dispersor sem deixar resíduo no béquer,
dispersor este representado na Figura 2 e 3. A mistura permaneceu por 15
minutos em agitação.

Figura 2- Ilustracão do Dispersor Figura 3 – Dispersor utilizado

Após finalizar a etapa do dispersor, todo o conteúdo foi repassado para a


proveta fazendo-se a limpeza para retirar toda a mistura com a ajuda de água
deionizada na pisseta, tomando o cuidado para que o volume da amostra na
proveta não ultrapasse 1000cm³. Caso o volume útil da amostra não tenha
atingido a marca indicado por uma linha na proveta, que é de 1000cm³, deverá
ser completado com água deionizada. Completado o volume a amostra estará
preparada para iniciar a etapa de sedimentação.

O ensaio é iniciado com a suspensão homogênea em relação à concentração


de sólidos. Para se chegar a essa homogeneidade a proveta foi agitada por
cerca de 1 minutos manualmente com uma das mãos servindo como tampa e a
outra mão colocada na base para ser realizando os movimentos rápido para
baixo e para cima com um mínimo de três ciclos relizados. Ao termino do
agitamento manual, a proveta é imediatamente apoiada sobre uma superfície
horizontal, onde não bata sol direto e tena outras variáveis do meio como
tráfego de pessoas, acionado-o o cronômetro para o início da contagem do
tempo de sedimentação dos sólidos. Imediatamente ao iniciar a marcação do
tempo é feita a primeira medição.

Os instrumentos de medição usados na sedimentação é o densímetro de bulbo


simétrico, mostrado nas Figura 3 e 4, que está calibrado para realizar medições
da densidade de uma suspensão a 20º C, e termômetro para conferir a
temperatura nas leituras.

Figura 4 – Densímetro Figura 5 – Proveta

Durante o ensaio o densímetro é introduzido na mistura segundos antes de


cada medição da densidade. A introdução e a retirada do densímetro e o
termômetro na amostra, são realizadas lentamente e com um leve movimento
de rotação, para não causar uma perturbação na queda dos sólidos. Durante a
introdução o densímetro somente é liberado em uma posição próxima de seu
ponto de equilíbrio, já o termômetro ate a parte semsível que se verifica o graus
centigrafos . A leitura é feita na haste do densímetro e do termômeto em
tempos pré-determinados, totalizando 12 repetições de leituras no período de
24 horas. As leituras foram feitas nas seguintes marcas de tempo de
sedimentação: 1min; 3min; 4min; 8min; 15min; 30min; 1h; 2h; 4h; 8h; 12h e
24h. Anotando os seus respectivos resultados. Com todos os resultados em
mãos inicia-se os cálculos para classificar o solo de acordo com a tabela
Highway Research Board HRB – DNIT.

Para sabermos a quantidade de material em suspensão, foi utilizada a seguinte


equação 7:

Qs =N ×
[ pS
]
( pS −p wm)
×V pwc ×
( L−Ld )
( M w ×100 )
( 100+w )

Equação 7

Onde:
V é o volume da proveta igual a 1 000 cm³;
Qs é a porcentagem de solo em suspensão no instante da leitura do
densímetro;
N é a porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm,
ρs é a massa específica dos grãos do solo, expressa em gramas por
centímetro cúbico (g/cm3);
ρmd é a massa específica do meio dispersor na temperatura de calibração do
densímetro (20 °C), expresso em gramas por centímetro cúbico (g/cm3);
ρwc é a massa específica da água na temperatura de calibração do densímetro
(20 °C), utilizando o valor de 1,000 g/cm3;
L é a leitura do densímetro na suspensão;
Ld é a leitura do densímetro no meio dispersor, na mesma temperatura da
suspensão;
Mw é a massa do material úmido submetido à sedimentação, expressa em
gramas (g);
w é a umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm.

Diâmetro das Partículas do Solo em Suspensão

A lei de Stoke foi utilizada para o cálculo do diâmetro das partículas em


suspensão através da equação 8.

d=
(√ ρ1800
s −ρmd
μ z
×
t)

Equação 8

Onde:
d é o diâmetro máximo das partículas, expresso em milímetros (mm);
μ é o coeficiente de viscosidade do meio dispersor, à temperatura de ensaio,
em g x s/cm2;
z é a altura de queda das partículas, com resolução de 0,1 cm, correspondente
à leitura do densímetro, expressa em centímetros (cm);
t é o tempo de sedimentação, expresso em segundos (s);
ρs é a massa específica dos grãos do solo, determinada de acordo com o
Anexo B da ABNT NBR 6458:2016, expressa em gramas por centímetro cúbico
(g/cm3);
ρmd é a massa específica do meio dispersor, à temperatura de ensaio,
expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3).

