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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

PRÓ-REITORIA DE PÓS GRADUAÇÃO E PESQUISA


PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA

FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE ÁGUA E SOLO

PROFESSOR: EDIVAN RODRIGUES DE SOUZA

DISCENTE : FRANZ EDWIN CONDOR NAVARRO

1). Visitar o site do museu de Referencia


(http://www.colecaomateusrosas.com.br ) e escolha uma ordem de solo
representativa para cada região fisiográfica do Estado de Pernambuco.
Comente sucintamente possíveis limitações/benefício de ordem física
desses solos.

Zona da Mata “Solo argissolo vermelho amarelo”

São solos com argila vermelho-amarelada porque seu conteúdo químico inclui a
mistura de óxidos de ferro, solos muito profundos e bem drenados, com textura
argila média de fertilidade muito baixa, com caráter eutrófico ou distrófico que
estranhamente apresentam alta saturação de alumínio que indica baixa fertilidade
natural e, portanto, é possível melhorar a qualidade do solo com um pouco de
fertilizante e obter boa produção agrícola (DA COSTA LIMA et al., 2008)

Nos solos de argila vermelho-amarelo, principalmente são cultivadas cana-de-


açúcar, várias frutas, tubérculos e gramíneas forrageiras; para uso agrícola, são
necessárias calagem e fertilização química e orgânica, pois são solos com baixa
fertilidade natural (CALHEIROS et al., 2015).

Agreste “Solo neossolo regolítico”

Eles não são tão vigorosos, geralmente arenosos, textura não hidromórfica com
risco de erosão muito alta, especialmente em declives acentuados com uma camada
superficial muito rica em matéria orgânica, alto teor de carbono, de baixa a alta
fertilidade no solo realizando correção de solos com fertilizantes é baixa para obter
uma boa produção agrícola (DOS SANTOS et al., 2012)

Nos solos neossolo regolítico, principalmente são cultivados produtos de


subsistência como o milho, feijão, algodão, tomate y pastos forrageiros; para uso
agrícola, são necessárias calagem e fertilização química e orgânica, pois são solos
com baixa fertilidade natural (DOS SANTOS et al., 2012; SILVA et al., 2013).

Sertão “Solo argissolo amarelo eutrófico”

São solos argilosos na profundidade acumulados pela perda de argila no solo da


parte superficial, com pouca presença de argila com presença de alto teor de
alumínio chamado alítico, com baixa saturação de base considerada distrófica e
também com alta concentração de bases denominada eutrófico que é normalmente
ácido (SANTOS; MONTENEGRO; SILVA, 2011).

O solo argiloso eutrófico amarelos apresentam alta acidez e baixa fertilidade, com
altos níveis de alumínio com elementos básicos ricos em cálcio, magnésio e
potássio, favoráveis a plantas cultivadas na agricultura, com requisitos adequados
para controle de fertilização e erosão para sua conservação, portanto os solos são
bastante porosos e de boa permeabilidade (OLIVEIRA et al., 2004).

2). Explique por que o solo é considerado um sistema trifásico.

O solo é considerado como um sistema trifásico, pois é composto de matéria


sólida, líquida e gasosa composta por minerais misturados com partículas sólidas
de matéria orgânica e minerais, água e ar com diversidades de composição
química, tamanho e forma que ocupam um espaço que forma a matriz do solo que
constitui a porosidade do solo (REINERT; REICHERT, 2006).

3). Defina textura do solo. Apresente um esquema que demonstre os


diâmetros das partículas texturais do solo. O que seria Terra Fina Seca ao Ar
(TFSA)?
Wang et al (2005) Menciona que textura, é um dos principais indicadores de
qualidade e produtividade dos solos. A textura do solo é definida como a
proporção de tamanhos de solo para partículas menores que 2 mm, considerando
argilas, para diagnosticar absorção, deslocamento, redução de água, composição
de íons e erosão do solo (CENTENO et al., 2017)

Reinert e Reichert (2006) classificarão em Areia grossa (2 a 0,2 mm ou 2000 a


200 µm); Areia fina (0,2 a 0,05 mm ou 200 a 50 µm); Silte (0,05 a 0,002 mm ou 50
a 2 µm); Argila (menor do que 2 µm).

4). Defina agregado do solo. Comente a influência da agregação do solo.

O agregado é a mistura de partículas de areia, argila e silte, uma mistura de


partículas de componentes minerais e orgânicos. Os agregados são formados por
atividade física, química e biológica abaixo do solo, as partículas de argila são
carregadas negativamente e os fertilizantes carregados positivamente, como o
nitrato de potássio, permitindo que as partículas se tornem coesas e aderentes às
ligações. de partículas entre partículas com substâncias presentes no solo
(COSTA et al., 2016). Portanto, os agregados do solo constituem a estabilidade
que garante uma produção agronômica mais segura, reduzindo o risco de erosão
do solo, as características do solo, propriedades como a estrutura dos agregados
nos espaços porosos do solo, contribuem para o armazenamento de água e ar
que permitem o desenvolvimento de plantas no transporte de nutrientes.

