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1.

RESUMO

2. INTRODUÇÃO

Atualmente, em todo o mundo, são utilizados milhares de quilômetros de


tubulações de aços enterrados, para transportar gás natural, combustíveis em
geral, produtos químicos, e água. E, devido a complexidade e heterogeneidade
dos solos, é fundamental avaliar as propriedades típicas de cada região, as
quais podem apresentar significância no processo corrosivo do solo, o que
exige o constante monitoramento dos materiais envolvidos além da adoção de
medidas adequadas para evitar tanto a perda de produtos quanto a ocorrência
de desastres ecológicos (MAGALHÃES et al., 2002).

O solo pode ser definido como a camada superficial da crosta terrestre,


basicamente constituído por compostos orgânicos e minerais (MORAES et al,
2007). Já a corrosão está relacionada a deterioração de um material,
geralmente metálico, por ação física, química ou eletroquímica do meio
ambiente aliada ou não a esforços mecânicos (GENTIL, 1996).

Diversos fatores podem contribuir para esta corrosividade. Dentre eles


pode-se citar o tipo de solo, suas características texturais (composição
granulométrica) e estruturais, permeabilidade, teor de umidade, grau de
aeração, conteúdo de sais solúveis, acidez, presença de microorganismos,
entre outros. Este tipo de corrosão, quando comparado a outros tipos, é um
assunto menos investigado dado a sua complexidade. (NÓBREGA & CHANG,
2003).

O conhecimento dos processos corrosivos no solo é de extrema


importância para o estudo adequado e perfeita aplicação de técnicas de
combate à corrosão, tais como a aplicação de revestimentos protetores e a sua
proteção catódica (YANG, 2008). O estudo do solo como meio corrosivo é
considerado como sendo de grande importância, em função do elevado
número de tubulações e reservatórios instalados sob o solo, além da
preocupação com o meio ambiente, que torna de vital importância o estudo
para melhor compreensão da atuação do solo como veículo para os agentes
corrosivos e consequentemente da definição dos tipos mais adequados de
proteção das estruturas enterradas, evitando que ocorram vazamentos e,
posteriormente, contaminação do solo. (CASTRO, 2013).

3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Realizar um estudo sobre a influência da composição físico-química do
solo no processo corrosivo de tubulações na região do Alto Paraopeba.

3.2 Objetivos Específicos

A fim de alcançar o objetivo proposto, o trabalho é dividido em várias


etapas:

 Estudar o processo de corrosão e sua relação com as tubulações


enterradas.
 Definir os ensaios físico-químicos a serem utilizados.
 Comparar os resultados obtidos com os dados bibliográficos e
determinar se o solo da região tem comportamento corrosivo.

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O solo se apresenta como sendo uma coleção de estruturas do meio


natural, proveniente da decomposição das rochas pela ação de agentes físicos
ou químicos, podendo ou não ter matéria orgânica.Geralmente, o solo aparece
com características marcantes para a terra, fortalecendo fatores fundamentais,
tais como: o meio ambiente, meio social e o setor econômico, essenciais a
vida, normalmente sendo observado como a região interfásica entre a crosta
terrestre, a atmosfera e a água (EMBRAPA, 1997).

A corrosão pode ser definida como a deterioração ou mesmo a


destruição de um material, geralmente metálico, por ação química ou
eletroquímica do meio ambiente, aliada ou não a esforços mecânicos (GENTIL,
2007). A deterioração, causada por interações físico-químicas entre o material
e o meio ao qual este se encontra exposto, pode levar a alterações prejudiciais
ao seu desempenho, tornando-o inadequado para o uso, o que pode resultar
em danos ao meio ambiente, por exemplo, em episódios de contaminação
ocasionada pelo vazamento de substâncias de reservatórios que em sua
manutenção preventiva não levou em conta as características corrosivas do
solo (MACHADO, 2019).

As características do solo influenciam a corrosão de diversas maneiras,


sendo assim, cada solo de acordo com suas particularidades, irá promover
esse fenômeno físico químico com determinada intensidade. Sabe-se que
traços como porosidade abundante e resistividade elevada propiciam baixa
corrosão. Já quando existe alta humidade associada a baixa resistividade ou
pH’s ácidos menores que cinco é favorecido processos de corrosão severa.
Outro fator que deve ser analisado é se o solo apresenta condições de
ausência de oxigênio ligada a pH’s na faixa de 6,5 e 7,5, pois essas são
favoráveis à proliferação de bactérias redutoras de sulfato (BRS) que são
microrganismos que favorecem a biocorrosão (SILVA et al., 2010).