Para efeitos de cálculo, considerar ρmd = 1,000 g/cm3 e μ correspondente ao


coeficiente de viscosidade da água de acordo com o Quadro 2 abaixo:

Quadro 2 – Viscosidade da água

Fonte: ABNT NBR 7181/2018


3 – Limite de Atterberg

Conhecido também como Limites de Atterberg são ensaios que permitem


determinar os limites de consistência do solo. O termo consistência é usado
para descrever um estado físico, isto é, o grau de ligação entre as partículas
das substâncias. Quando aplicado aos solos finos ou coesivos, a consistência
está ligada à quantidade de água existente no solo, ou seja, ao teor de
umidade.

Os limites baseiam-se na constatação de que um solo argiloso ocorre com


aspectos bem distintos conforme o seu teor de umidade que separa o estado
plástico do estado liquido é chamado de Limite de Liquidez. A umidade que
delimita o estado semissólido do plástico é conhecida como Limite de
Plasticidade.

Quando muito úmido, ele se comporta como um líquido; quando perde parte de
sua água, fica plástico; e quando mais seco, torna-se quebradiço.
3.1 Limite de Plasticidade

É o teor de umidade que indica a passagem do estado sólido para o estado


plástico. Para a realização desse ensaio é utilizado uma placa de vidro. Com o
solo úmido próximo ao limite de liquidez é manuseado até transformar-se em
uma pasta. Em seguida rola-se esta pasta até que o rolinho tenha diâmetro
igual a 3mm e comprimento de 10 cm e não apresente fissuras. O teor de
umidade do rolinho, nesta condição, representa o limite de plasticidade do solo
(lp). Esta norma prescreve o método para a determinação do limite de
plasticidade e para o cálculo do índice de plasticidade dos solos.

Para determinação do limite de plasticidade foi consultada a NBR 7180:2016 e


as normas complementares NBR 6457:2016 (Preparação de amostras de solo
para ensaio de compactação e ensaios de caracterização - Método de ensaio)
e NBR 6459:2017 (Solo – Determinação do limite de liquidez – Método de
ensaio).

Os aparelhos e dispositivos utilizados para a realização do ensaio foram:

 Estufa capaz de manter a temperatura de 60° a 65°C de 105°C a 110°C;


 Cápsula de porcelana com aproximadamente 120mm de diâmetro;
 Espátula de lâmina flexível, com aproximadamente 80mm de
comprimento e 20mm de largura;
 Recipientes adequados, tais como pares de vidros de relógio com
grampo, que evitem a perda de umidade da amostra;
 Balança que permita pesar nominalmente 200g, com resolução 0,01g e
sensibilidade compatível;
 Gabarito cilíndrico para comparação, com 3mm de diâmetro e cerca de
100mm de comprimento;
 Placa de vidro de superfície esmerilhada, com cerca de 30cm de lado.

Para a preparação da amostra separou-se metade da quantidade de amostra


preparada de acordo com a NBR 6457:2016.

A amostra preparada com secagem prévia foi colocada na cápsula de


porcelana, adicionou se água deionizada em pequenos incrementos,
amassando e revolvendo, vigorosa e continuamente, com o auxílio da espátula,
de forma a obter uma pasta homogênea, de consistência plástica.

Foi observada a recomendação que o tempo total de homogeneização deve


estar compreendido entre 15 e 30 min, sendo o maior intervalo de tempo para
solos mais argilosos.

Separou se cerca de 10 g da amostra assim preparada e formou-se uma


pequena bola, que foi rolada sobre a placa de vidro com pressão suficiente na
palma da mão para lhe dar a forma de cilindro.

Ao se fragmentar o cilindro, com diâmetro de 3mm e comprimento da ordem de


100mm (o que se verifica com um paquímetro), transferiu se imediatamente as
partes do mesmo para um recipiente adequado, para determinação da umidade
conforme a NBR 6457:2016.

Repetiu se as operações de modo a obter pelo menos três valores de umidade.

