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ENGENHARIA CIVÍL
DIVINOPOLIS - MG
JULHO 2022
INTRODUÇÃO
Os solos são constituídos por um conjunto de partículas com água (ou outro
líquido) e ar nos espaços intermediários. As partículas, de maneira geral,
encontram-se livres para deslocar entre si. Em alguns casos, uma pequena
cimentação pode ocorrer entre elas, mas num grau extremamente mais baixo
do que nos cristais de uma rocha ou de ou metal, ou os agregados de um
concreto. O comportamento dos solos depende do movimento das partículas
sólidas entre si e isto faz com que ele se afaste do mecanismo dos sólidos
idealizados na Mecânicas dos Solos Deformáveis, na qual se fundamenta a
Mecânica das Estruturas, de uso corrente na Engenhara Civil. (PINTO, 2006).
De acordo com Boscov (2008), Karl Von Terzaghi é mundialmente reconhecido
como o criador da mecânica dos solos, pois seus estudos e trabalhos sobre
adensamento de solos é considerado o marco inicial deste novo ramo
da ciência na engenharia. Segundo Homero, o trabalho de Karl Von Terzaghi
tem sido verdadeiramente extraordinário, com contribuições de quase todas as
partes do mundo, inclusive do Brasil.
O engenheiro deve ter sempre presente que está tratando com um material (o
terreno) extremamente complexo, que varia de lugar para lugar e que, em
geral, não pode ser observado em sua totalidade, mas, tão-somente, através
de amostras (ainda assim suscetíveis a alterações quando de sua extração do
maciço) ou de ensaios in loco. Mais ainda, o seu comportamento é função das
pressões com que é solicitado, bem como depende do tempo e do meio físico,
não possuindo uma definida relação tensão-deformação.(CAPUTO, 2006)
Para os solos finos, isto é, com dimensões menores que 0,074 mm, já não
podemos usar o processo do peneiramento, utilizando-se, então, o método de
sedimentação contínua em meio líquido. (CAPUTO, 2006)
A forma das partículas dos solos tem grande influência sobre suas
propriedades.
Distinguem-se, principalmente, as seguintes formas: partículas arredondadas
ou, mais exatamente, com forma poliédrica. São as que predominam nos
pedregulhos, areias e siltes; partículas lamelares, isto é, semelhantes a lamelas
ou escamas. São as que se encontram nas argilas. Esta forma das partículas
das argilas responde por algumas de suas propriedades, como, por exemplo, a
compressibilidade e a plasticidade, esta última, uma das suas características
mais importantes. As areias que contêm uma porcentagem acentuada de mica
tornam-se, por isso, muito elásticas; partículas fibrilares, característica dos
solos turfosos. (CAPUTO, 2006)
Fonte: PINTO,2006
MATERIAS E MÉTODOS
Os procedimentos utilizados para a caracterização do solo através de uma
amostra e realizações de ensaios, devem seguir normas e parâmetros para
que se possa garantir a validade dos resultados. Tanto para a retirada de uma
amostra quanto para a realização dos ensaios. Desta forma, todos os ensaios
descritos posteriormente foram orientados através das seguintes normativas:
O ensaio foi realizado com base na norma DNER ME – 093/94, que descreve a
seguinte aparelhagem:
P 2−P1
Dt =
[ ( P4 −P 1) −( P3−P 2) ]
Equação 1
D 20=K 20 X Dt
Equação 2
O ensaio de peneiramento não foi realizado, pois a amostra ficou mais do que
72 horas em ambiente fechado, com umidade relativamente baixa. Porém, a
maneira de realizá-lo será descrita abaixo.
Para o ensaio de análise granulométrica para frações maiores que 0,075 mm,
fez-se o ensaio de peneiramento na qual se fez passar certa quantidade de
solo por um conjunto padronizado de peneiras de malha quadrada. Pesaram-se
as quantidades retidas em cada peneira e calcou- se as porcentagens
passadas.
M M t− M g
S =¿ ×100+ M g ¿
100+h
Equação 3
Cálculo das porcentagens que passam nas peneiras 0,074 - 0,177 - 0,42 – 2,0 -
4,75 - 9,5 - 25,4 utilizando a expressão na equação 4.