5). O que é densidade do solo? Como ela é determinada? Por que esse
atributo físico é sensível ao manejo do solo?

A densidade do solo mede a massa de uma unidade de volume de solo incluindo o


espaço poroso ocupado pelos poros de solo expressadas em g cm-3 ou Kg m-3.

Ms
Ds=
Vt

A determinação da densidade do solo envolve duas etapas, sendo a obtenção da


massa da amostra por pesagem e a determinação do seu volume pode ser obtida
coletando uma amostra com um cilindro de volume conhecido ou medindo o volume
de um nódulo ou fragmento de monólito amostrada adequadamente, preservando
sua estrutura. A massa da amostra é obtida pesando-a após secagem em um forno,
e o volume medindo o volume interno do cilindro de metal usado na coleta ou
medindo o volume do líquido deslocado pelo espaço da amostra (AULER et al.,
2016). portanto é sensível os manejos de solos de texturas diferentes apresentam
muitas diferenças nos valores de densidade do solo até mesmo em áreas de
vegetação natural.

6). O que é densidade de partículas? Como ela é determinada?

A densidade de partículas no solo é o resultado da estrutura e composição


química dos minerais do solo, e a densidade de partículas juntamente com os
dados de densidade relativa também são usados para calcular o espaço poroso
que o agua e o ar ocupam em uma amostra de solo.

Ms
Dp=
Vs

Forsythe (1975) menciono que a determinação da densidade de partículas do solo


(Dp) possui grande relevância como indicativa da composição mineralógica, cálculo
da velocidade de sedimentação de partículas em líquidos e determinação indireta da
porosidade.

7). Por que a textura do solo e densidade de partículas são atributos físicos
considerados estáveis?

A densidade de partículas é considerada estável porque o volume de solo sólido é


expresso em relação à quantidade de massa seca do solo, sem incluir a
porosidade do solo, onde a composição química e mineralógica não é afetada,
assim como a densidade de partículas no espaço poroso porque não está
relacionado à ordem ou tamanho das partículas (LIBARDI et al., 1986).

8). Como se determina a porosidade do solo?


A porosidade total do solo é a fração do volume total em um determinado volume de
solo passível de ser ocupada por água e/ou ar. O conhecimento da porosidade total
é importante para se entender o movimento e a retenção de água, ar e solutos no
solo, entre outros aspectos (TEIXEIRA et al., 2017). Para determinar a porosidade
de solo se cheia agua em uma proveta com agua hasta chegar até o nível de
amostragem do solo o do outro jeito pela equação que al final e expressada cm3/cm3.

Ds
p=1−
Dp

9). Pesquise uma ordem de solo que apresente o valor de Dp > 2,65 g/cm3
em qualquer horizonte. Identifique o valor e referência bibliográfica da fonte
consultada. Comente ainda a que se deve o valor encontrado.

Fonte: Tabela de qualidade física e química elaborada por Iarema et al (2011).

Referência bibliográfica

AULER, A. C. et al. Densidade de agregados de solo: Uso da balança de Jolly em


aulas de física experimental para educação em ciência do solo. Revista Brasileira
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CALHEIROS, A. S. et al. Efetividade simbiótica e competitividade de rizóbios de


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2, p. 367–376, 2015.

CENTENO, L. N. et al. Textura Do Solo: Conceitos E Aplicações Em Solos


Arenosos. Revista Brasileira de Engenharia e Sustentabilidade, v. 4, n. 1, p. 31–
37, 2017.

COSTA, L. F. et al. Porous space in Brazilian soils using X-ray computed


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DA COSTA LIMA, J. G. et al. Mineralogia de um argissolo vermelho-amarelo da


zona úmida costeira do estado de pernambuco. Revista Brasileira de Ciencia do
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DOS SANTOS, J. C. B. et al. Caracterização de Neossolos Regolíticos da Região


Semiárida do Estado de Pernambuco. Revista Brasileira de Ciencia do Solo, v.
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FORSYTHE, W. Física de suelos. Costa Rica: IICA, 1975.

IAREMA, A. A. et al. Qualidade física e química do solo em áreas de exploração


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LIBARDI, P. L. et al. Variabilidade espacial da umidade, textura e densidade de


partículas ao longo de uma transeção. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.
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OLIVEIRA, L. B. et al. Mineralogia, micromorfologia e gênese de solos planossólicos


do sertão do araripe, estado de Pernambuco. Revista Brasileira de Ciência do
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REINERT, D. J.; REICHERT, J. M. Propriedades física do solo, 2006. Disponível


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<https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/68/o/An_lise_da_zona_n_o_saturada_do_solo_
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SANTOS, T. E. M. DOS; MONTENEGRO, A. A. A.; SILVA, D. D. Umidade do solo no
semiárido pernambucano usando-se reflectometria no domínio do tempo (TDR).
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WANG, Q.; OTSUBO, K.; ICHINOSE, T. Digital map sets for evaluation of land
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