A amostra preparada sem secagem prévia foi colocada na cápsula de


porcelana, amassou-se e revolveu-se vigorosa e continuamente com o auxílio
da espátula, de forma a obter uma pasta homogênea, de consistência plástica.
Foi realizada uma média dos valores obtidos para encontrar o teor de umidade
de acordo com a equação 9.

Pa
W= ×100
Ps
Equação 9

Onde:

w - umidade

Pa - (peso da amostra natural – peso da amostra seca)

Ps - peso da amostra seca

Índice De Plasticidade (IP)

O índice de plasticidade dos solos deve ser obtido utilizando-se a equação 10:

IP=¿−LP
Equação 10
Onde:

LP - Índice de plasticidade;

LL - Índice de liquidez, determinado de acordo com a NBR 6459:2017

LP - Limite de plasticidade

O resultado é expresso em porcentagem.

Quando não for possível determinar o limite de liquidez ou limite de


plasticidade, anotar o Índice de plasticidade como NP (não plástico).

Os equipamentos utilizados foram: cinzel; peneira nº 10; Casagrande; espátula


flexível; bandeja; balança de precisão; cápsula e estufa.
3.2 - Limite de Liquidez

É o teor de umidade que indica a passagem do estado plástico para o estado


líquido. Está relacionado com a capacidade do solo em absorver água. É
realizado no aparelho de Casagrande. Para a realização desse ensaio deve-se
preencher a cuba do aparelho com o solo úmido, obtendo uma espessura
constante. Com um cinzel é feita uma ranhura no centro. Gira-se então a
manivela do aparelho que provoca golpes na cuba até que a ranhura se feche.
Anota-se o número de golpes até esse ponto e retira-se uma amostra do local
onde o solo se uniu, para determinação do teor de umidade. O limite de
liquidez é igual ao teor de umidade correspondente a 25 golpes. Esta norma
prescreve o método para a determinação do limite de liquidez dos solos. Na
aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 6457:2016 (Preparação de
amostras de solos para ensaio de compactação e ensaios de caracterização –
Método de ensaio).

Utilizaram-se os seguintes aparelhos para realização dos ensaios:

 Estufa capaz de manter a temperatura de 60 a 65º C e 105 a 110º C;


 Cápsula de porcelana com aproximadamente 120 mm de diâmetro;
 Espátula de lâmina flexível com aproximadamente 80 mm de
comprimento e 20 mm de largura;
 Aparelho de Casagrande;
 Recipientes adequados, tais como pares de vidros de relógio com
grampo, que evitem a perda de umidade da amostra;
 Balança que permita pesar nominalmente 200 g, com resolução de 0,01
g e sensibilidade compatível;
 Gabarito para verificação da altura de queda de concha;
 Esfera de aço com 8mm de diâmetro.

Colocou-se a amostra na cápsula de porcelana, adicionou-se água deionizada


em pequenos incrementos, amassando e revolvendo, vigorosa e
continuamente com auxílio da espátula, de forma a obter uma pasta
homogênea, com consistência tal que sejam necessários cerca de 35 golpes
para fechar a ranhura. O tempo de homogeneização deve estar compreendido
entre 15 e 30 minutos, sendo o maior intervalo de tempo para solos mais
argilosos transferir parte da mistura para a concha, moldando-a de forma que
na parte central a espessura seja da ordem de 10 mm, realizar esta operação
de maneira que não fiquem bolhas de ar no interior da mistura, retornou-se o
excesso de solo para a cápsula, dividiu-se a massa de solo em duas partes,
passando o cinzel através da mesma, de maneira a abrir uma ranhura em parte
central, normalmente a articulação da concha.

O cinzel foi deslocado perpendicularmente à superfície da concha. Recolocou-


se, cuidadosamente, a concha no aparelho e golpeou-se contra a base,
deixando-a cair em queda livre, girando a manivela a razão de duas voltas por
segundo. Anotou-se o número de golpes necessário para que as bordas
inferiores da ranhura se unissem ao longo de 13 mm de comprimento
aproximadamente, transferiu-se uma pequena quantidade do material de junto
das bordas que se uniram para um recipiente adequado, para determinação da
umidade, conforme a NBR 6457: 2016, transferiu-se o restante da massa para
a cápsula de porcelana. Lavou e enxugou-se a concha e o cinzel, adicionou
água deionizada na amostra e homogeneizou durante pelo menos 3 minutos,
amassando e revolvendo vigorosa e continuamente com auxílio da espátula,
repetiu-se as operações de modo a obter pelo menos mais três pontos de
ensaio, cobrindo o intervalo de 35 a 15 golpes.

