Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

CURSO AGRONOMIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
TEC 207- FÍSICA DO SOLO
PROFESSORA: LILIAN MORAIS

GÉRALDE DE ALMEIDA QUEIROZ

RELATÓRIO DE FÍSICA DO SOLO


Análise Morfológica do Solo

Feira de Santana - BA
2023
GÉRALDE DE ALMEIRDA QUEIROZ

ANÁLISE DO SOLO

Relatório explicitado no curso de Agronomia


da Universidade Estadual de Feira de Santana,
como requisito de avaliação parcial da
disciplina TEC207- Física do Solo, solicitado
pela professora Lilian Graicy Lima Morais
Lima.

Feira de Santana - BA
2023
INTRODUÇÃO

“Tradicionalmente, o estudo da morfologia do solo refere-se à descrição daquelas


propriedades detectadas pelos sentidos da visão e do tato (manuseio), como, por exemplo: cor,
textura, estrutura, porosidade, consistência, transição entre horizontes e, ou, camadas. É feita
por ocasião do estudo do solo no campo (descrição do perfil) para cada horizonte ou camada
individualmente, seguindo registro metodizado”. (DE LEMOS; DOS SANTOS, 1996).
Diante disso, a análise morfológica do solo é um fator fundamental para determinar as
propriedades físicas dele, principalmente, se está adequado para o agricultor ou empresa
iniciar um plantio, uma vez que existem diferentes tipos de solos decorrentes da ação
intemperica sobre os diferentes componentes químicos de cada material de origem, seus
agentes de formação, entre outras características que nos permitem identificar a quantidade de
nutrientes, matéria orgânica e o pH que o solo possui. Nesse sentido, ver-se que a análise do
solo é crucial, pois nela é feita a recomendação da adubação e calagem na área a ser plantada,
permitindo uma nutrição balanceada para as plantas e o alcance de alta produtividade, em
resumo, o ideal é saber o potencial fértil do solo e o que é necessário para melhorá-lo.
Na prática, o estudo do solo se inicia com a coleta da amostra no local onde o
agricultor pretende iniciar um plantio, levando em consideração as normas exigidas pela
EMBRAPA, assim como os materiais específicos para a coleta. Posteriormente, as amostras
devem ser levadas para o laboratório para inferir as próximas etapas da análise sobre o
preparo do solo para separação, secagem, destorroamento e peneiramento da amostra. “Esse
preparo visa adequar a amostra aos procedimentos analíticos no laboratório e promover sua
homogeneização. Deve ser efetuada em ambiente apropriado, preferencialmente fora da área
analítica, com arejamento e iluminação suficientes”. (TEIXEIRA et al., 2017).
Outrossim, determinar o teor de umidade no solo também é necessário para sua
análise, principalmente, pelo fato dela influenciar o desenvolvimento das plantas. Posto isso,
o manejo de irrigação é importante para o agricultor, já que cada cultura depende de uma
determinada quantidade de água ao qual será exposto em um solo específico, já que nem todo
solo tem boa retenção de água, como os solos arenosos, assim sendo necessário corrigi-lo,
pois não tem boa CTC (Capacidade de troca catiônica). Logo, analisar os fatores externos
como, clima, relevo, temperatura e pluviosidade bem como as propriedades físicas do solo,
como textura, estrutura, profundidade é essencial para a fertilidade do solo.
Convém lembrar que a textura é outro fator morfológico ligado ao solo, sendo a
proporção relativa das diversas frações granulométricas que compõem o solo, as quais são
argila, silte e areia em uma amostra de TFSA (Terra Fina Seca ao Ar) ou TFSE (Terra Fina
Seca em Estufa). E o entendimento sobre as texturas estão relacionadas com às práticas de
manejo do solo, já que ela envolve a taxa de infiltração de água, aeração do solo, capacidade
de retenção, nutrição da planta, aderência ou força de coesão de partículas, ou seja, uma
gama de fatores importantes.

Ademais, textura e estrutura são conceitos distintos, mas entrelaçados, sendo a textura
como às partículas granulométricas estão distribuídos no solo, enquanto a estrutura, refere-se
a como essas partículas granulométricas estão arranjadas ou agrupadas no solo, incluindo
tamanho, forma e arranjo de agregados, como por exemplo, granular, colunar ou prismático.
Dito isso, “reconhecer a estrutura de um solo é de fundamental importância, em razão de sua
influência no desenvolvimento e crescimento das plantas, em especial do sistema radicular,
na retenção e suprimento de nutrientes, água e ar, na atividade microbiana, na resistência à
erosão, entre outros fatores”. (DE LEMOS; DOS SANTOS, 1996).