M s −M i
Qs = ×100
Ms
Equação 4
Coeficiente De Uniformidade CU
D60
C u=
¿
Equação 5
Consideram-se de granulometria muito uniforme os solos com Cu < 5, de
uniformidade média se 5 < Cu < 15, e desuniforme, quando Cu > 15.
Coeficiente De Curvatura CC
D ( 30 )
2
C c=
D 60 × D 10
Equação 6
Onde:
Qs =N ×
[ pS
]
( pS −p wm)
×V pwc ×
( L−Ld )
( M w ×100 )
( 100+w )
Equação 7
Onde:
V é o volume da proveta igual a 1 000 cm³;
Qs é a porcentagem de solo em suspensão no instante da leitura do
densímetro;
N é a porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm,
ρs é a massa específica dos grãos do solo, expressa em gramas por
centímetro cúbico (g/cm3);
ρmd é a massa específica do meio dispersor na temperatura de calibração do
densímetro (20 °C), expresso em gramas por centímetro cúbico (g/cm3);
ρwc é a massa específica da água na temperatura de calibração do densímetro
(20 °C), utilizando o valor de 1,000 g/cm3;
L é a leitura do densímetro na suspensão;
Ld é a leitura do densímetro no meio dispersor, na mesma temperatura da
suspensão;
Mw é a massa do material úmido submetido à sedimentação, expressa em
gramas (g);
w é a umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm.
d=
(√ ρ1800
s −ρmd
μ z
×
t)
Equação 8
Onde:
d é o diâmetro máximo das partículas, expresso em milímetros (mm);
μ é o coeficiente de viscosidade do meio dispersor, à temperatura de ensaio,
em g x s/cm2;
z é a altura de queda das partículas, com resolução de 0,1 cm, correspondente
à leitura do densímetro, expressa em centímetros (cm);
t é o tempo de sedimentação, expresso em segundos (s);
ρs é a massa específica dos grãos do solo, determinada de acordo com o
Anexo B da ABNT NBR 6458:2016, expressa em gramas por centímetro cúbico
(g/cm3);
ρmd é a massa específica do meio dispersor, à temperatura de ensaio,
expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3).
Quando muito úmido, ele se comporta como um líquido; quando perde parte de
sua água, fica plástico; e quando mais seco, torna-se quebradiço.
3.1 Limite de Plasticidade
Pa
W= ×100
Ps
Equação 9
Onde:
w - umidade
O índice de plasticidade dos solos deve ser obtido utilizando-se a equação 10:
IP=¿−LP
Equação 10
Onde:
LP - Índice de plasticidade;
LP - Limite de plasticidade
h
¿=
( 1,419−0,3 log n )
Equação 11
Onde:
h é o teor de umidade;
n é o número de golpes;
LL é o limite de liquidez.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O passo a passo de todos os ensaios, estão na planilha em Excel, anexada
junto ao trabalho.
Foi considerado o valor da densidade de 1,91 g/cm³, uma média dos resultados
entre os 3 grupos da sala de aula.
2 – Análise Granulométrica
Para a concreta análise dos ensaios de granulometria, além dos resultados
abaixo descritos nos ensaios de Peneiramento e Sedimentação, a planilha em
Excel e o desenho do AutoCad, fazem parte da interpretação dos resultados.
2.1 – Peneiramento
TABELA DE PENEIRAMENTO
PENEIRA PESO PESO % RETIDA % QUE
RETIDO (g) ACUMULO (g) ACUMULADA PASSA
#10 0,128 0,128 0,18 99,82
#40 8,934 9,062 12,95 87,05
#200 17,556 26,618 38,02 61,98
FUNDO 43,382 70 100 0
O índice de grupo ainda não pode ser calculado, pois não se tem os valores do
índice de plasticidade e limite de liquidez.
2.2 - Sedimentação
Foi pesada 70 gramas de amostra e acrescida 125 ml de desfloculante
(hexametafosfato de sódio). Após misturar a amostra no béquer por 15
minutos, ela foi colocada no dispersor de amostra para ser agitada e
completou-se com água deonizada até 2 a 3 dedos da borda.
3 – Limite de Atterberg
3.1 - Limite de Plasticidade
ROCHA. Profª Gissele Rocha – EMGE. UMA NOVA VISÃO DO SOLO. 2009.
Disponível em: https://emge.edu.br/uma-nova-visao-do-solo/. Acesso em 15 de Julho
de 2022.