Os cálculos para determinação do Limite de Liquidez do solo foram feitos pela


aplicação da equação 11 descrita.

h
¿=
( 1,419−0,3 log n )
Equação 11

Onde:

h é o teor de umidade;

n é o número de golpes;

LL é o limite de liquidez.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O passo a passo de todos os ensaios, estão na planilha em Excel, anexada
junto ao trabalho.

1 - Densidade Real dos Grãos


Com a utilização das Equação 1 e Equação 2, pode-se montar a Tabela 1 com
os resultados obtidos durante o ensaio estão na Tabela 1. O ensaio tem como
objetivo retirar o ar que está presente nos espaços vazios do solo.

Tabela 1 - Densidade Real dos Grãos

TABELA DE DENSIDADE REAL DOS GRÃOS


PES TIPO PESO (g)
O
P1 PICNOMETRO 34,30
P2 PICNOMETRO + SOLO 44,507
P3 PICNOMETRO + SOLO + ÁGUA 142,320
P4 PICNOMETRO + ÁGUA 137,706

Foi considerado o valor da densidade de 1,91 g/cm³, uma média dos resultados
entre os 3 grupos da sala de aula.
2 – Análise Granulométrica
Para a concreta análise dos ensaios de granulometria, além dos resultados
abaixo descritos nos ensaios de Peneiramento e Sedimentação, a planilha em
Excel e o desenho do AutoCad, fazem parte da interpretação dos resultados.

2.1 – Peneiramento

Lavou-se 70 gramas de amostra do solo em uma peneira #200 e verificou as


porcentagens retidas nas peneiras #10, #40, #200 e no fundo. A Tabela 2
mostra os valores dos pesos retidos. De posse desses valores, pode-se
mostrar o peso acumulado, a porcentagem retida e a que passa.

Tabela 2 - Tabela de Peneiramento

TABELA DE PENEIRAMENTO
PENEIRA PESO PESO % RETIDA % QUE
RETIDO (g) ACUMULO (g) ACUMULADA PASSA
#10 0,128 0,128 0,18 99,82
#40 8,934 9,062 12,95 87,05
#200 17,556 26,618 38,02 61,98
FUNDO 43,382 70 100 0

O ensaio de peneiramento é importante para se classificar o solo, e trabalhar


suas propriedades em função de suas características. Neste caso, como a
porcentagem que passa na peneira 200 é maior que 35%, (61,98%), o solo é
considerado Silte – Argila e seu Grupo é entre A4 e A7-6.

O índice de grupo ainda não pode ser calculado, pois não se tem os valores do
índice de plasticidade e limite de liquidez.
2.2 - Sedimentação
Foi pesada 70 gramas de amostra e acrescida 125 ml de desfloculante
(hexametafosfato de sódio). Após misturar a amostra no béquer por 15
minutos, ela foi colocada no dispersor de amostra para ser agitada e
completou-se com água deonizada até 2 a 3 dedos da borda.

O desfloculante tem a função de pegar as partículas do solo e separa-las. A


mistura foi colocada na proveta e as leituras iniciaram-se com o auxílio do
densímetro e do termômetro O ensaio de sedimentação foi realizado por um
período de 24 horas e os valores mensurados estão na Tabela 3.

Tabela 3 – Valores de temperatura e densímetro

TABELA VALORES DE TEMPERATURA E DESÍMETRO


HORÁRIO TEMPERATURA DENSÍMETRO
(ºC)
9h 18 28
9:03h 18 28
9:04h 18 27,5
9:08h 18 27,2
9:15h 18 27
9:30h 18 27
11h 17 23
17h 19 21
21h 19 21
9h 16 20

De posse dos valores, é possível realizar os cálculos da porcentagem de


material em suspensão e o diâmetro das partículas do solo. Realizando a
análise de dados e com a aplicação da Lei de Stoke, equação que é baseada a
partir da velocidade de sedimentação da amostra em ambiente aquoso. Após
os cálculos é possível então classificar o solo de acordo com a tabela Highway
Research Board HRB – DNIT.
Cadê os benditos valores encontrados?