Ainda sobre a análise morfológica do solo, a identificação da cor é bastante útil para a
separação de horizontes de um perfil. “Para a determinação das cores a campo, o método mais
empregado pelos pedólogos é a comparação de uma amostra de solo com a referência
padronizada, que é a Carta de Cores Munsell para Solos (Munsell Soil Color Charts), que
contempla o grau de intensidade de três componentes da cor: matriz (‘‘hue”), valor (“value”)
e croma (“chroma”), conforme especificações constantes na Carta de Cores Munsell para
Solos”, (DE LEMOS; DOS SANTOS, 1996).
Diante dos fatos supracitados, nota-se que a análise morfológica do solo exige vários
critérios e métodos que devem ser seguidos e que serão ilustrados neste relatório para a
camada superficial do solo o qual foi coletado. Nesse viés, está avaliação tem o objetivo de
mostrar em etapas os resultados dos procedimentos dessa análise inicial do solo, desde a
coleta, até a determinação da coloração do solo na Carta de Cores Mansell e suas
propriedades físicas além de diagnosticar a fertilidade do solo.
COLETA DOS SOLOS EM CAMPO
 MATERIAIS
 Sacos plásticos de 2 kg para reservar a amostra coletada.
 Caneta e marcador para possíveis anotações.
 Enxadão para limpeza do local de coleta.
 Chibanca utilizada para escavar mais o solo, pois estava muito duro.
 Bacia de alumínio, recipiente em que é feito a homogeneização da amostra;
 Colher de pedreiro, utilizada para destorroar e homogeneizar o solo;
 Trado holandês, para retirar as amostras.
 Barra extensora de trado para realizar a coleta em maiores profundidades.
 Trena utilizada para medição da profundidade do solo.
 Anel de Kopeck para coleta da amostra indeformada.
 Faca utilizada como auxílio na retirada do solo.
 Pá reta para retirada do material.
 Caneca concha dosadora para a coleta e transferência da amostra para o saco plástico.

 PROCEDIMENTO
 AMOSTRA DEFORMADA.

Em primeira instância, nos dirigimos para área de coleta situada na Universidade


Estadual de Feira de Santana, no Modulo V – próximo ao PPGM. Após chegar no local ao
qual iniciaríamos a coleta do solo, foi de suma importância fazer a limpeza da área com o
auxílio do enxadão, pois havia bastante vegetação no local, principalmente, gramíneas. Feito
isso, iniciamos a escavação do solo para a coleta da amostra deformada com o auxílio da
chibanca pois o solo estava muito coeso e seco. Além disso, com o auxílio do trado holandês
o solo foi perfurado de 0-20 cm e a coleta foi do solo foi feita com o auxílio da colher de
pedreiro após chegar na profundidade ideal predefinida para análise prática que é de 10-20
cm. Esse solo retirado era colocado em uma Bacia para ser destorroado e homogeneizado e
por último com a caneca dosadora foi transferida o material da bacia para sacos plásticos de
2Kg o qual foi identificado corretamente, finalizando a coleta da amostra deformada.

 AMOSTRA INDEFORMADA
Seguidamente, com o intuído de coletar a segunda amostra, foi necessário cavar 10 cm
de profundidade o qual foi medida com a trena e com a ajuda da enxada e da chibanca foi
feito o processo de escavação. Após chegar nesses 10 cm, utilizamos o anel de kopeck para
coletar o material indeformado que possui a finalidade de preservar as relações entre os
espaços de poros e disposição das frações solidas, ou seja, mantendo a estrutura original, e
posterior a isso, esse material foi colocado em sacos plásticos com um pouco de material fora
do anel de kopeck, cujo não será exposto ao ar livre e sim será preservado para procedimentos
futuros.

Figura 1: Utilização do Anel de Kopeck para retirada da amostra.

Figura 2: Solo indeformado em sacos plásticos.

Por último, ambas as amostras foram levadas ao laboratório para posteriormente


realizar a análise granulométrica do solo coletado.
 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ambas as amostras tanto a deformada quanto a indeformada apresentaram
morfologicamente através da visualização coloração escura ou acinzentada, pois foram
coletadas em locais muito próximos uma da outra, sendo assim não sendo perceptível muitas
diferenças, além de se tratar de horizonte superficiais que possivelmente a presença de
matéria orgânica inferiu sob o solo essas colorações.