O modelo de transporte – o dutoviário – vem se revelando como uma


das formas mais econômicas de transporte para grandes volumes
principalmente de óleo, gás natural e derivados, especialmente quando
comparados com os modais rodoviário e ferroviário. Dutos enterrados passam
por uma variedade de solos, texturas, profundidades, e em alguns casos, os
íons agregam a corrosividade do solo. Assim, o tempo de vida da tubulação
depende da espessura do metal, área exposta e técnicas de
manutenção/reparo empregadas (OGUZIE et al., 2004).

Dessa forma, em função do elevado número de tubulações e


reservatórios enterrados, o estudo do solo como agente corrosivo é de grande
importância, visto que sua capacidade de deterioração pode representar um
problema econômico e ambiental, com o passar dos anos (MACHADO, 2019).

Diversos fatores podem contribuir para esta corrosividade. Dentre eles


pode-se citar o tipo de solo, suas características texturais (composição
granulométrica) e estruturais, permeabilidade, teor de umidade, grau de
aeração, conteúdo de sais solúveis, acidez, presença de microorganismos,
entre outros (NÓBREGA & CHANG, 2003).

(Na parte de solo no Alto Paraopeba)

De acordo com estudo realizado pela CSN mineração, de uma maneira


geral, pode-se dizer que os solos observados na cidade de Congonhas são
menos intemperizados e rasos, (com exceção dos Latossolos e dos Neossolos
que também são encontrados), de baixíssima fertilidade natural, ácidos e com
presença constante de pedregosidade e rochosidade.

Segundo Paula etall, na região de Ouro Branco é os solos são


majoritariamente de origem quartzítica, com poucos encraves de solos
argilosos e ferruginosos, além de grande fração de areia.Ainda segundo o
Mapa de Solos do Estado de Minas Gerais, é possível dizer que o perfil de solo
encontrado na região é predominantemente o Neossolo e o Latossolo.

5. REFERÊNCIAS
CASTRO, Dênis de Freitas. ESTUDO DA CORROSÃO DO AÇO 1020 NO
SOLO NATURAL ARGILOSO DA REGIÃO AMAZÔNICA. 2013. Dissertação
(mestrado em Engenharia de Recursos da Amazônia) –– Universidade Federal
do Amazonas.

CSN MINERAÇÃO. Estudo de Impacto ambiental. Congonhas, 2015.

EMBRAPA. Manual de métodos de análise de solos. 2ª ed., Claessen, M. E.


C.; Barreto, W. O.; Paula, J. L.; Duarte, M. N. Rio de Janeiro, Brasil:
EMBRAPA; 1997, 212 p.

FEAM/UFV Fundação Estadual do Meio Ambiente/Universidade Federal de


Viçosa – Departamento de Solos. Mapa de Solos do Estado de Minas
Gerais,escala de 1:500000.

GENTIL, V. Corrosão. 5ª.ed., Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e


Científicos Editora, 2007, 100 p.

L. YANG, Techniques for corrosion monitoring, CRC Press, Cambridge -


England, 2008.

MACHADO, Ariadne Pimentel. Estudo avaliativo sobre a corrosividade de


solos amazônicos por meio de análises geotécnicas, químicas e
microbiológicas. 2019. 82 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Engenharia
de Materiais) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2019.

MAGALHÃES, F. C. M.; BATISTA, W.; PENA, M. O.; SILVA, E. E.; OLIVEIRA, H.


B.;COSTA, J; C; M. Critérios para avliação da corrosidade de solos por
bactérias redutoras de sulfato. 6° Conferência sobre Tecnologia de
Equipamentos & 22° Congresso Brasileiro de Corrosão, Bahia, 2002.

NOBREGA, C.A.; CHANG, H. K. Avaliação Preliminar da Corrosividade de


Solo com o Emprego de Resistividade Elétrica em uma Planta Industrial
Utilizada para Armazenamento de Derivados de Petróleo, São Paulo,
UNESP, Geociências, v, 22, N, Especial, 2003, p, 83-93.

OGUZIE, E. E.; AGOCHUKWU, I. B.; ONUCHUKWU, A. I. Monitoring the


corrosion susceptibility of mild steel in varied soil textures by corrosion
product count technique, Materials Chemistry and Physics, v. 84, p. 1-6,
2004.

PAULA, C.C.; SILVA, R. R.; OLIVEIRA, D. A. S. A Serra do Ouro Branco.


Viçosa: UFV, 46p. 2005.

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