3 – Limite de Atterberg
3.1 - Limite de Plasticidade

A amostra peneirada foi colocada em um recipiente de porcelana, e adicionou-


se água até obter uma mistura plástica. A bola formada foi transformada em um
rolo cilíndrico de 10 centímetros de comprimento e 3 mm de diâmetro através
de movimentos de rolagem. Com essas medidas, o solo atingiu o limite de
plasticidade. O material foi pesado e transferido para as capsulas que foram
levadas para a estufa. A Tabela 4 mostra os resultados obtidos.

Tabela 4 - Tabela limite de plasticidade

TABELA DE LIMITES DE PLASTICIDADE


AMOSTRA PESO ÚMIDO (g) PESO SECO (g) LIMITE DE
PLASTICIDADE
(%)
1º 0,929 0,664 39,90
2º 1,037 0,740 40,13

Não fui capaz de interpretar o resultado para formar um texto


3.2 - Limite de Liquidez

Para a realização do ensaio, pegou-se 5 amostras que foram misturadas com


água destilada em quantidade distinta para que as amostras tivessem teores
de umidade diferentes. A massa plástica foi transferida para a concha. O cinzel
dividiu a massa em 2 partes.

A manivela foi girada e o número de golpes contados até que a massa se


unisse novamente. A amostra foi retirada do aparelho de Casagrande e
colocada nas capsulas e foram para a estufa. A Tabela 5 mostra os valores
encontrados em casa amostra durante o procedimento.

Tabela 5 – Tabela limite de liquidez

TABELA DE LIMITE DE LIQUIDEZ


AMOSTRA Nº BATIDAS PESO ÚMIDO PESO SECO (g)
(g)
1º 18 5,046 3,483
2º 4 18,186 12,101
3º 11 16,867 11,676
4º 7 18,321 12,387
5º 1 23,260 14,456

De acordo com este ensaio, quanto mais golpes, menor é a umidade.

Não sei como interpretar mais


CONCLUSÃO

A disciplina Mecânica dos Solos I abrange aulas teóricas e práticas envolvendo


a importância do estudo dos solos para a engenharia. Possibilitando analisar o
comportamento de maciços terrosos quando sujeitos a solicitações
provocadas, garantindo a segurança e economia para projetar e construir
edificações.

O solo é formado por intemperimos e a ação do homem com aterros ou


infiltração de água ou presença de insetos podem ocasionar bolsões onde o
solo não possui resistência mecânica e a não investigação da composição do
solo no terreno pode trazer consequências patológicas gerando prejuízo
econômico e até mesmo a demolição da edificação

O reconhecimento de terreno, para extrair informações importantes e auxiliar


no desenvolvimento da obra como a observação tátil-visual, teor de umidade
em conjunto com massa específica dos grãos, análise granulométrica, limites
de consistência (LL e LP), compactação e permeabilidade, podemos
determinar as propriedades e escolher a melhor forma de utilizar as fundações
que serão utilizadas para resistir aos esforços da edificação.
REVISÃO BIBIOGRÁFICA

Apostila do curso técnico em edificações da Escola Estadual de Educação


Profissional – EEEP – Governo do Ceará

BOSCOV. Maria Eugenia Gimenez. Geotecnia Ambiental, Oficina de Textos,


2008

Caputo, Homero Pinto – Mecânica dos Solos e suas Aplicações 6ª edição –


Rio de Janeiro 1988

DNER. Manual de pavimentação. 2. ed. Rio de Janeiro, 1996.

Manuel de Matos Fernandes, Mecânica dos Solos. Vol.1: Conceitos e


Princípios Fundamentais - 2a Edição, Volume 1, FEUP. 2001.

Maria Eugenia Gimenez Boscov, Geotecnia Ambiental, Oficina de Textos,


2008.

ORTIGÃO, Prof. J.A.R. INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS SOLOS DOS


ESTADOS CRÍTICOS - Editora Edgard Blücher. 2018.

Pinto, Carlos de Souza Curso Básico Mecânica dos Solos em 16 aulas / 3ª


edição – São Paulo: Oficina de Texto, 2006.

ROCHA. Profª Gissele Rocha – EMGE. UMA NOVA VISÃO DO SOLO. 2009.
Disponível em: https://emge.edu.br/uma-nova-visao-do-solo/. Acesso em 15 de Julho
de 2022.

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