PENEIRAMENTO E DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DO SOLO.

 MATERIAIS
 Almofariz
 Mão de grão emborrachado
 Peneiras
 Colher
 Bandeja
 Pá
 Amostra do solo
 Bacia de alumínio
 Peneira tamanho 10
 Cadinho de porcelana
 Machucador/pilador
 Balança analítica
 Pinça metálica
 Capsula Nº 29
 Capsula Nº 52
 Capsula Nº 01
 Estufa
 Hexametafosfato
 PROCEDIMENTO
Primeiramente, com a amostra deformada do solo coletada anteriormente, será feita a
análise do teor de umidade, para isso foi preciso quartear a amostra com a colher com o
intuito de homogeneizar o material. Em seguida, a amostra mais representativa foi escolhida e
levada para pesagem na balança marte para anotar o peso da amostra que será crucial para as
próximas experimentações, enquanto o material que não foi pesado na balança foi descartado
em sacos plásticos.

Posteriormente, com o material que foi pesado, utilizou-se a peneira número 10, com
abertura de 2mm para poder separar as frações granulométricas areia, silte e argila. Após isso,
com o material que não passou, foi necessário utilizar o almofariz e o mão de grão para
desfazer os torrões e peneirar todo o material possível, separando os grãos menores dos
maiores mecanicamente. Dessa forma, o material que ainda ficou retido após esse processo foi
depositado em um cadinho de porcelana para ser pesado após umedecê-lo e colocá-lo na
estufa à 105º- 110ºC por no mínimo 24 horas, com o intuito de saber se ainda há matéria
orgânica na amostra para que se faça a pesagem e esse valor ser subtraído do valor total da
amostra.

Após isso, com a utilização da balança analítica foi pesada 3 capsulas de alumínio
vazias com suas respectivas tampas. Sem tardar, foi colocado uma quantidade de material da
amostra com o peso superior ao peso da capsula dentro de cada um desses recipientes, todas
elas após isso foram levadas para a balança analítica, e lá cada um destes recipientes foram
pesados uma capsula por vez e por fim foi anotado seus respectivos pesos. Em seguida, essas
capsulas foram colocadas sem as tampas em um recipiente juntamente com o material que
ficou retido em sedimentação no peneiramento em estufa á 105-110ºC. Tudo isso com o
objetivo de determinar o teor de umidade de cada material de ambas as amostras e para isso
tem-se colocar na estufa para retirar as partículas de água ainda presentes no material, ou seja,
o excesso de umidade e pesar cada um deles novamente após 24 horas e por fim fazer os
cálculos necessários para essa determinação.

Após esse período de 24 horas, utilizamos toas as capsulas que já estavam sem
umidade e colocamos uma por uma na balança analítica para pesagem para anotar o peso de
cada uma delas com o fim de realizar os cálculos para determinar o teor de umidade.
3 RESULTADOS E DISCURSÕES
Tabela 1. Na tabela abaixo, estão presentes apenas os valores anotados pelas respectivas pesagens na
balança analítica que serão cruciais para o cálculo para determinação de umidade.

Cápsula com solo Cápsula com solo seco Peso da cápsula


Nº das cápsulas úmido(g) (g) (g)
Nº 29 99,35g 99,09g 22,04g
Nº 52 88,28g 88,28g 14,31g
Nº 01 127,09g 126,77g 24,75g

Com esses dados acima pode-se enfim calcular o teor de umidade das amostras, para isso,
utiliza-se a seguinte formula abaixo utilizada para fazer os cálculos das três capsulas:
H=M1-M2/M2-M3 x 100, onde:
M1- corresponde a massa do solo úmido com a massa do recipiente(g).
M2- corresponde ao valor da cápsula mais solo seco(g)
M3- corresponde ao valor da cápsula de alumínio vazia com sua tampa(g)
Após a aplicação da fórmula, obteve-se os seguintes resultados das amostras do teor de
umidade em cada cápsula ilustrados na tabela 2 abaixo:
Teor de umidade em cada
Nº das capsulas Cápsula
Nº 29 0,33%
Nº 52 0,28%
Nº 01 0,31%

Os cálculos feitos para chegar nos seguintes resultados ilustrados na tabela 02 acima e na
tabela 03 abaixo estão em apêndice.

Amostra Total 1281,28g


Material Cascalho 17,88g
Terra Fina 1263,4g

Em resumo, esse procedimento foi realizado com o objetivo de descobrir os valores de terra
fina e do material cascalho sem a umidade.
Figura 3: Peneiras utilizadas no peneiramento.
Figura 4: Quarteamento com a colher de pedreiro

Figura 5: Cápsula utilizada para pesagem na balança analítica

Figura 6: Material grosso com solução para sedimentação.


ESTRUTURA E CONSISTÊNCIA DO SOLO

 MATERIAIS
 Fita Métrica
 Água
 Amostra do solo
 PROCEDIMENTO

ESTRUTURA.

1º Definir o tipo de estrutura quanto a forma.

Na amostra, foi possível observar partículas arranjadas em agregados cuja dimensão era
vertical e mais desenvolvida.

2º Passo: Definir a classe da Estrutura quanto ao tamanho:

Na prática, observou-se que a amostra apresentava tamanho superior a 100mm.

3ºPasso: Definição do grau de desenvolvimento da estrutura:

Manifestação das condições de coesão dentro e fora de agregados. Assim, foi analisado se o
solo apresentava ou não estruturação.

Nesse viés, a amostra possuía sim estruturação e foi classificado quanto ao grau de resistência
de agregados, podendo ser fraca, moderada ou forte.

CONSISTÊNCIA.

A consistência é caracterizada pela dureza e tenacidade e com o intuído de determiná-las foi


necessário seguir um conjunto de metodologias.

1ºPasso- Consistência do solo quando seco: Foi selecionado um torrão seco sendo necessário
comprimi-lo com o polegar e o indicador para classificá-lo se é solto, macio, ligeiramente
duro, duro, muito duro ou extremamente duro.

2ºPasso- Consistência do solo quando úmido: Relaciona-se com a friabilidade e para ser
analisado um torrão úmido e ele foi esboroado na mão e ela é classificada de acordo com a
facilidade de ruptura da massa ao ser comprimida, definindo-se consistências soltas, muitos
friável, friáveis, firmes, muito firmes e extremamente firmes.
3ºPasso- Consistência do solo molhado: A amostra foi classificada quanto ao grau de
pegajosidade e plasticidade.

RESULTADOS E DISCURSÕES

Quanto à forma a amostra do solo foi classificada como prismática, possuindo tamanho muito
grande com estruturação em grau de desenvolvimento forte. Em relação a consistência do solo
seco, foi classificado como ligeiramente duro, pois apresentava resistência fraca a pressão,
quando úmido ele foi classificado como friável, devido o material do solo esboroar facilmente
sobre pressão fraca e moderada.

E por último, quando molhado, em relação a plasticidade a amostra de solo foi classificada
como ligeiramente plástica, pois não era muito moldável em relação a forma. Enquanto em
relação a pegajosidade a amostra foi classificada como ligeiramente pegajosa devido
apresentar pouca capacidade de se aderir quando comprimida entre o polegar e o indicador.

COR DO SOLO

 MATERIAIS

 Mão de grão
 Colher
 Amostra de torrão do solo seca e úmida
 Cadinho
 Amostra pulverizada de solo seco e úmido
 Cartela de Munsell
 Água para umedecer

 PROCEDIMENTO

Para a identificação da cor do solo, o método mais empregado e utilizado em prática foi a
comparação de amostras de solo com a referência padronizada, que é a Carta de Cores de
Munsell para solos.
Em análise prática feita em laboratório, primeiro foi analisada a Matiz, em seguida o Valor e
por último o Croma. Tudo isso deve ser feito para as amostras de torrões secas e úmidas e
pulverizada secas e úmidas.

Tendo em vista que a cor do solo é analisada a partir de uma comparação da amostra com a
Carta de Cores de Munsell, foi necessário ter alguns cuidados no momento da
experimentação, como:

 Analisar somente a parte interna do torrão.


 Observar a cor do solo em luz natural
 Deve-se folhear a carta a procura matiz mais próxima ao da amostra.
 Após encontrar a Matiz, determina-se em seguida o Croma e o Valor, colocando as
amostras sob a página procurando o padrão de cor mais próximo.
 O valor encontrado corresponde a parte esquerda (y), já o croma corresponde a
margem inferior (x).
 O nome da foi encontrado no verso da página em inglês. E a tradução é feita pela
SBCS, no Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo ou no Manual Técnico de
Pedologia.
 Por último, faz-se o registro da cor, conforme analisado na Carta de Cores de Munsell,
anota-se o estado de umidade(seco/úmido).

Abaixo observa-se algumas imagens da prática:

Figura 7: Amostra do solo em torrões secos.


Figura 8: Amostra em torrões umedecida.

Figura 9: Amostra pulverizada seca e úmida.

RESULTADOS E DISCURSÕES

Tabela 4. Na tabela abaixo se encontra os resultados obtidos através dos procedimentos


descritos, junto com a designação das cores em inglês e português.

Identificação da Nome da Cor (Matiz, Designação em Conversão para


Amostra Valor e Croma) inglês português
Torrão Seco 7.5YR4/2 Brown Bruno
Torrão Úmido 7.5YR3/2 dark Brown Bruno Escuro
Pulverizada Seca 7.5YR4/2 Brown Bruno
Pulverizada
Úmida 7.5YR3/2 dark Brown Bruno Escuro
Pode-se inferir nessas amostras que essa coloração Brown e dark Brown provém da matéria
orgânica existente nesse solo, atribuindo-lhe uma coloração mais escura.

CONCLUSÃO

Em suma, é de fundamental importância a utilização desses experimentos abordados


para a análise morfológica do solo, tudo isso atrelado a técnicas metodológicas cruciais para
inferir sobre o solo. Nesta perspectiva, percebeu-se que a amostra do solo coletado e analisado
laboratorialmente de forma físico-química mostrou-se ser um solo com boa qualidade
nutricional, tal que possui boa quantidade de matéria orgânica determinada pela visualização e
comparação com a Carta de Cores de Munsell. Além disso, este solo apresenta muita terra
fina, sendo um solo bastante estruturado e de boa consistência, pois é ligeiramente plástico e
ligeiramente pegajoso. Ademias, diante do que foi exposto, ainda é necessário haver outras
análises para inferir conclusões mais determinantes sobre esta amostra de solo, seus
componentes e as propriedades físicas proeminentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

TEIXEIRA, Paulo César et al. Manual de métodos de análise de solo. 2017.


IBGE. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. Manual técnico de
pedologia - Guia prático do campo. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. 316 p. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1VQw0SUaoUmvERNETFw64HzhxmAA0hEmq/view.
Acesso em: 03 de abril de 2023.
SANTOS, RD dos et al. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 5ª edição. Revista e
ampliada. Viçosa–MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2005.
APÊNDICE:
Cálculos do procedimento prático para determinação do teor de umidade:
Teor de umidade
Cápsula nº 29:
h = M1 - M2/M2 - M3 x 100
h = 99,35 - 99,09/ 99,09 - 22,04 x 100
h = 0,33%
Cápsula nº 52:
h = M1 - M2/M2 - M3 x 100
h = 88,49 - 88,28/ 88,28 – 14,31 x 100
h = 0,28%
Cápsula nº 01:
h = M1 - M2/M2 - M3 x 100
h = 127,09 – 126,77/126,77 – 24,75 x100
h = 0,31%
Média = 0,33 + 0,28 + 0,31/3= 0,31%  1,031%
Ao dividir 1321g (Amostra Total Úmida) pelo teor de umidade correspondente a 1.031g
encontra-se a Amostra Total do solo sem umidade ilustrado no cálculo abaixo:
Amostra total do solo sem umidade = 1321g/1.031g = 1281,28g
Para a pesagem do material grosso, primeiro foi necessário fazer um novo peneiramento na
peneira de 4.8 com o material colocado na estufa no cadinho para saber se teria matéria
orgânica ou não. Feito o peneiramento, ficou retido apenas 1,28g e 16, 63g na peneira de Nº
10 com abertura de 2mm. Logo, a massa da parte grossa, ou seja, cascalho que ficou retido é o
somatório entre essas duas massas, resultando em 17,88g de cascalho, que percentualmente
equivale a 1,39%.
Por último, foi encontrado o valor da terra fina dividindo a Amostra Total seca pela massa do
cascalho como pode-se ver no cálculo abaixo.
Valor da Terra Fina = Amostra Total Seca/ Massa do Cascalho
Terra Fina = 1281,28g/ 17,88g = 1263,4g de Terra Fina
Amostra total = 1.281,28
Material cascalho = 17,88

Você também pode gostar